Coisas que não Fiz
PESO
Você me culpou,
de coisas que não fiz.
Você me abandonou,
do jeito que sempre quis.
Você me deixou,
de cabeça pra baixo.
Fez da minha vida,
um tremendo riacho.
Mentiu,fingiu,
sorriu,
me deixou de lado.
Fez da gente,
um casal,
muito enrolado.
Me magoou,
e hoje carrega uma culpa.
Já inventou,
todo tipo de desculpa.
Eu não sou besta,
eu sou mulher de pulso forte.
Dentro de meu coração,
tem um suporte.
Está trancado,
a mil e uma chaves.
Dentro dele ,
existe muitas aves.
Que querem ser soltas,
livres pra poder voar.
Mesmo sabendo,
que um dia posso desabar.
Mas nem o chão,
pode me rebaixar.
Um amor perdido,
um dia irá me achar.
Guardar,
em mim o lado sentimental.
Pra ver,
essa história, o seu grande final.
O fortes,
são os mais fracos.
Os fracos,
são os mais fortes.
Só basta acreditar.
É só Deus, jamais foi sortes.
Viver,
de forma intensamente.
Guarda esse seu peso e a culpa, de preferência pra sempre.
Sinto saudades
De coisas que não fiz
De momentos que não vivi
De amores que deixei passar
De palavras e pessoas que magoei
E que não voltam mais !
Acordei no meio da madrugada,Senti saudade, das coisas que não fiz, das palavras que omiti, dos momentos que eu perdi, e dos olhares que eu não vi, ou pelo menos fingi, senti um frio no coração,minha alma oprimida soltando gritos que somente o coração ouve, lá fora uma névoas de incertezas, aqui dentro uma Penumbra de sentimentos lanço ao vento um desejo,fecho os olhos e faço um pedido, no rádio uma canção me trouxe você na letra dizia tudo que eu quis dizer antes de aceitar o fim hoje vai tem lua cheia quem eu amo vem me ver. E que as vezes meus sonhos vão bem mais além, que posso separar da minha realidade. Boa noite.
Se não existisse a responsabilidade, eu não seria responsável pelas coisas que não fiz quando devia fazer.
Claro que já me arrependi. Somente das coisas que não fiz. Das que já fiz, tenho orgulho, pois são elas que me fizeram o que sou hoje.
Deveria eu me arrepender das coisas que fiz?Não, me arrependo apenas das coisas que não fiz...Do sorriso que não sorri,do beijo que não roubei,do “te amo” que não falei,do erro que não cometi.
Viva o hoje, o agora, sem medo de ferir os princípios éticos e a boa moral... Curta ao máximo, viva sem medos, explore cada possibilidade, pois a vida não te espera. Ela segue e não volta mais.
Dizem que de pensar morreu o burro, então por que mandam que pensemos duas vezes antes de fazer algo?Não pense!Se pensar, estará um dia escrevendo essas mesmas palavras que aqui estão.
Uma águia ensina seu filhote a voar jogando-o do ninho que fica no alto do penhasco. Se ele não consegue voar, ela o agarra e leva de volta para o ninho, empurrando-o novamente. A vida vai te empurrar de um precipício... Abra as asas e voe. Se não voar, não se preocupe, ela mesma se encarregará de enviar alguém que lhe segure, e depois te jogará de novo até que aprendas a alçar grandes voos sozinho.
Nesse mundo aprendemos coisas que nem reparamos que aprendemos. Aprendi, por exemplo, que aquele que te julga é o seu inimigo. Amigo de verdade te condena, pois só ele sabe o suficiente sobre você para dizer se és culpado ou não. Aprendi também que o ser humano nunca faz nada sem esperar algo em troca. Nem que seja apenas um “obrigado”, mas ele espera!Sabe o que mais aprendi? Que nada nos basta, mas isso até você já deve ter percebido, ou vai me dizer que nunca quis algo que seu amigo tem?Nem que seja o carisma ou o bom-humor, mas sempre queremos algo que nos falta. Um dia você vai perceber que também aprendeu outras coisas, e então poderá me ensinar.
Seja você a cada dia, a autenticidade também é uma virtude. Conquiste todos os tipos de pessoas, o tempo se encarregará de selecionar os melhores amigos. Corra sem se preocupar se vai tropeçar. Se tropeçar, e daí? Merthiolate foi criado para situações como essa. Ria das piores piadas, pois com certeza seu riso a tornará mais engraçada. Beije, mas com moderação, tudo em excesso faz mal. Jamais deixe de dizer “eu te amo”, porém, não diga da boca pra fora. Erre, pois é errando que aprendemos onde devemos acertar. Dessa forma garanto que jamais se arrependerá das coisas que não fez, e sim das que fe...quer saber...você JAMAIS se arrependerá!!
Kamikaze
Agora eu só observo
Todas as coisas que não fiz
Todos os amores que não sentirei
Sorrisos que um dia eu causaria
Agora serão borrados
Saudade será meu único legado
E pela fraqueza dos meus pensamentos
Fiz da minha unica dor
Ser uma dor coletiva
Foi no momento de fraqueza dos pensamentos
Em que eu me tornei um kamikaze.
