Conto Amor de Clarice Lispector
A vida é um conto de falhas
Tenho um paciente muito bem humorado, que algumas vezes fala com ironia sobre seus planos, dizendo que podemos ficar tranquilos porque “não tem o menor risco de dar certo”.
A vida é uma invenção, e nesse conto de existir oscilamos entre heróis e vilões, vestindo roupas que alguns outros nos deram, e que por culpa, medo ou pertencimento, vestimos.
Sonhamos com castelos e tronos, e onde mais reinamos é no vaso do banheiro. Somos errantes, capengas, corcundas da Candelária às vezes, mas ainda sonhamos.
Sonhamos em ser aquilo que nosso cachorro pensa que somos ou aquele que nossos pais tanto desejaram e falhamos.
Criamos romances coloridos, mas nos empolgamos com os tons de cinza, pois não somos tão coerentes e racionais quanto gostamos de acreditar.
A vida é um conto de falhas que se passa entre o trabalho e a casa, nas mensagens de texto, e nas conversas fiadas. Nas paixões impossíveis e nos amores confusos, no que sabemos da gente e do que jamais poderemos saber.
Falhamos pois a vida precisa ser inventada, e ela começa bem depois que se encerra os felizes para sempre que finalizam toda história mal contada.
Bruno Fernandes Barcellos
Psicólogo Clínico - CRP: 05/39656
Respiro fundo...
Conto de 1 até 1.000...
Ainda assim, não dá para acreditar que minha pequena está fazendo 17 aninhos. Ah, minha pequena... Quem dera eu poder te proteger por toda vida, saber seus pensamentos e o que te preocupa. Poder te dar tudo que precisas. De uma coisa eu sei, minha pequena, amor nunca te faltou e nunca faltará. Estarei sempre a postos, disposta a te ajudar no que for possível. Te amo tanto e agradeço a Deus por ter me dado o privilégio de ser sua mãe. Oro todos os dias pelo seu futuro, para você continuar sendo essa menina de coração puro e tão humano. Oro a Deus para me dar tempo suficiente para te ensinar a viver nesse mundo, mesmo sabendo que só vivendo que se aprende. Parabéns minha princesa linda ♥ Mamãe ama tanto você! Não preciso dizer que te desejo tudo que há de melhor nessa vida, não é? Mas meu desejo maior é que sejas feliz em tuas escolhas ao longo da tua caminhada. Amo você!
Um Conto Moderno
Era uma vez, uma garota que estava sempre conectada,
Curtindo …
Comentando …
Compartilhando…
e deixando sua vida real de lado,
“só vou dar uma olhada no meu celular”
e lá se vão duas horas do seu tempo, que não voltam nunca mais,
“só vou responder mais essa pessoa”
e lá se vão mais 40 minutos ouvindo fofocas, ou problemas de uma pessoa que ela
se importava e que não ligava a minima para ela.
A vida estava complicada para Lilian tudo que ela fazia era pela metade, por que a outra parte, ficava perdida nas nuvens online.
Certo dia Lilian resolveu dar um tempo, pediu um espaço para suas redes sociais, disse que não podia ter um relacionamento com elas quando ela mesma não sabia nem quem era mais, realmente precisava de um tempo.
Logo que tomou essa atitude as pessoas começaram a questiona-la se estava mal, desanimada ou depressiva.
Lilian então respondeu:
-Não, muito pelo contrario, estou inteira, finalmente tenho o equilíbrio, eu uso o mundo virtual e não mais sou usada por ele.
CONTO DE FADAS
Você é o átomo da flor
Da qual deus, criou a vida :
Fez o bigbang,
E todas as estrelas do céu,
Depois, te escondeu
Atrás d'um véu. ..
Por esta razão,
Meus pensamentos
Estão sempre longe,
E meus olhos
Fixos na lua,
Esperando ver-te descer
Num raio de luar,
E chegares, encantado
Na minha rua. ..
