Costume

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Não me compare a ninguém. Sou única, com meu jeito, meu modo, meu costume. Cada um tem sua particularidade, cada um tem uma diferença. As pessoas não precisam se igualar, elas precisam se completar. E eu estou completa!

Se acostume com o "adeus"

Se acostume com o fato de ir dormir o resto dos teus dias sem ouvir meu "boa noite", sem desejar que durma bem ou que tenha ótimos sonhos. Se acostume a não enlouquecer ao sentir o meu perfume, não ouvir minha voz nos momentos de aflição, não sentir meu abraço nos momentos de insegurança. Se acostume com o fato de que eu estou bem em minha nova vida, e que não tenho a intenção de abandoná-la. Se acostume a não me chamar de amor, nem falar de mim para as pessoas. Se acostume a não pensar em mim quando ouvir uma música ou assistir um filme, ou até ler um livro que sabe que é o tipo que eu gostaria de ler. Se acostume viver a vida sem mim, não espere que eu vá te buscar. Se acostume a amar outra pessoa que não seja eu, a canalizar seus sentimentos e não usá-los em demasia com pessoas que não valham a pena. Não estou pedindo que me esqueça, que esqueça o que sente ou fez por mim, apenas peço que... Se acostume!

É inútil ficar sentado em meio a todas essas coisas desconhecidas, tentando resolver um enigma. Você acabará monomaníaco. Encare este mundo. Aprenda-lhe os costumes, observe-o, não tire conclusões apressadas. No fim você acabará encontrando todas as respostas.

Contra a memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada.

Oswald de Andrade
Andrade, O. Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928

Com ajuda da moralidade do costume e da camisa-de-força social, o homem foi realmente se tornou confiável.

A distância mais difícil de ser superada é a do costume: a psicológica, a que não permite abraços efusivos e brincadeiras, que paralisa e planifica os sentimentos com os anos de convivência.

Temos o costume de não ouvir o outro. Eu digo que sou de Aquário e você responde seu signo. Eu digo que estou cansado e você responde que também. Eu digo que tenho dor de cabeça e você diz que tem um tumor.

A essência do costume (de dar presentes de Natal) é que agora eu tenho que sair e adquirir um presente de valor equivalente que representa o mesmo nível de amizade representado pelo presente que você me deu. Não é de estranhar que as taxas de suicídio aumentam nessa época do ano.

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto

Alberto Caeiro
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1946.

Na tradição britânica, os conservadores são herdeiros de uma cultura insular e que o costume prevalece sobre a razão como o último tribunal de apelação. Seu processo
político é governado por uma constituição não escrita, cujos princípios são uma questão de costume, e não de regras explícitas.

Eu tenho o costume de sofrer muito por esperar dos outros uma atitude que não vem. Pode ser da mãe, do pai, do amigo, do colega de trabalho, do namorado, do mosquito que faz barulho chato no ouvido no meio da noite. Eu espero porque eu faço. Me dou de bandeja, mas nem sempre consigo me perdoar. E preciso entender que as coisas não vão ser como eu quero.

Necessitando pensar, pensei que é esquisito este costume de viverem os machos apartados das fêmeas. Quando se entendem, quase sempre são levados por motivos que se referem ao sexo. Vem daí talvez a malícia excessiva que há em torno de coisas feitas inocentemente. Dirijo-me a uma senhora, e ela se encolhe e se arrepia toda.
Se não se encolhe nem se arrepia, um sujeito que está de fora jura que há safadeza no caso.

Graciliano Ramos
RAMOS, G., São Bernardo, Editora Arial, 1934;

Incomodo!

Tudo em mim incomoda
Afeta os conceitos
Meu costume fora de moda
De impor meu jeito

Quando peço bom senso
Quando quero ficar só
Quando preciso de silêncio
De ninguém ao meu redor

Minha falta de humor
Meu riso sincero
Meus gestos de amor
Quando amor espero

Tudo em mim incomoda
Causa desconforto
Meu jeito não se molda
Não cedo sem esforço

Minhas dores incompreendidas
Incomodam ainda mais
Só desejo na vida
Encontrar minha paz

Não peço compreensão
Nem que entenda meu jeito
Jamais pedi admiração
Mas exijo respeito

SAWABONA!!!

