Crônicas

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⁠A CRÔNICA DO SONHO

Demétrio Sena - Magé

Acordei assustado. Sonhei que tinha escrito o texto abaixo, e ao abrir os olhos, ele pulsava inteiro em minha mente. Palavra por palavra. Não quero "sobrenaturalizar". Existe uma explicação simples e plausível para isso. Apenas não a tenho. Segue.

"É tanta construção truculenta e vertiginosa de um futuro promissor... é tanta busca - sem pausa - de garantias pessoais excessivas, status, admirações externas...

É tanto empenho extenuante na escavação de "um lugar ao sol", que a noite chega sem se ter vivido em essência e sem se ter conquistado afetos verdadeiros; pessoais... apenas admiradores de nossas trajetórias e conquistas... do que temos... independente de quem somos, que se perdeu no turbilhão do processo precipitado e desumano de podermos nos auto recompensar pelas perdas em prol dos ganhos.

Podemos viver bem, ter conforto, afetos e reconhecimento, sem abrirmos mão da vida. É que a vida está em nós e não sentimos. O amor nos ronda e não vemos. A saúde se presenteia para nós, não abrimos a caixa e partimos em busca de podermos pagar por ela, quando a perdermos nos excessos do sonho que não administramos.

Tanto tudo, que o nada cresce por dentro. A solidão se agiganta entre nossas multidões. A morte, um dia tão distante, chega quando pensamos em começar a viver".
... ... ...

#respeiteautorias Isso é lei.

Inserida por demetriosena

Está tudo bem

É, para estar bem consigo mesmo não existe a necessidade de estar bem o tempo todo.

É tudo bem não estar bem, não se cobre, não se culpe.
Para ser do bem, basta ser alguém, alguém que ame e que dê valor a presença de alguém.
Basta ser você, sem máscaras, sem mentiras. A vida é tão curta para vivermos algo que não nos pertence.
E não estar bem o tempo todo, repito, é tudo bem! Não somos perfeitos, falhamos e somos cheios de defeitos e ainda sim está tudo bem.

E amanhã? Amanhã você pode estar bem, e está tudo bem também! Somos constantes mutações, iniciamos e encerramos ciclos o tempo inteiro, olha que mágico né?! Somos cheios de retalhos.

Que possamos nos encontrar, nos perder, nos reencontrar, nos fazer, nos refazer, voltar, iniciar, pausar, nos desconstruir e reconstruir tudo de novo, que possamos nos inventar e nos reinventar o tempo todo, mas que nunca percamos a nossa essência, afinal, não somos perfeitos, somos apenas nós! E ufa, que bom que somos nós, pois, o que seríamos de nós, se não fossemos nós mesmos? E sim, está tudo bem não estar bem o tempo todo!

⁠Filtre seus pensamentos.

Todos nós sabemos que nossos pensamentos refletem muito em nosso comportamento.
Somos seres psicossomáticos, atraimos, acumulamos e distribuímos energias, sejam elas boas ou ruins. E essas energias, afetam todo nosso corpo.
Muitas pessoas tentando melhorar seus padrões mentais e seus comportamentos, se entregam a práticas diversas, como por exemplo: a religião (que significa religar) a meditação, e outras práticas e exercícios visando o bem estar físico-mental.
Essas práticas, independentemente da escolhida, tem seus pilares, sustentado na crença, na força, e no autossacrificio. Na prática isso quer dizer que seremos tentados e que teremos que ser disciplinados.
Ora, nosso padrão de comportamento vem sendo cultivado a anos, demoramos muito tempo para chegar ao estágio em que nos encontramos e, mudar nossa forma de pensar e agir, não será tarefa fácil.
Se quisermos mudar nosso comportamento, teremos que passar por uma análise profunda de nós mesmo, e fazer uma autorreflexão, buscando após, fazer uma limpeza em nossos padrões mentais.
Agora, de nada adiantará se após uma oração, eu sair xingando todo mundo.
Lembre-se, se as coisas em sua volta estão ruins, se você tem maus pensamentos a cerca das coisas e das pessoas em sua volta, o problema certamente estará em você.
Compare seu corpo e seus padrões mentais, como uma xícara, na qual você colocará o chá. Se você ir colocando sem parar, irá derramar. Isso quer dizer que você estará cheio das coisas e nada mais lhe caberá, e com certeza, esse processo irá lhe causar no mínimo ansiedade e estresse, você estará sob muita carga e pressão.
Em outra ponta, se você esvaziar sua xícara, você ficará vazio, sem conteúdo, e sem perspectiva, a vida que lhe foi dada não terá significado, lembre-se que uma xícara sem nada, sem nenhum conteúdo não tem finalidade.
Agora se você vive no processo de esvaziar e completar sua xícara, cuidado com o tipo de chá que coloca nela. Afinal, ali estará o sabor que agradará ou não a sua vida.
Pense nisso.
Mude seu comportamento para melhor.
Reflita.
Paz e bem.
Seja luz.

