Desesperança
A escrita exige drama e o drama nasce da luta angustiante entre a esperança e a desesperança, onde a fé, imagino, desempenha um papel essencial.
Nada escapa aos olhos atentos da espiritualidade, se o ontem foi visto com desesperança, o hoje sempre poderá ser um presente para o amanhã
A brisa de desesperança me envolve, um vento gelado que corta minha alma e me sussurra segredos sombrios. Caminho pelos bosques sem fim de desespero, onde as árvores retorcidas ecoam meus pensamentos mais sombrios. A solidão é minha única companhia, uma paz que é ao mesmo tempo meu refúgio e minha prisão. No silêncio, ouço o eco do meu próprio vazio, um eco que ressoa como um lamento solitário. Cada passo que dou na escuridão é como um passo mais profundo na espiral do desespero, onde as sombras dançam ao redor de mim, como fantasmas de sonhos quebrados, a esperança parece sempre distante, uma estrela fraca no horizonte, e eu me pergunto se algum dia vou encontrá-la novamente. Enquanto a noite avança, eu me entrego à melancolia que me envolve, um abraço triste que se tornou meu lar. E assim, continuo a vagar por entre os bosques sombrios da minha própria mente, perdida na tristeza, em busca de mim mesma.
Não espero que alguém me creia. O outro é, por vezes, nossa desesperança. O provérbio que trata como maldito o que confia nos homens é tão atual como sempre foi. Nenhum homem é digno de fé. A nossa salvação vem de Deus, porque nenhum outro nos pode salvar.
Estamos todos, ainda que neguemos, sozinhos nesse mundo e dependentes do Seu amparo.
Desesperança
Destemperança
Desassossego
Desaconchego
Mas eu me sinto bem.
A falta do meu pai
A bolsa de Xangai
O grito no sussurro
Ler Dom Casmurro
Eu me sinto bem.
A força do vento
O peso do tempo
As águas de março
A sobra de espaço
Mas me sinto bem.
O Furacão Milton
A Morte do Ilton
A cólera da vida
A cicatriz e a ferida
Me sinto bem.
A falta de certeza
Os ritos de beleza
O triângulo da tristeza
O fim da natureza
Me sinto bem.
Apesar dos pesares
Da fúrias dos mares
Da queda dos pilares
Do incidente em Antares
Ainda me sinto bem.
Embora a esperança de um povo possa ser dita ilusória, desesperança-los pode ser tirar-lhes tudo o que resta!
Não é necessário mais estímulos externos para a desesperança, pois o sistema faz isso de diversas formas a todo momento!
Quando
Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
A desesperança e o arrependimento tomarem-lhe as forças
A reflexão constante tornar a sua paz ausente
Lembre-se que o passado não volta, mas o futuro é uma semente
Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
E no travesseiro o seu descanso for perturbardor
Sua vida não passar de obrigatórios compromissos diários
Lembre-se dos seus antigos sonhos. Deles somos sempre os operários
Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
E, por ventura, tu tiveres esquecido o que motiva um recomeço
Sem lembrar do encanto reluzente do firmamento
Feche os olhos, pense numa borboleta e deixe fluir o sentimento
Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
E a solidão insistir no acolhimento do seu coração
Pelos seus pensamentos perdidos, sua alma vagar em pranto
A vida estará a sua espera para injetar-lhe encanto
Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
Escolha um amanhecer e vista uma fantasia
Finja ter saído da tristeza
E tente, sob o palco da existência, retomar a sua alegria.
E um dia a gente se conforma que,
não há nada melhor que a morte,
quando a sorte do desvalido
é viver morto.
Uma das coisas mais tristes é testemunhar pessoas dizendo "não existe fidelidade, todo mundo trai" ou relaciona as consequências da falta de amor com o amor. Sem esperança não há chances, bobo não é quem acredita na fidelidade e no amor e sim quem aceita a falta deles.
