Dor da Morte

Cerca de 105 frases e pensamentos: Dor da Morte

Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias eu via o seu sorriso...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias eu via a sua alegria...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias eu ria suas brincadeiras...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias você me lembrava de coisas de quando éramos crianças...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias conversas banais...
Onde eu estava que não vi sua dor? Todos os dias coisas do dia a dia...
Onde eu estava que não vi a sua dor? Eu acreditava quando você falava todos os dias que estava tudo bem, acho que você queria acreditar também.
O sentimento é de impunidade por ter perdido você abruptamente, quando poderia fazer alguma coisa para ainda estar aqui.
Não sabemos o que vc passou, o que você suportou, o quão sozinho e vazio vc estava e agora teremos que suportar o vazio que você deixou, nosso eterno amigo Barney, vulgo Filipe. Você é importante!
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QUE DEUS CONFORTE OS NOSSOS CORAÇÕES .
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LUTO 🏴

Inserida por tamara_freitas

Mais uma dose, por favor

Lembro-me do frio da noite e de adentrar o teu carro. Lembro de ter-me perguntado se estava com frio, eu neguei, mas estava. Meu coração aquecia o resto do corpo inteiro porque eu sabia no que o nosso trajeto viria a resultar. Por mais que negasse ou não quisesse aceitar, eu sabia, bem como você.
Nós conversávamos como um casal qualquer que não conseguia aceitar a realidade dos fatos em que estava inserido. Nos prometemos parar, mas prometíamos isso na mesma intensidade em que nossos sorrisos se liam, não conseguíamos. Nosso imã natural tinha um epicentro tão extenso quanto o mar, não havia começo nem fim. Quando nossas respirações se agoniavam, nossos corações se ritmavam e nossas mãos por fim se tocavam, se iniciava uma sucessão de acontecimentos desastrosos com o objetivo de nos fazer questionar toda a existência e a vastidão do que nem devíamos sentir.
Particularmente falando, eu idolatro tua figura como a um deus. Tudo que há em você parece harmonioso demais, como a perfeita fusão da minha ruína. Eu gosto do som da sua respiração ofegante enquanto me beija, de como você reluta e suas mãos tremem quando encontram as minhas, de como você tenta disfarçar o olhar quando sabe que estou chateada ou de como me observa dormir. Eu amo ver o teu cabelo ao vento, você suando no frio do ar-condicionado ou com as mãos transpirando por estarmos tão juntos, tão perto. Eu sou completamente louca por cada curva do seu corpo, por cada montanha ou depressão da tua epiderme e pelos teus olhos castanhos, tão fundos quanto o oceano.
A vida tem dessas de nos fazer pousar no peito de quem a gente não pode repousar, é uma droga né? Eu sinto sua falta tantas vezes ao dia que mal consigo mensurar. Sei o quanto deve te ser chato me ter cobrando atenção, te querendo perto o tempo todo... é que você criou em mim uma dependência tão insana que eu adoeceria se não ao menos tentasse te ter comigo, nem que por alguns meros minutos durante alguns dias ao mês. E a nossa energia, é uma coisa tão surreal, tão de outro mundo... somos fogo e brasa, você lembra? Me sinto completa sozinha, porque eu sou fogo, mas junto a você, nós incendiamos tudo.

Thaylla Farreira Cavalcante {A}

Inserida por ThayllaCavalcante

Tudo normal

Não duvide quando digo
Que tenho-te como amigo
Desde antes do sol se pôr
Juro pelo frio que nos abraça
Que desfaço essa cilada em que nos colocou

Tudo que vejo é azul e sereno
As faixas amarelas da estrada são intermináveis
Misturam-se com meus pensamentos
Eu e você
Juntos num quarto pequeno

Que sem você meus dias são nublados
Que você rouba o sol e seus raios
Que o motivo de tudo tem teus olhos amendoados

Se já fiz-te inquilino
Dei-te abrigo
Implorei atenção

Você vive mergulhado
numa realidade alternativa,
ébria e pouco habitual
Afinal,
Esse é nosso normal.

