Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado

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O início de tudo não foi um momento, mas uma ausência: a ausência absoluta, onde nem mesmo a ausência podia ser concebida. Antes de qualquer tempo, qualquer espaço, qualquer lei, havia apenas o impensável — aquilo que nem o nada consegue nomear. E então, sem porquê, sem finalidade, sem testemunha, o ser se insinuou: não como um estouro, mas como uma inevitabilidade silenciosa, um gesto que não pôde ser contido. O que chamamos ‘início’ não é o princípio de algo, mas a fratura do impossível — o ponto em que a inexistência já não pôde mais se sustentar e, ao ceder, deu lugar à possibilidade. O tempo nasceu junto com o espaço, como dois gêmeos siameses, costurados pela necessidade de que algo se transformasse. A matéria não veio depois: ela sempre foi o desdobramento desse impulso primordial, o eco daquela primeira vibração sem origem. O início não aconteceu, ele ainda está acontecendo, a cada respiração, a cada pensamento: o universo segue começando, incessante, em nós, através de nós, apesar de nós. E talvez seja esse o maior segredo: que o início nunca terminou.

Inserida por AndreZanata

⁠Não entendo a escolha de ferir com palavras ou atitudes. O que se ganha tentando apagar a luz de alguém? Nenhuma dor alheia deveria ser fonte de alegria. Cada gesto, cada mensagem tem poder — que seja para levantar, nunca para diminuir. No coração que carrega amor, não há espaço para atitudes que machucam. Que a gente aprenda a ser ponte, e não pedra.

⁠Habitualmente confundidos, um homem maduro não será, necessariamente, uma pessoa madura. Esta se refere a um estágio mental avançado, enquanto o primeiro diz respeito apenas ao passar do tempo, em seu sentido cronológico. O que difere uma condição da outra? A pessoa madura desponta no momento em que o homem circunstancial cede lugar ao homem de consciência.

Inserida por bodstein

⁠Algumas pessoas são como flores, decoram o ambiente por um dia, servem para uma conversa, um riso ou algo mais, mas apenas flutuam e se esvaem no ar, sem um lugar para pousar e, raras são as almas que se curvam para escutar nossos medos, acender uma luz nos nossos planos, beijar as cicatrizes que a vida nos deixou ou ter intimidade para adentrar nos nossos jardins, como um sussurro do vento, com a consciência de que caminham sobre os nossos sonhos.

Inserida por luizguglielmetti

A ideia de que você pode construir uma engenharia social para melhorar o homem, a ideia de que você pode identificar a natureza humana e mexer nela. É o que os ingleses chamam de teorias de gabinete. Faço aqui uma teoria sobre como melhorar o homem. Apago toda a Idade Média, toda a história da humanidade, e acho que nos últimos 200 anos é que a gente entendeu o ser humano.

Luiz Felipe Pondé
CARIELLO, Rafael. A modernidade quis organizar a agonia. Folha de S.Paulo. São Paulo, São Paulo, sábado, 27 jan. 2007.

Nota: Trecho de entrevista de Pondé para a Folha de S.Paulo.

