Cora Coralina Poema do Futuro

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AMOR INVENTADO

É preciso inventar uma paixão
para fazer um poema de saudade
que supere as odes ao amor
de Neruda, Vinicius ou Rimbaud...

Sem contudo, me valer da pobre rima
pois prefiro, em tese, a liberdade
sobre um vício que tem todo poeta
sucumbir à inflável vaidade.

Inventar uma paixão é coisa fácil e vulgar
ora em vida, quase tudo e inventado
mas o amor, aquele que faz chorar

Este sim, não se pode prescindir da poesia
só se vive uma vez, em vida ou morte
e com sorte, vamos atrás desta vã filosofia.

Evan do Carmo 31/03/2018

Inserida por EvandoCarmo

COMO NASCE UM POEMA?

De tantas maneiras, que não podemos mensurar com precisão.

Cada poeta pode definir isto, mas ao seu próprio modo de escrever poesia, contudo, deve existir uma semelhança assustadora para todos eles, no que tange às formas em que a poesia os obriga a escrever poemas.

Então devo falar sobre minha própria maneira e experiência. Entre tantos poemas já escritos, milhares deles, devo confessar que alguns ganharam corpo e espírito com total independência, fugiram, assim, à minha vontade, desejo e modo de os trazer ao mundo.

Alguns dos poemas que escrevi foram verdadeiras alucinações passageiras, outros foram surtos psicóticos, aliás, até livros, no meu caso, nasceram desta forma.

Já outros poemas são simples em sua maneira, não raro nascem de provocações externas.

Provocado, o poeta se põe a escrever, às vezes por uma palavra ouvida, um elogio apropriado, uma injustiça verbal sofrida, por um encantamento desmedido, provocado pela beleza estética de alguém, ou mesmo, e neste caso também creio que seja especial para cada um, provocado pela inteligência emocional de outro ser humano ou mesmo pela crueldade da musa.

Muitos poetas caem nesta armadilha tola, a de criar uma musa sem rosto, e um amor desesperadamente platônico, com o fim único e objetivo de produzir e externar seu lirismo.

De qualquer forma, a meu ver, não temos consciência plena nem domínio sobre isso, a poesia é autônoma, é ela quem nos conduz, quem nos escolhe. Ninguém aprende a fazer poesia na escola... ´É uma benção ou maldição pessoal...Ser poeta é não ter sossego.

Evan do Carmo 02,07,2018

Inserida por EvandoCarmo

....um ponto final na poesia,
.....a morte da musa, o grande poema.
.........suspenso na eternidade
.................o silêncio irreprimível,
............entre ecos do acaso...
...........a fuga do poeta...
.....enigma inconfessável.

Inserida por EvandoCarmo

Reconhecimento

Premio -Poema da semana 21/01/2013
paralerepensar

Pelo tempo que me devota,
Por meus defeitos que nem nota...
Por meus valores que você aumenta,
Por minha fé que você alimenta...

Por esta paz que encontro em tua sala
Pelo carinho que você escancara
Pelo silêncio que diz quase tudo,
Por este olhar que me toca fundo

Pela pureza dos seus sentimentos,
Pela presença nos piores momentos...
Por ser presente, mesmo quando ausente,
Por ficar feliz quando estou contente...
Por este olhar que me diz:
"Lú – Segue em frente!"
Por ficar triste, quando eu me perco
Por rir comigo quando eu me encontro

Por repreender-me, quando estou errada
Por meus segredos, tão bem guardados...
Por seus segredos, a mim revelados
E por confiar que estão preservados

Por me apontar DEUS a todo o instante,
Por seu sorriso constante
Por me fazer crer em mim
Por me dizer quanto eu posso

Por aceitar meu momento,
Entender meu sofrimento
Minimizar meus defeitos
E me abraçar sem receio,

Por perceber que me afasto
Mas insistir no abraço
Pelo toque comovente
Por regar sempre a semente

Por me fazer perceber
Que não é vergonha chorar
Que eu preciso relaxar que eu preciso
Ter em mente, que sou humana, Sou gente.