Thaylla Ferreira Cavalcante {A}

Inserida por ThayllaCavalcante

Fogo

Ele enfiou a mão na minha cara de novo. O punho dele me atingia como um míssel alcançando um passarinho que cruzou seu caminho. Era pesada, seca e gélida, mas cheia de sentimento. Meu rosto jorrava sangue e ele socava a parece tentando amenizar a raiva pra não vir a fazer um estrago pior do que já havia feito em mim. Eu estava caída no chão, mas não chorava. Sentia tanta raiva quanto ele, mas ele chorava, eu não.
Peguei a bolsa em cima da cama, abri a porta e olhei pra trás, ele ainda estava com a mão dentro do buraco que havia feito na parede, olhava pro chão e cerrava os dentes, bem como o punho livre. Suas mãos estavam cheias de sangue, de ambos. Desci as escadas e não olhei mais pra trás. Peguei meu celular e te liguei. Você estava a quilômetros, mas como sempre, chegou em minutos. Eu esperei na calçada de casa e ele não desceu pra me procurar, não me ligou nem fez a mínima questão de saber pra onde eu havia ido. Enquanto te esperava eu cravava as unhas na carne das mãos, acrescentava mais algumas luas às minhas tantas outras e sangrava ininterruptamente.
Você estacionou o carro de qualquer jeito, desceu correndo e me tomou nos braços perguntando o que aconteceu. Eu não falei, não conseguia. Apenas levantei, me evadi do teu abraço e dei a volta no carro. Entrei pelo lado do passageiro e pude ver tua camisa branca, fina de algodão completamente coberta do meu sangue. Dei um sorriso de lado e olhei pra frente. Você levou as mãos à cabeça e olhou pra cima, pro apartamento, ele estava na varanda, nos vendo sair e te olhando com o ar indiferente de quem sabe de todo o desfecho que vai se repetir.
Depois de entrar no carro você deu a partida e arrancou me fazendo incontáveis perguntas das quais eu nem me lembro e eu só te disse pra dirigir. Me perguntou pra onde e minha única exigência era que fosse fora da cidade. Saímos, passamos pela placa de “até logo, volte sempre”. Eu ainda sangrava e você enfiava o pé no acelerador tentando de alguma forma dissipar a revolta e a confusão que sentia. Eu abri o vidro da janela e te disse pra não falar porra nenhuma, sentei na janela com o carro em movimento, as costas pra paisagem e olhando pra estrada infinita que se estendia à minha frente. Você pisou no freio e eu fiz um sinal negativo com a cabeça. Era madrugada, o vento frio assanhava meus cabelos e gradativamente coagulava meu sangue.
Você parou o carro no acostamento, chorando e desceu, deu a volta e me puxou pelas costas, pela cintura. Me pedia uma explicação e eu simplesmente não conseguia falar. Você sabia o que tinha acontecido, no fundo sabia, sabia o que acontecia sempre, mas apenas me abraçou, abriu a porta, me conduziu pra dentro e assumiu de novo o seu posto. Colocou um de seus clássicos italianos no carro e só dirigiu. Paramos em um desses motéis de beira de estrada sem estrutura nenhuma. Você segurou minha mão, tirou minha roupa e limpou cada um dos meus ferimentos. Os do rosto, os das mãos, e me conduziu pro chuveiro, ainda vestido no seu terno preto com a gravata vermelha. Lembro de olhar pro teu relógio dourado quando levantou a mão ao ligar o chuveiro, eram 03:00 da manhã.
A água caía no meu corpo e conforme a adrenalina me deixava, as dores começavam a aparecer e eu gritava. Você percorria cada parte do meu corpo com as mãos, numa delicadeza impecável e me conduzia para manchas roxas milenares que eu nem lembrava que existiam. Os hematomas te faziam lacrimejar e você me abraçou, nua, debaixo do chuveiro e chorou junto comigo. Sem nenhuma segunda intenção, só a compreensão mútua e silenciosa que compartilhávamos a tanto.
Te contei sobre a nova traição, sobre o apartamento destruído e os copos quebrados, sobre as roupas que rasguei e sobre todos os hematomas que também deixei nele. Sobre os buracos dos murros na parede e sobre os em mim, a minha costela quebrada e o nariz dele, quebrado. Mas você já sabia de tudo isso, sabia de toda a história, de todas as brigas. Me disse que era doentio e que eu sabia, estava certo como sempre. Me disse que ficaria tudo bem e que eu não precisava mais ter medo, que o faria pagar e que ele nunca mais encostaria um dedo em mim. Eu te beijei. Fizemos amor pela primeira vez e foi realmente a primeira vez que me senti tão conectada com alguém. Você já tinha dito me amar outras tantas vezes mas essa fora a primeira que eu te disse. Você estava tão lindo, tão radiante e iluminado, meu bem... dormimos abraçados e na manhã seguinte, quando acordou, você não me encontrou, e por mais que se negasse a acreditar, sabia exatamente onde eu estava.

