Crônicas do Cotidiano
"O Ballet dos Corações"
No palco da vida, os corações dançam uma coreografia etérea, tecendo os laços invisíveis que conectam almas e sentimentos. É um ballet onde cada passo é uma expressão genuína de emoção, cada movimento uma narrativa única de amor, dor, alegria e saudade. Na plateia, observadores atentos testemunham o espetáculo da existência humana. Uns aplaudem entusiasticamente, encantados com a graciosidade dos sentimentos em cena. Outros, mais reservados, assistem em silêncio, tocados pelas sutilezas dos dramas pessoais que se desenrolam diante de seus olhos. Os corações, protagonistas dessa dança da vida, carregam em si a complexidade de suas próprias histórias. Alguns são como bailarinos solitários, dançando no escuro da solidão, buscando desesperadamente por um parceiro que possa compartilhar o palco da existência. Outros formam pares harmoniosos, movendo-se em perfeita sincronia, como se seus passos estivessem predestinados a se encontrar desde o início dos tempos. Suas danças são um testemunho da beleza do amor verdadeiro, da conexão profunda que transcende as barreiras do tempo e do espaço. Mas nem todas as danças são suaves e elegantes. Às vezes, os corações se chocam violentamente, em uma dança frenética de desentendimentos e mágoas. Cada passo errado é uma ferida aberta, cada palavra dita em raiva é uma faca que dilacera a alma. E mesmo quando a música para e o silêncio cai sobre o palco, os corações continuam a dançar em seus próprios ritmos, ecoando os sentimentos que os consomem por dentro. Porque, no final das contas, somos todos apenas dançarinos neste grande teatro da vida, procurando encontrar significado na música dos nossos corações.
Fazer a vida valer a pena de viver.
Vivemos em um mundo onde a corrida contra o tempo e o materialismo dominam nossas vidas. Desde o momento em que nascemos até o dia em que morremos, somos constantemente pressionados a acumular bens e alcançar metas que, muitas vezes, perdem o significado com o passar dos anos.
Essa busca incessante por mais nos faz esquecer que viemos a este mundo sem nada e que, ao partir, também não levaremos nada.
Entre o nascimento e a morte, perdemos dias valiosos com preocupações que, na velhice, se tornam insignificantes. Se todos parassem por um momento para fazer uma análise profunda de suas vidas, perceberiam que essa loucura diária não leva a lugar algum.
Daqui a 80 ou 100 anos, ninguém que hoje está aqui estará vivo. Outros estarão usando nossos bens, morando em nossas casas, e nem se lembrarão de nós.
É nesse contexto que devemos entender a importância de aproveitar cada momento com quem amamos: nossos familiares, pais, mães, filhos, cônjuges e amigos.
O verdadeiro legado que deixamos não está nos bens materiais, mas nas memórias e na história de cada indivíduo que tocamos enquanto estivemos aqui.
As relações pessoais e os momentos compartilhados são o que realmente permanecem e dão sentido à nossa existência.
Portanto, é essencial valorizar o presente e as pessoas ao nosso redor, pois são elas que fazem a vida valer a pena.
Viver por vezes parece ser apenas adiantar o trabalho do dia seguinte. No domingo, já estamos pensando na segunda-feira, na terça-feira, já estamos de olho na quarta-feira, e assim por diante, sempre um passo à frente do dia presente. Com tanta antecipação, acabaremos vivendo um mês a menos.
Nossa mente, assim como a vida, é uma tecelã desatenta que não distingue entre fios de ouro e fios de sombra. Ela não seleciona memórias como boas ou más; simplesmente as deixa dançar ao sabor do vento da lembrança. Daí o perigo de se viver de amanhã.
O tempo, esse trapaceiro imprevisível, teima em desafiar nossas noções de permanência, sempre nos lembrando de sua natureza efêmera. No entanto, no meio desse emaranhado de efemeridades, o amor emerge como um oásis de eternidade. É nele que residem todas as histórias que o tempo já arrastou consigo, como conchas preciosas depositadas na praia do coração.