Há uma "tribo" africana que tem um costume muito bonito.
Quando alguém faz algo prejudicial e errado, eles levam a pessoa para o centro da aldeia, e toda a tribo vem e o rodeia. Durante dois dias, eles vão dizer ao homem todas as coisas boas que ele já fez.
A tribo acredita que cada ser humano vem ao mundo como um ser bom. Cada um de nós desejando segurança, amor, paz, felicidade. Mas às vezes, na busca dessas coisas, as pessoas cometem erros.
A comunidade enxerga aqueles erros como um grito de socorro.
Eles se unem então para erguê-lo, para reconectá-lo com sua verdadeira natureza, para lembrá-lo quem ele realmente é, até que ele se lembre totalmente da verdade da qual ele tinha se desconectado temporariamente: "Eu sou bom".
Sawabona Shikoba!
SAWABONA, é um cumprimento usado na África do Sul e quer dizer:
"Eu te respeito, eu te valorizo. Você é importante pra mim"
Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA,que é:
"Então, eu existo pra você"

Dois corações e a máquina do tempo

Caminhava no final da tarde como de costume quando avistei um casal de velhinhos, eles varriam juntos a calçada que estava tomada por grama recém cortada. Cena maravilhosa, o sol, o céu e aquele casal - que deve estar junto a um tempão - varrendo a grama, fazendo um mesmo montinho.

Lembrei dos meus avós que estão completando cinquenta anos de casados. Pensei em como os relacionamentos tem mudado, sobre a independência das mulheres e as consequências que mergulham nós, homens, ainda mais na “síndrome de Peter Pan”.

Quando afinal definiram-se os prazos de validade? Porque ficou tão difícil o “felizes para sempre”? Teria a evolução não acompanhado os corações? Bem, poderíamos argumentar centenas de motivos, partir de vários pontos de saída, para ao final, cruzar a mesma chegada: o ser humano segue intolerante.

Sabem o mais interessante na história do casal que varria a calçada? Quando me aproximei deles ouvi o velinho disparar a seguinte frase: "mah dio cristo cabeçuda non me vare o meu que o vento leva."

Para se compor a essência da união é necessária a aceitação, mais do que a de outro, a própria. Quando nos vemos seres falíveis, compartilhamos os medos e aceitamos que a perfeição de uma relação está justamente na imperfeição humana, é quando descobrimos o milagre que fez de nós, seres tão egoístas, capazes de amar.

A busca pela satisfação por vezes traz a solidão. A ânsia de encontrar-se alguém acaba por ser o prelúdio do fim. No oceano das possibilidades, das tecnologias que tornam o de ontem velho demais para o hoje, nascem as novas gerações, cada vez mais consumistas até mesmo em quanto as relações.

Caminhava eu num final de tarde quando avistei dois velinhos que juntos varriam a calçada: seria isso o amor? Um montinho de grama feito por duas pessoas? Não; acredito que o amor daqueles dois estava justamente no xingamento que sucedeu a cena, estava na certeza de que mesmo se os ventos não fossem favoráveis e desfizessem aquele montinho, ainda assim eles poderiam refazê-lo.

A paixão é o que você somente admira, já o amor, é o tanto que você aprende a reconsiderar.

L.H
Eu sou da noite fardado a madrugar,
Você sempre flor do dia,
Com costume de sonhar,
Sem sono ti mantenho acordada na minha poesia,
Sou o dono da escrita,
Tu és matéria prima,
A arte que faz o artista,
Viajar entre linhas certas,
Antigas incorretas,
Com mensagens incertas,
Muito próximo ao coração,
O fardo da melancolia tecia minhas ilusões,
Claramente você é luz,
Na minha plena solidão,
Para o herdeiro do pecado,
Você é a salvação,
A fé sem religião,
Divindade sem divisão,
Idolatria sem submissão,
Tu é o conforto da minha vida corrida,
Em busca da simplicidade obtida, Através de um nada materialista,
O segredo da felicidade não possui lista,
Possui personalidade,
Igual a lua mulher de fases,
Ora é arte outra faz arte .

A distância traz saudades, a proximidade traz costume.

Na escola dos babacas
Aprendi a ser confusa
Pior
Desenvolvi o maldito costume de ser idiota


A simplicidade me ensinaram a detestar
Por isso complico
Problematizo
Sem ao menos me atentar

No Brasil, temos o costume de torcer para a zebra (no futebol), torcer, para o mais fraco, para o menor, sempre. Na verdade, torcemos sempre para o mais humilde, essa é a forma inconsciente que o nosso povo tem de demonstrar compaixão por si mesmo.

Eu falo que estou bem , não porque estou e sim por costume…