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Inserida por I004145959

Quando os filhos crescem.
Há um momento na vida dos pais em que eles se sentem órfãos. Os filhos, dizem eles, crescem de um momento para outro. É paradoxal. Quando nascem pequenos e frágeis, os primeiros meses parecem intermináveis. Pai e mãe se revezam à cata de respostas aos seus estímulos nos rostinhos miúdos.
Desejam que eles sorriam, que agitem os bracinhos, que sentem, fiquem em pé, andem, tudo é uma ansiosa expectativa. Então, um dia, de repente, ei-los adolescentes. Não mais os passeios com os pais nos finais de semana, nem férias compartilhadas em família. Agora tudo é feito com os amigos.
Olham para o rosto do menino e surpreendem os primeiros fios de barba, como a mãe passarinho descobre a penugem nas asas dos filhotes. A menina se transforma em mulher. É o momento dos voos para além do ninho doméstico. É o momento em que os pais se perguntam: onde estão aqueles bebês com cheirinho de leite e fralda molhada? Onde estão os brinquedos do faz-de-conta, os chás de nada, os heróis invencíveis que tudo conseguiam em suas batalhas imaginárias contra o mal?
As viagens para a praia e o campo já não são tão sonoras. A cantoria infantil e os eternos pedidos de sorvetes, doces, pipoca foram substituídos pelo mutismo ou a conversa animada com os amigos com que compartilham sua alegria. Os pais se sentem órfãos de filhos. Seus pequenos cresceram sem que eles possam precisar quando. Ontem eram crianças trazendo a bola para ser consertada. Hoje são os que lhes ensinam como operar o computador e melhor explorar os programas que se encontram à disposição. A impressão é que dormiram crianças e despertaram adolescentes, como num passe de mágica. Ontem estavam no banco de trás do automóvel, hoje estão ao volante, dando aulas de correta condução no trânsito. É o momento da saudade dos dias que se foram, tão rápidos. É o momento em que sentimos que poderíamos ter deixado de lado afazeres sempre contínuos e brincado mais com eles, rolando na grama, jogando futebol.
Deveríamos tê-los ouvido mais, deliciando-nos com o relato de suas conquistas e aventuras, suas primeiras decepções, seus medos. Tê-los levado mais ao cinema, desfrutando das suas vibrações ante o heroísmo dos galãs da tela. Tempos que não retornam a não ser na figura dos netos que nos compete esperar.
Pais, estejamos mais com nossos filhos. A existência é breve e as oportunidades preciosas. Tudo o mais que tenhamos e que nos preencha o tempo não compensará as horas dedicadas aos espíritos que se amoldaram nos corpos dos nossos pequenos para estar conosco. Não economizemos abraços, carícias, atenções porque nosso procedimento para com eles lhes determinará a felicidade do crescimento proveitoso ou a tristeza dos dias inúteis do futuro.
A criança criada com carinho aprende a ser afetuosa. A mensagem da atenção ao próximo é passada pelos pais aos filhos. No dia-a-dia com os pais eles aprendem que o ser humano e seus sentimentos são mais importantes do que o simples sucesso profissional e todos os seus acessórios. Em essência, as crianças aprendem o que vivem.

Mãe, quando eu comecei a escrever esta carta, usei a pena do carinho, molhada na tinta rubra do coração ferido pela saudade.

As notícias, arrumadas como perólas em um fio precioso, começaram a saltar de lugar, atropelando o ritmo das minhas lembranças.

Vi-me criança orientada pela sua paciência. As suas mãos seguras, que me ajudaram a caminhar.

E todas as recordações, como um caleidoscópio mental, umedeceram com as lágrimas que verteram dos meus olhos tristes.

Assumiu forma, no pensamento voador, a irmã que implicava comigo.

Quantas teimas com ela. Pelo mesmo brinquedo, pelo lugar na balança, por quem entraria primeiro na piscina.

Parece-me ouvir o riso dela, infantil, estridente. E você, lecionando calma, tolerância.

Na hora do lanche, para a lição da honestidade, você dava a faca ora a um, ora a outro, para repartir o pão e o bolo.

Quantas vezes seu olhar me alcançou, dizendo-me, sem palavras, da fatia em excesso para mim escolhida.

As lições da escola, feitas sob sua supervisão, as idas ao cinema, a pipoca, o refrigerante.

Quantas lembranças, mãe querida!

Dos dias da adolescência, do desejar alçar vôos de liberdade antes de ter asas emplumadas.

Dos dias da juventude que idealizavam anseios muito além do que você, lutadora solitária poderia me oferecer.

Lágrimas de frustração que você enxugou. Lágrimas de dor, de mágoa que você limpou, alisando-me as faces.

Quantas vezes ouço sua voz repetindo, uma vez mais: “tudo tem seu tempo, sua hora! Aguarde! Treine paciência!”

E de outras vezes: “cada dia é oportunidade diferente. Tudo que você tem é dádiva de Deus, que não deve desprezar.

A migalha que você despreza pode ser riqueza em prato alheio. O dia que você perde na ociosidade é tesouro jogado fora, que não retorna.”

Lições e lições.

A casa formosa, entre os tamarindeiros assomou na minha emoção.

Voltei aos caminhos percorridos para invadi-la novamente, como se eu fosse alguém expulso do paraíso, retornando de repente.