Uma boa notícia

Boas notícias é o que esperamos neste momento.
Acordar ligar seu computador, o celular, não importa o aparelho, o que importa é ter no noticiário boas notícias.
Enquanto isso não acontece, estamos todos aflitos, pensativos e acelerados.
O que será que vai acontecer? Alguns questionam! Será que o país vai de fato quebrar? Será que vamos sobreviver? Quando voltaremos a vida normal?
São tantas as perguntas sem resposta, que até parece que estamos no início de uma tese científica…. Ah! Pior que estamos!
A única certeza que se tem de tudo isso, é que quando tudo passar, nunca mais seremos os mesmos. Bom, estamos em vantagem aqui, ao menos sabemos de alguma coisa.

⁠Simplifique a fórmula.

Nossa, fiz tanto, mas tanto, que não fiz nada.
Esse é o retrato de uma vida pequena, limitada em afazeres que poucos são seus e muito para os outros.
Se pararmos um momento para refletir sobre a vida, uma das coisas que não escapará é o pensamento de que o quanto é grande nossa vontade de viver e, quão próximos estamos da morte.
Pensamos em viver, mas vegetamos em um cotidiano que criamos para nós.
Uma dicotomia interessante que vivemos é que: Trabalhamos para nosso conforto. Ou seja, nossa vida está atrelada ao que fazemos dela e com ela. Olhando por esse prisma, as coisas não parecem ser tão simples assim. Mas, são.
Aprender a se satisfazer e entender suas reais necessidades, auxiliarão você a viver melhor consigo mesmo.
Se você quer algo, e aquilo irá lhe satisfazer, não é errado querer. O erro está em atropelar o processo para adquirir a coisa ou o bem. Por mais que algo lhe satisfaça, se você, por exemplo, entrar em uma dívida impagável, aquele objeto de satisfação lhe causará sofrimento financeiro, será que é correto? Seria como se você se destruísse para se satisfazer. O que não é certo.
Quanto a vida, neste ano, ficamos mais próximos da morte. Perdemos familiares, amigos, conhecidos. Diversas classe sociais e idades foram vitimadas, mostrando, a morte, uma ação heterogênea e equilibrada.
É fato que a morte nos cerca a todo momento, e nas mais variadas formas, mas, devido a pandemia, essa se tornou foco de acontecimentos e, pensamentos e reflexões sobre a vida.
Ora, a vida não pode ser mesquinha, não pode ser pequena, isso seria no mínimo, uma ofensa a si mesmo e a ela.
Mas, embora vivo, aonde posso encontrar o processo que me permitirá apreciar a vida? Resposta é simples, a vida está em todas as coisas, desde que você olhe com os olhos da vida.
Sem sentir, não há sentimentos.
Imaginemos que você acordou, levantou, tomou café de forma apressada e saiu correndo para trabalhar. Você apreciou a vida?
Se você acordou, agradeça, muitas pessoas morreram dormindo. Se você tem algo para alimentar , agradeça e saboreie o alimento que lhe sustentará, se você tem um trabalho e forças para trabalhar, faça dessa força o ânimo para uma boa jornada de trabalho.
Comece o dia como um ser vivo, não como uma máquina programada para repetir as mesmas ações como em uma linha de produção.
Simplifique sua vida, jogue os excessos emocionais fora, aprenda a valorizar as coisas que possui, aprenda a ser grato por suas conquistas. Faça das dificuldades a mola propulsora para lhe arremessar para o alto. Aprenda a ser feliz no ganho e a levantar a cabeça nas perdas. Você jamais será o dono da verdade, mas, cultive suas ideias e seus conceitos, se bons, viva-os.
A vida é simples, acredite nisso.
Ela se resume em dizer obrigado, e usar seus sentidos para apreciá-la.
Não basta olhar para uma flor e dizer que ela é bonita. Você tem que ser capaz de sentir a suavidade de suas pétalas, o seu perfume, aquecer seu coração em suas cores. Se for capaz de sentir isso, em uma flor, bem vindo a vida.
Lembre-se que a vida é finita, e que não temos controle do segundo seguinte, temos apenas, uma previsão ou na melhor das hipóteses, uma perspectiva. Sabendo disso, viva plena e grandiosamente. Como diria o filósofo: "A vida pode ser curta, mas, jamais deve ser pequena."
Pense nisso.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Se hidrate.

