Contexto da Poesia Tecendo a Manha
O Conto do Cachorro e do Gato
Era uma vez um cachorro e um gato que moravam na mesma casa. Eles eram amigos, mas às vezes brigavam por causa da comida, do espaço ou da atenção dos donos. Um dia, eles decidiram fazer uma aposta: quem conseguisse pegar o rato que vivia no porão ganharia o direito de dormir na cama dos donos por uma semana.
O cachorro e o gato foram para o porão e começaram a procurar pelo rato. Eles vasculharam todos os cantos, mas não encontraram nada. Então, eles ouviram um barulho vindo de uma caixa velha. Eles se aproximaram com cuidado e abriram a caixa. Dentro dela, havia um rato enorme, com dentes afiados e olhos vermelhos.
O rato olhou para eles e disse:
- Olá, meus amigos. Eu estava esperando por vocês.
O cachorro e o gato ficaram surpresos e assustados. Eles nunca tinham visto um rato falar antes.
- Quem é você? - perguntou o cachorro.
- Eu sou o rato mágico. Eu posso realizar qualquer desejo que vocês quiserem. Mas só um de cada vez.
- Isso é verdade? - perguntou o gato.
- Claro que é. Vocês querem experimentar?
O cachorro e o gato se olharam com desconfiança. Eles não sabiam se podiam confiar no rato mágico. Mas eles também ficaram curiosos sobre o que ele poderia fazer.
- Tudo bem - disse o cachorro. - Eu quero ser o rei dos cachorros.
- E eu quero ser a rainha dos gatos - disse o gato.
- Muito bem - disse o rato mágico. - Seus desejos são ordens.
Ele estalou os dedos e, num piscar de olhos, o cachorro e o gato desapareceram do porão. Eles foram transportados para um castelo luxuoso, onde eram tratados como realeza por outros cachorros e gatos. Eles tinham tudo o que queriam: comida, brinquedos, carinho e diversão.
Mas eles logo perceberam que havia um problema: eles não podiam mais se ver nem se falar. O castelo era dividido em duas partes: uma para os cachorros e outra para os gatos. E havia uma regra: nenhum cachorro podia entrar na parte dos gatos, nem nenhum gato podia entrar na parte dos cachorros.
O cachorro e o gato sentiram falta um do outro. Eles perceberam que tinham sido enganados pelo rato mágico. Eles não queriam ser reis, eles queriam ser amigos. Eles queriam voltar para a casa onde moravam, com os donos que amavam.
Eles tentaram escapar do castelo, mas não conseguiram. Eles estavam presos naquele lugar para sempre.
E assim termina o conto do cachorro e do gato.
Fim
en-Caixa
entre cápsulas e comprimidos
são tantos planos forjados
são sonhos arrependidos
são veias acinzentadas
entre cápsulas e comprimidos
são penas e assinaturas
são perdas e tecituras
são aquarelas desbotadas
entre cápsulas e comprimidos
o relógio perde o tempo
o velho morre ao relento
eu continuo a estrada
entre cápsulas e comprimidos
o sinal toca na escola
o sapato perde a sola
meu tudo vira um nada
entre comprimidos e cápsulas...
O que é a Consciência?
O que é a consciência?
Um dom ou uma maldição?
Uma ilusão ou uma realidade?
Uma ponte ou um abismo?
O que é a consciência?
Um eco do passado
Um sopro do presente
Um sonho do futuro
O que é a consciência?
Um espelho da alma
Um olhar do outro
Um enigma de si mesmo
Qual é o significado de ser um mistério revelado?
Qual é o significado de ser um mistério revelado?
Será que é perder a essência
Ou ganhar a existência?
Será que é se despir de segredos
Ou se vestir de verdades?
Qual é o significado de ser um mistério revelado?
Será que é se libertar do medo
Ou se entregar ao destino?
Será que é se abrir ao mundo
Ou se fechar em si mesmo?
Qual é o significado de ser um mistério revelado?
Será que é se conhecer melhor
Ou se perder de vista?
Será que é se transformar em luz
Ou se apagar na sombra?
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Um paradoxo sem solução
Uma dúvida sem razão
Uma resposta sem questão
Quem sou eu?
Um fragmento do infinito
Uma partícula do absoluto
Uma expressão do indizível
Quem sou eu?
Um desafio à lógica
Uma surpresa à ética
Uma provocação à estética
Ode ao 2 de Julho.
O sol não nasceu em 7 de setembro na Bahia.
Pega a visão!