Você será meu rei
Eu, sua scherazade. ..
Lerei o firmamento inteiro
Em seus olhos,
e reinventarei o conto
Das mil e uma noites. ..
O conto sera real,
Não mais,
Era uma vez. ..
O CONTO DA FLOR SOLITÁRIA
Certa vez, havia certo homem no qual adorava plantar e semear. Este homem plantou uma jasmim; Ela cresceu, floresceu. Ele amou e jurou jamais deixa-la, fazendo um voto de eternidade com Jasmim. Após muitos anos, este mesmo jardineiro foi pego de surpresa por um grupo de flores, dentre elas 3 cravos e uma flor de Lis . Estas flores o buscaram desesperadas pois já ouvira falar de tal jardineiro e de seu amor e exemplo de bom jardineiro. Ele era gerador de frutos também, e as flores o procuraram para ensinar a elas o segredo de viver bem, e falar sobre o Dono de todo o universo. Só que algo inesperado aconteceu. A flor de Lis assim que viu o jardineiro, se deparou com sentimentos ainda não vividos, seu mundinho de flor ocorreu algo magico, sobrenatural: se viu diante do Jardineiro que almejava para lhe fazer ficar mais radiante e assegura-la das pétalas que porventura viesse a cair por conta das estações. Diria pois que a pequena Flor de Lis deveras o amou. Flor de Lis ao mesmo tempo soube que o valoroso Jardineiro já havia feito um voto de eternidade com uma outra flor, que seria Jasmim. Então, Flor de Lis pensou, repensou, disse para si mesma: Vai passar! Porem não passou. Flor de Lis orava para o Criador de todas as coisas terrenas e não terrenas, envergonhada, se sentindo mal pois ela sabia que uma das leis da jardinagem era de que um jardineiro não podia fazer voto de eternidade com duas flores. Ele só podia ficar com uma. Flor de Lis sabia que aquilo deveras era impossível. Mas nada adiantou pois o sentimento só aumentou. Já prevendo o resultado triste e solitário que teria sem o jardineiro, Flor de Lis resolve então falar ao jardineiro o que havia se passado. Ele agora seguirá sua vida com a Jasmim que havia escolhido para ser sempre sua, mas agora sabendo que havia uma Flor de Lis no meio de tantas outras flores , que o gostou com tamanha intensidade, que talvez jamais o esquecerá, afinal o Jardineiro havia lhe mostrado e dado a ela algo que jamais a simples flor havia imaginado antes: UMA OUTRA FORMA DE SER LIS.
Como eu odeio sentir sua falta.
Quanto mais penso que seria melhor te esquecer, mais me dou conto que continuo lembrando de você e te vendo em tudo. Quanto mais eu tento não sentir falta, mais me lembro que a sua ausência me deixa infeliz, e me lembro do que me disse da última vez, "Não coloque sua felicidade nas costas de alguém, pois vai destruir a sua vida e a vida da outra pessoa" ... e isso me cala! Eu odeio essa falta, assim como odeio seu silêncio, e sua terrível dramatização de tudo, acompanhada do seu sumiço que pensa ser o certo... Eu odeio odiar coisas que me ligam à você, e odeio ainda mais não querer deixar de amar você, é a minha escolha, e advinha, eu a odeio também!
Ela me seduziu com seu jeito menina de ser, num corpo de mulher.
Seus olhos grandes e negros, contornados por cílios longos, simplesmente hipnotizam o homem menino que, facilmente se apaixona.
Seus lábios carnudos cobertos pelo Baton, enchem meus olhos de vermelho.
Sinto que meus lábios desejam os dela.
A forma de como se veste, provoca encanto indescritível. Não sei descrever tais coisas.
Não sei o que fazer; cada gesto que ela produz, faz meu coração gelar.
Ela é sensualidade em todas formas possíveis, enfim, ela é, sedução. Sempre me surpreende com seu jeito menina mulher nos lenços que usa pra prender os cabelos escuros. O jeito de andar e parar. As roupas mescladas em vários tons, as vezes justas, as vezes esvoaçantes.
