R. Quarenghi

Encontrados 4 pensamentos de R. Quarenghi

Estou, com vagar, constatando que as aparências de fato enganam; que pessoas falam mais do que deveriam; que julgamentos precipitados são inoportunos.
O passado não pode exceder a simples concepção de tempo decorrido e acúmulo de experiências. Estas deveriam servir, tão somente, para evitar a reincidência. Nunca para rotular algo ou alguém.
Atitudes que, de alguma forma, incomodam os demais, podem ser justamente as mais acertadas. Pessoas não têm por hábito viver em uma arquibancada torcendo pelas conquistas de seu semelhante. Mais comum é, justamente, o inverso.
Talvez esse seja o contraponto da mediocridade. O médio, invariavelmente, irá se incomodar com o desconhecido. O jogador irá apostar em uma conquista.
Como disse Erasmo de Rotterdam, em seu Elogio da Loucura: “São como a hera: não tendem a subir mais que o muro que a sustenta” .

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Ouse fazer, ouse criar. Pense em vencer, mas não se esqueça de lutar.

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PARA A AMADA QUE NÃO SABE
(Paráfrase ao poeta português)

Numa noite, imagem da verdade
Muito além das coisas transitórias
Das paixões e figuras ilusórias
Onde não há dor ou falsidade

Pousa leve com grande liberdade
Na compassiva e serena trajetória
A aurora de luz e de gloria
Mirando ao céu como à eternidade

Que se confunda ao meu ser - e não só aos beijos
À beleza mortal que a isso se assemelha
Não sejam mais tímidos harpejos
Mas contraponto à vacuidade dos delírios e desejos.

Viver não foi em vão, se é isto a vida,
Nem foi demais o desengano e a solidão
Em meio àquela selvagem escuridão
Fez-se a chama maior e não contida

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Ainda que seja inexplicável, não temo a morte. Já estive diante dela por vezes e, talvez, por não ter a pretensão de entendê-la - já que isto é impossível antes que eu morra - meu receio não habita nesta morada. Não tenho medo do desconhecido, porque sou um aventureiro; um desbravador por essência.
Eu temo o amor, que tantas vezes pensei compreender perfeitamente. Temo o amor personificado, ainda que não seja por uma mulher, mas por um semelhante qualquer. Temo o amor, porque não consigo conceber como algo para o qual eu tanto me dediquei em todos os instantes de minha vida, seja tão indiferente a mim.

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