Sempre que puder desperdice simpatia, pois é o amor que empregamos no cotidiano dos nossos dias que nos fará celebrar não apenas o tempo que já vivemos, mas também o tempo que ainda teremos para tecer novas memórias e se encantar com suas infinitas possibilidades.
✎Meu querido diário:
Sinto falta de te contar meus segredos
Como se estivesse num confessionário, eu me liberto e te faço confissões
entre o pecado e o perdão
eu fico com as verdades não ditas
O mundo às vezes é cruel e atira pedras
Depende de você se abaixar com medo
ou ter coragem e prosseguir
minha frase favorita sempre foi
Pedras no caminho, um dia construirei um castelo
Estou triste
embora a felicidade esteja me rodeando
eu me fechei, sinto como se tudo fosse forjado
Queria poder gritar ao mundo foda se
eu sou o que sou
Mas meus pudores me inibem
E eu sigo os poderes ao meu redor
Não aceito a hipocrisia
mas quem sou eu
Para mudar a maioria
Sou um simples diferencial
que acredito nos meus ideais
Não a neve, não há chuva
Corrigir os erros alheios não apagam os seus.
Próprios, propício
A vida é um labirinto e não um precipício.
Existem justiça e injustiças.
A diferença é o seu modo de agir.
Nada pode mudar o que eu penso
O sol vai sair, espere e verá
E o sentimento do vento no seu rosto
Pode levantar seu coração
Acredite em você e não deixe o mundo te mudar
Apenas sorria para os desaforos
e mostre que você tem coragem do início ao fim
Para ser você!
Sem máscaras e sem maquiagens
segue tua vida com CORAGEM!
ღ
A pressa
Era tarde como de costume, quando atravessei a rua que dava acesso a minha casa. E por um momento parei para observar algo que me chamou a atenção. A casinha verde da esquina estava escura, e por alguns instantes aquilo me incomodou. Mas segui para casa, estava muito cansada.
No dia seguinte pela manhã ao sair de casa, fiquei atenta ao passar pela casa verde. Estava tudo igual, linda e graciosa como sempre, as rosas estavam reluzentes de tão lindas. Respirei fundo e segui apressada. Ao final do dia voltando para casa, outra vez senti falta de algo naquela rua, as luzes da casa verde não estavam acesas novamente. O que teria acontecido? Dona Benta viajou? Estranho. Incômodo novamente.
Na manhã seguinte, tudo normal. As flores... ah, as flores, tão lindas! Dona Benta é tão caprichosa com suas plantas! Respirei fundo e sorri, apressando os passos. Ao voltar a noite, não pude deixar de notar que ali, já não tinha a mesma alegria. Tudo escuro, e sujo em frente a casa, folhas muchas na calçada. Algo realmente aconteceu ... foi o que pensei.
Então, ao sair para o trabalho pela manhã, meus olhos já buscavam respostas. Parada olhando para aquela casinha que outrora transmitia beleza e alegria, murmurei: _ Estranho! As plantas estão murchas, as rosas ... o que houve? Meu pensamento foi interrompido pela voz do seu Evaldo, vizinho do lado, que cabisbaixo respondeu: _ Sim! Dona Benta faleceu. Silêncio, nó na garganta, e uma dura resposta. Por isso a tristeza na casa verde... _ Ah, nossa! E eu nem soube, sinto tanto! Respondi ao seu Evaldo, e saí, tomada por uma emoção inexplicável.
Que droga de vida é essa? Essa correria que não nos deixa perceber ... Sempre tive vontade de parar e conversar com dona Benta. Sempre a vi como uma senhora distinta, e tão educada! Trocávamos bom dia, e boa noite tão calorosos! Mas a conversa ficou apenas em meus pensamentos. A correria nunca deixou, ou eu me deixei levar por ela.
