Crônicas sobre a Morte
"Eu não sei mais como seguir em frente. Um mundo sufocando-me, o ar já está mais que escasso. Tristeza e solidão rondam-me e eu não sei como sair desse labirinto sem fim. Estou afundando em energia adormecida no passado. Somente sinto as ondas de energia vibrante, mas em um sono interminável eu estou e agora me perdiz completamente. AJuda você que me fez assim, sinto saudades minha amada eterna. Mamãe !
A expressão perfeita esconde o que ela manifesta. A expressão total exprime o vazio real da natureza embebida. O total cria pensamento. O impacto da ilusão da natureza provoca um vazio no pensamento. Todo sentimento forte inquieta. Ser límpido e sujo impossibilita o vazio. Impossibilita a poesia e muito provavelmente a música. O céu em sépia ou em rosa de renda antiga. Sucessões em decurso. Relâmpagos, pesadelos, uma marcha incerta em um avanço duvidoso. O ser total, verdadeiro, em sentimento, dorme no intraduzível. Significá-lo é atraiçoar o que se sente. Transcrever é sonegar o indizível. Contrafazer é traí-lo e fazer com que fique oculto o mais admirável na totalidade.
Para ser considerado um cadáver, o cidadão não precisa ter sido declarado clinicamente morto, afinal, é bem possível sentir o coração bater, o cérebro operar, e, mesmo assim, ter a incógnita e angustiante sensação de ser um alguém sem vida ou sem valor para o mundo e, principalmente, para si mesmo.
O que é verdadeiro não morre, mas corrói. Soma é a junção de duas ou mais coisas. Relação é o resultado da soma. Sem adição não há relação. Sem vínculo não há conjunto. A força do atrito paraliza os corpos. Sem movimento não há energia. Sem energia não há continuidade. O quente torna-se morno, o morno torna-se frio... A distância torna-se constância.
"Sistema aristotélico romantizou o significado de sabedoria e ser sábio, várias pessoas estão iludidas acreditando que atingiram um certo grau de sabedoria ou que são sábias, sem mesmo, conhecer a si mesmas. Sistema da ilusão e enganação, é um sistema que mata e rouba, ao invés de dar vida."
È certo e 100% que durante nossa estada nessa vida duas coisas vão nos alcançar e por mais que estudemos, divaguemos sobre elas, estaremos desprevenidos quando nos alcançar. Quando o Amor nos alcança, acontece, não sabemos amar,,,, estamos tão preocupados em estabelecer regras pra nãos ermos machucados, pra não sofrer que não consigamos simplesmente deixar fluir, temos que aprender a amar. e a morte, ah a morte, ela também nos alcancara, mas já isso não temos como aprender, como evitar, afinal; ninguém aprende a morrer né. E desses dois acontecimentos ninguém escapa, não podemos não podemos fugir das suas garras quando é chegado o momento, pois ambos nos atacarão sem que possamos ter a mais vaga ideia de quando isso acontecerá.
O homem não é nada programado, somos filhos do acaso e sem função como qualquer pedra, que por evolução acabamos possuindo um emissor de energia que ainda não sabemos controlar e que poderá nos conduzir para a vida fora da massa vulnerável do corpo ou transformá-lo por expansão das partículas em um veículo mais apropriado e eficaz. Podemos ser Deus também...
Infinitos são os deuses, imperfeitos os seres etéreos, mas sem necessidade prática de interferir de forma física nos habitantes desta partícula bruta chamada Terra, extremamente inferiores que se digladiam perdidos em suas incompatíveis engrenagens, em busca de compreender sua hipotética função.
Existindo ou não, fugazes ou imortais, humanos ou deuses, diamante ou carvão, nada pode ser superior ao Nada, que não requer esforço, premente utilidade ou valor, busca, conhecimento, espaço, manutenção... O Nada é a perfeição, limpo, sem defeitos, estático, sem tempo. Até mesmo Deus, invenção humana que pretendia ser o modelo da perfeição, caso existisse, teria que ser, estar, de um modo ou de outro e portanto inferior ao Nada que simplesmente não é, não precisa ser, não precisa estar.
Quem condena o suicídio? A Igreja? Mas a Igreja pode lá condenar alguém? A vida é uma infâmia. Para que viver? E esta pergunta, cem vezes repetida, nunca encontrou resposta. Que somos nós? Lama nascida da lama e que em lama se tornará. Nada sabemos e nada podemos. Todo o esforço é inútil, toda a dedicação perdida.