Considero-te um presente
Em agradecimento a psicóloga: Dra Maria Angelica D. L. Sampaio

Inserida por luzenilda

QUADRAGÉSIMO SEXTO HEXÁSTICO

Representar-se poema é:
saber-se duplo na imanência
observador e objeto em essência
sujeito na extensão do poema
criador e criatura em si mesmo
único sujeito em potência

Inserida por joao_batista_do_lago

POEMA É TODA LIBERDADE


De João Batista do Lago


Há novos sofistas por aí!...
Preceptores de falsas imagens
Formando coros de aedos,
Papagaios de falsas mensagens.


Sujeitam o poema aos grilhões
Dum isotropismo arcaico e rude,
Forjando a palavra como ferradura,
Ofertando ao intelecto como moldura.


Aos tolos imprimem valor denotativo
E cravam no coração do imaginário
A mentira como princípio ativo:
A metáfora como essência do poema!


Ainda que prostrado no chão diz o poema:
“‒ A essência que me há é toda liberdade de imaginação.”.

Inserida por joao_batista_do_lago

A LUZ DAS PESSOAS ME FAZ CRER, QUE QUANDO SE ESCREVE FUNDO NO CORAÇÃO O POEMA DA AMIZADE, NUNCA HAVERAR DE HAVER, UMA FORÇA QUALQUER QUE TERAR O PODER DE APAGÁ -LO EM NÓS!

Almany Sol - 28/05/12

Inserida por almanysol

POEMA DA MATURIDADE
(Poema de: Almany Sol - 17/06/2012)

Sabe filho,
Se você fosse mais vivido,
entenderia meu rigor educativo,
me veria como um mestre
e não como um comandante cruel.
Pensartia duas ou mais vezes,
antes de me desobedecer e me afrontar.
Desejaria o melhor pra todos,
sem se importar egoistamente consigo.
Teria muito mais paciência
e compreenderia as dificuldades senis,
pois a jovialidade é efêmera.
Saberia que se sentir orgulhoso,
nem sempre será por ter méritos proprios,
mas também em ver nos seus filhos,
suas realizações impossíveis.
Sabe filho,
Desejo que quando chegar a sua vez,
você possa recitar de cór e com maestria,
o poema da maturidade, ao seu filho também!

Inserida por almanysol

GRANDE AMOR (Poema de Almany Sol - 08/07/2012)

Pode até O mundo ser indiferente...
Pode até o tempo ser efêmero demais...
Pode até os sonhos serem impossíveis...
Pode até a direção não ser exatidão...
Pode até a vida ter caminhos desiguais...
Pode até a distância ser separadora...
Nada disso irar mudar os rumos da paixão,
porque essa estrada não foi você
e nem eu, que por capricho escolheu,
foi premeditado nas estrelas
e nelas, o meu olhar só consegue ver o seu.
Está escrito assim, eu me encontro em você
e você em mim, pois nascemos para viver,
a linda história de um grande amor sem fim!

Inserida por almanysol

⁠Poema do Abismo

O homem ergue-se, cego, sobre as ruínas do ser,
com a ilusão de tocar o céu, de conquistar a luz.
Mas o céu é vazio, a luz, um reflexo do abismo,
e ele caminha em círculos, perdido, sem fim.
A razão, essa chama fraca, não ilumina mais o caminho,
apenas queima, sem piedade, a carne que se arrasta.
O mundo é uma mentira, um espelho quebrado,
onde os rostos são sombras e a verdade é um grito.
Os poetas, esses destemidos, olham o abismo,
mas o abismo é profundo demais para ser compreendido.
Eles escrevem, mas suas palavras são ecos de desespero,
gritos que se perdem nas cavernas do caos.
O homem luta, mas a luta é fútil,
pois o caos não cede, ele apenas se expande.
A liberdade é uma ilusão, um véu rasgado
que a morte, implacável, rasga sem compaixão.
E assim, o homem cai, sem saber, sem lutar,
afogado em suas próprias mentiras,
enquanto o poeta observa, impotente,
sabendo que não há fuga, que a dor é eterna.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Diante do espelho, tu és um poema vivo. Cada fio de cabelo que desliza pela escova é como um verso, tecido com a suavidade dos ventos que sussurram amor. Os teus olhos, que refletem no vidro, parecem guardar um universo inteiro, e eu me perco, feliz, entre constelações de mistério.