Conta-se a história
Que o verdadeiro povo heróico
Surgiu no solo do recôncavo baiano
com grito de poesia:
"independência independência ou morte", que até hoje soa em nossa memória.
O povo que botou o português pra se picar com uma boa rasteira.
O sulista conta essa história de outro modo. Ó paí ó!
"A canoa virou marinheiro, no fundo do mar tem dinheiro."
Só que Maria Felipa, Caboclo, Cabocla e João das Botas foram barril dobrados,
E botaram os portugueses para descerem a ladeira...
O sol para noíz despontou em 2 de Julho mermo vú?!
Nunca mais, nunca mais a escravidão.
Regerá, regerá nossas ações
Com baianos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações
Com o "zoto" não combinam
Brasileiros, brasileiros corações
A chuvinha inspira trova
assim bem pequenina
e a paisagem se renova
logo terá frio e neblina
Tudo se aquieta um instante
a ouvir o leve tamborilar
das gotinhas insistentes
no telhado a musicar
Nada é mais relaxante
do que esta fina melodia
a natureza compõe sonante
no palco de mais um dia
Sonho
sonho em tê-lo
sonho em conhecê-lo
sonho em te descobrir
sonho em te fazer rir
sonho que me queira
sonho em botar lenha na nossa fogueira
sonho em construir algo com você
mas quem exatamente é você?
te vi pela primeira vez
e me apaixonei
vai dar certo? talvez
mas ainda não sei
ao mesmo tempo que sorrio ao te ver
choro em não te ter
meu sentimento é complicado
mas pode ser justificado
agora sonho em te esquecer
sonho em não te querer
sonho em não te amar
nem te cumprimentar
sonho que você tenha sido apenas um sonho
porque se for real é medonho
e acabo perdendo o sono
e de novo me apaixono
No chão de terra seca e sofrida,
No Nordeste a luta é diária, tão sentida.
A pobreza bate à porta com vigor,
Mas o orgulho nordestino floresce, com amor.
Erguemos nossas mãos calejadas,
Na busca de um novo amanhecer, cheias de esperanças renovadas.
Nossos passos firmes nas estradas áridas,
No peito, a força que não se intimida.
Entre canaviais e mandacarus,
Resiste o povo com garra, mesmo nas agruras.
No sertão, a seca que castiga e desafia,
Mas o sorriso nordestino transborda de alegria.
Nosso forró é a dança que contagia,
Embala corações e traz melodia.
No arrasta-pé, esquecemos as agruras,
Celebrando a vida com festa e doçuras.
Somos cordelistas, contadores de histórias,
Versadores da vida, da graça e das glórias.
Nas rimas e nos versos, a expressão sincera,
Do amor pelo Nordeste que nos espera.
Pois mesmo com dificuldades, jamais nosemos,
Somos destemidos, guerre que não tememos.
Alegria e resistência são nossas bandeiras,
Somos nordestinos com toda a fidalguia.
Nordeste é sinônimo de superação,
De um povo valente, de persistência e ação.
Apesar da luta, somos felizes e vaidosos,
Orgulho pulsante em nossos corações amorosos.
Do sertão ao litoral, nossa cultura reluz,
No batuque do maracatu e no frevo que nos conduz.
Somos nordestinos, da poesia à culinária,
Resplandecendo em cada gesto e artesania.
Então brilhe, nordestino querido,
Com esperança e fé, em seu caminho atrevido.
Lute pela sua terra, com amor e fervor,
Seja feliz e orgulhoso, meu nordestino, com todo ardor.
Dois corações unidos, promessa de eterno,
Amaram-se intensamente, sem medo ou inverno.
Mas o destino cruel, traiçoeiro e impiedoso,
Separou-os abruptamente, num adeus doloroso.
Lágrimas escorrem, em rios de saudade,
O tempo não apaga essa trágica realidade.
Seus sonhos desfeitos, como pássaros sem asas,
Deixando apenas lembranças, em memórias embaçadas.
Um amor tão forte, partido ao meio,
Um adeus não esperado, doloroso e feio.
Eles agora vagam, separados e sós,
Com o coração quebrado, em destinos atrozes.
E assim a história se encerra, numa dor sem fim,
Um final trágico de amor, que ninguém previu assim.
Que essa lição nos lembre, com pesar e ardor,
Que nem todo amor tem um final com sabor de amor.
No horizonte do destino entrelaçado,
Uma história de amor e tragédia é pintada.