Por quer ela faz isso comigo?
Será que ela me quer ou quer brincar de bem me quer?
Nos afazeres cotidianos, seja onde for, e como for, não perde o brilho de ser menina mulher.
No banho e após ele, provoca multidões de sensações ao circular pelo quarto.
Quando envolta em toalhas, rouba meu ar. Quando se veste ou despe, me paralisa dos pés a alma.
Tudo se rompe quando ela diz:
Vem pra cá, menino!
Como não ir?
Como resistir?
Acho que os deuses do Olimpo sucumbiriam ao seu charme. Nenhum de nós a possuiria sem sua vontade.
Sim, ela nos consumiria após mostrar o caminho e, o jeito de fazer amor.
Ela é assim:
Menina por fora, por dentro, ardente mulher.
Pobre homem que sou,
não resisto ao seu chamado.
eu tava com meus amigos
quando chorei sem querer
é, eu não ando legal
eu não conto as notas
eu faço elas
por fora sou limpo, por dentro eu sou podre
eu fico em stand by
sempre que ela pergunta aonde vou
mas ninguém me controla
é eu juro
que essa merda nunca vai funcionar
porque sempre que vou morrer
me lembro que estou flutuando no ar
e na real eu não ligo se você chorar
cê disse que não tem medo de morrer
agora tô no céu e não vou descer pra ajudar
✿⊱╮Hoje não conto mais os anos que vivi.
Conto apenas os momentos, e com quem quiser me acompanhar para termos o que contar quando o corpo não mais suportar e a velhice chegar.
Valorizo quem ama mimha companhia no hoje. Carrego comigo apenas sentimentos bons e pratico o aqui e o agora, pois, a ausência do teu perdido, não há o que recuperar. Só a saudade existe e doi... doi muito!
Quem conta um conto, aumenta um ponto...
A curiosidade é sempre atemporal
Não fica sem jeito nem se intimida
É como bico de bule: pra frente
E quem a tem, sofre como todo amoral
Ser curioso não simples e nem fácil
Tem que inventar desculpas e ser ágil
Pra saciar sua sede de ser o primeiro
A ter notícia "fresca" do particular alheio
É querer ciência do que acontece
Na vida de quem é rico ou do que padece
Não é nada simples e muito menos fácil
Tem de ir de bar em bar, ouvir mais que falar
É preciso levantar cedo em qualquer lugar
Sentar na praça e até pra criança perguntar
Se os pais brigam ou vivem só de bem prezar
Se a comida lhe é farta ou dói de amargar
Ser curioso é quase um ofício
E esse trabalho suado não é ócio
É coisa de gente que aumenta um ponto
Sempre que conta a notícia que encontra
O curioso é um profissional como outro
Vive a gastar a língua depois de futricar
E sai, como sai a alardear... a noticiar
O que faz seja quem for, o que ele tem ou obtém
Ser curioso é lidar com o perigo eminente
É ter vocação para arauto em terras sem rei
E como passa seus dias em iníqua diretriz
Sem se aperceber que viver é amar e ser feliz
Cicatrizes N´Alma
Sua vida tocou na minha
Feito conto de fadas
No início as flores e sabores
Sempre antes ou depois
Das tristeza e das dores
As feridas que nosso mel ou fel curavam
A sintonia que nos entrelassa
Traz o rancor que estravassa
Paixão, conjunção, redenção
Tédio, o veneno ou o remédio?
Com alegria sua calma gritava
Triste minha impulsividade contemplava
A melhor marca que vejo em mim
Veio de você
Cicatrizes na alma
==Mundo Melhor==
As vezes vivemos a vida como um conto de fadas
No sonho
Ou até mesmo em algumas realidades
Mas quando acordamos de "verdade"
Ou não, estamos vivendo um mundo
Entre guerras e magoas mas acredito
Que algum dia tudo isso irá mudar
E se transformara em paz e com a
Paz um mundo melhor,sem dor,tristezas e
Sem guerra. Bem um mundo onde todos
Se respeitam sem desrespeito.