Diga-me com quem andas, que te direi quem tu és.

Primeiramente devo explicar que este dito popular, não está contido na Bíblia, como muitos acreditam.
Mas, é um dito popular que reflete uma realidade inconteste. O meio em que vivemos, que frequentamos, as pessoas de nossa convivência, dizem muito sobre o nosso caráter.
Se você quer avaliar o caráter de alguém, basta ver as pessoas que a cercam. Isso, lhe dará uma pista sobre essa pessoa.
Que as amizades influenciam nossos hábitos e comportamentos, isso é fato. Pois serão através destas novas amizades que começaremos a frequentar ambientes, aprender novas palavras e replicar novos conhecimentos.
Assim sendo, estes novos conhecimentos e/ou comportamentos, acabam interferindo nas suas ações e no seu ser.
Somos seres influenciáveis, copiamos ou replicamos, tendências, modas, palavras, gestos, comportamento sexual, enfim.
Entenda que somos como um quadro branco, pronto para ser pintado, e a pintura após colocada, será vista, apreciada e julgada por outras pessoas.
Muitas destas poderão alegar que não, que o ambiente e as decisões, são de caráter individual, logo, apenas uma questão de escolha. Estão erradas, pois se você vive em um ambiente em que seus conceitos são contraditórios ao grupo, a conclusão é simples, ou você não pertence ao grupo, ou é alguém que trabalha em um prostíbulo e jura que é virgem.
No primeiro caso, a solução é simples, saia deste grupo e evolua. No segundo caso, assuma sua condição e pare de sofrer.
Em ambos verá que o grupo lhe influenciou na tomada de decisões.
Veja que até mesmo de uma forma inocente, copiamos algumas manias cotidianas. Uma palavra, um corte de cabelo, uma tatuagem, e outros tantos exemplos. Acreditamos que queremos, mas, na verdade, fomos influenciados. E, para mostrar que pertencemos aquele grupo, de pessoas legais e bacanas, acabamos replicando o hábito, e negamos, dizendo que foi uma opção de livre escolha. Afinal, gostamos de mentir para nós mesmos.
A frase, me diga com quem andas, que te direi quem tu és, como disse, não é bíblica, mas ela tem escora em alguns versículos bíblicos, a exemplo: Aquele que anda com homens sábios, será sábio, mas, um companheiro de tolos, será destruído. Outro exemplo: Abençoado é o homem que não anda no conselho dos ímpios, nem fica no caminho dos pecadores, nem se assenta na cadeia dos escarnecedores. Outro versículo: As más companhias, corrompem os bons costumes.
Em resumo, um abismo atrai outro abismo.
Apenas para refletir lhe pergunto: Com quem andas?
Pense e reflita.
Paz e luz.
Ilumine seu dia.

⁠O poder da oração. Nenhum.

