Crônicas sobre a Morte
Ontem eu tive medo
Medo das consequências da alta glicêmica
Pensei na morte e em tudo que eu perderia por ser tão inconsequente comigo mesma;
Pensei na cegueira,
De não conseguir enxergar
No talvez de nunca mais ver teus olhos
Ou perder minhas pernas e não conseguir um dia andar lado a lado com você novamente
Pensamentos que só posso guardar pra mim, pois apenas pra mim tem algum valor. Minha bad, meus medos, meus traumas, guardo-os todos pra mim.
E assim sigo sendo uma pessoa tranquila aos olhos distraídos.
Os dessabores se tornam desamores,
Nas flores da morte, pétalas e dores.
Tudo no amor que não se revelou,
Buscas insensíveis, sentido que falhou.
Andas sem destino, não sabes o que buscas,
Nem tão pouco o motivo dessa tua busca.
Ferido por memórias, perdidas no tempo,
Feridas amarguras, trazidas pelo vento.
Mas na curva da vida, um novo despertar,
A luz da esperança começa a brilhar.
Entre dores e amores, a força se refaz,
E o coração cansado em Deus encontra a paz.
O legado da vida acaba com a morte,
o sorriso se vai, a dor se esconde,
no vazio que ficamos aos montes,
de lágrimas seguimos distantes.
O seu percurso foi encerrado,
amargo doído, lembrança eu trago,
bebidas ardentes, fumaças embriagado,
nada tirou a angústia, estou amarrado.
A vida perdeu seu mel, consta seu fel
até aqui minhas angústias me foram troféu
com amarras das lembranças me fiz fiel
jornada longa mas justo, firme para o céu.
Um dia, no leito da minha morte, talvez alguém leia estas palavras e diga: ‘Lá se foi um bom homem.’ Porque as pessoas tendem a valorizar mais depois da perda. Mas tudo bem.
Quando esse dia chegar, só espero uma coisa: que ninguém chore. Eu sei que é quase impossível. Às vezes, choramos não por tristeza, mas pela emoção.
Ainda assim, o ideal seria que ninguém chorasse, porque este caminho está predestinado a todos nós. E eu saberei exatamente para onde estou a ir — para o seio do meu Pai. Tenho plena certeza disso.
Peço que não chorem, porque eu estarei vivo…
Vivo nas lembranças de quem me conheceu, vivo nas histórias que contei, nos abraços que dei, e eterno nas ações das pessoas que decidirem seguir os meus bons exemplos.
A morte não é o fim!
Nem o descanso eterno.
Nem a maior perda de nossas vidas,. Pois a maior perda que podemos carregar!
É deixar todos sentimentos guardado dentro de nós, e nunca encontra brechas, ou oportunidade, de dizer tudo que sentimos em vida para as pessoas amada.
Nunca guarde rancor!
Não se deixe levar pelas mágoas, e nem pela tristeza.
Não durma todas as noites com o peito cheio de veneno, carregado por ódio ou remorso.
Saiba perdoar!
Perdão não é uma palavra para os fracos, e sim para as pessoas fortes de coração.
Ainda não é chegado o fim!
Por que essa despedida! Nos faz lembrar da promessa, que um dia novamente se reencontraremos.
E quando isso acontecer! renasceremos para a vida eterna.
Anjo!
A morte me chamou, no acúmulo da angústia e do silêncio, totalmente entregue no momento de aflição,
foi quando despertei em um lapso, ela estava ali ao meu lado, me olhando com gratidão,
Porque EU tinha voltado daquela escuridão,
Por não ir, e ter voltado, ficado,
por não perder o que ainda não tinha conquistado,
ali estava ela, sorrindo e segurando a minha mão, e com os seus olhos de lágrimas, suas asas abertas, cheias de luz.
Más que não entendia, que já tinha cumprido a sua missão,
de manter vivo o meu coração,
Puro, bobo, ingênuo e ressignificado, cheio de marcas e cicatrizes, mas pronto para viver o Novo,
Ela me envolveu em seu amor, cuidado e afeto, me levou para longe do perigo e da dor, para um lugar de paz, de abrigo e calor,
mas e agora? Anjo, tem o livre arbítrio?
Anjo tem asas por conta do seu destino, a obrigação do que está escrito, deixando-me com a minha vida salva, e gratidão,
pela escolha de ser meu guardião, eu sei que ela não está no céu, tem ossos, carne, sangue, nervos, sentimentos, senti até dor, mas dentro do meu coração, será sempre a minha proteção,
Idolatria, afeto, seja o que for, não me importa interpretar o que é amor.
