Contexto da Poesia Tecendo a Manha
a noite se cobre de véu
o véu das noivas e das clericais
noites de pernoites virginais
onde não há pecado, é só céu,
e a inocência de nós dois.
aos poucos tu vai seguindo o seu caminho
amarelando o céu com o sol que vai se nascendo
o teu corpo não sei quem vão invadindo
e fica eu, aqui, morrendo.
a fumaça do charuto do Jobim
é a música de Elis
a voz de Adoniran
as águas de março
chuviscadas pelos querubins.
a fé de Pe. Cícero
os conselhos de Frei Damião
os benditos do horto
de um pobre poeta esquecido
é lição de amor, à um pobre coração.
Entre a luz dos olhos do Jobim amante
rezei com Adoniran na capela São João
naveguei com Elis no falso brilhante
aprendi a amar e amar sem razão
Vou mijar no poste da rua e está tudo bem
jogar lixo no chão e andar totalmente nú
andar de terno na chuva, abrir meu escritória sem esperar por ninguém
Vou viver feliz na rua de Raul
na cidade de Raul
Na rua de Raul
na cidade do além
Comer lixo com sabor de ketchup
jogar meus livros na rua pro mendigo ler
rasgar dinheiro e falar pra alguém I love you
viver na rua esperando um dia morrer
Vou viver feliz na rua de Raul
na cidade de Raul
Na rua de Raul
na cidade sem você.
E vou vivendo pra ninguém me conhecer
sou louco nesta rua, sozinho,
sozinho com vontade de te ver
Vou viver feliz na rua de Raul
na cidade de Raul
Na rua de Raul
esta cidade é uma rua sem você.
Ouço o grito da rua rouca
o brilho da loucura
essa mente muito louca
é a felicidade da doçura
Vou viver feliz na rua de Raul
na cidade de Raul
Na rua de Raul
na cidade com esta rua, de loucura
só nesta rua se cura!
Este amor que sinto e que pulsa e exige de mim por um beijo, um abraço, um cuidado qualquer e uma paz inquieta de falar bem baixinho ao seu ouvido, cara, EU TE AMO!
Este amor sem culpa, que culpa de nada, é pecado amar? que aos poucos me deixa e do nada vem ao meu abraço tímido e indiferente em busca de um tudo que ao mesmo tempo é nada, nas noites vazias pelo seu nome chamo justificando na frase, EU TE AMO!
Sei que meus caminhos vão ao encontro teu,
Mas os seus passos fogem dos caminhos meus.
Sigo a essência do poder do teu olhar,
Fecho os seus olhos pra não ver os meus chorar.
Sinto um coração que se pôs a declarar,
Hoje se esvazia, sua voz se fez calar.
Crio uma razão, nova forma de sentir,
Pra que seu coração com o meu possa sorrir.
Fale ô meu amor, pois preciso saber,
Para que assim eu possa escolher.
Vou viver agora a solidão do anoitecer,
Para nunca mais me esquecer de você.
Meu desejo incendeia todo o seu ser.
Em sua fogueira quero feliz morrer.
Um redemoinho sopra forte sem parar,
O nosso amor é forte, e ninguém pode apagar.
Sigo a esperança em sempre te amar
Onde quer que eu vá, hei de te lembrar.
Pombal assim nos dá
a felicidade que nos adorna
foi na terra de maringá
de vovô Luiz Barbosa.
E saudando a vida
esbanjando sorrisos e amor
recordo-me de Valdecira
na Budega de vovô
E sentada no recanto
espreitando as idas e vindas
está vovó Belarmina
nossa mãe de acalanto.
Pelas ruas de Pombal há esperas
que encontro na imensidão
o amor de Dona Vera
que preenche meu coração
O sol, amanteigado do sabor da terra, emerge da aridez que nos envolve com seu calor, feito a prece de um pecador implorando misericórdia, como um sertanejo olhando pro céu pedindo chuvas.
A noite é fria e parada, só escuto uivados de ventos e mais ventos que nada leva ou traz.
Estou em algum lugar, porém, perdido, à procura do que brilhasse, desenhei um sol na janela empoeirada de meu quarto mesmo escondido entre as cortinas para que ninguém mais pudesse ver.
As horas já desbotadas apressam o relógio sombrio do amanhecer e a madrugada traidora da noite que esconde de nós os gritos mudos do prazer, vem, à toa na vida, sem mais vasculhar alguma coisa entre a lua e as estrelas.
E de manhã o cheiro de café se esvai e no cotidiano saio, disfarçando todo meu ser depois de uma noite ensolarada e sem você.
A energia que conduz à magia,
De mil maravilhas sem fim,
É a condução da nostalgia,
Em Alice, principio e fim.
Na vida só se ama uma vez,
De Raul Seixas se tem a lucidez,
De um amor sem dimensão,
Alice tem um avô, Einstein, o pensador,
Da fluidez do coração.
Das artes se pintou uma amante,
Ao som dos Beatles és a pequena sereia,
Da genética vai crescendo a estudante,
E de Alice ao antídoto perfumante,
Do amor-seixas de Carlos Vieira.
O mar se afogou na imensidão
quando afoguei em suas ondas meu coração
É o canto de agouro da coruja
hei de me banhar com folhas de arruda
para afastar o mau olhado de sua profanação.