Toda vez que fazemos uma oração, pedimos bênçãos e agradecemos a Deus por tuas obras e realizações feitas em nossa vida.
Mas, há uma falha nesse pensamento. A oração apenas busca fazer uma conexão de quem ora, com o divino, mas, na prática é um monólogo no qual você tenta ser um consultor de Deus, tenta dizer a Deus o que fazer.
Entenda que você é fruto do criador, ou seja, você é apenas uma ideia, logo, nada há o que pedir, implorar ou até mesmo agradecer, você é a ideia concretizada, assim sendo, tudo que você vier a receber neste plano, seja algo positivo ou negativo, é seu. Simples assim.
Imagine você preso em uma enchente, e a água começa a subir, se você não tiver como sair dessa situação, você irá morrer, e Deus, estará apenas observando, não é porque ele é sádico ou cruel, é porque você é somente uma ideia de sua criação, e ela pode ser apagada a qualquer momento.
Orações fervorosas não lhe afastarão o mal, ou qualquer infortúnio da vida. Agora, suas ações poderão retardar alguns infortúnios, é mais saudável ir na igreja do que frequentar um bar. Se presume menos problemas.
Da mesma forma, se você tiver alguma sorte na vida, como ganhar na loteria, não pense você, que é uma obra divina, isso acontece porque você jogou, e seus números foram sorteados, simples assim.
Se você se sente bem fazendo uma oração, ótimo. Mas, entenda, você é a criação, não é o criador.
Aprenda a ficar em silêncio ante seu criador, aprenda a respeitar e aceitar, tudo que for posto em seu caminho.
Não adianta culpar a Deus sobre alguma perda ou infortúnio. Temos esse hábito ruim. Da mesma forma, agradecemos pouco, e criticamos muito. Coisas da fraqueza humana.
Se você silenciar suas orações, começará a entender e aceitar os caminhos a serem trilhados por você.
Não estou dizendo que você não deva acreditar em Deus ou não deva tentar se conectar a Ele, ao contrário você deve sim acreditar e tentar se alinhar com o divino, e mais ainda, saber e compreender que Deus sabe o que faz e, que Ele opera em sua vida.
Compreenda que uma oração que busca apenas fazer com que Deus seja seu provedor particular de bênçãos, nada mais é do que você querer ser maior que o criador. Que Ele, seja seu empregado. Isso é no mínimo estranho e errado.
Se você pede algo a Deus, você está dizendo nas entrelinhas que a obra D'Ele pode ser melhorada, ou seja, que Deus não está fazendo bem seu papel para com você.
Por que você se acha merecedor de bênçãos que pede em silêncio? Ora, será que seu criador não sabe de suas necessidades?
Se você quer ficar próximo ao criador, peça em oração para que Ele te leve, ou faça o arrebatamento de sua pessoa. Mas, isso dificilmente pedimos.
Orações do tipo eu agradeço por A, mas, me dê o resto do alfabeto, e uma vida boa, tenha a certeza, não há valia alguma.
Pense nisso.
Reflita.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Massako

Que o Futebol é a paixão nacional disso eu não tenho dúvida. Não tenho dúvida também que o que aconteceu com o Neymar ontem deu uma chacoalhada nos ânimos da brasileirada. Foi um sentimento estranho né? As pessoas colocam um peso tão grande sobre as costas de alguém e um dia essas costas quebram, que coisa, foi até literal. E esse sentimento estranho pode ser também de impunidade, os juízes, aqueles que detêm o poder sobre o jogo fazem o que querem, agem como bem entenderem, enxergam a falta onde não há, e em algumas situações até enxergam, mas se cegam, 'passam a mão na cabeça', distribuem cartões para quem não os merece. Esse 'sentimento estranho' é o reflexo do que acontece com o nosso mundo, a cada momento, em todos os setores em que vivemos, seja no seu trabalho ou no templo que você frequenta, seja na roda de colegas ou até entre sua família. A impunidade está aí, o mundo todo olhando para ela e ela, simplesmente, dando um 'xauzinho' de miss. É possível dizer também que essa 'revolta' que vemos na mídia (a mesma mídia omissa em tantos outros casos), no facebook, nas conversas em nossas casas, poderia ter uma porcentagem destinada a tantos outros exemplos de impunidade que temos visto por aí. Exemplos? Só se informar sobre a debilidade do sistema econômico, a decadência da saúde, a falta de segurança, os adoradores cada vez mais ávidos do jeito Lannister de ser (manipulações, egoísmo, arrogância, sede extrema pelo poder). É a cabeça das pessoas sendo alterada e ninguém está se dando conta disso. As pessoas não têm mais palavra. Elas olham nos seus olhos e mentem descaradamente. Estamos sob o domínio desses juízes. Onde estão os nossos valores? Esquecidos, como o sentimento estranho 24 horas depois.
- Caio Rossan, em 05 de julho de 2013.
‪#‎COPA2014‬ ‪#‎OCAMPEÃOVOLTOU‬ (E vamos pensar mais em outros aspectos, unidos não apenas no futebol. Que o campeão volte e acorde, pra valer!) ‪#‎FORTESENTENDEM‬

