Conto Amor de Clarice Lispector
Culpa do confinamento. O texto é um pouco longo (Não é conto, é verídico)
No segundo ano primário, ano de 1955, eu estava muito mal na escola e com muitas dificuldades em lidar com letras e números, só notas baixas. Naquela época, não sei hoje, os alunos tinham que levar o boletim para casa, mostrar para os pais. os pais com aquele método acompanhavam a vida escolar dos filhos..assinavam o boletim e o aluno devolvia para a professora. . No meu caso especifico era minha irmã que cuidava desta parte, ou seja,ela era quem assinava o boletim.Para piorar a situação ela trabalhava no Carmela Dutra e me controlava no dia a dia, também.
Num determinado mês, a coisa, que já estava ruim para o meu lado, ficou pior. Meu boletim vermelhou. Aí, tive uma ideia brilhante: Transformei tudo que era três em oito, bem fácil. E quatro em nove , fácil também, só que continuaram vermelhas, infelizmente.. Esperei minha irmã ficar ocupada com os afazeres da casa e no momento certo pedi para ela assinar o boletim. Ela nem percebeu a besteira que eu tinha feito.-- No dia seguinte, cheguei na classe e coloquei o boletim sobre a mesa da professora. Depois de um tempo, ela me olhou, pegou meu boletim e saiu da classe. voltou acompanhada da diretora e da minha irmã. Fui guinchado literalmente pelas orelhas, a diretora de um lado e minha querida irmão do outro. Me levaram até à sala da diretora. Depois de ter confessado o crime, veio o veredito: a diretora, uma mulher da mão maior que a minha cabeça, parecendo um pão caseiro, desferiu um tapa na minha cara com tanta força, que mesmo tendo passado todos esses anos, ainda sinto o impacto da bofetada.. As lágrimas molharam o piso da sala. Depois do castigo físico, veio o psicológico: tive que ficar grudado na parede, exposto para que as outras crianças me vissem. Mas existe a lei do retorno., menos mal:
Meu pai, um homem abrutalhado, não era muito de conversar com os filhos, mas vez ou outra, contava umas histórias, a maioria de fantasmas. naquele momento de sofrimento, físico e psicológico, eu me lembrei dele e de uma das suas histórias: tinha uma que era sobre uma "reza brava", que ele conhecia, que de tão perigosa, não podia ser rezada de frente para o espelho, podia dar um revertério e virar contra a pessoa. Aquela reza espantava todos os tipos de fantasmas, incluindo mula se cabeça, Saci-Pererê, boitatá.Também matava cobra venenosa, cachorro louco, amansava cavalo xucro, etc., Naquele momento de sofrimento,tudo que eu desejava era saber aquela reza. Queria poder fulminar aquela mulher de mão grande, e junto, de lambuja a minha irmã. , mas o que fazer? eu não sabia, ele nunca ensinou para os filhos. Então, tentei outras rezas domésticas, implorando às entidades que a castigassem, mas nada, ela saia e entrava na sala, me olhava, ria da minha situação e comentava com as outras professoras, que ali estavam e todas riam. Algumas comentavam que o castigo deveria ter sido maior.. O tempo passou. Repeti de ano, e eis que o retorno atuando: Aconteceu uma tragédia na cidade. Os sinos da igreja estavam mudos. O padre havia desaparecido da cidade. Nunca mais vi a mulher de mão grande. Mão de pão caseiro./i
Desilusões no conto de fadas
Chega um momento na vida que a esperança recua, se esconde quase se extingue e o que sobra é a doce e interminável desilusão. Falta ar... coração desespera... a respiração fica mais ofegante tentando tirar onde não existe, mas na realidade tudo isso se passa dentro de nossa razão. É quando a razão começa a perceber que na verdade o coração se entregou pra uma aventura que foi ficando mais e mais séria... que aquele dragão que vivia próximo a masmorra guardando a princesa, ganhou vida e não tem como se livrar dele. Os pés não suportam os impactos da fuga pelo terreno desconhecido... as pernas estão cansadas fazendo com que os passos saiam arrastados... e pra onde quer que você olhe e