Deserto
MEU PESO
O fardo era pesado, e o calor escaldante, do
sol no deserto.
A noite contava as estrelas e tilintava de frio
sorrindo para enganar a dor, fui deixando as minhas pegadas,
pelos lugares por onde andei.
E, para aliviar o peso do ombro
cada vez que eu parava, para descansar
deixava algo para diminuir o peso,
do meu fardo,.
E em meio as tempestades de vento fui espalhando minhas sementes
e regando-as com minhas lágrimas.
que hoje
as vejo florir!
..
Quando Deus quer restaurar uma pessoa sempre a leva para o deserto. No deserto descubro que uma “fé conveniente” não é Fé, é fuga e, portanto jamais será um encontro.
O deserto é um lugar de encontro consigo e com Deus. Ao encontrar-se com Deus descubro minha própria essência. Sendo este encontro verdadeiro eu descubro o quanto o outro faz parte de mim e o quanto eu sou responsável pelo outro, que Deus se faz presente no outro também, em especial nos que mais sofrem. Então o deserto se torna uma passagem e não moradia, uma passagem para libertação.
É sempre inverno para a criança iraquiana
Mesmo quando o vento do deserto abrasa a terra
o frio do coração grita alto do outro lado do portão.
O céu está carregado, bombardeiros ou nuvens?
No telhado de uma escola um morteiro aguarda calado,
enquanto a professora tenta ensinar sem ser interrompida por explosões.
Comida quente, dignidade e uma bandeira branca é o que almeja essa geração.
Torpedo no celular?
Essas crianças nunca ouviram falar,
mas quase todas elas sabem
o que fazer quando o torpedo despenca do céu.
Todas tem medo de demônios,
demônios humanos vestidos de preto
que aparecem na madrugada
para ceifar cada vestígio de felicidade.
O Eufrates é mais sangue que rio,
é mais morte que vida.
A maior arma da briga por terra ainda é o terror.
Eu clamo em voz alta:
Qual terror é maior do que mutilar crianças indefesas?
Qual terror é maior que jogar gasolina no direito à vida
e acender a chama da violência?
De bomba em bomba a humanidade regride ao pó.
Do outro lado do mundo, a justiça cega adormece
em leito quente e acompanha tudo pelo noticiário local.
RODRIGUES, Roney
A imparcialidade é uma
armadura pra poucos.
É sombra na vastidão
de um deserto.
É refresco para o coração
desidratado.
Não se esqueça,
quem com a espada fere,
com a espada será ferido.
Quem com as palavras divide,
com as palavras será dividido.
Roney Rodrigues em "Imparcialidade"
É mais fácil achar um lugar no deserto pra se esconder do que esconder dos seus proprios sentimentos.
DESERTO SECO
Nado em terras secas, cheias de cactos
Despidas cegas como uma toupeira
Em breves rasgos onde descrevo o mar
Deserto seco de areia fértil ou estéril
Ninguém pode dar aquilo que não tem
Sou pó, ao pó eu voltarei a desfazer-me
Onde a vida tira-me as lascas, que importa
Nasce o sol e não dura mais que um dia
Depois da luz, segue-se a noite escura
Sombras que morrem na sua formosura
Tristezas transfiguradas pela ignorância
Nado no deserto de cactos em terra seca.
Sinto-me preso no mais profundo e deserto escuro do
medo.
Medo de te perder, mesmo antes de ti ter.
Medo de nao olhar mais para mim, mesmo sem nunca ter
mim visto.
Medo de querer ti ter , e nao poder.
Fico tremulo perto de ti.
A cada medo que tenho um dia a de passar.
Preciso expressar meus sentimentos para ti,assim
serei livre do medo.
Venta muito na Tsara
É o povo do Deserto!
Arriba o povo cigano
arriba o povo do Deserto!
Eu vim caminhando
procurando a minha cigana
vem sara kitana
vem trazendo toda a sua fé!
Cigana do Deserto
Conta-me cigana errante...
Mulher do deserto,nunca perdeste uma trilha...
Cigana sem rei...
Mil homens te querem...e quem tu queres,não saberei...
Morena dourada de mito e magia...
Com ervas,sete sangrias...
És bruxa,feiticeira,Deusa,bela...
Ser imaginário de mito e magia...
pareces pintada em aquarela...
Como oásis perdido te quero...
Entrega-te a mim,cigana andante...
Ardente,misteriosa...com este corpo de areia coberto...
És tu a flor do deserto e eu areia quente...que não te liberto
UM PALIATIVO NO DESERTO
O maná foi uma provisão Divina durante os 40 anos que os Israelitas Peregrinaram em meio ao deserto, ele era uma prova do zelo de Deus mas não sua promessa para o povo, era apenas uma paliativo até a promessa.
Quando eles comeram os produtos da terra (Js 5:11) no dia seguinte o Maná cessou (v. 12a), talvez tenha sido um motivo de tristeza para o povo que ja estava acostumado, mas o que seria tristeza tranformou-se em Alegria, pois naquele mesmo ano eles comeram as novidades da terra de Canaã (v.12c). A partir do momento em que o povo chega à terra prometida, eles não precisam mais de um Paliativo, ja haviam alcançado a promessa.
Isso com o que você tem se acomodado é so uma medida provisoria enquanto voce está passando pelo Deserto, mas Deus nao te chamou para viver de Paliativos, quando a provisão cessar, não é para murmurar, se prepara, chegou a hora da promessa se cumprir.
Nos momentos em que, a nossa vida, venha parecer um deserto, talvez seja a hora de rever os nossos conceitos quanto a Deus, pois ninguém atravessa um vazio sem um propósito!
GUARDADOR DE SONHOS
Estou cansada de agradar de aceitar de negar
Já chorei no deserto para repousar os olhos
Lágrimas caídas no arenoso já seco terreno
Em novelos de lá deitei os brancos cabelos
Abri o corpo nas searas quentes perdidas
Adormeci a sombra nos ramos dos chuopos
Acordei sacudida de gotículas da leve chuva
Molhei a minha alma nos frescos orvalhos
Ardi no forno de lenha entre a fornalha de pão
Recolhi-me nas asas das pétalas de rosas
Quantas vezes quis eu dormir ao relento
Nas planícies estreladas abertas as noites frias
Para aquecer um grito neste nascer do sol
Ler as linhas do teu corpo como se de um mapa
Se tratasse num gesto aflito de desejos já lidos no vento
Estou cansada não é da idade, e de me perder no tempo
Só quero o teu invisível guardador dos meus sonhos.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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