Contexto da Poesia Tecendo a Manha

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⁠Li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios,
quando alguém morria perguntavam apenas:
tinha paixão?
quando alguém morre também eu quero saber da qualidade da sua paixão:
se tinha paixão pelas coisas gerais,
água,
música,
pelo talento de algumas palavras para se moverem no caos,
pelo corpo salvo dos seus precipícios com destino à glória,
paixão pela paixão,
tinha?
e então indago de mim se eu próprio tenho paixão,
se posso morrer gregamente,
que paixão?

⁠Conexões mentais
O que foi isso que aconteceu?
Você me alcançou, se ligou a mim.
Primeiramente uma conexão mental,
uma forma de ligação por mim desconhecida.
Um acontecimento transcendental,
um encontro libidinoso de almas.
Ainda estou tentando compreender,
foi tão intenso e surreal, com sensações
Uma transmutação mental, real ou utópico.
Senti seu cheiro, seu calor seu amor.
Senti uma sinestesia louca por meu corpo,
senti você a quilômetros daqui, em mim.
Só posso entender que foi de fato,
Um encontro íntimo de almas poéticas
Que se conheceram e se reconheceram
Como almas que estavam perdidas e se acharam.
E você ainda está em mim!

adivinhações

I
coisas muito fáceis de perder e difíceis de ganhar

cabelo
sono
confiança
dinheiro
você

II
o peso da saudade?

uma pluma
uma bigorna
os 74 quilos do seu corpo

III
o que há por trás de um sorriso?

saliva
um verde no dente
razão escondida
hoje é sexta
a lembrança de você

IV
que cara teria o amor?

do cachorro quando me vê com a guia nas mãos
do surfista olhando o mar
das pintas nas mãos dadas do casal de velhinhos
da criança olhando o espetáculo circense


V
quanto tempo a gente leva para desapaixonar-se?

segundos
tempo de conhecer um novo amor
a eternidade

I

pesa o decreto atroz, o fim certeiro.
pesa a sentença igual do juiz iníquo.
pesa como bigorna em minhas costas:
um homem foi hoje absolvido.

se a justiça é cega, só o xampu é neutro:
quão pouca diferença na inocência
do homem e das hienas. deixem-me em paz!
antes encham-me de vinho

a taça, qu'inda que bem ruim me deixe
ébria, console-me a alcóolica amnésia
e olvide o que de fato é tal sentença:
a mulher é a culpada.

II

peso do fiel juiz igual sentença
em cada pobre homem, que não há motivo
para tanto. não fiz mal nenhum à mulher e
foi grande meu espanto

quando ela se ofendeu. exagerada, agora
reclama, fez denúncia e drama, mas na hora
nem se mexeu. culpa é dela: encheu à brava
a garbosa cara.

se a justiça é cega, só a topeira é sábia.
celebro abonançado o evidente indulto
pois sou apenas homem, não um monstro! leixai
à mulher o trauma.

⁠Parecia que tudo estava bem...
As feridas pareciam curadas; a dor passada já não movia mais lágrimas...
Até que um sopro mostrou que tudo estava ali, guardado a poucas chaves.
Ocupava o lugar da poeira por baixo dos panos...
Existia. Resistia.
Explodiu.
Fez imóvel a agitação que morava aqui.
Peito prende. Respiração estranha.
Estranho.
Estou presa em mim...

⁠Abro a janela da alma, expondo sentimentos, o pensamento corre
solto por labirintos sem saída. Quero me desfazer das ilusões, matando enganos, deixando comigo só as boas lembranças. Tirar do meu corpo o cansaço e percorrer suavemente a estrada que me resta, à procura da felicidade. Porém, ainda posso sentir seu perfume, um tanto esmaecido a
fazer-me companhia nas noites claras de luar, tudo com antes e isso me martiriza. Vejo também seu vulto, vagando entre as nuvens indolentes que encobrem o sol e isso também traz calafrios de desesperança, pois sei que não mais existes em meu viver.
Solitária , uma lágrima teimosa cisma em descer pelo meu rosto, mas já não tenho a ansiedade da espera e nem o temor da ausência!