escolha uma direção algo seguro sabe que será alcançado...pode ser agora, ou daqui um pouquinho... você tenta então ir mais devagar se escondendo e cuidando pra não fazer barulho nem chamar atenção desnecessária... Faltam só alguns metros e tem um refúgio... se entrar nele está salvo... tudo não passou de um mal entendido... tem uma pequena área até chegar a porta... ninguém a vista... Nem o barulho das asas enormes do Dragão... olha mais uma vez e quando decide ir pé por pé... assim será mais seguro... você consegue chegar a porta... quando vai girar a maçaneta passa sobre você uma enorme sombra fria e arrepiante... tenta desesperadamente abrir a porta mas não consegue porque a porta está trancada por quem você mais confiava... Então sem ter o que fazer se entrega e espera seu algoz... que sem pensar muito lhe aplica um único e certeiro ataque... sente o coração que estava acelerado ir se acalmando... sua respiração antes ofegante começa a ficar baixa... agora tem ar suficiente e os olhos que estavam fixos em fugir, agora se vidram na cena a sua frente: o grande dragão na verdade nunca foi inimigo da princesa... ela estava junto dela por escolha... E todo seu sacrifício na verdade não passou de um simples esforço por ser melhor do que muitos já tentaram ser...
Nessa hora, e acredito que a mais cruel de todas seria normal que a princesa... sua amada viesse e te dissesse algo que lhe confirmasse que valeu a pena! Mas o que recebe é um "me desculpa" mais frio que sua alma agonizando.
O natural seria não enfeitar nem com um conto de fadas o que se sente em um momento desses, mas como poderia eu... um exímio guerreiro dizer que se estou abatido foi porque abaixei a guarda achando que isso seria o melhor para minha amada princesa... a quem a pouco estava oferecendo todo meu reino... e quem sabe alguns filhos para que nosso castelo não ficasse tão vazio... até mesmo a conquista de nossos sonhos em outras terras?
Agora já não tenho mais a esperança de algo se resolva favorável a mim... na verdade acredito que as escolhas foram feitas em conchavos que envolveram rainhas e reis... fortunas e campos... vi que como todo desesperado, se fazendo de bom moço... ele fez questão de que tudo que eu havia falado fosse escrito para assim ser repetido sem minha presença e com as mudanças necessárias no contexto para que minha honra fosse manchada... superestimou-se o valor de cavalos onde custaria pouco mais de 6 moedas de ouro para quase 18 moedas... sendo feito até a suposta entrada de 8 moedas e parceladas o restante... valor nunca praticado em nenhum reino vizinho... prometeu-se casamento com o melhor vinho e donzelas invejosas... sapato de cristal e carruagem encantada... ofertou-se a visita em a um reino distante em que se observa uma enorme torre de ferro... foi prometido um arauto para que fizesse toda a publicidade necessária para que princesa ficasse conhecida em todo o reino, e invejada por todas as donzelas... seria a volta por cima... seria a redenção de toda uma vida...
Mas mais do que tudo isso ofereceu-se riquezas....banquetes e muitos presentes...
E eu em contra partida oferecia meu humilde mundo e a promessa de tentar fazer cada dia feliz... que daria todo o amor que tenho guardado a tanto tempo....
como eu ganharia?
Na verdade já aceito a derrota... minha espada está ao meu lado... meu escudo está despedaçado assim como meu coração ao ouvir o que fora proclamado... Que a princesa não comentará nada sobre os acontecimentos... talvez porque estivesse machucada também e o fato se se trancar e se proteger me deixando exposto fosse apenas auto defesa... ou talvez em um das muitos prováveis reuniões existentes decidiu-se por silenciar minha voz até que tudo estivesse pronto... afinal o dragão em breve ganharia selo real e provaria seu sangue azul... a princesa finalmente sairia da masmorra que a isola a tanto tempo e por que não repetirmos a história da Bela e a Fera?