Você é paz demais pro meu caos.

Thaylla Ferreira Cavalcante {Os quatro elementos}

Inserida por ThayllaCavalcante

Se eu tenho orgulho disso, não, mas também não tenho arrependimentos. Isso serve pra eu lembrar que tudo um dia foi real.

Inserida por k00ns

Luto
Após perder-te...
Luto pra sobreviver.
Luto para acordar.
Luto para sorrir.
Luto para dormir...
Luto todos os dias para
Continuar apesar
de tanta saudade,
de tanta ausência.
Apesar de tudo, Luto.

Inserida por suelen1985

Dor inédita


Estou a procura de uma dor inédita
Uma dor que não doa durante a noite
que não doa tão aguda no coração
e se doer, que seja breve
que se encerre antes mesmo de o sol nascer.

Estou em busca de uma dor que não doa tanta
e que também não provoque tanto lamento
procuro uma dor inédita, ainda não descoberta
que talvez tenha mesmo de ser inventada
tão incerta quanto a sua procura
uma dor que não provoque tontura
e se a vertigem for um de seus preceitos
que se possam pintar constelações inteiras
bem diante dos olhos rotos, tomados por sua maldade.

Procuro uma dor de verdade
não essas dorzinhas da cidade
aquelas bruscas do campo, que provocam feridas na alma
procuro uma dor inédita, dessas que só se vê em filme de horror
diante de tanto pavor sigo sem chão
chorando com a mãe que enterra seu filho adolescente
vítima das mazelas da periferia das grandes cidades.

Procuro uma dor de mãe, a beira da cova de seu filho
chorando rios de lágrimas, estraçalhada por dentro
de tanto lamento e dor comum que há por aqui
pela falta de zelo dos políticos e dos governos
por tantos enterros e perdas
por todo esse descaso com os jovens
que são condenados a morte antes mesmo de nascerem.

Procuro a cura ou um remédio qualquer
que nos livre da fúria desses imbecis
que não se doem ou sentem dor qualquer
por tanta barbárie e falta de senso
que não se lamentam ou percebem um lamento sequer
de tanta dor comum existente por aqui.

Será que de tão cegos não percebem?
Chega de lamentar por tão pouco
chega de dores comuns
se só nos resta sentir dor
então chega de dores fajutas
ficaremos só com as dores inéditas.

Inserida por JotaW

Dor Subjetiva

Quando a Dor é muito Forte...
Resigna-se até a morte!

Inserida por marcelinomrocha

Ainda não consigo acreditar que você foi embora...
Nunca na minha vida vivenciei uma dor tão profunda!
Você deixou um rombo que Deus vem preenchendo a cada dia que eu acordo e me dou conta de que você não está mais aqui.
Uma mistura de sentimentos, às vezes de desespero, tristeza, agonia, às vezes de conformidade e esperança...
Quando as pessoas perguntam como é que estou, pela primeira vez na minha vida fico sem saber o que responder... Não sei como estou... Não sei... Acho que não estou... Não estou nada.
Só sei de uma coisa sobre mim: estou com medo. Medo de não conseguir suportar, de ser incapaz de superar, de morrer estando viva ou viver pela metade... Porque eu sempre soube que quando eu te perdesse, metade de mim seria perdido. Que quando você fosse embora, metade de mim iria junto.
Os últimos anos foram intrigantes e eu suspeitava... Sentia que algo muito sério estava acontecendo e me dava medo... Minhas crises de choro "do nada" não foram a toa... Hoje eu sei... Deus é maravilhoso! Jamais me revoltaria e hoje tudo faz sentido pra mim. Deus vinha me preparando, porque Ele sabia, Ele sabe de todas as coisas!
Você agora está bem! Seu sofrimento acabou. E eu prefiro sofrer de saudade pro resto da minha vida do que ficar vendo seu sofrimento e não poder fazer nada. Pois o que você mais precisava, eu não podia te dar... Se fosse possível, eu tirava de mim pra te dar, assim como eu sei que se precisasse você faria por nós.
Você sempre viveu para os outros, uma baita filha, irmã, tia, esposa, mãe, avó, amiga, ser humano! Por onde passava, marcava, amava e era amada.
Peço a Deus que Ele preencha esse rombo, que me transborde do seu Espírito Santo, para que eu possa seguir em frente. Para que um dia eu me recorde desse momento sem essa dor, e se me perguntarem como estou, eu consiga dizer: estou bem, GRAÇAS A DEUS... Pois sem Deus eu não consigo!
A dor nunca acaba, talvez a gente apenas se acostuma com ela...