ESTOU GRÁVIDA

De livros abortados
De leituras interrompidas
De contos inacabados
De remédios ingeridos
De poemas iniciados
De amores mal resolvidos
De palavras mal pronunciadas
De versos não construídos
De rascunhos rasgados
De noites mal dormidas
De crônicas não anunciadas
De acrósticos obstruídos –
Sinto-me enjoada, pesada,
Preciso parir.

Observa-se, calado e, até indisponível às vezes...
Às pessoas, rotulam tanto que já não sei se sou um robô, ou boneco de lata.
Precisava entender se, quem exclama tanta impuridade, têm a mesma propensão em desfazer interrogativas, cultivar vírgulas entre as respirações e desfazer “nós” que se enroscam nas reticências, deixando-as menos misteriosas e findando-as muitas vezes por cansaço, um ponto final, engasgado em lampejos e indignações!

Sou voluntária consecutiva de minhas atitudes, dos meus risos e choros...
Sou uma coletânea acústica de versos que me exprimem, me expressam, me definem... Depende dos olhos que me observam, do corpo que me sente e de tudo que estiver envolto.
Sou expressão pura, basta notar-me com alma!
Não tem mistura na minha verdade, tem bossa nova!
Sou autêntica na íntegra, combustão que incendeia carnavais, acelera o verão, aquece o frio, desabrocha a primavera e opaca o outono e não divido meios termos, faço valer um inteiro do texto e mesmo sendo transparente, me encolho no segredo de minhas autorias e faço quem me ler -seja com os olhos, seja com a boca- respeitar e desvendar a melodia!

Ao som de Cindy

Já notou que todo paulista tem pressa?
Por volta das 21:30 todos os dias o desembarque na estação de metrô Tamanduateí se tornou minha diversão. Quando as portas do metrô se abrem começa a maratona, todos correndo desesperados rumo a escada rolante, eu continuo andando normalmente, como quem não está com pressa, mas que também não perde tempo, com meus fones de ouvido, e de repente todas aquelas pessoas correndo ao som de “Girls just want to have fun” me tira uma gargalhada.
Chegando a tão concorrida plataforma, eis que lá estão todos aqueles “atletas”, agora ao som de “Time After Time”, pronto todos estamos esperando o mesmo trem, não corri, não atropelei um anão perdido no meio do caminho, não empurrei aqueles que tentavam a todo custo sair do trem
E cá estou...
Sentada e calma “Crônicando” sobre a pressa e a corrida incansável de todos estes atletas super respeitosos, cujo as santas mães certamente não deve os reconhecer diante tal educação, assim são os paulistas. Nem todos, mas em grande maioria, a pressa é algo contagioso, eu mesma já me peguei correndo e quando me dei conta estava me perguntando: por que estou correndo mesmo? Apenas levada pelo mar de gente.
Aliás nunca tive vocação para o atletismo mesmo, a fadiga é constante em minha vida, digamos que sou apreciadora de bons momentos com a maior calma do mundo, além do que nunca encontrei sentido em correr para depois ficar parado esperando um trem, até por que não há pressa alguma de voltar para casa, pressa tenho em chegar no horário quando necessito cumprir compromissos.
A pressa não só é inimiga da perfeição, mas também da educação.

