Dor Fracasso
COVARDE
Se, assim, bater de novo à minha porta
Ah saudade! deixai quieta a minha dor
Não mais me traga sensação que corta
Que açoita a emoção com aflitivo ardor
Do pouco o tudo na recordação importa
E nada comporta um gesto tão opressor
Pois bem, cada lágrima pesar transporta
Então, dar-me-ás suspiro pra lhe transpor
Mas, aí! no peito bate forte está aflição
Sussurra em voz alta, em árduo alarde
Avidando um aperto no sisudo coração
Tremo... Sôfrego... E doloroso... sufocado,
... me deixo bater a saudade como covarde
E me ponho a sofrer como um apaixonado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 dezembro, 2022, 11’42” – Araguari, MG
Você consegue imaginar o tamanho da sua dor?
Sabe, você tem suportado tantas batalhas, lutas e desafios. Superou machucados de relacionamentos, familiares, sobreviveu à acidentes sofridos por carros, motos, e ainda se manteve de pé!! Você é Durão.
Mas por que quando os outros se ferem você desaba? Porque sua dor é suportável, mas a que você sente pelos outros não. A dor (deles) inclui pessoas, animais. Essa dor de injustiça, abandono, tragédias sobrenaturais. Cara, isso é insuportável. Isso nos derruba como Poatan derrubou Adesanya! Nocauteado.
A alegria pode ser compartilhada, mas a dor não. Você pode entender porquê estou feliz, mas nunca compreenderá minha tristeza. Há coisas que ficam ocultas no íntimo e são intransferíveis.
Esquece-se que a dor purifica. Falta, à cultura da curtição, a possibilidade da catarse. Assim, sufocamo-la com os resíduos [Schlacken] da positividade, que se acumulam sob a superfície da cultura de curtição.
Isso não é sobre mim
estou lamentando minha própria culpa
sofrendo da dor do outro como se estivesse no direito
isso me faz uma pessoa doente ou egoísta?
E quando dentro de mim houver dúvida, ansiedade e dor, me silenciarei, e então escutarei a voz de Deus.
DOR
Se o vento soprar silêncio
E me perguntar o que é a dor
Direi no vão momento
Que é ausência de amor.
Mas, se insistir o que é tristeza
Causa de nos magoar
Direi então é a beleza
De sorrir para não chorar
Que são fagulhas de espinhos
Que penetram minh´alma
É a distância do carinho
Do tudo que fez-se em nada
Posso dizer sentida
Que a dor é pranto que cai
Que é todo o mal que fica
Quando todo bem se vai.
Não brigues comigo.
Se eu escrever sobre dor, vou machucá-lo em sua identificação.
Mas se escrevo sobre esperança é para confrontá-lo à descoberta.
É nesse olhar que te entrego a minha empatia.
A dor, embora muitas vezes visceral para o corpo, é ferramenta de transformação única para a alma. O que nos cabe é não julgar a do outro, aprendendo unicamente com a nossa.
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