Culpa
Podem ser culpados por te fazerem sofrer. Mas a responsabilidade de ser feliz de novo é inteiramente sua.
Amordaçado ele segue sem se importar com os sentimentos que batem na porta. Imóvel e descrente prossegue sobre as fendas agrurantes do desepero. O barulho! O barulho das batidas me assombra ao mesmo tempo em que cicatrizes traz. Persiste não aceitando o seu destino. Covarde porque não vociferou?! Insisti em condenar o corpo e a mente que lhe derão abrigo? Com essas batidas. Com esse palpitar. Toda vez que ela passar.
Perdão,
Arrependimento ou correção,
Natural ou obrigado,
Do coração ou simplesmente falado.
Do ouvido para o outro,
A culpa procura outro.
Para melhorar e aprender,
Seguir em frente ou te esquecer,
Entre progredir ou ir embora...
O perdão é a melhor resposta.
Pode parecer bobagem, mas, às vezes, quando penso em você, um sorriso meio bobo toma conta de mim. E eu me culpo por isso, mesmo sem dever...
Homens assim sempre existirão. Então, você ensinará sua filha, e sua filha ensinará sua neta, que nada disso é culpa delas. E vocês o enfrentarão juntas.
Ser fraco é impor limites contra a sua própria capacidade em vencer os desafios desta vida e para qualquer questão buscar culpados não assumindo tuas imperfeições.
Certa amiga ligou-me aos prantos, pois havia se envolvido em um acidente automobilístico e estava a se sentir imensamente culpada.
Eu lhe respondi apenas:
Em acidentes não há culpados, há apenas acidentados. E quando um acidente tem culpados, então é porque não foi um acidente, mas um atentado.
Acaso você atentou deliberadamente contra a vida ou o patrimônio de alguém?
Não. Ela respondeu.
Então procure aliviar seu coração, remediando o quanto puder as vítimas.
Não se culpe se não enxergou o quanto eu estava triste, se não percebeu que, por trás de largos sorrisos, também tenho lágrimas. Normalmente você só verá em mim, aquilo que eu quiser que você veja. Então não se culpe!
Você fala como se suas velhas crenças fossem de algum modo culpadas. Mas suas crenças não eram. Você é o culpado.
Ao culparmos o mundo pelos nossos fracassos e insucessos, tiramos o foco da nossa melhoria contínua.
Imundície.
Corpo sujo; o sujeito sente-se coberto de sujeira da cabeça aos pés, tal sujeira incapaz de se livrar, que nenhuma palha lava e nenhuma roupa cobre, imunda ao ponto de contaminar o caminho por onde passa, todos as pegadas que deixa e todos os lugares onde se porta, odor infértil impossível de suportar, o qual nenhum perfume poderia camuflar, comparando a si mesmo com aterros sanitários e covas coletivas, o sujeito sente-se imundo.
Mente suja; o sujeito não pode evitar ouvir as vozes lhe culpando em seus próprios pensamentos dentro de uma cacofonia organizada pelos seus medos e traumas, lhe culpam por estar coberto de sujeira tanto por dentro quanto por fora, lhe culpam por cometer erros e não ser útil, lhe culpam por não conseguir assumir a liderança, lhe culpam por não conseguir conversar e esclarecer os pensamentos, lhe culpam por comer e beber, lhe culpam por vestir e calçar, lhe culpam por respirar e viver, e acima de tudo lhe culpam por existir. O sujeito sente-se inútil.
Alma suja; O sujeito não sente. A alma é o núcleo, e o núcleo foi sufocado até se extinguir. O sujeito deixou de sentir, porque o corpo e a mente passaram a duelar um contra o outro e desistiram de lutar para defender o núcleo, que ficou exposto e foi dado como principal culpado, deixado à própria sorte e terminando dilacerado e sem concerto, está morto. O sujeito se sente vazio.
Pessoas vem e vão a todo momento
mas somente eu continuo aqui.
Odeio me culpar por nunca ir junto..
Se olho para aquilo que neguei e digo: "Sim, agora tomo você em minha alma", então cresço. Não é que agora seja inocente, mas cresço. Os inocentes não conseguem crescer. Continuam sempre do mesmo jeito. Continuam sempre sendo crianças.
Praticar o consumo consciente é comprar aquilo que realmente necessitamos e promove satisfação, já o consumismo é comprar para além do necessário, que além de escravizar, promove sentimento de culpa.
Perdoar a si mesmo consiste em findar à auto-punição por decisões danosas no passado. É ressignificar a dor do aprendizado e converter as feridas humilharórias em cicatrizes medalhísticas.
Me entrego de corpo e alma, faço o meu melhor, uma dedicação exemplar, o que consigo suportar. Mais ainda tenho que lidar com o coração disparado em uma ansiedade sem fim. A expectativa que crio, que insisto em colocar em mim, um excesso de pressão, que tende a desabrochar pensamentos ruins. Começo a me autossabotar, apesar do meu progresso, penso que é impossível conquistar aquilo que tanto quero, e a sensação de inferioridade volta, surgindo para me amedrontar. A culpa não é minha e sim dos que não aguentaria um dia em meu lugar. Com isso há necessidade de fugir dos concelhos alheios. Não há nada mais sutil do que está sob a própria companhia. Por isso a solidão não me é repugnante e sim fonte de energias.