Minha força.
Inspirada em um conto
onde apenas um conseguiu ler.
Uma mulher guerreira,
que sua coragem
na sua voz pode-se ver.
Traços perfeitos,
com uma voz atraente.
Domina meu pensamento,
até mesmo quando estou ausente.
O coração é tão lindo
quanto a sua beleza.
Lindo pelos sentimentos
e a sua gentileza.
As palavras de conforto
que eu recebo de ti
só me faz ficar mais forte.
E querer você para mim.
Os anos vão se passando
E o amor prevalecendo
Porque não esquecemos jamais
Dos momentos que tivemos.
A distância é o que fortalece
Porque tem um por que
Fortalece porque estamos construindo
Um futuro para se viver.
Bom dia 21/08/2016 (Domingo)
Às vezes paro e conto a quantidade de cicatrizes que acumulei durante toda minha vida, algumas boas outras ruins, outras insignificantes, e quando paro e penso que não há mais espaço em minha alma para novas cicatrizes Deus vem e mostra que enquanto respirar haverá uma infinita quantidade de espaços vazios para elas, cabe a eu escolher o caminho correto para que elas aumentem ou se estabilizem.
TEMPO ,tempo tempo ....
Me fale de você tempo ...
Que te conto de mim
E em cada frase seu nome será dito .
Tempo dono do meu tempo
Tempo dono de tudo
senhor das mudanças
Senhor das coisas
Tempo senhor de idas ,dono das voltas
Tempo que faz ruir ,tempo que constrói .
Tempo que leva esperança
Que derruba sonhos
Tempo que trás vida ,
Tempo que leva o sopro
Tempo de promessas esquecidas
Tempo de folhas caídas
Tempo que foste amigo
Tempo grande inimigo ...
Tempo de sorrir
Tempo maior pra chorar .
Tempo me diga então aonde esta seu coração
SE entra como brisa
e Destrói como furacão ?
Ah senhor tempo, não sei te peço a bênção .ou se me viro de vez ....
Tempo me diga por piedade mas me diga a verdade
O que você fez com meu pobre coração ?
Que hoje acorrentada na saudade
Lamenta assim , sem lado o presente de um passado
eo passado de um presente
Que não entra em comunhão pois você com sua mão embaralhou tudo !!!
Se podes me responder deixo aqui pra você meu verso triste desta hora ,que foi o verso de outrora e será amanhã talvez
Porque colheste meu fruto ainda tão verde e não me deixaste ver a marca do tempo em seu rosto que guardado no retrato jamais fará historia ....
edmasfcosta .....
No início de um conto me sentir, ao cruzar seu olha ao meu num longo suspirar meu coração tremeu. Era ali o início de algo que não existiria.Tão frágil estava ,não menos só continuara !
Distante de ti ficava carente calor do beijo,suave o toque na pele ,sorriso discreto,
o olhar que dilcerava o pensamento, no adeus em silêncio que findava o sentimento enterno que não mais encantara! Triste fim do descaso amor que só existia no coração do autor.
Uma aluna me pediu para escrever um conto de fadas para ela, eu escrevi!
As imaginações de Duda Mary
Ione Morais
Em um reino bem perto, mais precisamente em New Age City, vive uma menina princesa. Neste reino, há muitas princesas belas. Mas essa, especificamente, tem cabelos loiros, olhos verdes, delicadamente carinhosa e cheia de dengos. Seu nome é Duda Mary.
Duda Mary tem, ou melhor tinha um bichinho de estimação imaginário que ela guardava com muito zelo em seu coração. A Síssi, um unicórnio fêmea bem colorido que estampava suas roupas e adereços para cabelos que a avó ajudava a desenhar.