Eu deixaria a eternidade para retribuir com exatidão, a honestidade, a integridade e a mansidão, o que está escrito, a gente sente no coração,
Estou vendo neste momento “um” turbilhão de emoções, amor, raiva, odió e solidão, um pensamento gritando cheio de explosão,
Um dia eu a verei novamente? A terei novamente? Esperarei com atentamente, até lá, EU viverei dias após dias, com os meus leões, guardado com muito anseio dentro do meu coração,
por ela, o anjo que está aqui no meu peito, me salvou da escuridão.
Até fechar meus olhos, vou lembrar com exatidão, cada segundo que você cuidou do meu coração,
Por você, me apaixonei, anjo da minha salvação. Você está indo embora, mas Deus sabe das minhas orações!
Anjo, eu trocaria eternidade para retribuir com exatidão, o meu amor sem maldade, interesse, que esta guardado dentro do meu coração.
As. Júnior Gonçalves
Se a morte vier hoje reclamar a minha vida, quero que saiba que o meu último pensamentos foi você e nesse seu lindo sorriso, então iria partir com a saudade dos seus beijos e levaria comigo os segredos e as loucuras da nossa relação e
lembre-se, não a nada mais puro e lindo que o nosso doce pecado, e quando a morte sorrir para mim o que me restará é sorrir pra ela também, porém estarei em paz e agradecido, pois você me concedeu a honra de nessa vida ter te amado .
A morte é o fim de tudo, ou o começo de nada?
Não há resposta, só silêncio, e o vazio que nos devora.
O vazio é a essência da vida, ou a negação do ser? Não há sentido, só angústia, e o vazio que nos consome
O vazio é o destino final, ou o eterno retorno?
Não há saída, só abismo, e o vazio que nos espera.O existir é um erro?
Não há sentido na vida, por que teria esperança na morte?
Somos apenas sombras errantes em um mundo sem luz, buscando um alívio ilusório em um abismo sem fundo.
Nada nos salva da angústia; nem a fé, nem a razão, nem o amor. Somos condenados ao sofrimento e à insignificância do ser. Alguns contentam-se com verdades que não são mais que sombras, afogando-se na superficialidade de explicações tolas. No fundo, a busca por respostas vazias é uma fuga desesperada da angústia que nos consome. Eles são os cegos da luz e os surdos da paixão. Não conhecem a si mesmos, nem o mundo em que vivem. Eles não sofrem, nem gozam, eles apenas sobrevivem.
A única saída é o silêncio. O silêncio da alma e da mente. O silêncio que precede a morte, e que sucede o vazio.
“Dissimulado”
A frustração é a morte em consciência
De um pequeno poeta em opulência.
Ele que escreve com covardia,
E faz sonetos na noite tardia.
Se chama de triste, o poeta que ri.
Sente tudo que pensa, o garoto em si.
Encontra desonra em tua ilusão,
Assim não sabe que é mera paixão.
Se culpa em ritmo ardente,
Aponta o choro solene,
Que só existe na mente.
É isso que me diz em alene;
Sou um poeta demente.
Hei de ter um poema bem lene.
Neste dia, passando da morte para a vida,
Cristo se tornou "o Senhor dos vivos
e dos mortos" (Rm 14,9).
Ninguém mais domina sobre Ele.
Ele é o Senhor... (cf. Fl 2,9-11).
Por isso que o primeiro
dia da semana agora é d'Ele,
do Senhor, é Domingo.
Mais que isso,
podemos até dizer
que Domingo é Ele mesmo.
Pois, como vencedor das
trevas do pecado e da morte,
Ele agora é o Dia que não tem fim,
o Primeiro Dia, o Senhor dos dias...
O primeiro dia da semana
agora é do Senhor,
é Domingo,
porque, neste dia,
Cristo vem
como o Senhor dos dias,
o Primeiro,
a Luz que nunca mais se apaga,
o Sol que não conhece ocaso.
A morte não me assusta.
Não mais.
Ela chega de mansinho,
puxa uma cadeira, cruza as pernas
e me observa em silêncio,
como quem espera o fim de um café frio.
Eu respiro fundo e finjo que não a vejo.
Acendo um cigarro, mexo na xícara,
brinco de ignorar o inevitável.
Mas sei que ela está ali — talvez sempre estivesse.
E isso me arranca um riso sincero.
Não que eu não ame a vida.
Amo. Mas, às vezes, a vida pesa,
vira conta vencida na gaveta,
pedra no sapato.