Por mais que as tempestades de nossas brigas tentem apagar a chama que arde em mim, meu coração insiste em ser teu farol, te guiando de volta, sempre, ao porto do meu amor.

Te observo com o encanto de quem lê a mais bela história jamais escrita, e cada movimento teu — tão natural e tão teu — reaviva em mim a certeza: sou louco por ti, pelo teu jeito, pela tua essência.

Se o espelho pudesse falar, ele diria o quanto és arte, o quanto és musa de tudo que é belo e eterno. Mas enquanto ele silencia, eu grito, mesmo em silêncio, que tu és o amor que escolhi viver, mesmo quando o mundo desmorona ao redor.

És minha brisa, minha tempestade, meu caos e minha paz. E mesmo quando brigamos, eu sempre volto a este lugar em mim onde tu és tudo: o início, o meio e o fim.

Inserida por italo0140

⁠Poema para Matheus Nachtergaele

No palco, ele não pisa — ele flutua,
entre o sagrado e o profano, entre o verbo e o silêncio.
Carrega nos olhos a vertigem dos séculos,
no peito, a febre dos que fazem da arte um destino.
A dor não o curva, o abismo não o afoga.

Ele dança sobre os cacos da ausência,
recolhe os vestígios de um nome que nunca partiu,
e os devolve ao mundo em cena, em chama, em fúria.
Seu corpo é verso, sua voz, uma carta esquecida,
um eco de todos que amaram sem resposta.

Ele encarna o que o tempo desfez,
e do esquecimento faz rito, faz oferenda.
E quando as cortinas se fecham, a luz permanece,
porque há almas que não pertencem ao mundo,
mas insistem em iluminá-lo,
como se viver fosse um último ato de redenção.

Inserida por EvandoCarmo

⁠A vida
é um livro
Com um poema
de amor inacabado
No qual ,todos os dias,
uma nova página é aberta,
Uma nova emoção e descoberta
e um novo verso de amor é rabiscado.
Maria do Socorro Domingos

Inserida por mariadosocorrodoming

⁠Um poema sobre a solidão

Sou aquele amigo esquecido,
O que fica para trás na calçada
E que o amor nunca encontrou.

Sou uma biblioteca solitária
Em meio às prateleiras,
Um pequeno príncipe a sonhar.
A rosa que tanto cuidei, um dia desapareceu.
Talvez eu a tenha sufocado demais,
Talvez ela estivesse cansada,
E seus espinhos não quisessem me machucar.

Sou um pintor triste,
Canto sobre o viver e pinto a beleza da vida,
Mas os campos de girassóis parecem diferentes hoje.
Eu tentei dar a você um pouco de cor,
Mas o pincel acabou manchando seu sorriso.
E como doeu não poder repetir o que foi feito...
De esboço a esboço,
Nada pareceu perfeito.

Eu sou as paredes de madeira que me cercam,
Tentando encontrar um raio de sol que me esquente.
Mas ainda sou esquecido...
E é tão frio aqui...
Vivo nas sombras do que foi ou poderia ter sido.
Trago no peito uma rosa que nunca desabrochou,
Não por falta de sol,
Mas porque ninguém ficou tempo o bastante
Para ver o seu vermelho nascer.