Sua aparência desleixada aponta para a vida que se esvai em seu interior. Grita, pede socorro, mas sua voz é inaudível. Sua dor é invisível, intransferível. No olhar, o canção do labor diário, da rotina para manter as contas pagas, da falta dos amigos que se foram juntos com seus afazeres domésticos. Da festa que cessou por falta de alegria. Por falta de amor. Por falta de ser amada, calou -se. Morreu por dentro, sua alegria, só esqueceram de enterrá -lá.
Não é no momento da mais profunda dúvida que nascem as novas certezas? Nesse mesmo sentido, talvez a desesperança seja o adubo que alimenta a esperança humana; talvez nunca experimentássemos o sentido da vida se antes não tivéssemos experimentado seu absurdo.
Quando nada mais parece fazer sentido
Quando já não importa mais
se o dia já é noite ou se a noite já é dia
Tanto faz se tem Sol ou estrelas
Quando a necessidade básica de sobrevivência
não parece mais ter sentido algum
Tudo parece tão sombrio
Tudo parece ter mudado
O barulho, sem mais nem menos
Se fez silêncio
E a alegria se fez tristeza
Tudo parece ter mudado
O riso calado
Simplesmente observa esta cena
Na qual tudo se faz nada
É só vontade de chorar
É um vazio no peito
É a dor que não quer calar
Um vazio que não se preenche
Uma solidão companheira
É o querer fazer
Sem nada poder
É o grito abafado
Uma pergunta sem resposta
Por quê?
Se um dia já foi perfeito
Já deveria ter imaginado
Algum preço eu teria que pagar
Por que tão caro?
É só tristeza
Não vai passar?
Será que me acostumo?
Tudo o que eu não preciso é chorar
Mas a minha maior qualidade neste momento é exatamente esta
Sinto saudades do tempo em que conhecia meus sentimentos.
Do tempo em que sabia o motivo pelo qual eu chorava ou sorria.
Dos momentos em que eu vivia plenamente minha vida.
Sinto saudades de tudo o que vi e vivi, porque sei que minha alma estava tranquila nesses momentos.
Hoje quando tento me encontrar
Só vejo a mesma dor, promessas vazias
Hoje sinto um vazio que ainda não sei o que é, e que talvez um dia o tempo me permita entender.
Sinto falta de mim
Mas não me lembro quem eu fui
Quem já considera normal sua depressão
E que já se acostumou com a tristeza
Alguém que carrega dentro de si
Um imenso vazio
Alguém que mora num mundinho escuro
Para não enlouquecer
Este seria um pedido de socorro?
De alguém que está com a alma ferida
Alguém que teve as asas cortadas
E que não sabe mais onde se segurar
Para não mais afundar num buraco
De onde só se ouve gritos de dor
Alguém que mal começou a viver
E já se cansou da vida
Seria um abraço a salvação?
Do ombro de uma alma amiga pra compartilhar as aflições...
Ou daquela senhora com roupa negra e um final na mão...
Translúcida
Sobre tudo que aconteceu,
Agora paro para refletir.
Posso ter chorado, sofrido, te amado.
Tudo materializado por uma alma insana.
Buscando meu pico de centralidade,
Rodo como um pião afinando meu eixo.
A maturidade bate na porta.
Ajusta os ponteiros,
Calcula horas, dias e meses de desespero.
Com tanta desesperança,
Parece que o pique esconde é com a felicidade.
Que hoje vive em local incerto e não sabido.
Assim como um criminoso ou forasteiro,
Machuca pessoas, vem com data e hora para ir embora.
E some.
Nessa seca de verão,
Secou tudo.
Canal, afluentes e coração
Descrente com as águas de março,
Sigo sem salvação.
Terreno quando judiado pelo tempo,
Nasce flor com espinhos.
"Muitas vezes, seus vazios existenciais não precisam ser preenchidos e sim contemplados com respeito. Pois talvez façam parte de sua arquitetura emocional."
"Minha fé na humanidade não pode estar atrelada ao mal que percebo no outro, e sim no melhor modelo que consigo de mim mesmo como humano que sou".
Ando vendo muitos filmes de romance, pra que eu lembre bem que tudo isso é de inventado e de mentira.
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