Dor Fracasso
Se a vida que você calça não é o seu número, além de te atrofiar os membros, a dor ininterrupta passará a ocupar todos os seus sentidos, tornando-te cego para qualquer outra coisa que não seja a dor.
Às vezes, a vida nos quebra em mil pedaços e a dor é tanta que nos fechamos dentro de nós mesmos. Ali ficamos encolhidinhos, enclausurados no sofrimento, sem enxergar saída alguma, mas de repente, uma réstia de fé entra por alguma fenda da nossa alma quebrada e como o sol acorda a esperança que adormeceu dentro da gente.
Perdoar não é minimizar a dor que sentimos, não é enxergar como legítimo o que nos fizeram e muito menos aceitar. Perdoar não é invalidar nossos sentimentos, não é apagar da nossa memória como se nada tivesse acontecido. Perdoar é respeitar a nossa dor e aos poucos tirá-la do foco das nossas atenções, porque é isso que a alimenta. Perdoar é ser valente o suficiente para enfrentar dia após dia a covardia que nos fizeram. Mais que corajoso, perdoar é um ato de superação e inteligência.
A linha que divide o prazer e a dor é tão tênue, que às vezes a gente chora de alegria, outras vezes, mesmo chorando por dentro sorri, como se alegre estivesse.
O bonito dessa vida é que a gente sabe que ela não é só feita de dor, maldade, sofrimento e coisa feia. A gente sabe que tem beleza oculta em todo canto, que tem magia escondida nos detalhes, que tem fé se renovando, que tem esperança acordando junto com o dia, que tem milagre acontecendo. A gente sabe que tem sonhos se renovando a cada novo amanhecer. O bonito dessa vida é que a gente sabe existe gente de coração bom, puro e lindo, gente de alma transparente, riso largo, que se veste de amor e exala doçura em cada gesto. Gente que carrega sempre uma prece nos lábios, uma palavra de carinho ou um desses riso despretensioso e bobo, mas tão cheio de poesia para nos presentear.
Lição que deveríamos aprender com a borboleta
A borboleta sabe que a dor de viver espremida dentro do casulo é só uma fase, por isso, resignada enfrenta a metamorfose e o processo de mudança.
Se em meio a dor e a angústia faltarem-te palavras para clamar a Deus, chore, chore até esvaziar o coração, mas tenha certeza de que antes da última lágrima cair, Ele ouvirá a tua prece. Lágrimas também é uma forma de oração.
Foi num misto de clareza e confusão, que notou, que na dor de descobrir que não o amava, havia um certo prazer, sutil, no entanto, mais doce que o prazer que sentiu no dia que percebeu que o amava.
Às vezes, a dor é tanta que a gente desmorona, mas chega uma hora que não tem mais como ficar no chão. Com dor ou sem dor a gente tem que se levantar, recolher os cacos, costurar os rasgos que foram feitos na pele do coração e seguir em frente de cabeça erguida.
Deixe ir quem não quer ficar! Ter ao teu lado alguém que não quer estar ali te causa uma dor maior que a da perda. Desapegue! Deixe que vá!
Inocência é achar que somos capazes de andar pela vida sem esbarrar em alguma dor, sem colidir com a ingratidão, sem tropeçar na deslealdade e em alguns desafetos.
Bobagem é crer que não seremos alvo do egoísmo, da inveja e da maldade humana.
Infantil é acreditar que hora ou outra não vamos ser atingidos por palavras com calibre suficiente para fazer sangrar o coração, ferir a nossa alma e até matar algum sonho frágil.
Ingenuidade é esperar que a vida pare para passar a mão na nossa cabeça, para vir curar nossas feridas. Não, ela não vai! Você é quem vai ter que fazer isso sozinho. A vida não é um paraíso, mas também não é um inferno e quanto mais cedo aprendermos isso, menor será o sofrimento que é inerente à própria vida. Não culpe Deus por isso, se a vida fosse um mar de rosas a nossa oportunidade de crescimento espiritual e o livre arbítrio estariam comprometidos. Deus não pode interferir e exatamente por não poder interferir é que ele nos deu a fé. É na fé que está toda a força que precisamos para superar as adversidades e os obstáculos, é nela que encontramos a proteção que precisamos para acordar toda manhã e sair para a vida sem medo porque vida não é guerra, é celebração.
Sobre o período de luto da dor
Toda perda dói, machuca, é frustrante, desgastante, estressante. Seja a perda de um trabalho, de uma amizade, de um namorado ou qualquer outra coisa. Existe uma quantidade de perdas enorme e, e eu ficaria horas aqui listando-as. Umas são menores, outras maiores, umas doem mais, outras menos, mas todas doem. Algumas rasgam a pele da alma, sangram o coração de forma que parece que vamos morrer com a hemorragia, ou vamos viver eternamente com aquela dor lancinante. Algumas pessoas são mais resistentes às perdas, à dor, suportam melhor as mudanças, outros não. Isso quer dizer que você seja fraco? Claro que não. Quer dizer apenas que você tem uma constituição emocional diferente. Quando perdemos algo que nos dói, não é necessário nos fazermos de durões, fingir que não dói, que aquilo não significou nada. Se dói, dói! Deixe doer. Se permita doer até que a dor se esgote. Se permita seguir a ordem dos fatos: se assustar com o acontecimento, chorar, sofrer, enterrar a dor, fazer sua missa de sétimo dia, respeitar o seu período de luto e depois seguir em frente. O tempo necessário para isso eu não sei, cada um tem o seu tempo e respeitar esse tempo também é saudável. Só não fique remoendo o que te doeu a vida inteira. A vida continua. É sábio entender que há pessoas, situações e acontecimentos que não merecem a nossa dor, que precisam serem tirados do centro da nossa atenção para liberar espaço para o novo da vida. Continuar nem sempre quer dizer esquecer. Quer dizer não permitir que o que nos fez sofrer continue a nos machucar a vida toda, que nos impeça de viver coisas coisas novas, de sermos felizes, de celebrar a vida com a leveza que ela merece. Há pessoas e acontecimentos que mesmo que quiséssemos jamais conseguiríamos esquecê-los e há outros que para o próprio bem da nossa saúde mental e emocional devem ser esquecidos. Inteligente é distinguir um do outro.
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