Poemas de Dor e Saudade

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Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

João de Barro
Songbook Braguinha. São Paulo: Irmãos Vidale, 2009.

Nota: Versão brasileira da música "Smile", escrita por João de Barro (Braguinha) e gravada, entre outros, por Djavan. A melodia foi composta por Charles Chaplin em 1936, tendo John Turner e Geoffrey Parsons adicionado posteriormente a letra original.

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Se fosse só sentir saudade
Mas tem sempre algo mais
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora
Que estou sozinho
Mas não venha me roubar...

Renato Russo
Angra dos Reis

Minha cara, minha Carolina
A saudade ainda vai bater no teto
Até um canalha precisa de afeto
Dor não cura com penicilina.

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa
Poesias Inéditas (1930-1935). Lisboa: Ática. 1955. (imp. 1990). página 31

Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.

Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.

Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.

Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.

Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.

...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.

Pablo Neruda
Presente de um poeta

Há dor que mata a pessoa
Sem dó nem piedade.
Porém, não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

A saudade eterniza a presença de quem se foi. Com o tempo esta dor se aquieta, se transforma em silêncio que espera, pelos braços da vida um dia reencontrar.

Saudade é sentir que existe o que não existe mais. Saudade é o inferno dos que perderam, é a dor dos que ficaram para trás, é o gosto de morte na boca dos que continuam. Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: aquela que nunca amou. E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver.

Aguinaldo Silva

Nota: Trecho de fala de um personagem da novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva. Muitas vezes atribuído de forma errônea a Pablo Neruda.

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Amar é

Amar é chorar a dor de uma saudade, saudade de alguem que está tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

E ela dormiu,
Num sono profundo partiu
Sem tristeza nem dor
Foi-se embora meu amor.

A saudade que fica
Lembrança nos traz,
Assim quis o destino
Só peço que vá em paz.

A Saudade Eterna da Minha Mãe

A dor por perder a minha mãezinha querida jamais deixará o meu peito, mas hoje posso dizer que aprendi a conviver melhor com o que antes chamava de sofrimento.

Saber que não terei os seus abraços nem os seus beijos já produziram muitas lágrimas, que transformei nas melhores recordações do mundo inteiro.

Por mais que o sofrimento tenha sido afastado, a saudade que tenho dela nunca deixará de ser eterna. O luto pode ter terminado, mas não haverá um único dia que não pensarei nela.

O pior da morte,
não é a dor de quem fica,
não é a saudade de quem lembra,
nem a tristeza de quem não para de chorar.

O pior da morte,
é o desapontamento,
que sente aquele que não pode continuar.

Como se consegue conviver com a saudade,
tá sempre faltando algo,
tá sempre faltando você.
Vazio que não se preenche.
Dor que não se supera.
Amor que nunca se acaba.

Eu queria morrer um pouquinho
Pra ficar com você um tantinho
Que essa dor me consome, voraz

Eu queria morrer um instante
Pra matar a saudade constante
Que meu coração já não tem paz

Eu queria morrer um momento
Pra morar nesse teu acalento
E não sair desse abraço jamais

Eu queria morrer um segundo
Pra recuperar em teus olhos, meu mundo
E então já lhe digo, até mais

Existe sim, dor no amor. Mas não no próprio amor. O verdadeiro amor é intocável. Ele nasce, cresce e, sim, pode acabar. E é justamente nesse momento, que a dor aparece e em vários momentos.

Sentir a dor de se perder um amor é necessário, como tomar água para matar a sede.

Primeiro vem a dor de quando a relação acaba. O desejo acabou para a outra pessoa. Você tem que se acostumar com a ausência dela. Isso é difícil. Entender que os velhos costumes não vão existir mais. Que aquele restaurante que vocês frequentavam juntos ficou no passado. Que as conversas até de madrugada não vão acontecer mais.

Com o tempo, surge outra dor. A dor de perceber que a vida pode ser interessante novamente. Talvez com outro alguém, com novos amigos desse outro alguém, com a nova família desse alguém. Aí dói. Por que estamos acostumados ao amor daquela outra que amamos, que nos foi retribuído e vivido intensamente. E você acha que amor igual a esse nunca mais vai ter na vida. Por que era tão bonito, tão verdadeiro, impecável. Você não quer abrir mão daquilo que já viveu. Mas essa é a justamente a questão: já foi, já viveu.

E na verdade, é só o medo de recomeçar que assusta. Você já não ama aquela pessoa mais, como antes, mas gosta do amor que sentia por ela. Se admira por isso. Se admira por tudo o que viveu.

A última dor é a dor de sentir que esse amor já não está mais dentro de você.

Lágrimas

Lágrimas quentes e silenciosas... lágrimas ardentes de dor
e saudade de meus olhos estão a rolar!
Queria com todo ardor nunca mais chorar por você,
Tento esquecê-la mas não sei como fazê-lo!

Lágrimas deslizam suavemente pelo meu rosto
quando penso em você... não tem jeito de parar!
Perdido dentro da escuridão de minha vida sinto uma vontade
imensa de ver você... encontrar você!

Lágrimas... tantas lágrimas... soluços
dolorosos como uma fonte tristemente a marulhar!
Tenho os olhos marejados de lágrimas... de saudades de você!
Olho tristemente para o céu e deixo a brisa suave
secar minhas lágrimas que estão novamente a rolar!

AH! SAUDADE

Ah! Saudade
Dor que vem devagarzinho, de mansinho,
Vai chegando como quem não nada quer ...
Se instala sem pedir licença...
Como o vento...é brisa que vai aumentando sem se ver...

Ah!...Saudade...
Tu és a ausência de alguma presença...
És a musa inspiradora dos poetas...
Companheira dos amores perdidos... desiludidos, sofridos...
Dos amores banidos...

Ah!...Saudade...
Lição de vida...
E que lição... que vida...
Vida vivida... aprendida...sofrida.
Lição de quem já amou, sofreu ...enfim... viveu.

Ah!... Saudade...
Saudade da infância...das brincadeira... dos lugares...
dos amigos...dos parceiros...falsos ou verdadeiros,
Dos namoros, das musicas, das conversas,
Saudade é dor doida...
Porem,sincera...verdadeira...

Ah!... Saudade...
Enfim... saudade...
Companheira de uma vida inteira...

Dor da Saudade

Faz tempo, sim faz um tempo que você partiu, meu coração bate forte toda vez que lembro dos momentos de outrora, que a tinha em meus braços, olho para o sol e tento buscar o brilho dos teus olhos, olho para a chuva e tento separar a lágrima de que cai com a água da chuva que desce do céu, o céu parece que chora comigo e as estrelas perdem seu brilho, não ouço mais sua voz nem sinto teu abraço que antes me apertava, sua boca quando sussurrava dizendo..."O dia amanhã é confuso demais para o que sentimos hoje, me agarro aos portões da velha rodoviária tentando decifrar qual foi o seu destino, sei que em algum lugar estar, e sei que talvez um dia eu irei te reencontrar por que a dor da saudade, ela eterniza a presença dos que aqui estiveram.

Despedida

E na hora da despedida
Saudade antecipada
E dor desmedida
O Adeus ansiando a vinda

O abraço que parece ser o ultimo
O Pranto que soa como em um velório
A separação machuca quem vai
E fere quem fica.

Ah! Se eles soubessem como é triste sentir
a dor do abandono… Como é deprimente
a saudade...