O meu amor é um mau assombro
tomou banho na quarta feira de trevas
É a botija cintilante de meus sonhos
o último aceno que não se tem mais esperas.
o bacurau velou nossas noites
tão inocentes e de prazer inexistencial
inocência de tenro açoite
esgoelando-se em você, ser angelical.
A asa branca festejou a seca e no inverno silenciou-se o carão.
E o mar se afogou na imensidão
quando afoguei em suas ondas meu coração
Fui embora e levei a saudade comigo,
Saudades do meu povo,
Do nosso jeito de falar.
Saudades do clima quente e do caneco d'água gelado a golar,
Saudades do cuscuz e das delícias que só tem lá.
Saudades até do carro do ovo a me acordar,
Saudades de tudo, nem sei nem por onde começar...
Voltar é uma palavra doce que nem alfenim,
Saber que lá tem sempre alguém, esperando por mim.
Uiraúna meu amor,
Serás sempre minha paixão,
Minha princesa, meu sertão,
Mesmo com tristezas e alegrias,
Voltarei pra você um dia.
Os lábios inertes sem minha boca e sem língua, essa vã pecadora que me deixou assim, triste, na solidão, ô meu amor seja como for eu te amarei com um amor sem dimensão.
Em outros braços te entreguei e fiquei na solidão, todo corpo seu nunca serás o meu e tudo se transformará em orquestração, ah! você desejei e vou morrer apaixonado na ilusão.
Os olhares suavemente se entreolham
e silenciosamente perdem-se nas desoras
no silêncio adormecido do penar.
E na procura do amor pela alma, em um só, já estavam lá.
Aos ventos que sopram nossos olhares, como a mão de uma mãe a afagar,
o beijo inevitável e sem sabor:
- A delicadeza virginal do amor.
Na exuberância do entardecer exalas o perfume de uma fragrância não conhecida, a delicadeza de deixar-se ao vento, de esganar-se e inclinar-se com o sopro forte do acaso e voltar a ser o que era, uma flor.
Mesmo despedaçada exalas o perfume de uma fragrância não conhecida mas ainda existe o jardim e continuas ainda sendo uma flor.
A flor que existe em nossa vida, talvez despedaçada e desconhecida mas exalas o perfume de uma fragrância jamais sentida, o cheiro da flor chamada vida no arrebol de nossa essência.
A flor espargindo o amor com as lágrimas bentas da existência.
O amor que não me dedicastes
eu guardo em meu coração
o amor que jamais pronunciastes
está na poesia de minha oração
Ah! este amor que não mereci
o afeto do tamanho de minha ilusão
o amor que não conheci
se acabará comigo dentro do coração.
Ao amor, amor e amor
dedico-lhes uma flor.
Vi no horizonte brotar uma rosa
Na mansidão da aurora
Onde brotou o sol.
Silenciosamente
o acaso se cala rapidamente
Ao entreter das horas
Nas vozes ritmicas das aves candoras
Há desilusão no anoitecer
a vida, simplesmente a vida,
sempre irá reamanhecer
Reamanhecer no beijo esquecido
No abraço evitado e no “eu te amo” temido
Nas palavras engolidas, no olhar desviado
No amor sufocado e nas lágrimas contidas
A vida renascerá no caminhado desviado
Quando o café amargo for por você adocicado
E, então, ao sabor do beijo dado e do abraço apertado
Do “ eu te amo confessado” e das lágrimas sentidas
A felícia irá brotar, e o sol enamorar uma rosa frágil chamada de VIDA!
A noite lacrimeja de alegria o horizonte serenando a face da terra sob a fímbria de luz de um luar esplendoroso.
O acaso soprava favônios perfumados e o alvorecer prenunciava o amanhecer com seus raios dourados.
Os sonhos são estilhaços de luzes jogadas no firmamento feito estrelas nevoeiradas.
O silêncio da madrugada é a poesia suave de sua voz adormecida e os nossos mistérios trancafiados nas noites já esquecidas.
À procura de riqueza o poeta destinou o seu destino, ao sonhar com um caminho que parecia ser divino, sob a luz do luar enfrentou a sua sina, encontrou uma botija que sonhava desde menino.
Em uma madrugada de solidão, há anos estava guardado, escondido e acuado sua grande realização, o poeta reencontrou e por ali mesmo se debandou sem ter imaginado que teria encontrado o seu próprio coração.
O fim é o sereno de uma noite calada e abandonada; É o ontem que se torna o presente em um imaginário saudosista;
O fim são enamorados que perde o seu amor e que guarda na profundeza de seus corações.
O fim é também o amanhecer, onde as flores desabrocham e exalam um velho perfume conhecido;
São aves douradas que ganham o céu ensolarado sem saber onde chegar mas que voam, voam e voam.
Que nos corações conservadores possa existir o humanismo para poder chamá-los de homens.
Que o ódio seja ponderado no calvário do bem.
Que não sejamos indiferentes ao aracati tardio de um crepúsculo sem estrelas.
Somos o "eu te amo" no leito das amantes. Um apátrida cantando hinos nacionais.
Declame o horizonte do Brasil sem ser poeta.
As estrelas piscam e brilham,
pequenas luzes distantes,
ilumina os meus instantes,
nos instantes que neblinam.
Essas luzes delirantes,
que no brilho da lua se homizia,
onde está os amores apaixonantes,
que desejei e que amei algum dia?
Perambulando no horizonte,
de leste a oeste,
a procura do acalanto,
onde o sol escurece e traz um novo dia.
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