Corpo e Mente Nietzsche
DESPIDA DE MIM
- Por favor
Não me olhes que ainda não acordei
O meu pobre corpo, a minha alma
Apenas conheço um mar de escuridão
Onde guardo as palavras já sem voz
Dentro de uma velha gaveta de madeira
Cômoda de carvalho, posta atrás da porta
No tempo esquecido, memória da história
Onde as palavras mordem-me os lábios
Ferem-me o peito com os abismos distantes
Despida de mim, quando me deixas possuída por ti
Há nevoeiro, sigo as palavras desconhecidas
Que voam nas asas do norte, atalhos movediços
No corrupio das águas de um mar morto de letras
Que me beijam, quando eu já não estou ou estarei aqui.
Você é feito ventania, aquela tempestade do fim de dia, a sua presença faz meu corpo todo estremecer, você agita o mar que existe dentro de mim. Ensina-me caminhar em meio este seu vendaval, me faça chegar até você para lhe dar a calma do meu amor. Eu sei que nesta sua bagunça, cabe um pouquinho de mim... ou talvez muito.
CORPO PERFUMADO
Prende-me na tua voz para alimentar a tua prece
Fica comigo atrás das grades, torna-te devoto
Recicla as minhas loucuras só para as reinventar
Lanceta o meu corpo para ver o reverso do teu
Conheço a dor de cor, que arranquei do coração
Crema o desejo nas pétalas soltas da tua inexistência
Ama o meu corpo na terra, onde eu respiro contigo
Torna combustão, o que esfumaça dos meus lábios.
Sente o calor da insónia, a perder-se no chão das pedras
Partículas pequenas suspensas na ansiedade crescente
Corpo nu que flutua no vazio das labaredas da tua carne
Onde a eternidade tolda o sentido, recolhendo as cinzas soltas
Apaga a fome, sentirás o encanto do meu corpo perfumado.
Em longas noites de amor
Mergulho no teu amor.
Absorvo tua pele molhada
Em meu corpo cansado
Exausto de amar você
Eu só queria uma última dança. Sentir seu corpo junto ao meu enquanto o mundo gira sob os nosso pés.
Mais uma vez encontrei conforto em seus abraços, doçura em seus beijos, desejo em seu corpo e sinceridade em suas palavras.
Ventos na sombra
Ventos na sombra empurram a luz,
suaves segredos que teu corpo seduz.
Momentos, instantes de puro prazer,
vontade, desejo de apenas te ter.
Dançam os corpos na Noite vazia,
silêncios despidos que a alma temia.
Passos certeiros de meu corpo se elevam,
entregues a ti quando minhas mãos te levam.
Gritos contidos e...nvoltos em magia,
almas perdidas que a Noite vigia.
Formas diversas se agitam no ar,
ondas imensas se levantam no mar.
No instante mais longo do tempo,
minha vida te entrego num simples lamento.
Abraças o corpo que em ti se abandona,
mulher, menina ou simples amazona.
in Reflexos d'Alma
Entre a cabeça e o corpo qual a parte mais importante? A consciência que não separa uma coisa da outra.
"Sim, cairei mediante o cansaço do corpo e das desilusões dessa vida, mas com a alma ainda firme, jamais abatida".
Existe algo em você que me modifica. O corpo junto a alma são como um fruto. O corpo, o externo, é a casca, a parte mais vulgar. No interior concentra-se o espírito, o apreciável, o componente mais valioso. Estar ao seu lado e escutar as coisas que você diz fazem minha alma transpor. Vivo próximo ao surreal e distante de qualquer realidade que possa levar-me ao fim.
A água cai do chuveiro até atingir as minhas costas e percorrer as curvas do meu corpo. Olho até o líquido no chão que segue para o ralo. Ao entrar em contato com a minha pele, a água assume tons distintos. As cores diversificam-se conforme meu estado. O líquido é tingido pelas minhas emoções, ele sofre metamorfose ao tocar e correr pela minha pele que exala uma porção demasiada de sentimentos. A raiva faz a água contrair um tom vermelho sangue, a luz do banheiro adquire autonomia acendendo e apagando em intervalos incalculáveis. A felicidade gera um líquido verde, um aroma viciante, tranquilizante e sedutor ocupa o pequeno cômodo. O ódio gera uma lama escura, os músculos se contraem, as sobrancelhas tornam-se uma só linha, a locomoção é impossível, a escuridão domina o pequeno cubículo, os olho se tornam incapazes de ver. A água funde-se em tons marrons e cinzas ao deparar-se com a tristeza, o corpo se contrai, a respiração fica ofegante. As lágrimas são incontroláveis pelo consciente, jorram dos olhos como cachoeiras em meio a uma tempestade.
O amor transforma o transparente da água em azul reluzente, feito água do mar quando atingida pelo sol de fim de tarde, a água purifica o azulejo tirando a sua cor, focos de luz cintilante saem das paredes,do teto e do piso, o corpo assume uma postura leve, como se não existissem partes palpáveis. A respiração invade o interno, atinge todos os pontos e extremidades do corpo. Minha alma salta, gira freneticamente sem medo de obter lesões ao atravessar, com braços e pernas, as paredes. Um sorriso abrilhanta a minha face, a benevolência domina todos os cômodos da casa. Sou sentimento em carne e osso, meu corpo é um depósito formado para comportar minhas emoções colossais.
Deito na cama com os braços e pernas esticados em direções opostas. Formo com o corpo o desenho da antepenúltima letra do alfabeto. Sinto um formigamento na ponta de cada um dos meus dedos, como se meu interior estivesse saindo através das extremidades das minhas unhas. Encontro-me no vácuo, sem o meu espírito, vazio como o nada, assustadoramente oco. Vejo minha alma a me observar, flutuando próxima ao teto do meu quarto. Ela me fala das suas frustrações, do quão pequeno é o espaço para ela viver, das imensas limitações impostas pelo sistema vil e comprometido criado pelos indivíduos terrestres. Conta-me sobre a liberdade, desconhecida por praticamente toda a massa. Ela ri sarcasticamente e faz cara de decepção ao falar sobre as pessoas que se julgam libertas, quando estão a viver reféns de padrões estéticos; obrigadas a seguirem um modelo definido como certo; estagnadas às normas do capitalismo; presas aos conceitos e aos dogmas incodizentes aos anseios mais puros de seus instintos. Chora por viver junto à suas semelhantes que, talvez, morrerão sem descobrir essa vertente crucial da vida e ao mostrar suas asas estendendo-me a sua mão para levar-me a liberdade. O despertador anuncia o nascer de mais um dia, é hora de acordar.
Minha vida precisa de mim. Meus planos precisam de mim. Minha coragem precisa de mim. Meu corpo precisa de mim. Minha força precisa de mim. Meu sorriso precisa de mim.
Tudo isso precisa de mim, e eu preciso disso tudo também.
Conselho? Priorize-se.
Senhor, cura meu corpo
Liberta a minha alma
Abençoa a minha vida
Onde eu for que eu possa ser a face de teu infinito amor
Que estejas sempre comigo
Como guardião de minha vida e minha felicidade.
Mas que acima de tudo Senhor
Que seja feita a tua vontade.
Amém.
Não leve no corpo as escórias dos ricos, nem no coração o lixo dos pobres de espírito, para que a sua alma não sofra de anorexia do espírito.
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