Dor Fracasso
Quando você nasce pré-destinado a estar sozinho, não há companhia com intensidade no seu nível, e isso vai te machucar sempre!!
É necessário passar por tantas decepções e tantas dúvidas na cabeça?? É necessário a vontade de se auto-mutilar? Por que ocorre?!
Matei o que chamavam de amor, pois eu tinha medo de amar. Diziam que era sentimento, doia, sofria, algo que marca por dentro. Deixa gosto amargo, peito rasgado no coração desalento. Tive medo, matei o amor pra não viver sofrimento.
Sozinho ouvindo e sentindo o mundo lá fora sorrindo enquanto a noite amarga segue me despindo, rasgando e dilacerando o manto da minha alma. Para ela, enudecido de mim mesmo me coloco ao centro do meu sentimento, rogo, me quebro, fico doente mas o coração pulsa sempre de forma ardente e inocente. A linda subida dos ânimos de quem quer se ver voando livremente, lá embaixo, muros de incertezas se solidificam para que eu possa me arrebentar. As vidas são esquecidas mas jamais apagadas, os olhos se reencontram e as estruturas são abaladas, meu amor vive em baladas e badaladas do grande sino da confusão e começo a imaginar a aflição do coração ao estar e suas mãos. Nada nessa vida é tão imortal quanto o verdadeiro amor porque a eternidade é feita dele e por ele me dividi para dizer - eu sou o que sou e o amor me formou-. Ao fim desse túnel de desespero espero pelo clarão da afirmação de que o amor da minha existência não mergulha mais em confusão mas sim na mansidão e no amor de meu amor que agora é também amado.
Um acto
Um acto eu espero para que tudo dê certo um acto eu espero para que nada seja incorreto um acto espero para que nada seja incerto, um acto eu espero para que os numeros decrescam um acto um acto eu espero para dizer adeus e até nunca...
Maculei o seu corpo perfeito com minha existência vil, resultado do caos mental em que se encontrava... Seu maior fracasso, confiar em mim, e não obstante me permitir segundas chances, chances que por ego eu trucidei.
Ainda na destruição causada pelo meu ser em seu ser, por vezes foi seu abraço amigo que mudou meu olhar distorcido sobre o que entendo do viver, e ainda que o sol me queimasse pra fora da sua pele, almejaria eternamente mais um abraço.
Não seria surpresa me odiar, e se odiar por mim, já que tentei consumir a sua imagem, mas porque mesmo com todos os assombros, você ainda não me exorcizou? Não posso ser considerado um amigo, mesmo já tendo almejado seu amor, e ainda que morra comigo, ou que sofra minha dor, serás meu herói invencível, um que graças ao seu Deus, me adotou.
O chão cercado de lindas pétalas organizadas em espiral, tão belas, tão meigas mas tão mortal! A dor em buquê expõem o que deveras sente, gracioso, virtuoso, estupendo e ardente... Todavia sufocante, um verdadeiro "estrangulado amor", que brota no coração, justamente como flor.
NÃO CHORE O AMOR
Não chore nunca o amor perdido
No silêncio sombrio da sofreguidão
Deixai ir, à solta, o luto da emoção
Na dor de o afeto vão adormecido
E quando, à noite, o vazio, for valido
Abrolhai, no peito, a doce recordação
Pura, e feliz, das horas em comunhão
De outrora, e na história de ter vivido
Lembrai-vos dos enganosos, dos idos
Das sensações com haveres divididos
E das maquinas que te fez quiçá doer
E, ao considerar, então, a tua perca
Vereis, talvez, como é frágil a cerca
Da divisão. E que é possível esquecer!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2020, 10’41” - Cerrado goiano
Misturado a compaixão e um punhado de tragédia, cada pessoa sufoca-se na felicidade que tem ou morre na infelicidade...
nos inúmeros momentos que morro em teus lábios sinto a vida...
nós dias que se passam sinto a vida sair de meu corpo no desejo de te ver...
a morte clama meu nome em lápide fria...
tantos resumos num instante que a desejo.
Submersão
Negar-te como amor
Temporariamente é impossível.
Não há como domar o que sinto
Nesse consumar do instinto.
E uma agonia me consome
Quando ao homízio me encontro nivelado,
Pois a cama é nosso maior reflexo
Dos beijos, do toque, o mel provado.
E rente ao meu (eu) me defronto
Uma imparável e tenebrosa guerra fria;
De um lado o ego ferido - talhado,
De um outro a razão que me guia
Mas ambos num mesmo prisma distinto
Por querer enlaçar-te aqui e agora
E mesmo ao recente epílogo que se fez
Hei de por ti padecer à demora.