Às vezes, ela pede trégua,
e eu, sem jeito, sigo a marcha dos desesperados.
Então, a morte chega sem anunciar.
Não bate na porta, não tosse no batente.
Apenas entra, senta,
ajeita o capuz do manto
e me olha, como quem diz:
"Você sabia que eu vinha."
E eu sabia.
Desde sempre.
Ela não é susto, nem castigo, nem fim.
É como uma palavra mal dita
que o poeta decide engolir.
Um fardo que escorrega dos ombros,
um corpo que desaperta e, enfim, flutua.
E, no fim, talvez seja isso.
Não um adeus, mas um aceno comedido.
Só morre quem viveu, quem gastou os sapatos,
quem aprendeu a tropeçar sem medo.
E eu?
Eu aceito.
Porque talvez só quem morre entenda, por fim,
que viver sempre foi um jeito
— sutil, distraído, inescapável —
de ir embora.
Sábado de Aleluia
O sábado santo é o primeiro dia após a crucificação e morte de Jesus. Nesse dia celebra-se o repouso de Jesus no sepulcro, bem como sua descida ao mundo da morte, onde ele anuncia a libertação dos grilhões da morte a todos que esperavam pelo momento em que as portas do céu deviam se abrir, como ensina o apóstolo Pedro (1Pd 3,19-20; 4,6).
O segundo dia do tríduo pascal é marcado pela Vigília Pascal - uma preparação para a ressurreição de Jesus Cristo. Nessa ocasião os fiéis cristãos se reúnem em constantes orações durante toda a madrugada que antecede o Domingo de Páscoa. No Sábado Santo ou de Aleluia também é o dia em que se acende o Círio Pascal, uma grande vela que simboliza a Luz de Cristo, que ilumina o mundo.
Na vela, estão gravadas as letras gregas Alfa e Ômega, que querem dizer "Deus é o princípio e o fim de tudo”.
Outra tradição desse dia é a Malhação de Judas (ou Queima de Judas), representando a morte de Judas Iscariotes, discípulo que teria traído Jesus Cristo.
Que seja um dia de silêncio, de oração, de continuação do jejum, de recolhimento na paz e na espera pela ressurreição do nosso Salvador Jesus Cristo. Louvado seja esse dia que nos uniu no amor de Cristo!
Se ao menos a morte tivesse revistas...
Ela morria tantas vezes
em tiroteios à porta de casa
que já não sabia morrer para sempre
assim
de uma vez só.
Se ao menos se marcasse um dia
para a morte, uma hora certa
como no dentista
que apesar de tudo
nos faz esperar
onde apesar de tudo
não sabemos quando será a nossa vez.
Se ao menos a morte tivesse revistas
e gente na sala de espera
não estaríamos tão sós
tão vivos nessa ideia final
nesse desconforto.
Poríamos o nome na lista
quando estivéssemos prontos
sabendo que seria fácil desmarcar
marcar para outro dia
ou simplesmente
não comparecer.
Depois, ficaríamos com a dor,
com o terror
de passar sequer naquela rua
como ela à porta de casa.
Ela que morria tantas vezes
porque morria de medo de morrer.
O Brasil é um paciente febricitante, sua miserável existência é a morte antes da morte, a morte acachapante, a morte total, a morte em vida, a morte na morte, a morte irreversível!
A pior e mais desprezível das mortes, acontece de modo preternatural no Brasil. O brasileiro é, porquanto e desgraçadamente, um ente aziago!
A morte que respiro viva
há dias em que viver
é um ato de violência contra mim
em que o corpo caminha
mas a alma não vem junto
e o mundo espera
que eu sorria com a boca
mesmo quando meu coração
grita com os olhos
não é que eu queira morrer
é que já morri
tantas vezes em silêncio
que a morte parece mais honesta
do que esta vida fingida
as pessoas dizem:
“tudo passa”
mas há dores que não passam
elas assentam-se, fazem casa
e chamam de lar o que sobrou de mim
e eu finjo
com uma habilidade que ninguém duvida
porque desapontar é pior do que desaparecer
mas só eu sei o peso
de fingir luz quando só há breu
de sorrir com cacos nos lábios
de carregar o próprio túmulo dentro do peito
não peço salvação
não quero promessas
só queria poder existir
sem ter que mentir
que ainda estou viva por dentro
Talvez a morte fosse mais gentil
há um limite que ninguém vê
um lugar depois do cansaço
onde a alma não pede socorro
apenas silêncio
não é desejo de fim
é desejo de paz
de não acordar com o peito em ruínas
com a alma sangrando quieta
talvez a morte fosse mais gentil
do que essa vida que me obriga a fingir
que ainda tenho chão
quando tudo em mim afunda
cansada de me reconstruir
sobre os escombros da esperança
de dizer que estou bem
quando nem sei onde estou
já não me reconheço no espelho
sou só vestígios
restos de uma mulher que sonhava
e agora apenas resiste
não quero palavras bonitas
nem fé emprestada
quero que entendam
que viver assim dói mais
do que desaparecer
e que talvez
só talvez
seria mais fácil fechar os olhos
de uma vez
do que continuar morrendo aos poucos
todos os dias
Matar a fome é vida
Morrer de fome é estatística
Nutrição balanceada é vida
Morte por desnutrição é balanço
Globalização rompe fronteiras
Fronteiras interrompem imigração
Não usar o cinto de segurança.... multa, infração
Recolher lixo pendurado por fora de um caminhão em movimento... profissão.