Tarde de outono
Ouvia eu o silêncio daquela tarde
Pensando na vida
Nas coisas que não fiz
Talvez por falta de chances
Ou por tamanho egoísmo
Sentia o cheiro do meu café
Era como se pudesse sentir seu coração
Quente!
Então me pego pensando
O por que da vida
O por que do ser humano
Afinal, por que as folhas caem no outono?
Tanto 'por que', até me perco!
Qual o propósito da vida, dos anos...
Eu sei, talvez aproveitar ao máximo
Ser careta, sair, fazer amigos
Aprender coisas novas, enfim, ser feliz.
Fui me adivinhando
Nas coisas que não fiz
Nas palavras que não disse
Nos lugares que não fui
Nos momentos que não vivi
Nas vezes em que me poupei para não sofrer…
E a vida foi ficando assim:
Calma,
Lenta,
Mansa,
Morna…
“As coisas que não fiz que me atormentam mais. Preciso começar a entender as pessoas, ter paz, sonhar, sorrir, socializar, viver, amar, fazer mais merdas que já faço, reclamar menos, agradecer, merecer viver, viajar o mundo, te chamar, abraçar mais, gritar, bater em quem não gosto, não incomodar, notar as pessoas, não ligar para o que dizem de mim, acreditar em Deus, ouvir o que bem quero, fazer do meu corpo minha arte, fazer do meu cabelo o que quero, não importar com beleza, respeitar meus pais, cantar alto no rua, colocar a cabeça pra fora do carro com a língua pra fora, construir coisas boas. Tudo isso e mais um pouco só pro meu travesseiro não pesar uma tonelada. Fazer tudo que me da vontade de fazer sem me preocupar com as consequências. Só pra no dia que eu morrer, eu poder dizer : “Eu consegui ser feliz porque vivi, e não me arrependo de viver, pois esse foi o quadro com os melhores traços. Se fui feliz, me arrepender pra que? O importante é viver sem medo de morrer.”
Claro que na obviedade da conjuntura me sinto penitente pelas coisas que não fiz, do que pelas coisas que fiz. Pois dentro da minha mente inicia uma balbúrdia gigantesca de arrependimento profundo por não saber se daria, ou não certo. Por isso que hoje em dia eu digo ao meu "Eu", FAÇA!
Eu me arrependo de muitas coisas que não fiz, não aprendi a nadar, não saltei de paraquedas, não desci uma montanha congelada sobre esquis, não beijei a sua boca, não alisei os seus cabelos, não te possui, não fui teus sonhos, não fui a sua vida, não fui a sua morte e nem vou viver na sua eternidade.
Por muito tempo me culpei por coisas que não fiz, apenas pelo fato de não conseguir fazer alguém ver a verdade, me culpei por não conseguir provar que sou de verdade, me culpei por não prever o que poderia desagradar alguém, me culpei por não conseguir fazer alguém ver que apesar de garota sou uma mulher, me culpei por não me achar o bastante, me culpei por não conseguir evitar partidas das quais sempre pareciam que tinham a ver comigo, me culpei por sempre ser eu a ter de me retirar...
Hoje entendo que muitas vezes as pessoas estão em momentos diferente e o colocar obstáculos é nada mais que forma de defesa, mas armadura vestida em corpo ferido já não protege...
Evitamos sofrer já sofrendo, ferimos e nos ferimos ainda mais... Matamos sonhos, e elevamos dores...
“Viver é um rasgar-se e remendar-se...”
Quando parei de me culpar, buscar culpados...entendi que amor, esse acima de tudo tem que ser próprio, felicidade essa está dentro da gente e não devemos terceirizar, você não deve tentar provar nada pois quem te ama e conhece consegue te ler em um olhar, sentimentos não se mensuram porém sabemos onde cabemos e onde nunca teríamos espaço, não existe ninguém pouco ou muito pois pessoas dispostas a amar quebram barreiras, nunca devemos duvidar de alguém que mudou o seu mundo para assim estar ao nosso lado, somos livres para ir e vir, sentir ou não sentir....
Mas por trás de cada escolha existem renúncias das quais devemos saber se estamos prontos....
Nada é mais valioso do que ter fé que tudo pode ser melhor, a quem feriu, a quem foi ferido, apenas um dia a pós o outro e fé em todos....
Para Jane...
“Dentre muitas coisas que não fiz, algumas delas me entristecem,
a jura secreta que não fiz, o beijo de amor que não roubei...”
Adaptado do poema “Jura Secreta”, de Sueli Costa e Abel Silva.
Era um dia qualquer de Agosto de 1965, no intervalo de aulas da classe do terceiro ano primário. Aguardando a Prof.ª Terezinha a qualquer momento, um grupo de alunos entra e sai da classe aproveitando o momento.