Sobre o amor e árvores
Caminhando vagamente rumo a algum lugar do qual não me vem em mente, sei que caminho como um robô programado a chegar a algum lugar. Andando sem prestar atenção onde piso, automaticamente me desvio de empecilhos, sinto que poderia ter notado logo a minha frente uma enorme árvore que talvez dava flores cor de rosas, bem reluzentes por sinal, como saber? Eu só queria chegar a meu destino.
Sem deveras, se observasse um pouco mais atenta eu teria ouvido as súplicas de um pobre pecador portando uma bíblia em meio a praça pública em que gritava fortemente: “somos todos pecadores”, talvez eu teria ouvido isto. Mas afinal quem será que é os todos pecadores que ele afirmava com tanta convicção?
Bom ouvi dizer algo sobre o amor, ou talvez eu tenha notado um casal meio pálido sentados no banco de um trem, ele com a camisa verde já gasta pelo tempo e ela com os cabelos desalinhados já quase sem brilho, fintavam olhares apaixonados enquanto ele a abraçava como se dissesse que a amava naquele instante, ela já meia sem reação só inclinava a cabeça num gesto de timidez e o afagava os cabelos embrenhados, pareciam se amar. Mas será que o amor está realmente composto nestes gestos? Ele poderia estar dizendo que a amava enquanto pensava em outra, e o gesto de timidez dela poderia ser um repudio à ele, enfim eu não saberia afirmar isto ainda que me interessasse. Interessante mesmo são as árvores, já notaram que elas crescem em qualquer lugar? E ao longo dos anos elas ganham resistência, não são como nós, que ao longo dos anos ficamos velhos e cansados, elas se adaptam ao ambiente e se tornam fortes, capaz de enfrentar chuvas, raios e ventanias que podem chegar a 90 km por hora, isto é incrível.
Dizem que quando ama você passa a observar coisas ao redor, coisas bobas e simples mas que antes não lhe chamariam a atenção, mas por que será?
Acredito que o amor nos põe na condição de bobos, rimos sem ter motivo, amamos sem saber o porquê ou pelo o que, ouvimos músicas deprimentes que nos fazem lembrar de um dado momento, choramos quando sentimos falta, e ainda acha que seria uma condição normal estar em tudo isto? O amor é uma grande loucura, talvez eu não teria notado coisas como um casal meramente apaixonado, ou uma árvore, acho que me encontro também em estado de “Fodeu, estou apaixonado”, por que a paixão causa loucuras, causa pessoas estranhamente sentimentais e quando se depara está falando que nem idiota só para dizer à alguém que você a ama, como se esta pessoa não tivesse capacidade mental de compreender se você apenas dissesse: Olha, Eu te amo e as árvores são incríveis. Mas não você precisa dizer naquela voz medonha e estranhamente fina como um débil mental, só para mostrar (e afirmar aqui a minha tese de que o amor nos torna bobos) que você ama aquela pessoa e age como um retardado.
Eu não costumo notar como as pessoas são estranhas, ou como seu cabelo fica lindo quando está desarrumado, mas acontece que...
Eu virei um deles!

Não Quero Apontadores
O apontador de lápis é a prova viva que nem sempre a evolução quer dizer melhora, ela quer dizer mudança. Quando apontamos um lápis com apontador, ou ele não aponta por completo ou a ponta se quebra. Com um estilete é diferente, esteticamente não pode ser melhor, mas com certeza é mais prático e eficaz, os cortes feitos, além de prazerosos para quem os fazem, moldam o lápis ao seu bel prazer, na hora de afinar a ponta, o pozinho deixado pela raspagem do grafite será soprado, inexplicavelmente uma sensação de dever cumprido brotará dentro de nós, suavemente a ponta será testada nos dedos (os mais corajosos o fazem nas bochechas) e o lápis pode enfim continuar os seus afazeres.

