Desejo Morte
Encrespado Aureolo
Bloco de vida coisa que é dura.
Costura de agulha sem ter saída.
Nó de tristeza, embelezas a natureza,
Agarras-te aos vãos das manhãs,
Pois tecidos te envolvem a beleza.
És o ar rarefeito no meu peito,
Sabor a café e saliva que rejeito.
Musa toda assim delicado deleito,
És quem os meu olhos saboreiam,
Pele quente que ferve como efeito.
De leve suspeitas da mocidade,
Sinto encrespado aureolo que sabe,
Ao toque do lábio seco de inverdade.
A tensão sobe para mil sem fim
E eu no teu ventre afundo de mim.
Minha morte lenta meu medo cerrado,
Onde me enrolo, me excedo, me advenho.
Meu respirar venta no teu corpo molhado
E a cadência do teu coração tenta,
Percutir o auscultar do teu afago.
Que é ser só breve este momento,
Não pequei ao tragar-te o rebento.
Em ti eu sou a ternura do castigo,
O som que salivo e estremece por dentro,
O intimo ardor que partilho contigo.
Tragarei de ti inacabados amanheceres,
Tal como a agulha costura os doces plangentes,
Que a tua natureza pura de incastos prazeres,
Debita em mim dos teus segredos vigentes,
Que curo com a dura doçura de a mim tu te cederes.
Foi de tanto acreditar que perdeu a fé
Foi de tanto esperar que perdeu a esperança
Foi de tanto querer ver que pensou estar cego
E assim vai indo em há decepção
É hora de mudar seu rumo
Escolha outra direção
Não existo futuro certo
Tudo é um talvez
Se entregue arrisque-se e se não der certo
Comece tudo outra vez...
Estou plenamente ciente do que está acontecendo com o mundo.
Saber o que estar por vir é uma espada pesada e esperar com fé ainda é o melhor escudo.
Se preparar para luta é preciso.
Mesmo sabendo que não haverá surpresas. O desfecho é muito confortante.
Sem dor, sem calos, sem sangue.
Só uma nova vida onde antes só havia morte.
Não deixe o coronavírus coroar a sua história. Pense em suas ações hoje, pois ainda existe um amanhã e você será o principal protagonista de uma nova história.
Quem tem a mãe viva, valorize. Depois que a tampa do caixão for fechada, a única coisa que você terá será a lembrança, talvez poucas, pois quando ela estava aqui, você não abraçou, beijou, sorriu ou disse "mãe, eu te amo!". O maior presente para uma mãe é o amor dos filhos, que em muitos casos só dizem de verdade que amam quando se inicia o cortejo fúnebre. Pense nisso hoje para não se arrepender amanhã, em um tempo que não voltará mais...
Um dia, todo mundo que você ama vai morrer. Tudo o que você ama vai desmoronar em uma ruína. Esse é o preço da vida. Esse é o preço do amor. É o único fim para todas as histórias verdadeiras.
Aprendemos que esse mundo não é como a Mãe e o Pai. Ele não se importa se estamos felizes, e não fica triste quando morremos. Não somos importantes para ele.
Esperar impacientemente a paciência, deixar no passado todo o presente.
Existir, sem ao menos ter sua existência.
Poder ser igualmente diferente.
Essa é a lógica da contradição, completamente incompleta,
Sem sentido, mais tendo razão,
em um mundo de pensamentos onde só os fortes entenderão.
O dilema da galinha e o ovo,
Dividindo opiniões por terras, mares, nações...
Aqui o novo se faz velho e o velho se faz novo.
Um lugar onde fraco se faz forte, e o azar da lugar a sorte.
Onde a opinião é dividida.
Vida... Morte.
A maior preocupação do cristão seria com a sua alma e ter uma consciência de que ele não morreria, mas passaria desta vida efêmera, finita e limitada para a vida eterna, infinita e ilimitada. Portanto, a morte não é o fim literal.
O Invisível
O invisível sentimento de impotência
Carência, demência, sub-existência
Gosto amargo na boca, pena e dó
Que coça a garganta, corda e nó
O invisível está lhe observando
Abençoando, julgando e devorando
Eviscerado no conforto da nostalgia
No deja-vu singular d´outro dia
O invisível é a mascara do doente
Quente, indiferente, inconsequente
Asfixiado na verdade ou na mentira
É a hora do óbito que alimenta planilha
O invisível no caos da sua vida é pressão
Ação, reação, frustração e obsessão
Na sua partida inesperada e imprevisível
Aponto meu olhos para você, O invisível
As claras diferenças entre aqueles homens e nós não reside no conhecimento, na tecnologia nem na cultura, mas sim em suas perspectivas sobre a vida e a morte.
