Discurso
Desenvolve-se rinite alérgica quando se entra em contato com o discurso de um surrupiador do conhecimento.
(A verdade só vem com amor)
"Não vem com esse discurso sem amor
Mesmo você que se diz representante da religião
Deus disse não usará meu nome em vão
Então qualquer palavra que venha sem amor é blasfêmia
Ou concorda ou sai de cena
Por que vai propagar inverdades
Que podem distorcer a realidade
Da nossa sociedade
Sociedade essa que clama pela verdade
E a verdade só vem com o amor
Discurso sem amor, só transforma
Oprimido em opressor
E como disse nosso senhor
Amai ao próximo como a ti mesmo
Isso quer dizer, igualdade entre os gêneros
Indifente de cor, credo ou classe social
E por isso que repito, sem amor seu discurso é só mais um erro banal..
Eu detesto esse discurso que é preciso ser o melhor em tudo o que se faz. Porque? Para quê? Para quem?
Porque não podemos simplesmente desfrutar da vida e das coisas como aprendizados e oportunidades para fazermos parte da história de alguém de maneira simples e despretensiosa? ... Quando vejo alguém dedicando -se a a alguma coisa que gosta e imediatamente outra pessoa canaliza aquilo para ganhar dinheiro ou tornar-se uma carreira. As pessoas se esquecem de desfrutar do que são.
Não há conhecimento ou meditação
Não há mantras em repetição,
Nem o discurso ou direção
Objeção na prelação
Seiva anêmona sob hipersecreção
Nenhuma raiz ou flor, nem ramo ou semente,
Sem árvore, pétalas ou fruto nascente.
Lugar, esse, não há dualidade
Bondade ou maldade
Nenhuma verdade procurando sanidade
Nem pecado ou enfermidade
Não há dia ou noite pondo em herdade
Há resplendor: ângulo, íngreme, húngaro
Vândalo, êxodo, síndrome, lábaro
Ávido, pálido, translúcido, fígaro
Fígado, em metástase.
Os corruptos são hábeis oradores: formulam um discurso com diversas camadas de entendimento. Assim, o ignorante que o ouve, pensa que orador fala em seu favor; o de entendimento mediano, desconfia, mas acaba aceitando; somente o esclarecido consegue perceber que o orador fala em benefício próprio.
Ilicitismo retórico: discurso de uma pessoa pública tentando desqualificar provas irrefutáveis de seus crimes.
Élcio José Martins
O MILAGRE ENVERNHONHADO
No discurso venceu batalhas,
Venceu exércitos, escudos e muralhas.
Prometeu cortar com lâminas e navalhas,
Disfarçadamente transformou liberdades em cangalhas.
A contra ditadura,
Sempre cuspiu doçura.
Jogou fora a formosura,
Feriu a história da postura.
O recado que era dado,
Da lamúria e do humilhado,
Escondeu que tinha lado,
Quando o poder foi conquistado.
A nação pediu clemência,
Pediu o banho da decência.
O contra ponto é a inocência,
Dos que defendem a violência.
Jogou fora a oportunidade,
De ficar bem na posteridade.
Destruiu a propriedade,
Todo bem da sociedade.
Descarrilou o bonde da história,
Na algibeira o dinheiro da memória.
O tempo da meia volta,
Mais uma vez, sofre o filho da derrota.
Nas linhas em branco foram escritas,
Frases de efeito, ditas e reditas.
Falam os verbos nos discursos que palpitas,
Defender o caos soam coisas esquisitas.
A verdade se consome na mentira,
A aceitação se transforma em ira.
No balão o cidadão ainda respira,
A gastrite da nação bebe chá de sucupira.
Hoje o enredo só mete medo,
São Thomé não acredita no que é segredo.
Somos filhos de um passado de degredo,
Foram fortes as palavras de Figueiredo.
Envenenou o rio das ilusões,
Tropeçou no trotar dos alazões.
Vendeu caro as promessas nos fundões,
A mudança se dará bem distante dos canhões.
A mudança não tardará,
A fome da certeza acabará.
A banda novamente vai tocar,
O hino da vitória numa noite de luar.
A alegria da cantiga se ouvirá,
O coração tristonho alegrará.
O sorriso ainda mais se abrirá,
Desistir jamais. Temos um Brasil pra reconquistar.
Élcio José Martins
A minha política não se baseia em fazer discurso em beneficio próprio
Mas sim em fazer o bem para a vida;
O melhor livro, como o melhor discurso, fará tudo isso - nos fará rir, pensar, chorar e comemorar - de preferência, por essa ordem.
Fragmentos de um pequeno discurso amoroso
<3
Depois de experimentar uns dois vestidos e dizer:
Que horror! Escolhe um de corte reto em tons alaranjados. Pergunta se gostou de sua escolha. Ele deitado na cama fumava devagar no prazer sutil de soprar nuvens. Tinha no rosto um leve sorriso enquanto dizia a ela que sim que gostou muito e o tom alaranjado combinava com sua pele. Puxou a pelo braço e suas bocas colaram-se num beijo úmido e intenso fazendo-a cair em seu colo...
Ficou alguns segundos olhando em seus olhos, lentamente ia lhe dar um segundo beijo, quando rapidamente ela se desvencilhou dos seus braços e disse:
Agora não, é tarde, tenho que ir...
Pudesse tornar isso uma realidade
Entrou no vagão lotado do metrô, procurou um lugar. Folheou o livro que tinha nas mãos: A lógica do cisne negro. Ficou olhando para ele sem a mínima vontade de abrir. Já sabia, era mais uma história que leva a canto nenhum.
Procurou um motivo para tornar a sua presença real, encontrou em cada um à sua fisionomia. Aquele homem ali sentado. Aquelas mãos ali cruzadas, aquela outra manuseando o celular, aquele casal que não para de se beijar. Isso deveria ser crime...
Vejo-o, vejo-o....
Sinto no corpo toda a caricia dos seus dedos, a sua carne entrando na minha
a sua pele deslizando na minha
e a alegria do silêncio nas horas de esgotamento...
Pudesse eu beijar-te os olhos...
Seus pensamentos são quebrados pela voz no alto falante:
Envie torpedo denúncia para 97509749...
As pessoas somem exceto eu – pensou
Tinha que suportar este dia, um dia a mais e mais um outro
como se fosse prisioneira do tempo....
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