Entre uma mulher e um homem, corações unidos,
Mas inveja e raiva dançam em seus ouvidos.
Ela, uma rosa de beleza rara e encanto,
Ele, um leão corajoso, imponente e brando.
Juntos, construíram um castelo de emoções,
Mas a maldade oculta tramava suas traições.
A inveja, serpente sorrateira e traiçoeira,
Sussurrava mentiras, causava desespero na atmosfera.
Amigos falsos, olhares repletos de veneno,
Desejando roubar o amor, o mais pleno.
A raiva, uma tempestade implacável que se formou,
Nuvens negras pairando, corações dilacerados.
Palavras ferinas, gestos destrutivos, mágoas profundas,
A tragédia se aproximava, envolta em sombras.
Mas o amor, oh, o amor, bravamente resistiu,
Como uma chama acesa, reluzindo no breu.
Eles se abraçaram, enfrentando a tempestade,
Juntos, encontraram força para superar a adversidade.
A inveja e a raiva, enfim, foram derrotadas,
A luz do amor prevaleceu, almas libertadas.
Eles aprenderam que o verdadeiro amor é resiliente,
Capaz de enfrentar qualquer desafio, qualquer tormento.
Que essa história de amor e tragédia possa servir,
Como lembrete de que o amor verdadeiro irá persistir.
Apesar das sombras que a inveja e a raiva trazem,
O amor é a força que prevalece, que jamais se esvai.
Então, que esses corações, unidos contra a adversidade,
Continuem a escrever sua história com amor e integridade.
Que a inveja e a raiva sejam apenas ventos passageiros,
E que seu amor brilhe eternamente, forte e verdadeiro.
Bipolaridade ao Pôr do Sol
Na montanha-russa da alma emaranhada,
Um bipolar vive sua jornada,
Altos e baixos, o caminho sinuoso,
Mas a gratidão nele floresce, radioso.
Do sucesso profissional ao diagnóstico cruel,
A vida se transformou em um carrossel,
Entre tristezas e momentos de euforia,
Ele enfrentou batalhas com garra e valentia.
No pôr do sol, uma imagem sublime,
Solidão e tristeza, viraram poesia, rima,
Em cada clique, um escape, uma viagem,
Para um mundo onde a dor se dissipa na paisagem.
Com versos livres e rimados de emoção,
Ele compartilha a força de sua superação,
Transformando dores em motivos para sorrir,
Inspirando outros a nunca desistir.
A poesia, sua aliada, sua luz,
Afasta a escuridão, dá voz à sua cruz,
Com cada palavra, ele se fortalece,
E ajuda a quem sofre, trazendo prece.
Assim, ele segue em busca de conquistar,
Novos projetos, novas formas de amar,
Um poeta do bem, com coração aberto,
Guiado pela poesia, seu eterno concerto.
dimensão do tempo profundo
alargado pelo início do mundo
mostra apenas a direção de ida
numa dança sem saída
descreve a rota do meio
sem tese e sem rodeio
acende a luz da experiência
num átimo da existência
corre mão até o infinito
desperta em forte grito
traz do nada o mesmo pó
numa onda traça o nó
dimensão do tempo profundo
alargado pelo início do mundo
descreve o ritmo do pulso
num instante do seu curso
Aos meus dias de pranto,
às vertigens ocas
espaços inexplorados
e às virgens destrambelhadas
o meu aplauso.
Às flores de lótus
quimeras incendiadas
de paz e opala
minha rendição.
À poesia, mãe amada
companheira de glória e infortúnio,
única e dedicada amiga
todas as pérolas,
poemas, almas decepadas
ouro, platina,
filhos que amei
sem parir e chorei.
Agonia que jamais ousei
de meu ventre
amor aos pedaços
pela enseada de azul e nada.
À poesia e somente a ela
todas as alegrias,
todas as tragédias!
Nascem-me das mãos
madrugadas de afronta,
enquanto do meu ventre
gritam araras
em agonia
No lagar da morte
aprecia-se o vinho
enquanto gemem os dias
absurdamente iguais
mordendo pétalas,
as mais belas.
Nasce-me dos olhos
a fome com rosto de meninos
mas é em becos sorridentes
onde meu fado habita
que a morte se esgueira
expande, agiganta-se
num leito de beijos.
Nascem-me das mãos
madrugadas de afronta,
mas é na face uterina da noite
que se incendeiam os dias
e nessa luz imensa
acalma-se a agonia
deste meu ventre de pranto
Quando te deitares comigo
não pises as camélias
que trago no olhar
e me afagam a púbis
neste vale encantado
de luxúria
entre lençóis,
nem beijes a nudez
do meu silêncio.