Você, como sempre tão marcante e intensa, foi "escolher" o dia do aniversário do pai, o amor da sua vida, para nos deixar e fazer dessa data duplamente inesquecível...

Obrigada por tudo MÃE!
Te amo eternamente.
Até um dia...

(05/12/1946 - 24/05/2017)

Inserida por ketantonio

Escuridão

Escuridão
Vem e me dê a mão
Pois a luz que havia em mim morreu
E agora foi você que em mim nasceu

Escuridão
Pegue meu coração
Me faça escravo teu
Pois meu corpo enfraqueceu

Escuridão
Sinto ódio e exaustão
Destruiram o meu eu
E a vida que havia em mim se dissolveu

Escuridão
Me leva à imensidão
Pois meu corpo já morreu
E minha alma junto a ti revivesceu.

Inserida por Milenaflormend

A morte não se vai, fica presa na alma em forma de dor.

Inserida por Descobridor

Comece a rezar.


Bem aventurados sejam aqueles que te ignoram
Amaldiçoados sejam aqueles que por ti choram.
E se do pó viestes, ao pó não voltará
Tua imoralidade, toda bondade ceifará.

Quero que morras triste e solitário
Sentindo dor e frio
Quero que você sofra um inferno agonizante
Até a decomposição de tua carne.
Quero ver-te sozinho, chorando,
No vazio, e por piedade implorando.

E no velório de tu'alma, assistirei a esta matança,
A supremacia da divindade, aqui não alcança
Teu sangue petrificará.
Pois tenho em minhas mãos o poder,
Agora é ver pra crer
Crer que nada acabou,
Que teu sofrimento continuou, e por longas datas há de continuar.
Meu consolo é saber que não há nada que possa te consolar.

Quando os cavaleiros subirem o monte,
A pedra mais alta irá cair,
E eu estarei a aplaudir,
Será teu coração a desmoronar
O coração que achei que tu não tivesse,
Mas deus há de atender minha prece,
Terei poder tão logo e não distante.

O inferno, à terra vai subir,
Iremos nos encontrar.
Como fogo e água,
Mar e luar,
Pontos opostos da velha diretriz.
Sou a lua sobre a escuridão,
Sou fogo, clarão,
E tu, apenas algo a sucumbir.

Prometo ser piedosa!
Doses longe do brutal.
O perdão é para poucos,
Para os loucos,
E para alguns moribundos como ti.

Fui pouco,
Hoje sou muito,
Tanto que nem me caibo
Por isso me guardo em mim,
Aprendi contigo, é certo dizer
Não sei mais sentir
Sou vazia de mim, pelo vazio de você.

Em meio a meus 12 "eus",
O mais amado foi me trair.
O que fazer?
O que sentir?
Deixar doer ou ver partir?
Continuo a ouvir o doce som da podridão de teu corpo,
De teus ossos se preparando para uma iminente implosão,
Da ruína que está se tornando teu coração.

Adentrando uma terra deserta,
Colmada de vingança e ódio sem perdão.
Mas o alívio final será meu,
E enquanto paga teus pecados, o inferno será teu.
O mesmo inferno que me prometeu, cômico, não?!

Não tens amigos,
Não tens família,
O lado bom da armadilha é que tu próprio se prendeu,
Perdeu-se em meio aos detalhes.
E por minha pura tirania, admito, doeu um pouco
Mas por fim, não sou eu quem está a ficar louco.
Não sou eu quem está sem pão,
Sem amor ou perdão
Não sou eu quem está abandonado,
E pela simbólica escuridão,
entrego-te esse recado:
Pense em teu pecado.

Não tente manter-me perto,
Fiquei melhor com tua pior escolha
E agora viva nesta bolha
Como um mero condenado.

O mal está em tudo,
Infiltrado nas melhores relações,
Nas piores proposições,
E até no maior amor do mundo.

Lava esse rosto,
Mostre-me o que tanto tentou esconder,
Há tanta lágrima espalhada
Chega a dar desgosto.
Acordou de cara marcada,
A noite deve ter sido mal encarada.