Sentado na segunda carteira da fila do meio, copiava atrasado, a tarefa da lousa, com um olho no peixe outro no gato. É que pelo canto dos olhos observava o movimento na porta. Era você indo e vindo, com aquele seu sorriso lindo, emoldurado por tranças Maria Chiquinha, Blusas brancas, saia plissadas e meias ¾..., brancas. Dali poucos anos, saberia o porquê do atraso em copiar o texto da lousa... e também o de uns pensamentos marotos sempre que espreitava um desvão por entre os botões das blusas.
Me lembro do calor que subiu, quando me levantei e fui até você decidido, e lhe entreguei aquela cartinha com uma letra de música modificada, inspirado por você. Vou levar comigo para sempre a imagem de seu rosto, seu cheiro, o calor de seu corpo, de tão perto que estava. Me lembro ainda, pouco antes de virar estátua, de sua espontaneidade, dos seus olhos buscando os meus, questionando-me ali.. No breu...cara a cara.
“Você fez prá mim, fez?”. (Com o olhar de cima, como a induzir a resposta), Hoje compreendo o que foi aquele “turu, turu” no meu peito. Era seu coração cutucando o meu, prá dizer...- “Diz que sim, vai...”
Ah Jane! Vocês meninas, sempre a frente dos meninos! Enquanto brigávamos por bolinhas de gude, vocês já estavam fazendo casinhas, conversando com “kens” imaginários e vestindo roupinhas nas bonecas... Perdoe-me por amarelar e fugir daquele olhar... Sei que esperavas um “sim”... Eu também...
Em minha alma de menino, do alto dos meus dez anos de então..., me senti nu, como que lido por dentro. Não atinei para o que hoje lembro com clareza ter sido você a primeira a me provocar o olhar prá enxerga-la de um jeito diferente. Você despertou instintos adormecidos. Fez-me imaginar coisas do não sei o que, vindas não sei bem de onde e despertaram sentimentos desconhecidos até então.
Junto com sua doce lembrança, um temor, um lamento. O de ter estragado seu momento também. De que você, assim como eu, por um capricho do destino também estivesse despertando. E esse momento estivesse marcado num despertador, ajustado lá atrás, num tempo em que ainda éramos genes se organizando para nos tornar o que viríamos ser. E assim tivesse sido eu, causa de frustração prá você!
Um dia antes daquele apagão fatídico, fazendo as tarefas ao pé do rádio, ouvi aquela música do Roberto, Sei lá, de repente procurando entender a letra, pensei em você. E rolaram imagens suas junto com ideias ainda por amadurecerem. Não pensei duas vezes, passei a tarde buscando em outras rádios, anotei a letra e a modifiquei, como a conversar com você.
Naquela noite não dormi! Pensando no momento de entregar e ter um pretexto para ficar ali pertinho de você, ver sua reação enquanto lesse... O que diria... E o que viesse depois seria como atender um chamado, mesmo não tendo a menor noção de prá que seria...Só sei que queria. E fiquei ali olhando prá você... E agora? E quando perguntou, deu tilt, não reagi, fiquei ali, “de dois de paus”. E diante do seu olhar perscrutador, eu tremi...! E nada disse. Hoje, cá com meus botões, penso naquele tempo e digo prá mim mesmo como se estivesse lá...
Sim, Jane, foi prá você que fiz! Foi pensando em você e eu...
(E num relance, aproveitando o vacilo, lhe roubaria um beijo)
Hoje, sei que nenhuma força nesse universo pode trazer de volta aqueles momentos de pura magia, do despertar... do descobrir, o que algum tempo depois compreenderíamos o quê. As emoções que não conhecemos naquele dia, embora lamentadas na lembrança, com certeza nos prepararam para muitas outras tantas que viríamos conhecer depois...
Se eu pudesse voltar ao passado, faria muitas coisas que não fiz, mas muitas coisas que fiz, deixaria de faze-las...
Se a vida acabasse hoje
Eu juro que a deixaria
Um pouco triste
Pelas coisas
que não fiz ainda
Mas algo
Sempre há de ficar inacabado
E sem resumo
Se esta noite eu partisse
Diria que não fiz
Aquilo que eu tanto queria
Mas sereno
Por lembrar-me que disse
Se hoje
O Dedo de Deus
Apontasse pra mim
E dissesse
Que a hora do fim era agora
Eu iria embora um pouco triste
Porém, sem remorsos
Nenhum arrependimento
Sequer pelos muitos erros
Que eu cometi
Enquanto pensava acertar
E triste eu iria
Nos braços de uma isquemia
Uma hemorragia cerebral
Tanto faz, não faz mal
Na hora da partida
Qualquer despedida é igual
Creio ter feito
Menos o mal que o bem
Não deixaria ninguém
Que tenha sido
importante pra mim
Sem antes ter dito muitas vezes
Sobre a importância que tiveram
Nesta e em todas as outras vidas
Se minha vida acabasse hoje
Creio ter sido esta
A minha poética despedida.
Edson Ricardo Paiva