Claro que esperava um final feliz... Que me fosse enviado um mensageiro e acalmasse meu coração. Que me dissesse que o que se espera é somente o tempo para que a bênção de Deus nos alcance. Quem sabe uma flecha com uma mensagem dizendo o quanto me ama... e que nossos destinos estão entrelaçados e não há nada que nos separe...
Ainda esperaria um pombo mensageiro que dissesse não se preocupe... apenas confie e espere... estou me curando das batalhas... logo estaremos juntos...
Mas não vejo nada além de silêncio e meus pensamentos inquietantes que me deixam mais enfermo ainda.
Sinto que em breve já não terei forças para lutar... já que meu amor está sendo confundido com posses... engana -se quem pensa assim... já não tenho medo de perder minhas posses... Mas tenho medo de carregar um amor não correspondido... de sentir a frieza de um corpo desconhecido fingindo se encaixar em meu mundo quando na verdade o que eu queria era a minha princesa... de perder nossos momentos de cumplicidade ao desbravar novas culinárias que de tão surpreendentes que são acabam por nos dar medo... de perder quem realmente significou amor pra mim e que em pouco tempo já fazia parte de meus sonhos...
Propriedades serão conquistadas... em outros reinos... existem outros castelos em que seremos bem recebidos... festivais e danças se apresentarão e serão aproveitados... Então não tenho medo de perder o que importa menos pra mim....
É nessa hora que não importa o que aconteça, seu futuro não está mais em suas mãos e por um curto período sua vida perde a referencia. Montanhas, estrelas e todo a os sinais não são suficientes para te colocar no rumo de novo. E se afastar aceitando a derrota é a única saída. Nesse momento as desilusões ganharam a batalha e tudo que queremos é andar de cabeça erguida esperando que tudo faça algum sentido... Mas mesmo que não faça que Deus te ajude a se recompor a tempo de não perder a guerra.
Gostaria de dizer que estarei sempre esperando seu regresso minha doce e amada princesa.... Mas pra me curar será preciso deixar pra trás tudo o que não for estar comigo lá na frente...
De quem te ama com o mais puro amor que nunca foi visto em nenhum conto de fadas...
Conversa com um amigo
Bah! Cara...nem te conto! Não imaginei que viveria para ver isso, sinceramente. As leis universais e cármicas acontecendo no seu exato tempo previsto. Tudo que "vai-volta", e eu então aqui pensando em todas as variantes e probabilidades desta problemática surreal.
Tal como um escultor que talha sua obra no granito puro, você tem feito o seu trabalho arduamente. As mentes cegas em seus devaneios estão custando a entenderem seus significados, seus sinais, a sua forma de selecionar.
Muito se fala da "Gaia", nosso lar, mas infelizmente se esquecem do processo de seleção. Entendo que não há um ser vivo que escape deste "modus operandi"
Muitos já desencarnaram neste tempo víral e muitos ainda irão, então, isto é seleção natural. O bom de tudo, é que afeta a todos, independente do credo, sexo, bandeira, tempo existencial - provando que somos indiferentes frente a escolha. Forma estupida? Bizarra? Não!
Meu grande amigo Buda, Deus, Cristo, Jeová, krishna, Yehoshua, Brother, Emanuel, eles ainda não entenderam a real situação do tempo vivido, tempo que nos assombra. Nos colocou debaixo de nossos próprios tetos por tempo indeterminado para aprendermos na íntegra a nos tolerarmos, sermos mais compassivos, amorosos uns para com os outros, irmãos e acima de tudo ter fé! Religiosos porque não?
Muito se fala de amor, de querer amor, amores e no entanto o que se tem visto neste tempo é muitos casos de egoísmo, desunião em todos os sentidos e aspectos, atrocidades chegam a causar repugnância ao se taxar "ser humano"- será que de fato somos?
Um ser religioso é diferente de ser conscencioso. A religião não salva e esta muito longe disso. Ela serve apenas como bússola, talvez indicando um possível norte, mas de longe a redenção.