Inserida por Lorde_Do_Vazio

⁠HELENO

(poema para meu pai)

Não sei se o tempo te levou
ou apenas te escondeu —
num canto do corpo,
num gesto meu.

Tinhas mãos de lavra e mundo,
silêncio denso, olhar profundo,
e uma coragem que não gritava,
mas era chão.
Era chão.

Morreste cedo demais pra mim,
mas deixaste cedo o bastante
pra nunca morrer de todo.
Ficou teu modo de erguer o rosto,
de não baixar os olhos ao medo,
de fazer do pouco
um gesto inteiro.

Tu não sabias de poesia —
mas tinhas verso nos ombros,
rima nos passos,
e um segredo de eternidade
no modo exato de calar.

E eu, que fiquei menino,
fiz da tua ausência
meu templo.

Aprendi a te lembrar
sem fotografia,
a te honrar sem retrato,
a te ouvir
sem som.

Heleno:
nome de força quieta,
de alma que não se despede.
Tu foste antes que eu soubesse
quem eu era —
mas hoje,
tudo em mim te repete

Inserida por EvandoCarmo

⁠PRECE

O que era pra ser um poema,
acabou virando uma prece:– Oh Deus, humildemente, vos peço:
Não permitais nunca que eu perca
a humanidade.

Inserida por josegoncalves

⁠ODE AO CIÚME

Quem pode resumir em um texto ou em um livro, ou num poema, as nuances do ciúme?

É preciso ser um gênio da ficção para compor uma ode ao ciúme, ou como eu, ser vítima dessa áspide venenosa e cruel.

O que é o ciúme? Ninguém ainda consegue explicar, como seres humanos, talvez nos seja permitido apenas experimentar suas mil e uma facetas ou manifestações. O ciumento não sabe controlar seu ciúme, pois age com o instinto animal que ainda preserva nas veias, no sangue ancestral.

O desejo de dominar o outro é mais severo entre os ciumentos, eles querem ter o controle total da relação. Qualquer distração do seu parceiro é para ele causa de desconfiança, na verdade, segundo o ciumento, se a atenção folgar por horas ou dias, caso não seja valorizada constantemente, lhe dá motivo, certeza de que está sendo traído, deixado de lado, os sentimentos dos outros não tem importância.

Inserida por EvandoCarmo

⁠POEMA PARA PARA BRASÍLIA


Abre tuas asas e voa no infinito .
Sob um céu azul de tantas cores,
que acolhe o viajante,
poeta e sonhador,
aqui em tuas noites conheci o amor.

Formas e traços bem traçados
Rabiscos pintados
Com pincéis de Matisse
Criou um arco-íris de estranha beleza
De sol e de luz
Tua realeza se iguala
À grandeza da cidade luz

Canções escritas
Poemas rabiscados
Por alguém apaixonado
Por outros e por mim
Arquitetura impressionante
Do homem-deus
Obra definida sem início
Nem fim

Inserida por EvandoCarmo

A MUSA

⁠A musa sempre abusa
da erudição,
ao descrever ao poeta,
um poema ou canção.

Vai alem do que pretende
do que espera a emoção,
ela diz de forma clara
que deseja ser razão.

Mas o poeta iludido
se trai por contradição,
pensa que ama poesia
quando ao certo o que queria
era fugir da perdição,

Ser escravo da beleza,
mas seu ato de nobreza
dispensa a resolução,
escreve o que não entende,
muito menos compreende
de onde vem a inspiração.

Inserida por EvandoCarmo

⁠Interpretando um poema

O autor e a dor
Dor apenas dor
Esperança de vida
Em uma vida invivida
Vem o Socorro do alto
Na voz inaudível a docemente mostrar
Eu estou aqui e não te abandonarei...
Sempre estive aqui...
No meu barco o Norte aponta o Porto Seguro
É hora de seguir
"O tempo é Senhor do Universo".

Inserida por solilheus

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