Direitos Autorais Reservados
Abril de 2.007

7944 km , essa é a distância que nos separa, é tempo não?
Você pode imaginar oque faríamos com tanta caminhada,? O quanto o corpo iria cansar, quanta água teria de tomar, quantas pessoas observaria nesse trajeto, a diversidade que veríamos, as reflexões que passariamos a ter, são 7944 km, é longe não?
Iria atravessar o oceano atlântico, se tivesse que nadar, será que chegaria ileso? É engraçado, com tanta gente próxima, ter interesse logo em quem está tão longe, mas eu percorreria, percorreria para tomar um café da manhã contigo, para passear no parque que você me mostrou, para
Te ver adormecer, para te ver acordar, para te beijar
Pra sentir teu cheiro, escutar a tua voz não por uma ligação, mas pessoalmente, parece loucura, tanta gente perto, e meu coração foi querer flertar rs, com uma pessoa dê tão longe, é contra minhas regras, ahahahha, é contra tudo que eu imaginaria, ou sonharia ter, mas é do coração, e eu desde que te conheci, venho aprendendo a seguir ele, ele vive batendo aqui no meu interior , e diz , vai em frente, por mais que um dia vá doer mais que estar longe, vá em frente!
Esse meu coração não sabe calcular a distância, só pode estar louco, mas esse meu coração enxergou algo que meus olhos não vêem, enxergou outro coração que por mais que esteja distante, está próximo, tão próximo que sinto perto!
Até então eu te agradeço por estar me ensinando a ter paciência, por estar me ensinando a ter calma, e por estar me ensinando a gostar de você além do carnal!

Ditos e feitos

Coloco
Tiro
Penso
Digo
Ando
Caio

Dou mais do que posso
Para quê?
Faço
Mas não recebo
Digo
Não me ouvem

Não me ouvem
Me escutem
Por favor
Me escutem
Romanos, amigos, compatriotas
Me escutem

Eu não brinco
Eu não finjo
Eu não existo
Mas eu sou
Eu digo, eu tenho opinião
Eu choro, eu morri

Meus olhos derretem
Minha boca salga
Meu rosto é correnteza
Meu nariz não uso

Eu não brinco
Eu não finjo
Eu sou o que faço
Eu sou abandonado

A toca que há no chão

Há uma toca no chão
das colinas esverdeadas
lar de hobbits, ladrões
e criaturas encantadas

águas puras rolarão
ventos leves soprarão
as luzes quentes cobrirão
a toca que há no chão

Na toca muito comerão
embriagados cairão
até o sol nascer
com os amigos cantarão

além da porta da toca
aventuras vão se encontrar
saudade ficará
naqueles que da porta passar.

A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.

Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.

Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só dos teus olhares me purifique e acabe.

Há muitas coisas que eu quero ver.

Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz pricipitado.

Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.

O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.

Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
morreria no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

Um filho de Ogum é tão bonito de se vê
Dá até espanto de tanta beleza
Corajoso forte e generoso
Inteligente guerreiro e moço
Dedicado lindo e valente
O filho de Ogum encanta muito gente
A bravura nas ações
Um sedutor de corações
Mas o filho de Ogum tem seu outro lado
É ignorante bravo e chato
Ambicioso calculista e rancoroso
O filho de Ogum é um estouro
Mas isso tudo que o torna encantador
Sua personalidade de grande senhor
É tão bonito de admirar que você até pode se epaixonar
Filho de Ogum é orgulho de qualquer um.

Vida que segue veloz⁠

Ninguém educa ninguém
Ninguém se educa sozinho
A educação se edifica
No decorrer do caminho
É com o outro que se aprende
E por fim se compreende
Que o todo se constrói
Pedacinho por pedacinho

Dia-a-dia, pouco-a-pouco
Faço de mim quem eu sou
Por vezes sério, às vezes louco
Recebo tanto quanto me dou
E o mundo é o palco de todo ato
O outro, o alvo da minha ação
Aprender para ensinar o que de fato
Nos faz estrelas clareando este chão

Embora não encerremos
Por fim, nossa construção
Pois todo dia podemos
Viver uma nova lição
E nessa mágica viagem
Em que navegar é preciso
Seguimos juntando bagagem
Aprendendo com o choro e com o riso

Cada dia passado
Cada etapa percorrida
Nos torna mais preparados
Pros desafios da vida
Vida que segue veloz
Sem esperar por ninguém
Que cada vez mais feroz
Nos cobra o que a gente não tem
E tirando de onde não há
Colocando onde não cabia
É que o sonho se faz ao buscarar
No outro, o que a gente não sabia