Seleção, escolhas, caminhos, religiões... Que tremenda miscelânea você fez? Tipo um Shake , misturou tudo e nos fez digerir de "gut-gut". Para muitos surgiu como o mais doce mel e que ao cair em suas entranhas ardeu tipo fel. Choro e ranger de dentes.Seleção natural meu caro? É isso então? Bem no fundo você quer que não esqueçamos este tempo. Quem viver, viverá! Viverá para contar.
Dias de lutas, dias de glória! Dias de imersão! Dias de fazermos escolhas, de nos tornamos cada vez mais nós mesmos.
SAIBA PLANEJAR
Planos carnais nunca se concretizam
Parece até coisa do destino
Sempre que conto para as pessoas erradas, minha vida muda o caminho
Confio somente em Deus e sempre consigo um sorriso
Inimigos se tornando amigos
Com certeza é algo do divino
Percebendo o erro antes que ele aconteça, isso não é coisa da minha cabeça
O Espírito convence para que a tristeza não permaneça
Seja agradável
Domínio próprio é necessário
Paciência e calma virão como um bálsamo
Não jogue dados, a força vem do alto.
Conto do Pato
Jô Bragança
Chegou o grande dia; Pato Haroldo, criado com todo carinho pela família, ja estava no ponto para ir a panela. Era Círio em Belém do Pará:
- Haroldo! meu filho, cadê você?
- Cadê você? Sou pato, não sou pateta.
Haroldo saiu correndo, desembestado, pelo quintal. Saiu pela tangente. Pulando muro feito louco.
Família, vizinhança e amigos, e quem nem sabia da história, começaram a perseguição.
Pato Haroldo correu mais que os carros, e se duvidar mais que os aviões. Passando pela feira, derrubou tudo no chão. Se armou, criou a maior confusão. Quebrou barracas, até as crianças não escaparam, e carroças. Tamanha foi a lambança que o dito Pato causou. Também pudera, eu também não quereria ir pra panela.
Depois de mais de uma hora de caça e quebradeira. Chegou o batalhão. Tropa de choque e cavalaria. Capturaram Haroldo, o pato fujao.
Não teve acordo. O delegado decretou "Pato Haroldo, por desordem e destruição, escapou da panela. Mas não escapará da prisão".
Quem conta um conto aumenta um ponto.....
Estou sentindo as minhas mãos em você,
Estou sentindo o meu corpo junto ao seu,
Estou sentindo ao teu gosto, gosto bom,
Braço e pernas sem sincronismo, dançando a melodia do encantamento,
O teu corpo era exatamente o que imaginei, perfeito, lindo e exuberante, com cheiro de carmim,
Pele sedosa , macia, me perdi entre as suas curvas,
Me embeveci com o teu cheirochefando ao êxtase....
Acordei, era apenas um sonho aonde contava conto e aumentava um ponto.
Angel
País das Fantasias
A onde os seus maiores sonhos se tornam realidade, a onde o conto não é apenas um conto mais se torna aquilo que queremos, onde o amor da vez na jogada, onde tudo pode não fazer sentindo mais o maior sentido é estar lá, a onde posso ir e sair do mundo real e ir para minha verdadeira realidade é o sonho que sonhei
Posso ir e voltar o trajeto e as nuvens
Quem lê entenda
Pois agora aqui estou eu falando que tudo é possível lá.
Sintonia que toco para ti
Fruto de uma melodia encantada de um conto de fadas,apenas quero que a sintas,apenas quero que a disfrutes
Apenas para ti mulher sofrida,que a vida te tramou,que a vida te ensinou a vingar por ti própria, sózinha e sem ninguém apenas segue esta melodia para que a vida te sorria sempre embalada sempre como uma música
Apenas sorri ...por mais que a tristeza te consuma por dentro
(Adonis silva)11-2019)®
Um pequeno conto.
Certa vez alguém perguntou ao mestre: Mestre por que o ser humano sofre tanto?
O mestre respondeu: O ser humano sofre pelas dúvidas e pelas certezas que possui. Sofre pelo controle das coisas que tem e que não tem. Sofre por sonhar e ter pesadelos. Sofre por amar e odiar. Enfim sofre pela dicotomia presente em sua vida.