É tarde meu amor,
tão tarde.
Peço-te
que teu cálice transborde,
enlouquecidamente
a saudade
que me morde as entranhas,
enquanto eu…
…eu apenas trago corais nos sentidos
e asas nos pés.
© Célia Moura, in “No Hálito de Afródite”
Nas auras gélidas de dias turbulentos,
Lágrimas quentes vertem, aflitivas,
Numa coreografia que se desvela,
Em meio ao compasso das horas furtivas.
Reflexos prateados no olhar oculto,
Segredos profundos, mares de dor,
Cintilam, tremulam, sob o céu sereno,
Enquanto o mundo segue seu labor.
Percorro o terreno dos sonhos perdidos,
No âmago frio das noites sombrias,
Exegese intricada da alma em lamentos,
Em ânsias infindas, melancolias.
As lágrimas dançam, suntuosas quimeras,
Traços etéreos de uma dor abstrata,
Resgatam histórias, murmúrios dispersos,
Vestígios tênues de dor que se retrata.
E sob o véu noturno, brilham constelações,
Cosmos de sofrimento, vasto e sublime,
No palco efêmero de um tempo desolado,
As lágrimas, testemunhas do sublime crime.
No búzio do tempo, segredos esculpidos,
São revelados no choro solene,
A harmonia das lágrimas, versos inscritos,
Numa sinfonia de dor e melancolia plena.
Assim se encerra o ciclo das estações,
No poético silêncio das lágrimas quentes,
E o vento sussurra as dores vividas,
Em dias frios e turbulentos.
POR AMOR!
É triste constatar
Que atitudes mesquinhas e frias
Conseguem aos poucos,
Apagar a luz de bons sentimentos,
Reduzindo- os em lembranças vazias,
Deixando no coração,
Uma triste sensação,
Somos poetas,
Amantes e loucos,
Tentamos o possível e o impossível,
Pra dar cor e tom a poesia,
Enfeitar a vida com encanto e alegria,
Mas nem todos conseguem enxergar,
Ou interpretar a alma do poeta,
Que se esconde entre as linhas da poesia,
Sofre, chora, calado,
Em segredo,
Cada desejo contido,
Por vezes nela exprime,
Cada dor e gemido
E nem assim,
Dela se exime...
Somos loucos,
Amantes, e por amor, no amor insistimos até que a última gota dessa fonte resista,
Pra que do amor a gente não desista.
Poetas, loucos
Somos, muitos
Pra muitos, pouco.
Por favor,
Do Amor,
Não desistam!
AMÉM!
No jardim do meu coração floresceu,
Uma paixão que em mim nasceu.
Teus olhos brilhantes como estrelas,
Iluminam minha vida, são tão belas.
Teu sorriso é como o sol a brilhar,
Aquece minha alma, faz-me suspirar.
Teu toque suave, doce como o vento,
Me envolve e me leva a um doce momento.
Nossos corações batem em sintonia,
Uma melodia que só a gente cria.
Nossos passos se entrelaçam no caminhar,
Juntos, lado a lado, sem nada separar.
E assim, nesse amor tão verdadeiro,
Vivemos um conto de fadas, inteiro.
Nossos sonhos se tornam realidade,
Nessa história de amor, eternidade.
Que nosso amor seja como uma poesia,
Escrita com carinho, com melodia.
Que seja eterno, como o infinito,
Nosso amor, meu amor, meu abrigo.
No silêncio dos nossos olhares,
Encontro a paz que tanto almejo.
Teu sorriso, um doce encanto,
Que me envolve e me deixa sem jeito.
Nossas palavras, sinceras e puras,
Expressam o amor que nos consome.
Cada gesto, cada toque, cada olhar,
É um convite para que eu me renda ao teu nome.
Nossos corações, em sintonia perfeita,
Batem no mesmo compasso, sem hesitar.
E nessa dança de emoções e sentimentos,
Encontramos a felicidade que tanto buscamos alcançar.
És a minha inspiração, minha musa,
A razão do meu sorriso e da minha poesia.
Te amar é um presente, uma dádiva,
Que me faz sentir completo a cada dia.
Que nosso amor seja eterno e verdadeiro,
Que nossos caminhos se entrelacem para sempre.
E que essa poesia, escrita com amor e carinho,
Seja apenas o começo de uma história que não tem fim.
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