Vamos descombinar?

A gente caminha pela vida fazendo acertos de todas as ordens.
Primeiro são os que se destinam aos pais. Temos a necessidade de deixar combinado nosso compromisso em fazer tudo adequado, certo, dentro do esperado. O esperado por eles, claro.
Depois vêm os acertos que fazemos com a vida. Alguns que sequer raciocinamos direito. Mais ou menos como se assinássemos um cheque em branco só porque o credor - vida - nos parece da mais alta confiança. Nem sempre. Será?
Com ela combinamos, combinamos, combinamos. Combinamos concluir com êxito os estudos, aprender a nadar, entrar para faculdade, concluir a faculdade, conseguir emprego, falar inglês. A lista não termina porque a vida não terminou.
Acertos que fazemos em momentos em que éramos outros. Sim, outros.
Escrevendo, me ocorre, sem nenhum planejamento, a letra do Caetano que bem poderia ser dedicada para a vida, num trecho que nos permite algumas leituras e releituras internas... "Você é meu caminho (...) desde o início estava você (...) meu mar e minha mãe, meu medo e meu champanhe. Visão do espaço sideral. Onde o que eu sou se afoga! Meu fumo e minha ioga, você é minha droga, paixão e carnaval... Meu Zen, Meu Bem, Meu Mal (...)"
É isso: "onde o que eu sou se afoga!" Na era das combinações o que nós somos às vezes se afogar pelo que fomos, éramos ou pensávamos ser ou pensaram que fossemos. Mesmo que haja alguém com a crença - terrível - de que somos os mesmos desde o útero. Devo dizer que invejo essa pessoa. Ela deve ser bem menos inquieta que eu. Gente que acredita que não mudou nada, por favor, não leia essa crônica. Ela lhes soará como um acinte quando só quer propor um assunto. Não. Não é uma provocação. É uma constatação. Mas, se essa constatação lhe provocar algo, aproveite.

Um discípulo perguntou a um velho sábio sobre quem vinha primeiro, se era a energia ou a força. E com a serenidade costumeira a resposta do ancião pareceu cheia de complexidade para um entendimento superficial sem os mecanismos da reflexão profunda:

"Sem energia perdemos a força - respondeu-lhe o velho homem -, no entanto, você pode estar pensando que é a força que produz energia. Mas veja bem que não há força sem energia. Neste caso, precisamos descobrir o que é causa e o que é efeito. Não nos parece aquela mesma história de quem veio primeiro se foi o ovo ou a galinha? Então, onde estaria a energia neste caso? Porque a energia que a força produz é secundária, e a força que a energia produz é a força primeira ainda misteriosa como a própria luz. Observe que a luz também é efeito, pois a causa é a energia.", completou o mestre.

E o discípulo ouvindo tudo aquilo, não teve força para replicar, porque estava psicologicamente esgotado, sem energia para raciocinar.

Então, viva a sua vida!
Por Allan Garrido

Viva a sua vida. Esqueça as preocupações à toa, aquelas que povoam a sua mente e não deixam você dormir. Já parou para pensar que amanhã você, nem mesmo, pode estar vivo?
Dramático? Talvez... Mas é a realidade! Diga-me uma coisa:
- Você tem controle do que vai acontecer no próximo instante? Não precisam me responder, é claro que não!
Então viva a sua vida. Claro que não é por isso, por essa falta de controle do futuro, que você vai sair estragando o seu presente. Óbvio que não! A proposta aqui é que você viva um segundo, um minuto do teu dia de cada vez. Que você viva a sua vida e encare-a de frente. Que você saiba aproveitar os momentos de alegria, de prazer e descanso com seus amigos, parentes, namorados(as) e etc...
Não estrague esses instantes. Talvez eles sejam os únicos. Já parou para pensar nisso? Quantos amigos ou até mesmo seus pais não se lamentam de não ter aproveitado mais esta ou aquela pessoa e que se arrependem até o último fio de cabelo por isso, e dizem:
- Poxa! Se eu soubesse que iria partir teria aproveitado até o último segundo, teria agido bem diferente...
Tá vendo! Olha ai o amargor do arrependimento! Por isso meus amigos, não deixem para fazer amanhã o que se pode fazer no dia de hoje. Amem, dancem, cantem esqueçam um pouco seus problemas, curtam o momento de estar vivo, apesar das dificuldades, e celebre a vida. Os momentos em que passamos são frágeis e tudo pode se desintegrar num instante, num breve instante.