A bebida vai virar sangue,
Hoje teu anjo da guarda desde de gangue,
A escuridão tomou conta
A tentação venceu-te de ponta a ponta.

Teu sorriso agora ausente comprova,
Vamos para a santa inquisição,
Perguntas feitas e não respondidas,
Vidas interrompidas,
Malditas,
Sem perdão...
Como a tua traição.

Thaylla Ferreira Cavalcante (relicário de vocábulos vazios.)

Inserida por ThayllaCavalcante

Não tema o fim, não existe dor onde não há consciência

Inserida por daniel_arantes

Um ano depois

Sentimentos sombrios
Transpassados de um humor sórdido
Lembanças embebedadas no mais elevado teor alcoólico
E o cheiro a contrastar com estes meus lençóis frios

Aqui da janela, tudo parece uma pintura
Verniz escorrendo no acabamento mal feito
Feio como o conhecido pacto desfeito
Bem-vindo à famosa ausência de compostura

O sangue escorre por meu braço
Lágrimas orvalham meu rosto
No espelho só me vem desgosto
O importante é que rompi o laço.

Cortei as linhas que nos ligavam
Sequei todo sentimento
E por um feliz momento
Desejei poder não dar ouvidos a tudo que falavam.

Por vezes precisei me entorpecer para não sentir
Do meu cigarro favorito foram sete maços
Nas paredes do meu quarto vários traços
A lua me mostrava ser melhor deixar partir.

Thaylla Ferreira Cavalcante

Inserida por ThayllaCavalcante

Antigas utopias

Enquanto o frio maltrata lá fora
Cá me esquento no vazio desta imensidão
O vento assanha os meus cabelos,
O único cá inerte tem sido este coração.

Meu mundo grita e se apavora,
Porque a maquiagem já não basta para esconder
Já nem sei o que me perturba agora
Se é a monotonia ou a falta de você

Sei que nada me seria o bastante
E que a vida não tem sido muito mais
Do que uma lástima desinibida
Um filme fracassado, ainda em cartaz

Pois dentre todas as promessas
Apenas uma se cumpriu
“fico aqui, ainda que as avessas”
E ficastes, mas foi dentro de mim.
Todo o resto sucumbiu

O que me sobrou foi um punhado de entranhas
De lástimas e secreções
Destas, as mais estranhas
Sobras póstumas de velhas paixões

E se é certo não dizer,
Eu digo! Que a vida tem dessas de nos fazer inquilino
De amores onde nem se devia estar
Mas se é certo não fazer,
Eu faço! Porque pior é não amar.

Thaylla Ferreira Cavalcante (Sou nós)

Inserida por ThayllaCavalcante

"Um pedido de ajuda"

Isso tudo não é culpa minha
Isso tudo não é culpa de ninguém

É uma fase ruim eu sei
Fases ruins existem
Como as boas existem também

Mas não foi escolha minha
Eu só quero ficar bem

Posso estar sendo egoísta
Mas no final tudo ficará bem

É tão fácil ir embora
Por que é tão difícil pra mim?

A morte me chama agora
Mas a vida vem me impedir

Queria ser mais forte, queria compreender
Por que a morte me chama sendo que eu tenho a vida toda pra viver?

Talvez seja melhor assim
Talvez eu deva morrer
Talvez eu deva pedir ajuda
Mas eu sinto que eu gosto de sofrer

A dor me liberta
A tristeza me satisfaz
Mas o medo me apavora
Deixando a morte para trás

No dia que a morte vencer
Minha dor irá desaparecer
E só restará esse poema
Para ninguém esquecer
Da menina que sofria
E com a morte parou de sofrer

Inserida por Milenaflormend

"Há tempo para tudo na vida, mas não há vida para tanto tempo."

Inserida por dbcomposer

⁠Dor só sabe quem tem.

Inserida por cassia_guimaraes

Não existe anestesia sem dor, ela é o ponto máximo daquilo que te fere, e o limite da anestesia é a permanente falha de sinais vitais, é o fim de tudo.

Inserida por Escorpialetica

“Viver uma vida apenas seria minha fortuna, viver apenas normalmente seria minha fortuna, mas eu nasci no sofrimento, traição e ódio.
Eu sou fruto do tóxico então porque eu não seria amaldiçoado.”

Inserida por WKAUE