Preso pelos algoritmos
Flutuando amarga teia
Mente fraca, terra fértil
A todo ódio que semeia
Vigiado na viagem
Vadiando, noite é
Dia salto na miragem
De assalto reza e fé
Figurando entre a beleza
Esqueleto arredio
Paisagem realeza
Dismorfico sombrio
Engole o choro da solidão
Com um gole de café
Violão sem diapasão
Desarranja nota ré
Mundo estranho, pousa rico
Mesmo pobre de marré
Passa adiante enquanto fico
Vai em frente marcha ré!
O TEMPO POR NADA ESPERA
Mal vemos o desabrochar da flor e tão rápido ela perde sua cor.
Quase não vemos o sol nascer, tampouco ele se pôr.
Quanto tempo será que ainda temos pra sentir amor?
Mal derrama-se a lágrima da felicidade e muitas vezes chega a que vem com a dor.
Quanto tempo mais, vamos esperar pra sentir amor?
O Encontro no Ônibus
Estava eu, mais uma vez, indo para a casa de minha avó. Para tanto, preciso pegar dois ônibus ou ir a pé até o ponto do segundo. Com muita cautela, vou. Passo atenciosamente de rua em rua, esquivando-me das esquinas como quem evita lembranças indesejadas.
Decido ir a pé. Chego ao segundo ponto um pouco cansado, o corpo denunciando a caminhada, e logo vejo meu ônibus se aproximar. Entro, pago e me assento. Como em qualquer outro dia, encaro a janela como uma tela em branco, onde os cenários passam rápido demais para serem compreendidos. Imagino tudo, porém nada de importância.
Um bairro se passou quando sinto um toque no braço, leve como o roçar de um galho ao vento. Vinha de alguém que se assentava do meu lado direito. Penso que foi apenas um esbarro casual e volto ao meu devaneio, mas novamente sinto. Dessa vez, decido me virar e entender o que estava acontecendo.
Era uma senhora, pequena e franzina, de mãos trêmulas e olhar perdido. Tentava, com delicadeza, chamar minha atenção. Algo havia de diferente em seu olhar — um brilho úmido que parecia conter todo o peso do mundo. O marejar de seus olhos já me inundava, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela segurou minha mão com firmeza, como quem busca âncora na tempestade.
Sem dizer uma palavra, ela apenas suspirou fundo, como se aquele gesto contivesse anos de histórias acumuladas. Seus dedos enrugados e frágeis envolviam minha mão como se segurassem um último pedaço de esperança. Por um instante, o mundo se reduziu àquele toque, e o barulho do ônibus se tornou um murmúrio distante.
Aos poucos, seus lábios se abriram, e num sussurro quase inaudível, ela disse:
— Você se parece com meu filho...
Houve um silêncio denso, como se o universo contivesse o fôlego. Não sabia o que responder, e talvez ela nem esperasse uma resposta. Apenas segurava minha mão, fixando o olhar num ponto indefinido do corredor.
— Ele partiu faz tanto tempo... — murmurou, com a voz quebrada pela saudade.
Um nó se formou na minha garganta. Respirei fundo, sentindo o peso daquele instante. Então, num gesto instintivo, apertei a mão dela com carinho e disse:
— Eu estou aqui... Pode me contar sobre ele, se quiser.
Ela pareceu surpresa, como se aquela simples oferta fosse um presente inesperado. Seus olhos marejados se voltaram para mim, e um sorriso tímido despontou, como um raio de sol por entre nuvens carregadas.
— Ele tinha esse jeito quieto... sempre olhava pela janela, pensativo. Gostava de imaginar histórias. E quando eu estava triste, ele só segurava minha mão, como você está fazendo agora.
Senti meu coração pulsar mais forte. Eu não era apenas eu — naquele instante, eu era um fragmento de memória viva. Ela continuou falando, e a cada palavra seu rosto se iluminava, como se a lembrança trouxesse o calor de um reencontro.