Ônibus lotado, pessoas em pé ... Seguro é o corrimão.
Roubar pra comer... ladrão
Roubar de quem tem fome.... fraude em licitação.
Delatar um criminoso comum... cagueta, x9....Prêmio: violência e repressão.
Denunciar comparsas de crime e participação.... Delação, premiada
Mentira e falsificação, estelionatário... prisão
Estelionatário de eleição.... mandatário
Carreata, carro de som, comício, promessas, agitação... Campanha
Passeata exigindo direitos e cumprimento das promessas de eleição.... Apanha
Meritocracia explica e justifica as diferenças... Posição
Injustiça e indiferença explicam e justificam o mérito ... Por imposição.
Ironicamente nosso primeiro choro nada mais é que um grito de morte. O susto é inevitável ao dar de cara com a morte assim tão "cedo".
Nesse intervalo imantado entre vida e morte acontece uma coisa bonita que a gente chama de sonho. Uns o vivem só dormindo, outros somente acordados. Mas, há alguns privilegiados que vivem esse sonho lúdico dentro do seu próprio sonho.
A morte não procura ninguém, ela apenas cumpre seu papel...
E todos passaremos pelas suas mãos frias enquanto houver vida sobre a face da terra.
Quando morremos, partimos ao encontro definitivo com Deus, pois é através da morte que partimos para outra existência; existência divina.
E porque muitos têm medo da morte?(Há quem diga não temer)
Isso eu não posso negar: temo muito, mesmo sabendo que não há fuga...
A morte causa medo e insegurança...
Quase sempre surpreende. Não tem dia, não tem hora, não tem lugar, ela simplesmente chega...
Para alguns, lentamente; para outros, derrepente!
Nos causa dor, lamentações, tristeza e um vazio imenso no coração...
Por ser assim, viva, ame, perdoe, pratique o bem, doe-se; Plante espalhe e colha amor... Aproveite e viva bem cada momento...
Olhe sempre à frente, encontre motivos que os façam felizes. A vida uma viagem com ponto de chegada e de partida.
No Meu Leito Final
No meu leito de morte, terei pensamento,
revendo meus passos, revendo o tormento.
Talvez eu deseje ter sido mais forte,
ter amado mais antes da hora da morte.
Talvez eu me veja, com olhos tardios,
contando moedas, perdendo os meus rios.
Trabalhado demais, corrido demais,
e nos olhos dos meus, não estive jamais.
Lembrar com carinho da tarde calada,
da luz azulada, da alma isolada.
De ver pelas telas a vida dos outros,
vivendo por eles, negando os meus rostos.
Serei grato, quem sabe, por não ter tentado,
por medo do erro, por ter me calado.
Por ter recusado a carreira dos sonhos,
pra não magoar quem me deu mil de “seus sonhos”.
Direi: "Graças a Deus por ter suportado
aquele trabalho, por nunca ter ousado.
Por ficar num laço que há muito morreu,
só por comodismo que em mim se escondeu."
Serei grato, talvez, pelas indiretas,
por nunca ter dito palavras completas.
Por não ter vivido o que me acendia,
com medo da dor que a queda traria.
E no fim da linha, de olhos fechados,
sentirei falta dos que foram deixados.
De não ter tocado, de não ter falado:
“Eu te amo” — ao vivo, e não digitado.
No meu leito de morte, arrependimento,
é tudo que resta no peito, o lamento.
E as folhas, pasme, não estarão diferentes
das folhas da vida, tão verdes, presentes...
Mas eu, tão ausente, tão frio e fechado,
perdi primavera por ter me calado.
E se hoje escrevo, é pra te dizer:
não deixe pra morte o que é pra viver.