Cora Coralina Poema do Futuro
O Pessegueiro-Bravo dá
sombra em tempos
de grande aquecimento
somente a sombra já
é uma grande utilidade,
Existe gente que é como
o Pessegueiro-Bravo,
que é melhor mesmo
deixar onde a pessoa
está para não se intoxicar:
cada um no seu lugar.
Sublime Sobrasil sublime
te ver esplendoroso
sobre o Sol e Lua me traz
o sentimento amoroso
de todos o dias fixar a paz
tão imprescindível
e escrever poemas profundos
para o despertar do amor
em todos os mais distantes mundos.
A minh'alma é atlântica,
O mastro do meu navio,
é feito de Guanandi,
A minha poesia romântica
te fará navegar oceanos
e do amor não temer enganos.
O Sol se ergue embora
pelas nuvens escondido,
Você é o Sol no meu
destino embora adiado,
Namoramos escondido
um ao outro nas nossas
entrelinhas contando
até mesmo as estrelinhas,
Florescem os Sarandis
e o meu coração um dia
há de se abrir ao teu
que também está apaixonado,
Você está querendo se sentir
na vida e por mim amado.
sobre a amizade
do que camões
já escreveu
sobre o amor,
todo mundo sabe
mas será que sabem mesmo
o que é ter uma amiga de verdade?
será que sabem
que na verdade
amiga é aquela
que lhe estende à mão,
não por pena,
nem compaixão,
e sim como
um puro ato
de amor
e serenidade?
Amar de verdade
Tu partiste e contigo levou a felicidade,
Minha felicidade, sem aviso nem piedade.
Que direito tinhas de reescrever meus caminhos,
Mudar meus planos, e ferir meus destinos?
Te vejo sorridente, vagando por aí,
Será que em teu íntimo, a tristeza se esconde também, sem fim?
Se pudesse falar contigo, te convenceria a entender de mim...
O destino, em seus caprichos, não ao nosso lado está,
Ele vai para lá e cá, sem avisar, sem dar sinal,
Levaste minha felicidade, para que aprendesse a lidar,
Com amizades, dificuldades, e a vida que é tão desigual.
Entender a vida é difícil, ainda mais sem tua presença,
Tão difícil seguir adiante, sem tua essência.
O amor para ser bom
tem que ser feito
como se faz o doce
de Jaracatiá para
não queimar o paladar,
Se for para nos amar
que seja preparado
e doce para a gente
em outra coisa não
mais na vida pensar
a não se em nos enamorar.
Tens algo de mágico,
encantador e inexplicável
não tenho te tirado
da minha cabeça
do amanhecer ao anoitecer,
A sua presença é como
a Guavira nas bebidas,
Você é quem tem
aumentado a potência
das minhas poesias,
Com este teu jeito
sedutor vem ganhando
o seu espaço todos os dias.
Quero fazer trilhas poéticas
de mãos dadas com a sua
carinhosa companhia,
Abraçar um Jacatirão-Açú
contigo e receber a energia,
Como prêmio desta vida
ganhar o seu coração
com toda devoção e alegria.
Entre as Guajuviras
escutei a sua voz,
Não me manifestei
porque espero te
encontrar no tempo certo;
Por premonição de ter
o teu amor concreto:
celebro este amor secreto.
AÑÃ’GWEA
Enquanto sinto o meu coração palpitar, observo a beleza dos raios de um sol de inverno afagar minha pele suja de terra, meus olhos pesam, apago.
Lá no alto da colina, por entre árvores criaturas fantasmagóricas dançam envoltas na brisa suave do vento.
Agora o vento sopra lentamente uma doce canção.
Será esta a canção das criaturas que habitam os céus ou daquelas nas profundezas dos mares?
Acordo desse sonho pesado algum tempo depois, a canção ainda ecoa como um grito que se sufoca
Agora posso ouvir o som da minha alma;
“Voe filha de Iamandu;
Voe bem alto e faça das nuvens um véu;
Espere pela noite e suas estrelas brilhantes;
Voe e dance como o vento no céu.”
SINFONIA
Nas sombras da tristeza me encontrei,
O coração em pranto, o peito apertado,
Lágrimas como chuva a cair, sem lei,
Em meio às lamentações, perdido e cansado.
A melancolia tece teias ao redor,
Emaranhando os sonhos, prendendo a voz,
Suspiros ecoam, pesaroso clamor,
Em busca de alento, anseio por uma voz.