A menina que falava mal de mim

Até que ela era bonitinha, sem querer ofender, mas tinha mania de apontar meus defeitos- acho que foi bem difícil fazer ela enxergar quem eu realmente sou. Talvez seja por não me conhecer bem, apesar de longas datas ao meu lado...

A menina que falava mal de mim, dizia coisas absurdas: meu cabelo estava fora de moda e se eu continuasse comendo daquela forma explodiria, também, jamais conseguiria realizar e concluir minhas metas- era sempre assim, não merecia o fruto do meu esforço." O que essa menina tem, hein? " Mas que bom que o tempo passa e os problemas são solucionados : falta de amor próprio, detectado." Recalcada", pensei. Mesmo assim, com muito esforço, resolvi apresenta-los, um trabalhão, mas deu certo. Hoje em dia, parei de falar mal de mim, do meu cabelo, do meu peso... Vê, que absurdo, a menina que falava mal de mim era eu, mas acredite, atualmente vivemos um caso de amor platônico e só queria dizer... Eu me amo.

⁠A Árvore Invisível

No meio da floresta, onde o verde se espalha em incontáveis tons de vida, há uma árvore morta. Seu tronco retorcido e seco ergue-se como um esqueleto, desprovido de folhas, de seiva, de movimento. Os pássaros não pousam em seus galhos; os insetos não a rodeiam; até o vento parece desviar-se dela, como se sua presença fosse um incômodo.
Ela já foi grande, já sustentou ninhos, já balançou sob o peso de frutos. Agora, é apenas um vulto silencioso, uma sombra esquecida no meio do esplendor alheio. Os olhos dos passantes deslizam sobre ela, sem fixar-se, sem reconhecer sua existência. Afinal, quem se importa com o que já não floresce?
Assim também é a velhice humana. Há um momento em que as folhas caem — a vitalidade, o vigor, a utilidade aparente — e, de repente, o mundo parece desviar o olhar. O idoso, outrora centro de histórias e sustento, torna-se uma figura quieta nos cantos da casa, nos bancos das praças, nos quartos de asilos. Suas rugas são como as rachaduras no tronco da árvore seca: marcas de tempestades sobrevividas, de anos que não foram gentis, mas que ninguém mais se dá ao trabalho de ler.
A floresta segue verde, impiedosamente bela. A vida dos outros segue, impiedosamente alegre. E a árvore morta permanece, invisível, até o dia em que o vento mais forte a derrubar, e então, talvez, alguém note sua ausência — mas não sua existência.

Assim como tantos velhos, que só são lembrados quando já se foram.

Todas as coisas que segurei


Dentro de mim, segurei tantas coisas…Abstratas, pequenas, grandes, confortantes.
Desenvolvi barreiras para guardar todas essas coisas que segurei, constantemente, estava ali comigo, independente do que houvesse, elas haviam se tornado atemporais, o tempo não transcorria, nada poderia apagá-las na nitidez em que se mantinham firme dentro de mim.
Um desejo incansável de controlar o incontrolável e por ego, não reconhecer a beleza da liberdade. Havia tanto em mim, que pesou. Pesou nas profundezas do interior que já nem era mais meu, entretanto, estava se tornando propriedade daquilo que eu guardava em mim e estava me moldando aos poucos.
No nascer do dia e no fim dele, percebo repetidamente que a vida são fases, ciclos, estações. E tudo de intenso que há no meu peito jamais transformaria-se em concreto eternamente. Não posso guardar, tocar, manter sempre dentro de mim. É preciso soltar, libertar, encontrar o equilíbrio, pois tudo o que realmente nos pertence, jamais vai embora, apenas ressurge em sensações melhores.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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