Então o discípulo perguntou: Mas, o que pode o ser humano fazer para então, sofrer menos, já que a dualidade das coisas se faz presente em nosso ser?
Muito simples, disse o Mestre: "Aceite"
E continuou. Aceite as coisas com são. Aceite que as coisas são mutáveis, aceite a transformação do tempo, aceite a transformação das pessoas. Entenda que a cada momento acrescentamos uma experiência a mais em nossa vida. Tudo se renova, você já não é a mesma pessoa de segundos atrás.
Ora, perguntou o discípulo: Mas, se eu aceitar as coisas como são, devo aceitar também as coisas ruins? Não seria uma ação passiva demais ante há um problema?
O mestre lhe respondeu: A aceitação lhe trará compreensão. Se você aceitar que o ser humano possui falhas, isso é um sinal de que você conseguiu enxergar as fraquezas e as reconheceu, compreender isso lhe impulsiona para a busca de um resultado melhor para si mesmo.
E continuou. Imagine uma pessoa que busca algo e não consegue. Isso abrirá vários caminhos, a pessoa pode escolher sofrer pelo acontecido, se recolher em sua inação, culpar as pessoas pelo seu infortúnio, culpar a si mesmo pelas suas fraquezas e acreditar que não é capaz. Ora, se você se encher desses sentimentos, logo, eles estarão em primeiro plano.
Por sermos seres dicotômicos o bem deve vir antes do mal, o esforço deve vir antes do fracasso, a virtude deve vir antes do vício. Aceite que há coisas ruins, aprenda com elas, mas, que as coisas boas, sejam sempre a primeira linha de seu caderno da vida. Aceite que você não tem um controle total e efetivo de sua vida, pois você sofre a cada momento influências diversas, mas, ainda assim, você pode controlar o resultado que aquilo ocasiona em você. Se alguém lhe maltrata, adiantará você nutrir ódio por aquela pessoa? Teu ódio é teu, fará mau somente a você. Aceite que essa ação lhe incomodou e procure uma solução. Se não gosta da casa que moras, mude.
O sofrimento e o ranger de dentes sempre existirão e ficarão orbitando em nossa volta, isso é um fato. Atraí--los, depende de nós.
Pense nisso.
Paz e bem.
Ilumine seu dia.
CONTO DE NATAL
Era uma noite fria e escura
Numa aldeia perdida ou talvez esquecida
Em Trás os Montes
Vivia uma menina sonhadora e pobre
Morava com os pais e com os seus irmãos
Era uma noite da década de 74
Às portas da guerra da independência
Que viria muito brevemente a acontecer
Mudando-lhe a vida e marcando-lhe para sempre
Era a noite de Natal não havia presentes
E muito menos a árvore de Natal
Ou o Presépio, mas havia alegria e amor
Os pais davam muito carinho aos seus filhos
Mesmo sem a árvore de Natal e sem presentes
Contavam-se histórias à lareira, o riso era constante
Foi uma noite que nunca mais esqueceu aquela menina de dez anos
Numa noite fria e escura mas quente no seu coração
Era a noite de Natal fria e gelada numa aldeia em Trás-os-Montes
Eu conto a ti meus medos
São casos, feitos e ocasiões
Eu sei muito dos teus sinais
O quanto tem manifestado perdões
Mas uma misteriosa força me prende aos currais
Eu conto a ti meus medos
Sou livro aberto e não tenho segredos
Eu vejo o rompante do tempo
O medo do destino se for como vento
Se planto ou colho nada vejo
Mais do que medo é esta cegueira
Ainda que realizar é que almejo
Sabendo da plenitude celestial verdadeira
O caráter humano fraco e falho se instalou
Junto uma bagagem de um sonhador
Talvez não sendo capaz de criar a oportunidade
Estou nas mãos do senhor essa é a verdade
Ainda vejo guiar meus passos
Na queda ou redenção seu forte abraço
A bênção e a promessa no vigor a refletir
O espírito do senhor que vem em mim emergir
Eu conto a ti meus medos
Sou livro aberto e não tenho segredos
Eu vejo o rompante do tempo
O medo do destino se for como vento
Perante a ignorância fica a intenção
Nos moldes da possibilidade sua mão
Ao meu alcance a oração
Perdoe me não ter a serena aptidão.