— Ele dizia que as nuvens eram mapas de terras mágicas — disse ela, sorrindo leve.
— Sempre acreditava que, se prestássemos atenção, descobriríamos um caminho que só os sonhadores enxergam.
Sorri também, e sem perceber, comecei a compartilhar minhas próprias memórias de viagens e pensamentos perdidos olhando pela janela. Ela escutava atenta, como quem encontra companhia na dor e na saudade.
Quando o ônibus freou bruscamente, ela soltou minha mão com delicadeza, como se devolvesse à realidade o que fora apenas um breve consolo. Antes de descer, olhou para mim com um sorriso pequeno, mas sincero, carregado de um agradecimento mudo.
— Obrigada... Você me fez lembrar que o amor não morre... Só se transforma em saudade.
Olhei para ela e, com um sorriso sincero, respondi:
— Talvez ele ainda segure sua mão... de algum jeito, através de quem traz um pouco dele no olhar.
Ela desviou o olhar por um momento, tentando conter as lágrimas. Mas quando voltou a me encarar, havia uma serenidade nova ali, como se minhas palavras tivessem encontrado um canto acolhedor dentro dela.
Fiquei observando-a partir, pequena e delicada, desaparecendo na multidão. O ônibus seguiu viagem, mas aquela sensação permaneceu em mim — uma mistura de melancolia e gratidão por ter sido, ainda que por poucos minutos, um porto seguro para alguém que precisava ancorar suas lembranças.
No caminho até a casa de minha avó, pensei sobre a força que existe em simplesmente estar ali para alguém. Às vezes, somos chamados a ser companhia em meio ao tumulto da cidade, como se a vida nos empurrasse para encontros que não esperávamos, mas que, de alguma forma, precisávamos viver.
E ali, entre a dor e o alívio, aprendi que às vezes somos porto, outras vezes somos naufrágio — e, no intervalo entre os dois, a vida nos permite tocar o coração de um desconhecido, deixando nele um pouco de calma, e levando conosco a certeza de que a humanidade sobrevive nos detalhes.
Fomos nos habituando, de tal modo que passamos a pactuar com a tragédia, aceitando-a como cotidiano. Me espanta essa capacidade de acomodação da mentalidade, sua adaptação ao horror. Acredito que a gente possua um componente de perversidade que nos leva a encarar como normal esse pavor, a desejá-lo, às vezes, desde que não nos toque.
No nosso cotidiano existem batalhas que atravessam nosso caminho,independente de nossas escolhas ou não,não pense que é para lhe fazer sofrer ou por merecer,pense então que é para lhe fazer crescer,é uma prova que vencerá dependendo do seu desempenho,não fique triste se seu desempenho não foi como esperava ou não foi útil,pense que foi ganho de experiência,pois cada erro ,cada decepção ,cada sofrimento...é lição a ser aprendida na vida,continue seguindo em frente não deixe se desestimular tudo faz parte,futuramente você vai olhar para trás e ver o tanto que caminhou,lutou e venceu.
❝ ... em meio a correria do nosso cotidiano ... afazeres ... trabalhos ... esta rotina das nossas obrigações ... que seus olhos possam ter a calma de observar ... sentir ... e agradecer pelas pequenas delicadezas de carinho que surgem a todos os momentos ... detalhes lindos que amizades sinceras nos trazem ... gestos de muitas sensibilidades que tocam os nossos corações ... ❞
° ೋ ♡ ೋ ° A gente tenta apressar as coisas , o cotidiano nos faz querer a urgência de tudo , por muitas vezes achamos que os nossos problemas são maiores que os problemas dos outros ... porém é preciso ter serenidade, exercitar a fé e confiar , o tempo que Deus prepara para cada vitória é o que precisamos para aprender e evoluir diante das dificuldades ... é o tempo que precisamos para a humildade e a gratidão serem sentimentos verdadeiros em cada um de nós ! ° ೋ ♡ ೋ °
A morte faz parte do nosso cotidiano através das notícias diárias. Meus pêsames para todas as famílias e amigos dos falecidos. A questão que coloco é: Os políticos corruptos roubam porque sabem que podem morrer a qualquer momento ou porque se acham eternos? Caso os caixões dos corruptos tenham gavetas, qual a quantidade de desonestidades que cabem nelas?