Nas noites mais escuras, busco a luz,
Mas a escuridão parece tão densa,
Em meio às sombras, sinto-me em cruz,
Navegando em mares de tristeza imensa.
Porém, em meio a essa penumbra e dor,
Deixo um pedido ecoar em meus lamentos,
Que nenhuma nota de felicidade se cale,
Por causa dos meus tristes pensamentos.
Que mesmo nas horas mais sombrias,
A alegria encontre sua morada,
E que em meio às minhas melancolias,
A esperança seja sempre despertada.
Que a música da vida siga a tocar,
Um acorde de esperança e contentamento,
Para que a felicidade possa encontrar,
O seu lugar, rompendo meu sofrimento.
Que, ao contemplar o céu estrelado,
Eu possa ver além das nuvens cinzentas,
E saiba que, mesmo com o coração apertado,
A vida é uma sinfonia, complexa e lenta.
Neste novos tempos
para produzir falsos julgamentos
os velhos hábitos foram postos
no tabuleiro dos jogos de fome
(bloqueio naval no Mar Negro).
Tentar reescrever a história
territorial dos países que
sempre ofendeu é um hábito igualmente requentado.
Por parte de quem nem mesmo
com os próprios erros não aprendeu,
a fórmula de colocar generais presos
foi repetida em nome da disciplina,
e ao mesmo tempo tem se dado
(voz em excesso a propagandista).
Ninguém sabe ao certo
onde está o possível Parsifal
tão violento quanto o maldito:
(Só consigo escutar o alerta Austral).
Neste inferno no qual o povo
segue sendo morto e reprimido,
não que o Parsifal seja melhor,
é possível que tenha sido ludibriado,
mas se mostrou bem mais honesto
(onde tudo aquilo que
nem deveria ter começado,
desde o início começou muito errado).
Solidão no mar de incertezas
Socorro!
Não consigo respirar
Neste mar de incertezas
Cheio de monstros
E há poucos marinheiros confiáveis.
Sou só eu em meu barco
Navegando por onde o vento me levar
Explorando ilhas desconhecidas
Experimentando novos sabores
Lutando contra monstros
Mas no final, estou sempre só
Enfrentando o vazio sozinha
E ele está me consumindo
Logo, não serei mais eu.
Uma tempestade se aproxima
Não há como escapar
Eu encaro a tempestade
E com bravura continuo
Não tenho mais nada a perder
Além da minha vida.
As enormes ondas vem
Destruindo e engolindo tudo
Sinto a força do mar sobre mim
Me empurrando
Enchendo meus pulmões de água
Inutilmente luto para voltar a superfície
Meus braços e pernas exaustos
Não tenho mais forças
Estou me afogando
Em minha mente eu rezo
E clamo por socorro.
Haverá um deus para me salvar?
Um bom marinheiro?
Eu fecho os olhos e aceito meu destino.
Colhi Genipapos maduros
no afã de fazer doce
para cobrir você com mimos,
O quê quero em troca
são os nossos sorrisos colados,
Você é o meu bonito poema alado
que meu coração se encontra
a cada dia sempre e mais apaixonado.
Os Tapiás floridos
abençoam com carinho
os nossos destinos,
Nós vamos nos encontrar
porque a poesia
existe no caminho,
É só esperar a hora certa
para a gente caminhar.
Vida agridoce
Tristeza, sentimento doce e pungente,
Tão fácil de alcançar, presente e urgente.
Contraste com a realidade comum,
Tentação que ronda a vida, pungente e atroz.
Assim como a felicidade, paradoxal,
Tem na tristeza sua sombra abissal.
Tristeza carrega consigo o peso,
Do fim, do amargor, triste encanto aceso.
Me chama para a luz, de forma persuasiva,
Promete vitalidade, mas é uma via compulsiva.
Fatalidade que seduz, de forma impiedosa,
Ainda assim, a tristeza me atrai, poderosa.
Cabelos ou joias não
fazem uma mulher,
Não tenha medo
de passar o mesmo
que Dalva e seus cabelos,
Não tenha medo
de bruxas ou de praga,
Não tenha medo de nada,
Porque o quê faz uma
mulher é o brilho que
ninguém pode roubar
é o brilho de dentro
que te faz sempre brilhar.
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te ouço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
As vagens da Ingá-Ferradura
estão maduras como as minhas
ideias poéticas e as tuas,
Encontrar o amor é questão de sorte,
como sou poetisa te aceno o norte
e dos meus braços você não haverá
de escapar porque sou aquela
que você sempre desejou encontrar.
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