Giovane Silva Santos
Delírio
Madrugada fria, vazia...
Deliro.
Conto as estrelas do céu.
Elas bruxuleiam de leve, levemente.
Insistentemente.
Qual delas consegue sequestrar tua atenção? Qual delas atrai fortemente o teu doce olhar?
Que me troques por ela eu deixarei...
Sim, consentirei que ela te envolva...
Que te leve... levemente.
Doce fantasia... doce ilusão...
Se não for meu teu coração
Que ele vagueie pelo infinito
Que seja o teu o caminho mais bonito...
eu deixarei...
e
jamais te deixarei...
deliro... é madrugada que nunca acaba.
É mais feliz quem consegue enxergar magia na vida!
Não é sobre achar que a vida é um conto de fadas com príncipes encantados e princesas adormecidas esperando por um beijo. É sobre encontrar um amor na adversidade de um encontro. É sobre acreditar no recomeço, seja em que tempo for.
Não é sobre acreditar que a vida é um mar de rosas sem problemas, sem crises em todos os campos possíveis, sem desilusões ou decepções. É sobre conseguir enxergar o lado bom das situações. O dito “há males que vem para o bem" é a mais pura verdade. Eu até diria que todos os males vem para o bem. Experimente acreditar nisso e seus olhos se abrirão como janelas em dia de sol.
Não é esperar uma varinha mágica que resolva todos os problemas ou realize todos os desejos. É perceber o tamanho do privilégio de se estar vivo e agradecer a dádiva de mais um dia de vida para lutar por seus sonhos.
Ver magia na vida não é acreditar em Papai Noel, Coelho da Páscoa. É acreditar que algumas pessoas são anjos enviados para nossas vidas, às vezes por algumas horas, por alguns dias ou para toda a vida. Quem acredita na magia consegue sentir sua presença, perceber o seu agir e sentir-se abençoado.
Não é sobre acreditar que a Fada Sininho ou a Fada do Dente existem. É sentir encantamento em um sorriso. Cura em um abraço. Perdão em um olhar. Sentir esperança nas pessoas.
É como ver o mundo através de um prisma e descobrir suas cores. É saber procurar o melhor ângulo e aproveitar todas as possibilidades.
Ver magia na vida é saber que ser feliz depende apenas da forma que você escolhe ver o mundo. Não é fechar os olhos para a realidade, é abrir o coração para o que é invisível aos olhos!
Como você percebe o mundo a sua volta?
Começarei com um pequeno conto.
Havia uma senhora muito bondosa que não via maldade em nada e nem em ninguém.
E, certa vez, apresentaram a ela, uma pessoa que acabara de ser preso. E esse preso havia cometido inúmeras maldades e crimes.
Foram falando para a senhora todos os atos cruéis que ele havia cometido, e ela ficou ali, ouvindo e olhando atentatamente o criminoso a sua frente.
Após falarem sobre os terríveis atos cometidos pelo criminoso, perguntaram à senhora o que ela achava a respeito dele.
Ela olhou calmamente para as pessoas a sua volta, olhou para o criminoso e disse: Ele tem os olhos tão bonitos.
Apesar de ser um conto, ele reforça que: Os olhos são a janela d'alma.
Quanto mais bela for sua alma, mais beleza verá e viverá no seu dia a dia.
Para que possamos ter uma visão mais bela sobre as coisas, é condição primária não tirar conclusões apressadas sobre qualquer assunto, principalmente se você estiver passando por algum problema. Pois poderá projetar esse problema a sua percepção sobre aquele assunto, naquele momento.
Quanto mais dificil a fase, maior deve ser o silêncio. O que é ruim, acabará por si só, não será necessário ficar acumulando sentimentos ruins. Isso só nos faz nos cegar ante as várias possibilidades que nos cercam.