E assim a vida segue seu curso
Onde tudo que existe nasce e morre
Feito a chama que inda vive em mim
Que externamente implode e interna eclode
E por estar sendo sem sentido
A insistencia dum sentir sem estar
Nada mais comporta tamanha dor
De estar remando sem rio navegar.
Agora, doce minha, mentira- peregrina
Translúcido louca(mente) desvairado
Acorrentei-me às palavras furtivas
Que fortes eu teu amor, teu amado.
Negar- te hei, oh abioso tempo
Para que tuas feridas nao me sumam às presas,
Mas que bem sei, quando bem querer
Haveis de curar-me dessa dor que me resta!
Willas Gavronsk
Felicidade
Por Islamara Costa
Antes de ontem foi o dia da felicidade. Enquanto ouvia a reportagem no rádio falando sobre uma pesquisa realizada no mundo, pra saber quais países as pessoas eram mais felizes, fiquei me perguntando se algo tão subjetivo quanto a felicidade, fosse realmente possível de ser mensurada em números.
Afinal, quem não quer ser feliz? Mas ai fica a questão: o que seria a felicidade? O que precisamos para alcança-la? A felicidade está mais para o ter, o possuir, ou, ela está dentro de nós? Na verdade, parece que hoje, a felicidade virou uma obrigação e não um sonho almejado. É como se para sermos felizes, não devêssemos passar por lutas, dores, dificuldades. Eu tenho a obrigação de parecer feliz, na atual conjuntura, quando na verdade eu deveria ter o direito de ser feliz.
Por que fazemos tanta questão de esconder a dor? Por que fingimos que não a sentimos? Por que a necessidade de sempre parecer bem aos outros? Por que damos tanto valor a aparência, ao que pensam de nós?
Não coaduno com o fato de nos entregarmos a angústia (lutei, luto e sempre lutarei com o humor deprimido), não compactuo com a ideia de vivermos a murmurar (acho que temos que sorrir apesar de...), nem de se lamentar, mas o fato é que negar o que sentimos, não fará nenhum bem a nós mesmos. Fingir que determinado sentimento não existe, não é melhor forma de lidar com ele.
Vivemos numa época de uma falsa felicidade, onde as pessoas se satisfazem pelo consumo, pelos lugares onde andam, pela marca que vestem. A felicidade parece que consiste em TER, quando na verdade isso não passa de uma fuga da realidade. Onde anda o valor do ser? Onde se anda o valor de se estar com amigos, familiares, com pessoas que amamos? Não importa o lugar e nem a atividade que você possa no momento realizar. Um bom café com bolacha, ao lado de uma pessoa querida e um bom papo, traz felicidade a qualquer alma. Agora se estamos dando mais lugar a outras necessidades do que a da nossa alma e essência, ai é outros quinhentos.
Mas eu continuo me interrogando: qual o verdadeiro sentido de vivermos para mostrar que ESTAMOS BEM, quando na realidade estamos sendo corroídos pela dor, pela angústia, pela insatisfação, enquanto tentamos mostrar justamente o contrário. E quando questiono tudo isso, faço-o com conhecimento de causa. Já vivi essa necessidade de demonstrar um bem estar, que na verdade eu não sentia e acreditem, não há coisa mais cruel nessa vida, do que você fingir, querer transparecer uma situação que não é real.
Seu olhar denuncia, suas palavras revelam nas entrelinhas, suas atitudes demonstram. Não há como escapar do que é real, do que é concreto. A receita é antes de qualquer coisa aceitar a situação existente e ter atitude diante da mesma. Não há um rol taxativo no qual lhe direcione para a solução das adversidades da vida, mas certamente fingir não sentir a dor, é sem sombra de dúvida, a pior das opções da vida. Chorar certamente não vai resolver sua dor, mas quando você resolve aceitá-la, senti-la; quando você resolve não mais se envergonhar dela, com certeza vais encontrar um meio de aliviá-la também.
Pense nisso.... não existe perfeição nem em nós e nem na vida, pra que fingir essa existência, então?. Aceite seus fracassos, seus erros, suas desgraças, como uma forma de aprendizagem para ti e para teu próximo. Seja você, seja autêntico, isso provoca um bem indescritível.
Quando você deixar sua essência falar, vais ver que muita coisa dentro de você vai mudar.
Carpie diem
Você diz que não guarda rancor,
Mas as cicatrizes ficam,
E lhe trazem o amargor,
Enquanto eu só lhe causo dor,
Um hora, isso mata o seu amor...
Os conflitos entre pessoas que amamos nunca se têm vencedores, pelo contrario todos perdemos e as cicatrizes não fecham e a dor árdua, dói por muitos e muitos anos.
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