Dizem que todos nós usamos máscaras no cotidiano da vida, temos máscara para amar, máscara para trabalhar, máscara para viver, em fim, somos eternos mascarados. Enquanto alguns vão ganhando a maioria vai perdendo, as pessoas não se importam mesmo vendo outras pessoas se importando com elas. Percebo que nesta vida tudo é um jogo de interesse, mas não existe crime perfeito, a verdade é sempre descoberta e um dia vai cair à máscara usada neste crime da falsidade. Os valores atuais estão invertidos e o ter já superou o ser a muito tempo, a falta de escrúpulo já não tem mais limite. Estou começando a achar que na hora de retirarem as máscaras para dormir alguns vão perceber que a mesma não mais sairá já se anexaram automaticamente aos rostos de tão bem alocadas que ficaram.
😮 Bom dia! O cotidiano é cheio de surpresas. A todo instante é preciso processar sentimentos, administrar acontecimentos e celebrar vitórias. Por maior que seja o autocontrole, é necessário bater à porta da superação, dar uma sacudida em si mesmo, respirar fundo e seguir em frente. Feliz semana!
Eu gosto do cotidiano, não há nada de errado com ele... não precisa existir nada de errado com ... por mais que almejemos novidades, por mais que esperemos por momentos de agitação, é aprendendo a tirar a felicidade dos pequenos acontecimentos do dia a dia, é podendo ter alguém para contar nossas frustrações e mais as pequenas coisas que nos fizeram sorrir é que tornam nossas vidas felizes...
À noite, sozinha, aqui ainda chove. Pensei no meu cotidiano e lembrei-me de que nos últimos dias eu omitia para todos que me perguntavam uma coisa simples: “Você está bem?” Apesar da omissão, sei que isso não me fazia uma pessoa desonesta. Eu respondia que sim, porque eu estava. Eu estou. Estou com saúde e é isso que importa, não é mesmo? Se tivessem perguntado se eu estava com saudade, precisando de colo, precisando de afago, talvez a resposta fosse outra. Mas eu estava bem. Eu estava colocando ordem na bagunça. Consegui ajeitar quase a casa toda, mas teve um espaço que não quis mexer, porque não saberia como organizar da maneira correta. Então eu estacionei ali, fiquei imaginando um mundo melhor, diferente. Lembrei que preciso ter forças, porque existem pessoas que ainda precisam de mim. Eu preciso de mim.
Compreendo perfeitamente que o estresse do cotidiano, que a rotina, que os valores que a sociedade impõe são difíceis de serem alcançados gerando ainda mais estresse; que a falta de fé no amor, que o excesso de desconfiança devido a tamanha malandragem presente em nosso meio lhe torne uma pessoa pior, mesquinha e cheia de jogo de cintura; só não aceito.
Tudo se desvia para o desdém, o cotidiano aliado a grosseria quer destruir o que me tornei. Aquele lugarzinho escondido do medo, não é mais páreo para tamanha figuração. Amar o tempo todo é tão cansativo, porém bonito. Ah, você que é bonito. Me diz o que eu não daria para cansar de você? Lendo as cartas que você jamais mandou, eu entendo que as palavras ternas são só minhas. Esse nada, vai sempre me assombrar...
Preciso inventar meu cotidiano diariamente, para não enlouquecer, para acreditar em qualquer coisa além disso tudo. Preciso inventar meu cotidiano diariamente para que pássaros se enraízem na terra e homens descubram que o amor é aquele que cega por excesso de luz. Preciso inventar meu cotidiano diariamente para criar um antídoto imediato para essa morte constante de tudo.