Não devemos deixar que nossos pensamentos sejam envenenados por nós. E observe, toda ação ruim, quando transformada em palavras, encontra coro. Cuidado com o que acumula.
Pense e reflita.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Seja luz
Paixão cigana
Eta paixão.
Um conto de liberdade.
Dentro da prisão.
É cigano é cigana.
Essa paixão insana.
Viaja de sul a norte.
Suspira vida e trafega na morte.
Vai de céu a inferno.
Seu devaneio é no verão.
Com fome daquele pão.
Que mora na primavera e inverno.
É nos pleitos dos carnavais.
A política desde ancestrais.
Nas curvas mais belas.
Daquelas donzelas.
As belezas mais naturais.
Sou eu um caboclo sem moradia.
Vivo a constante nostalgia.
Enfrentando temporais.
Na cama que adormeço.
É apenas um pretexto.
Mas não esqueço jamais.
Meu pensamento vagueia.
Meu sentimento titubeia.
Meu coração bobeia.
O índio que mora em mim.
Pertence a tal aldeia.
Uma cadeia sem fim.
A paixão que incendeia.
Deixa me sem rumo.
Um cigano perdido.
Apaixonado atrevido.
Pela liberdade.
Mas não a encontrei.
Vagando continuo.
Cigano vagabundo.
Em terras que não andei.
O coração da bela dama.
Poesia de quem ama.
Eta paixão cigana.
Giovane Silva Santos
De onde nasce as lágrimas
Em um conto mais belo, na história do castelo, naquele filme enigmático, na pureza do menino simpático, na palavra dura, na repreensão da vida, na temida depressão que consome a emoção, uma triste constatação que precisa ser destruída, o pranto a lágrima, na perca, no abandono, no desespero e velório medonho, minha lágrima é cotidiana, derramo no deitar e levantar da cama, pois revelo minha fraqueza, não entendo da vida a beleza, não sei de onde sopra o vento do choro, da emoção, da tristeza , do pranto, me deixe quieto no canto, pois nessa prosa poética, minha dor vulnerável e patética produz lágrimas, do interior que brota dor, também se faz capaz, brotar lágrima de amor.
Giovane Silva Santos
Eu sou um bobo tonto.
Eu tinha um segredo e agora conto.
Paixão é coisa de bobo.
Por isso ando tonto.
Não vou negar.
Gosto do teu encanto.
Amando você estou e pronto.
Da maneira mais sagaz.
Trazendo a natureza de paz.
Um pouco de exagero é claro.
O clima também tem tempestade.
Mas tento vencer a maldade.
Criar um momento raro.
Revesti me de vontade.
Dar vazão a liberdade.
Sentir a emoção.
Virar os ói.
Bagunçar o coração.
É claro colocar a mente no prumo.
Não permitir perder o rumo.
Apenas uma consideração.
Todo erro tem espada.
Mas é no braço da amada.
Que encontro o meu escudo.
Experimento as coisas do mundo.
E volto para terra.
O mundo da lua encanta.
E essa vontade santa.
Simplesmente mencionar.
Experimentar.
Apaixonar.
Voar.
Aterrissar.
Enfim.
Beijar a tua boca lua.
Esse jeito de menina crua.
Amei.
Morri.
Fui sepultado com você.
Giovane Silva Santos
Era uma vez um conto de fadas, um final feliz, uma abóbora encantada, que alegria, a Cinderela, a bela e a fera, que harmonia, chocolate quente, com canela, mais uma monte de ukaslquusa...
Não dava pra ler o resto estava manchado, encontrei esse pedaço de papel na frente senzala, o menino filho do senhor da casa grande estava rasgando e fazendo bolinhas, livro caro, deve esbanjar muito dinheiro, pra poder rasgar até livros.
É hora de dormir, amanhã mais um dia, mais uma luta, que Deus me dê forças pra vencer essa labuta, difícil pregar os olhos, com tanta dor nos pés, odeio a expressão "pregar", me lembra o que fizeram mês passado com o antonio, da até dó.
Há se eu pudesse, se tivesse como, se eu corresse, pras terras sem dono, se eu morasse no campo de capim sem fim, se eu nadasse em um lago só pra mim.