Certo dia, Síssi sumiu e Duda Mary ficou muito triste. Procurou, procurou, e nada do cavalinho colorido de chifre espiral na testa aparecer. Cansada de tanto procurar, a princesinha cantarolava o dia inteiro.
_Faz três noites que não durmo, ô lá, lá.
Pois perdi a minha Síssi, ô lá, lá.
Minha amiguinha ô lá, lá
Eu perdi lá no infinito.
Ela é branca e rosinha, ô lá lá
Tem um chifrinho ô lá, lá
Coloridinho ô lá, lá...
_ Que é isso Duda Mary? Perguntou sua mãe, vendo a tristeza da filha.
_ É a Síssy querida mamãe!
_ Quem é Síssy? Indaga a jovem rainha sem entender.
_ É minha melhor amiga! Diz Duda Mary com olhos marejados de lágrimas.
_ Você nunca tinha me falado dessa amiga, filha! Sua majestade sabe dessa tal amiga? A rainha pergunta ao rei, preocupada.
_ Minha rainha, nossa filha, a princesa, é cheia de imaginações. Não se preocupe, isso passa. Diz o rei virando-se para comer um pedaço de pão com maçã que estava em cima da mesa repleta de quitutes deliciosos.
A rainha, com os cabelos em pé foi perguntar para a rainha -avó.
_ Minha ilustre sogra, a senhora sabe por acaso quem é Síssi, a amiga de Duda Mary?
_ Sei sim. E ela foi embora pra nunca mais voltar. A princesa muito a deixou magoada, porque já não a chamava tanto para brincar.
A princesinha, abriu a boca a chorar. E a rainha pôs se a consolar a filha, mesmo sem saber o que estava acontecendo. A velha rainha, que tinha passado o trono para seu filho, ficou com pena da neta, soprou um pó cheio de magia e as três foram parar na terra dos unicórnios. Um lugar tão brilhante como a luz do sol no inverno.
_ Sissí....Síssi! Gritou Duda Mary ao ver sua amiguinha de tanto tempo, galopando no Vale do Arco Íris.
Síssi também correu para perto da princesa, que fez-lhe um carinho no chifre. As duas se conectavam atráves de telepatia. O unicórnio disse que ela tinha mesmo que partir, pois a princesa estava crescendo e logo, logo deixaria as fantasias de criança de lado.
A rainha-mãe, compreendeu que a rainha-avó era quem contava para a neta lindas histórias de dragões, princesas, reinos paralelos, unicórnios e outros seres alados. Então, muito maravilhada com os belos unicórnios prateados, dourados e brancos como a neve, percebeu que no meio do caminho da vida, é tudo igual, mas no início e no fim de alguns que acreditam, ela pode ser fantasticamente especial.
Duda Mary, mesmo sofrendo por deixar Síssi, aceitou voltar para New Age City, e andou apoquentando a cabeça de sua professora no palácio Grow up Station para contar sua história ao mundo. O que ela fez com todo amor e carinho de mestra.
UMA ASA LAVA A OUTRA
conto de Ádyla Maciel
Era 25 de junho, já chegando o finalzinho do semestre. Tiê usava um óculos boca de garrafa e sentava-se sempre nas árvores da frente, dedicada e silenciosa.
A professora Coruja entrou na mata e disse aos alunos:
—Boa tarde passarada! Já terminamos o nosso conteúdo de aritmética, agora aprenderemos os algarismos romanos. Alguém aqui conhece algum número romano?
E uma voz gritou do fundo da sala. Era Juriti.
—A Tiê não sabe nem quanto é 1+1, não conhece nem os números brasileiros, como saberá os números romanos?
Todos os pássaros da classe começaram a rir. Tiê não deu importância aos comentários de mau gosto.
Alguns dias se passaram e saiu o resultado da prova de matemática, Tiê tirou zero, apesar de ter estudado muito e freqüentado todas as aulas da tia Coruja. Sentiu-se triste, desmotivada e com muito medo das possíveis broncas que receberia de seus pais.