Mãe, chegou um momento em que a carta me penetrou de tal forma, que eu já não sabia se a escrevera.

E porque ela falava no meu coração dorido, voei, vencendo a distância.

E vim, eu mesmo, a fim de que você veja e ouça as notícias vibrando em mim.

Mãe, aqui estou. Eu sou a carta viva que ia escrever e remeter a você.

Entre as quadras da vida e as atividades que o mundo o envolve, reserve um tempo para essa especial criatura chamada mãe.

Não a esqueça. Escreva, telefone, mande uma flor, um mimo.

Pense quantas vezes, em sua vida, ela o surpreendeu dessa forma.

E não deixe de abraçá-la, acarinhá-la, confortar-lhe o coração.

Você, com certeza, será sempre para ela, o melhor e mais caro presente.

Acordemos -





É sempre fácil
examinar as consciências alheias,
identificar os erros do próximo,
opinar em questões que não nos dizem respeito,
indicar as fraquezas dos semelhantes,
educar os filhos dos vizinhos,
reprovar as deficiências dos companheiros,
corrigir os defeitos dos outros,
aconselhar o caminho reto a quem passa,
receitar paciência a quem sofre
e retificar as más qualidades de quem segue conosco...
*

Mas enquanto nos distraimos,
em tais incursões a distância de nós mesmos,
não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição.

*

Enquanto nos ausentamos
do estudo de nossas próprias necessidades,
olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva,
somos simplesmente
cegos do mundo interior
relegados à treva...

*

Despertemos, a nós mesmos,
acordemos nossas energias mais profundas
para que o ensinamento do Cristo
não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida,
porque o infortúnio maior de todos
para a nossa alma eterna
é aquele que nos
infelicita quando a graça do Alto
passa por nós em vão!...

A vida é difícil para todos nós. Saber disso nos ajuda porque nos poupa da autopiedade. Ter pena de si mesmo é uma viagem que não leva a lugar nenhum. A autopiedade, para ser justificada, nos toma um tempo enorme na construção de argumentos e motivos para nos entristecermos com uma coisa absolutamente natural: nossas dificuldades.

Não vale a pena perder tempo se queixando dos obstáculos que têm de ser superados para sobreviver e para crescer. É melhor ter pena dos outros e tentar ajudar os que estão perto de você e precisam de uma mão amiga, de um sorriso de encorajamento, de um abraço de conforto.
Use sempre suas melhores qualidades para resolver problemas, que são capacidade de amar, de tolerar e de rir.

Muitas pessoas vivem a se queixar de suas condições desfavoráveis, culpando as circunstâncias por suas dificuldades ou fracassos. As pessoas que se dão bem no mundo são aquelas que saem em busca de condições favoráveis e se não as encontram, se esforçam por criá-las.

Enquanto você acreditar que a vida é um jogo de sorte vai perder sempre. A questão não é receber boas cartas, mas usar bem as que lhe foram dadas.

Inserida por erikgs

⁠Reza a lenda que boa parte dos que defendem criminosos vivem no fantástico mundo de Bobby, dentro de condomínios fechados com porteiro, segurança particular e câmeras por todo lado, nunca precisou trabalhar, pertencente da classe média/alta, só conhece um partido político e uma "ideologia vermelha". Uma coisa é entender a origem da violência, outra coisa é aceitar passivamente a ação criminosa, entendo que o Brasil foi colônia de extração e acumulo de presos, que os negros foram injustiçados durante e após a escravidão, que o trabalhador do campo foi trocado por um trator e descartado como lixo, porém minha família ou eu somos obrigados a sermos assaltados, mortos por conta do descaso social? Acha que não vou querer que um homem que estuprou uma criancinha de 6 anos seja punido? A punição é exemplificativa e a rigidez mantem a ordem. E não venham com utopia de melhorias na educação, o estado não atirará no próprio pé.