Se a labuta não fosse minha companheira, se minha luta não fosse derradeira, se eu não vivesse na duvida se vou estar vivo amanhã, tomaria forças de um dia fugir, pra perto de minhas irmã.
Que na mata se engrenharam e sumiram daqui, rezo todos os dias pras essa lua me ouvir
Me de a magia que ouvirão eu também ouvi, se for possível uivar para ti, vira lobisomem e de pelos me vestir, com força de mil homens conseguir enfrentar, o coração de fracos que na noite vem me açoitar.
É injusto ser condenado como prisioneiro, por crimes que nunca cometi, sou homem, sou carne, sem valor que repleto em cada veia por amor, caso morra tenho valor, sou dado como comida para os caes.
A mando do sinhozinho que nunca vai ser o meu "senhor".
Era uma vez, uma realidade brasileira.
#UM #CONTO #DE #NÃO #FADAS
Era uma vez...
Um país perdido no tempo...
Abandonado por todos...
No esquecimento...
As leis eram manipuladas...
Favorecendo a quem pagava mais...
De cara e intenções mais deslavadas...
A Arquitetura morreu de tristeza...
Ao cair das alturas...
Se machucou, teve grangrena...
A Medicina , que só tinha um diploma na parede...
De enfeite...
Foi atender...
Não soube como fazer...
Fez um puxadinho em suas pernas...
Deixando-a manca...
Para sofrer...
A Educação optou por se fazer de cega, surda e muda...
Diante de tal fato...
Só não perdeu seu olfato...
Quando queimava a erva maldita dos ratos...
Justiça teve um AVC fulminante...
Quando os juízes miliantes...
Amasiada com a política embriagavam-se juntamente...
Vendendo sua alma na esquina...
A quem aparecesse na frente...
Com cobres , ouro ou prata...
Sorriam alegremente...
Com todos os dentes presentes...
A Saúde, coitada, ficou muito doente...
Abandonada ao povo carente...
Delirava constantemente...
Jogada no chão...
Em solidão...
Seus gemidos embora altos...
Não chegavam aos palácios dos magistrados...
Estavam muito ocupados...
Bebendo caros vinhos...
Comendo camarão...
O povo que sofria...
Em dolorosa intermitente agonia...
Em sua ignorância só rezava e dizia...
"Amanhã vai melhorar...
Somos o país do futuro que está a chegar".
Velas era acesas...
Mãos postas em oração...
Porém brigavam entre si...
Em estranha confusão...
A mão esquerda batia na direita...
A mão direita batia na esquerda...
Fazendo ritmo para dançar...
A Corrupção...
Era um país de extrema beleza...
De muitas cores e de grande alegria...
Mas tudo somente ia ficando cinza...
Dia após dia...
O preto brigava com branco...
O marrom brigava com o amarelo...
E assim crescia...
Esses estranhos flagelo...
O Tempo que a tudo via...
Partido nenhum tomava...
Sabiamente gargalhava...
Emboscada preparava...
De passado outrora em glória...
Triste presente ausente...
O que adveio foi o terror...
Impossível narrar...
Tamanho torpor...
Debaixo da poeira da ignorância...
O Futuro se suicidou...
Tão triste história de um país...
Que antes de ser estrela fulgurante...
Doente...morreu...acabou...
PS: Qualquer mera coincidência que sirva de alerta para que o mesmo não aconteça conosco...
Sandro Paschoal Nogueira
Vida Real? Ou contos?
Por que será que não e tudo como um conto de fadas?
Seria mas fácil encontrar um príncipe encantado? mesmo se antes,
tivesse que adormecer, perder seu sapatinho de cristal,
ser enfeitiçada por uma bruxa,
fala com animais, ter poderes,
ficar presa em uma masmorra com dragões,
e muitas outras coisas.
Mas vamos viver a vida que e nossa por direito quem sabe um dia a nossa vida vire um conto de fadas.
Nunca devemos esquecer que depois da chuva e tempestades
sempre tem um sol com um lindo arco-íris no final.
01