E então chegamos até aqui
E a nossa tarefa é continuar
Tarefa que só se pode cumprir
Abandonando as certezas
Que insistimos em carregar
Pois quem já acha que chegou
Não precisa mais andar
Por isso, sigamos a nossa jornada
Tendo o horizonte como nossa meta
E que cada pedaço dessa estrada
Seja um pouquinho daquilo que nos completa
(Rogério Reis Benedito)

⁠Olhe para mim
vamos tentar novamente
temos muito ainda que viver
nossa casa, nossos cachorros, nossa cama
lembra-se de quantas vezes brincamos de ser gente grande
lembra-se das promessas que fizemos
tudo por acreditar que o que sentimos é amor
então por favor fique
não vá
eu não consigo viver sem você...

⁠Sou metades sonho , metade ilusão!
Meus ideais subjetivos abstrato impõe me a voltar sempre a meu não eu.
Onde somente minha mente metafisica rege me a realidade.
Sou o avesso !
A ausência do real por dentro ! Obriga me a tirar as máscaras.
E assisto o mundo como quem tem a chave da realidade.
Mas não! Não posso!
Meus olhos fechadoa em um calvário logo consiste em mostrar me.
Não tenho dom de Zaratustra, nem a força dos egípcios minha transição entre eu e o individuo deixa sempre uma lacuna linguística e consome me a alma e acabo por retira-me. retiro meus olhos e desafio meus sentidos a dar me novos sentidos. más fracasso por não ter desapegado das cores. E eis que tenho finalmente me veio todas as respostas do mundo e abro a porta pela primeira vez, sem resquícios e lacunas...

------------Cantigas-------------


⁠Vejo sua boca me chamar enquanto canta
será que eu te canto?
Ou canto, cantarei para você as mais belas sobre amor.
"Amor, estou contigo para onde você for",
por favor, sem brigas eu imploro quem perde com isso? Nossa relação
Relação?
Mas, em relação a você, como está?
Como anda?
Não fala comigo há tempos, será que outro te canta?
Você me encanta,
Mesmo que me deixe de canto
Não canso de dedicar canções mesmo chorando em pranto
Mas desculpa se te cantei errado
Não quis ser dissimulado
Grosseria da minha parte não ter te cantado
Ou contado o que sou de fato
Que sou uma pessoa fatídica
E deveria ter deixado a verdade explícita
E que não sabia se um dia realmente eu te amaria
— Desculpa por não ser o que você merece.

Infelicidade humana

Projeção astral de um ser onipotente, tal filosofia grega, jas nos dizia; Nós mesmos seres distintos, egoístas a ponto de criar deuses a nossas imagens para o sentido de nossa vida buscar a está terra enferma que nos enlouque-ra, faça-nos delirar, Delírios que nos faz matar..
Guerras e guerras a criar, distúrbios e sangue ao chão. O Sangue em nossas mãos, o choro, as lágrimas derramados aos antepassados.
Por isto há, existência de deuses, somos cegos a ponto de nós mesmos nos cegar-mos, embusca de diminuir nossa solidão.

O vazio que corrói é aflita o coração.
A cura de enfermos, doenças jas então onde esta?
Nossa maior dor está a espreita em nossa solidão. Desesperados seja a morte que nos ampara, crescemos, vivemos, parecemos, a terra voltaremos a consciência extinta, marcas de nos aqui, na qual iremos deixar.

A varios de mim, sobre esta mesa na qual estou, o tolo, o velho, o sabio, a criança, os delírios, não sabemos o tempo que ficaremos com cada um de nós mesmos, nesta vida que iremos trilhar, nesta mesa não se sabe o tempo que me restará.

⁠Bom....espero que as nuvens não nos pairam em nossas mentes...para separarmos de nós....e então nós fazemos estranhos um ao outro...onde promessas agora, acabam sendo apenas palavras....os sonhos acabam sendo, passado, e o desejo de estar junto acaba sendo o desconhecido onde como o amei?.....espero ter a sorte que a nuvem não pará sobre nós....espero sentir este amor...mesmo juntos as nuvens cinzas que nos cercará, pois sem você não há o porque querer viver....mas muitos amores já falaram uns aos outros, e muitos no fim seguiram caminhos opostos, e suas promessas...acabam...para onde vai estas promessas?....estes sonhos? Esse "AMOR"?....porque temos de sofrer várias e várias vezes com o amor para por fim encontrar...a metade de nós que tantos nos vem a faltar?....
-Abismismo0-