Inserida por pedro_silva_12

"Mulher, acredite que tudo pode ser diferente, que a felicidade está ao seu lado, só esperando uma chance, acredite quando outro alguém disser que vai ser você, só você a pessoa que vai fazê-lo feliz, acredite quando ele disser que o amor ainda existe, que ele está aqui para provar isso dia após dia e que você será feliz novamente diante de todas as dificuldades que irão enfrentar para ficarem juntos. Acredite quando ele disser que nunca sentiu tanta felicidade na vida e que você mexe com ele de uma maneira que palavras não podem explicara explicar tamanho sentimento. Acredite quando ele disser que lembra de você toda vez que escuta planos impossíveis ou qualquer música romântica, é... aquela música que vocês escutaram um olhando para os olhos do outro. Acredite também quando ele disser que cada momento com você é mais do que especial e que você não tem ideia da felicidade que ele sente em estar ao seu lado, fazendo carinho ou até mesmo com você deitada no peito dele, enquanto sente seu cheiro ou desliza a mão pelo seu corpo... Aquele momento em que o coração bate até mais forte, e a vontade de te beijar, é a maior de todas. Por isso, permita-se ser amada, de verdade."

Inserida por LuizPauloLiukenn

Ser um cristão diante das mazelas da vida é ser semelhante àquele que exalava equilíbrio emocional, nítida resiliência na prática e nunca deixou de demonstrar amor, mesmo diante da dor! Pois quem leva o título de cristão deveria ter pelo menos respeito e responsabilidade para com seu Mestre!

O fato é que na vida haverá pessoas que na ausência delas você sentirá falta e desejo de estar pertinho, já outras você sentirá um tremendo alívio e pura felicidade da ausência delas! Por isso que temos que ter muito cuidado nos relacionamentos em geral, pois uma dessas pessoas certamente nos tornaremos também, para elas!

Vivemos no século dos pregadores triunfalistas; não têm compromisso com a veracidade prática da Palavra, pois são mercadores da fé e usam e abusam das mensagens palatáveis de vitória, bênção, prosperidade e cura, visto que não têm: a verdade que liberta, bagarem espiritual, prioridades no reino dos céus e conhecimentos teológicos.

Os primeiros ateus acreditavam em Deus, mas rejeitavam aos deuses. Depois os ateus eram todos os que seguiam crer em qualquer dinvindade. Em seguida os ateus eram aqueles que negavam qualquer divindade. Por fim, temos ateus que odeiam Deus, outros que estão intrigados e outros que dizem que Deus morreu! Pra que se preocupar com algo que não existe? Enfim, todos nunca deixaram de crer nEle! Só não querem admitir isso.

Ser um ateu intolerante hoje em dia mostra uma grande burrica intelectual ou uma sabedoria incomum, pois ele terá que negar todo o cristianismo, seus efeitos, e provar que todos os milagres, curas até hoje nunca existiram! Tem que ser muito mesmo. Sendo assim, é melhor brincar de filósofo sentado mesmo.

A gente tem que parar com essa mania de achar que todas as pessoas são iguais, parar de ter medo de que toda história se repita e acabe da mesma forma como acabaram algumas outras histórias frustrantes que a gente viveu. Não vamos deixar o medo, e um passado de merda atrapalhar a nossa felicidade, não podemos desistir um do outro assim tão fácil!

Inserida por denyseamatheus

Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde. Nunca nos falamos, praticamente, nunca nos olhamos. Ficou só aquela vibração de silêncio, muito forte.

Inserida por julianap

⁠Foi no deserto que a fé de Abraão foi testada; foi no deserto que Moisés presenciou a sarça ardente; foi no deserto que o povo hebreu, após serem libertos da escravidão de 400 anos, passou 40 anos sendo capacitados; foi no deserto que Elias recuperou sua fé; foi no deserto que João Batista preparou o caminho do Senhor e foi no deserto da Judeia que o Filho de Deus iniciou seu ministério messiânico terreno onde seria testado, mas não seria poupado. Assim, a filiação divina de Cristo foi testada e aprovada no deserto. Somente depois disto é que Ele estaria apto para realizar a obra de Deus.

Inserida por ProfessorMarcos

⁠O cúmulo do cinismo é citar o salmos 133 e ser incapaz de resolver os próprios problemas sem precisar levá-los a outros se fazendo de vítima e criando muros de proteção se iludindo de que está plenamente certo! Isso também é o cúmulo da ingenuidade e infantilidade, pois falar o que não se vive é hipocrisia.

Inserida por ProfessorMarcos

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