Na hora do intervalo, Tiê voou até o parquinho e sentou-se num balanço, abriu sua lancheira e começou a comer seu sanduíche de alpiste. Quando suas lágrimas estavam quase secando, três passarinhos se aproximaram e começaram a falar da nota que tinham tirado na disciplina de matemática. A águia tirou 9, o beija-flor 8,5 e Juriti 10,00.
Perguntaram a nota de Tié e ela ficou muito sem jeito. Juriti, que tinha tirado a nota máxima zombou de Tié
—Aposto que tirou zero; eu tirei 10, sou a mais inteligente da mata.
A professora Coruja, preocupada com o desempenho escolar de Tié encaminhou-a para o gavião psicopedagogo. Lá descobriram que ela tinha discalculia, um transtorno caracterizado pela inabilidade de refletir sobre tarefas e coisas que envolve números. Logo que descobriu, iniciou o tratamento e foi entendendo aos poucos qual era seu lado direito e seu lado esquerdo, além de aprender a lidar minimamente com números.
Tiê tinha sempre notas boas em português e nas demais diciplinas e descobriu que Juriti tinha muita dificuldade em português, então resolveu ajudá-la, descobriu também que que Juriti tinha dislexia, dificuldade para compreender palavras e interpretar textos.
Juriti aceitou a ajuda de Tiê e em troca ofereceu aulas de matemática.
Tié passou a dar aulas de português para Juriti e Juriti passou a dar aulas de matemática para Tiê.
Juriti percebeu que uma mão lava a outra, e se ajudarmos uns aos outros aprenderemos a voar mais longe e mais alto para lugares belíssimos. Todos nós temos alguma limitação. Isso não significa que não somos inteligentes, temos diferentes níveis de aprendizagens. Existem diversos tipos de inteligência, entre elas a linguística, a musical, a espacial, a naturalista e muitas outras. Assim como os peixes que sabem nadar e os pássaros que sabem voar.
Conto da vida real - 1
Dalila deixou a sua vida segura para ir viver com Augusto. Partiu sem olhar para trás, fascinada em conhecer o que havia de interessante do outro lado do atlântico, culturas, novos lugares e estar com a sua paixão, o Augusto.
Não se passou muito tempo e Dalila estava encantada com tudo que vivia. Mas, em uma ocasião, sem que ela tivesse astúcia para perceber, lá também tinham as suas coisas esquisitas.
Depois de viver muitos anos por lá e desistir de tudo, Dalila começou a recordar de muitas dessas coisas, situações que a paixão não permitia que enxergasse. Foi então que Dalila me contou uma delas, dentre tantas outras que veio a contar mais tarde. Vou relatar a primeira, deixando as outras para adiante.
Era uma noite fria, ela não se lembra bem se já era inverno, poderia ser uma noite de outono. Augusto ainda não se tinha deixado conhecer plenamente por Dalila, aliás, nunca se deixou conhecer, mas sempre a tratava com muito carinho e desvelo. Os dois saíram naquela noite e foram à Nazaré, um sítio de praias bonitas e turísticas, lugar que Augusto conhecida muito bem, pois passou a sua infância, adolescência e continuou a frequentar freneticamente na vida adulta, conhecia cada ruela de casas antigas e bem conservadas, muitas ruelas não se entrava com o carro.
Dalila já não muito jovem, estava entrando na idade dos seus 40 anos, mas ainda tinha lá um charme que encantava e, em sua cegueira por Augusto, lhe confiava a sua proteção diante do novo. Tanto Augusto quanto Dalila gostavam da boêmia e bebiam uns copos para se divertirem.
Naquela noite, depois de não beberem muito, estavam alegres e sorridentes, quando Augusto encontrou três pessoas, uma mulher e um senhor, ambos de meia idade, e um terceiro senhor mais jovem e de boa aparência, usava um sobretudo, talvez de cor preta ou cinza escuro, na luz da noite não se fazia possível perceber bem. Foi então que algo muito estranho aconteceu.
