Desastre
Cacimba de Mágoa - Homenagem ao 1 ano da tragédia do Rio Doce
No desastre que aconteceu
Muitas pessoas se foram,
Perderam seus bens
E seus familiares,
Na cacimba de Mágoa deixaram as lágrimas dessa cidade.
Uma certeza que tenho
É que o culpado,
Nunca será apanhado,
Porque no Brasil
Se rejeita o bem
E esconde o errado
Os seis sobreviventes do desastre aéreo da Lamia atribuem a Deus o fato de permanecerem vivos. E os outros setenta e um não eram do interesse d'Ele?
vampiros nos mesmos,
desastre que sempre
se anuncia pela horas
que se passa em mero
terror que se diga meu...
absurdo sempre tem ouvidos
para aqueles que sonham acordados
o paraíso é um fruto do luar,
os olhos sangram...
com tantos momentos,
que a dor é singular aos anjos
descem até a Terra que flameja
em pecados do corpo que queima
nos maiores sentimentos.
O medo faz as percepções
serem atônitas
diante a ações,
o desastre é iminente,
embora seja apenas o inicio,
de uma emoção maior...
que qualquer sentimento.
Em terremoto só a tristezas,
em desastre só tristeza,
para muitos outros senti a felicidade,
não por estar tudo perdido...
e sim por ter mais uma chance de errar.
Após um desastre, cabe a responsabilidade de reconstruir o que foi perdido e recuperar a estima que ficou no meio dos escombros
Transitório
Eu sou o problema
o desastre natural
que em breve cessará
sem causar mais nenhum mal
eu sou o problema
religião desconhecida
que te cega e faz fiel
às dores implacáveis
eu sou o problema
doença sem cura
câncer do teu mundo
nostalgia insistente
eu sou o problema
motivação absoluta
arranha-céu onírico
pro teu doce suicídio
vê se sonha
vê se sonha mais uma vez
com teu inimigo
teu inimigo amado.
Dizem que o amor é algo bom, que supera tudo, que sobrevive a qualquer desastre. Talvez eu realmente não faça ideia do verdadeiro sentido do amor, pois para mim, o amor só faz mal, só faz com que nos tornemos escravos de atitudes impensadas e posteriormente movidas pelo orgulho, que nós corrói trazendo tristeza. O brilho passa a não existir, a aquarela passa de colorida para preto e branco, o arco íris passa a ser substituído pela nuvem cinza que esconde o sol, ah... O sol! E se o amor for como o sol? A estrela maior e mais brilhante, dia após dia se mantém radiante e que por mais que as nuvens cinzas tentem esconder, ele jamais deixará de brilhar.
A verdade é que o amor verdadeiro sobrevive a tudo, o que não sobrevive é o nosso egoísmo, nossa falta de compreensão com o outro e o medo de assumirmos nosso orgulho. É uma dívida que é paga logo com o coração, que não tem culpa. Ele apenas bate.
Excessivo de si mesmo.
Desastre ou catástrofe?
Ausência de sorte?
Em que há dor ou desgraça?
Um estado infeliz.
Falta luxo.
Falta pretensão.
Há quem diga que o amor é um acidente de percurso. Nesse caso desejo um belo desastre com final feliz para todo mundo.
“Pode acreditar, quem escreve bem sobre o amor, na prática é um desastre.Por isso eu não escrevo eu deixo que Deus me guie.”
A canhota para destros
Um gol perdido pelo capricho da perna destra pode ser um desastre cômico, mesmo para aqueles que possuem total concentração no pé direito. Driblar com a perna direita, trazendo pra dentro, arriscando um arremate com a mesma pode não parecer, mas é inviável - salvo por exceções. Mesmo assim o momento nos força a acreditar que é chutando de canhota que as coisas se complicam. E o risco de, numa situação dessas, bater com a destra, é uma “trivela inversa” - sei que o termo produz uma imagem desengonçada - que, pelo desequilíbrio induzido pelo curso livre da bola, após uma matada ou percurso indefinido, não chega a ser chute mascado ou espirrado, e vou comparar com uma desculpa da sinuca: faltou giz no taco. Como diria um conhecido narrador esportivo em seu comentário: "que beleza!"
Jogar com as duas pernas pode parecer um paradoxo. O jogador cresceu chutando com aquela perna direita, com a qual se sentiu mais à vontade para bater no gol, driblar, tomar a bola do adversário, fazer um passe. Criou uma perna viciada e, em momentos, descontrolada e alienada, egoísta; e com uma personalidade forte mas, nem por isso, livre do castigo da desatenção, que leva ao erro. Porque, ao passar do tempo é como se não lhe fosse permitido atuar com as duas, ou então, uma proeza para os craques (como muito se fala, para não dizer para poucos), ou mesmo que não sejam considerados craques, para pessoas que nasceram com uma habilidade especial, um dom: ser ambidestro. Criou-se um mito em torno do ambidestro, na proporção “8 ou 80”, que permeia o imaginário futebolístico. Por isso, esquece-se com frequência da natureza da perna esquerda; ela é preterida, mas pode ser tão surpreendentemente extraordinária e potente na mesma medida, que pode até apresentar um resultado superior ao comumente obtido pela destra. Fato que faz com que nem mesmo o autor do chute acredite no feito.
Embora nos apeguemos à simetria, ou seja, uma perna “igual” à outra, - pelo menos aparente, poupe-me da necessidade dos detalhes - de forma oposta, não há como negar que possuem mentalidades diferentes (ou pelo menos é a hipótese que sugiro - estranhas uma à outra). Quem nunca experimentou escrever com a mão esquerda, ou até mesmo, viu-se forçado a isso por alguma circunstância do destino ou do acaso? Em um primeiro momento é uma sensação desconfortante, comparável a andar em um ambiente escuro, desconhecido. Parece tudo ao contrário, se desenvolve para o outro lado, a caligrafia por mais que se tente com esmero, não se compara à escrita destra - atente que meu ponto de vista é o de um destro. Portanto, praticar a escrita com a mão esquerda é algo que se faz quando não se tem o que fazer (em situações muito isoladas, e é uma prática que ao passar do tempo é deixada de lado na medida em que o sujeito amadurece). E, em situações que exigem alta concentração, praticidade, agilidade e excelência, não é a esquerda que entra em ação, é a destra. E a perna canhota, partindo desta análise subjetiva dos membros superiores, pelo histórico do jogador de estar habituado a bater de direita, passa despercebida, esquecida. É como se o jogador, em seu imaginário, acreditasse que não há opção, se não bater de direita. Para o destro nato, bater de canhota não chega a ser considerada nem como última alternativa na maioria dos casos.
Por fim, a favor da canhota, há de se ressaltar o seguinte: imprevisibilidade. Aquele que ousa chutar com as duas pernas, entendendo a maneira como os pés buscam estratégias para bater na bola, torna difícil a reação do adversário quando esse exerce marcação, que tende, inconscientemente, a focá-la prevendo o chute com uma das pernas (a destra). Você já ouviu aquele ditado: Ele não sabia que era impossível, foi lá e fez. Pois, transpondo para o nosso texto, num “insight” futebolístico (me permito escrever): ele não sabia que era possível bater de canhota, foi lá e (não só bateu) fez um golaço.
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