Ninguém conhece o mundo totalmente, muitas pessoas pensam que conhecem, mas estão enganadas! Nós não temos certeza de muitas coisas no Universo, mas o ser humano precisa de fatos, para que possam viver e respirar aliviados pois acham que têm Razão absoluta perante o que chamamos de vida! No final das contas somos apenas sonhadores a espera do inevitável, a espera da morte!
Quando você se fecha em seus pensamentos, acreditando que estes são únicos, corretos ou que simplesmente são geniais, deixa de aproveitar todo conhecimento que outras pessoas tem a oferecer e compartilhar, o tempo irá passar e você simplesmente continuará vivendo a mesma rotina viciosa parado no tempo. Não te percas, a estrada é longa mas a chegada é igual para todos.
O maior inimigo do homem é o seu próprio "EGO". Já dizia S. Tiago "Cada um é tentado segundo a sua própria cobiça, sendo por ela arrastado e seduzido.Este desejo gera o pecado e o pecado , apos consumado , gera a morte".Talvez você não seu deu conta de quão egoísta você tem sido desde a sua infância. Que tal, a partir de hoje ser mais altruísta?
A quem afirme que para o dia nascer, a noite a de morrer, para nascer o calor, é o frio quem vai morrer, nascendo o ódio, o amor quem vai falecer... Todavia, não creio que a morte exista pois morrer, é deixar de existir simultaneamente, logo, meu pensamento esta voltado em que, toda criação segue continuamente no ciclo da vida, e “tudo” apenas muda de lugar.
A vida é como dizem, curta. Andamos de um lado pro outro e ás vezes nem deixamos nossas marcas por onde passamos, estagnamos, nos tornamos ignorantes até desistimos de sonhar por algum tempo, certa vez alguém me disse que personalidade ninguém muda que é feita de cunho próprio, não adianta! Não é assim, vivemos tanto e não aprendemos o bastante para se viver, somos novos demais para entender a vida, velhos demais ao pensar no que ela pode nos oferecer e tolos demais se nos aceitarmos acomodados com nossos erros. Somos capazes de nos reinventar a cada dia, ato, conceito que se renova. Que venham os 70, 80 quem sabe? Talvez esteja certo que nos tornamos mais vulneráveis a morte, mas enquanto vivos nos preocuparemos em como viver e não como ou quando morrer.
A vida e o tempo. A cada dia envelheçemos, a cada dia nasce uma pessoa assim como morre uma. A vida e magnífica um verdadeiro presente. O tempo não para, mais as pessoas podem parar para pensar qual o propósito delas nesse mundo e o que elas podem fazer para se imortalizar. Porque gerações se passam, mas o mundo continua o mesmo. Feliz a pessoa que morre mais deixa um pequeno vestigio que um dia esteve nesse mundo.
Uma garota sorriu para mim uma vez, era um sorriso bonito, dentes enfileirados, brancos e me aquecia o coração. Descobri seu nome, Sam. Ou pelo menos era isso o que a amiga dela gritava enquanto olhava o corpo estilhado em meio aos trilhos do metrô. Lembro-me de sentir gotas quentes do sangue dela na bochecha esquerda, me dando uma sensação de que ela estava num lugar melhor, se sentindo melhor. E foi aí que eu me toquei, naquela frase famosa: "Alguns passam da placenta pro túmulo sem nem se abalar com este horror que é a vida."
Talvez não seja muito justo, ou talvez seja , não sei, depende do ponto de vista de cada um, mas fazer o que, é um ciclo, que da mesma forma que teve um início, terá um fim, não importa o que você faça, não tem (graças a Deus) nem uma "plástica" que além de não te deixar envelhecer, que não te deixe morrer, a morte, meu bem, é pra todos e não tem como fugir dela.
Com a vinda do capitalismo, nos tornamos cada vez mais distantes da ética, do profissionalismo e das normas lícitas de conduta. Por isso, hora pensamos até ser “imortais”, fortes o suficiente para não precisarmos de ninguém; bons o suficiente para não darmos mais valor à honestidade. Porém, devemos ter a consciência de que, diferentemente de qualquer outro ser, a MORTE não é alguém que se possa subornar...
Na ponta dos pés eu me abrigo até no abismo mais próximo. O medo do silêncio, não tenho mais. Mas algo me diz que se não ouvir a voz que preciso adentrarei um vale que me destruirá, e ainda assim me deixar com vida, apenas para sentir a dor de estar estilhaçada como um vidro que corta nuvens.