Dalila não compreendeu o que Augusto conversou com eles, estava mais para sussurros do que para uma conversa descontraída. Augusto pega na mão de Dalila e a puxa, quanto ela pergunta para onde iriam, ele responde, vamos até um lugar com essas pessoas, pessoas mesmo, que ela nunca soube os seus nomes.
Caminharam um pouco pelas ruas estranhas da Nazaré e o senhor mais velho abriu uma porta, vagamente Dalila se lembra que mais parecia estarem entrando em um porão. O ambiente era mesmo muito estranho com algumas mesas e bancos de madeira, e também algumas cadeiras, não havia muita coisa lá dentro, e com pouca iluminação, era como se estivessem num mausoléu de tamanho maior, tudo muito fúnebre.
Dalila se lembra que serviram uma bebida que continha álcool, não sabe que tipo de bebida, também não sabe o que adicionaram na bebida, porque ela se sentiu diferente depois de ingerir alguns goles, e parou imediatamente de beber. Augusto ficou conversando com o senhor e senhora mais idosos e deixou Dalila sem muito ambiente e a solta. Dalila são sabe dizer se Augusto estava a fazer tudo com algum propósito, com certeza Dalila sabe que Augusto, homem da vida e bem vivido, de inocência não tinha nada.
Passado alguns minutos, o senhor de sobretudo e mais bem aparentado, começou um diálogo com Dalila, conversa estranha de gente esquisita, ao ponto de dar uma cantada na Dalila como se ela fosse uma mulher da vida. Ela percebeu que tudo aquilo era extremamente novo para ela, era o submundo que nunca havia conhecido e, sutilmente se achegou a Augusto e disse para irem embora que a conversa não era agradável. Mais estranho foi a atitude de Augusto, sem titubear e nem pegar na mão dela, saiu muito furioso e a andar depressa sem esperar por Dalila, que saiu correndo atrás de Augusto que já se retirava do recinto.
Caminhando apressadamente, Augusto na frente e Dalila atrás sem entender nada, foram até o carro e se dirigiram para casa e, nunca mais falaram sobre o ocorrido.
Dalila e Augusto voltaram muitas vezes na Nazaré e, Dalila se lembra em ter visto o tal senhor do sobretudo, mais de uma vez, ele fingia que não a conhecia e ela também. Dalila nunca comentava nada com Augusto.
Passaram-se alguns meses e Augusto falou para Dalila que o tal senhor mais velho havia falecido. Dalila pensou... estranho Augusto se interessar sobre a vida e a morte de uma pessoa tão esquisita... Teria Augusto mais conhecimento naquelas pessoas que ela não percebia? Seria Augusto tão estranho quando eles? Queria Augusto em conluio com aquelas pessoas testá-la, por não a conhecer bem e não ter certeza de quem ela realmente era? Queria Augusto que Dalila fosse uma mulher da vida para conseguir proveitos financeiros? Era Augusto um atravessador de prostitutas e se deu muito mal com Dalila?
Hoje Dalila sabe o quanto foi míope durante alguns anos. Sim, o homem que ela prezava tem como resposta, para todas as perguntas mais negativas que ela se fez e faz sobre ele, positiva. Augusto é do submundo.
Este, é um conto que eu gosto muito. Escrito por alguém muito especial. ❤
Desejo Noturno
Que a noite te envolva
Em seus braços,
Acariciando teu corpo cansado,
Mesmo que embaraçando
Teus lindos e dourados cabelos.
Que este repouso noturno
Possa revigor tuas forças
E desafogar tua mente
De todo e qualquer cansaço,
De toda e qualquer dor,
Tristeza ou sofrimento.
Mas que antes de tudo
Te faça sempre inteira,
Tua completamente,
Segura,
Feliz
E presente!
W.J.G.F.
Escrito por WGJF às 03:22
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