Contexto da Poesia Tecendo a Manha

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Não sei se é trova ou esculacho,
escritos que risos provocam,
assim em pencas, bananas no cacho
daqueles que engraçados se arvoram

No planeta está faltando respeito,
de tudo desejam fazer gracejos,
chegam devagar e mesmo sem jeito
concedem-se direitos, mas vão para o brejo

Mesmo que seja por brincadeira,
não se deve a poesia esculachar,
é uma arte linda e alvissareira
que só os poetas sabem captar

Inserida por neusamarilda

Nunca segure um amor que um dia você não possa largar
Busque a felicidade dentro de si, para não se decepcionar
Quem nunca viveu um amor e não se decepcionou que atire a primeira pedra
Você está numa batalha com seu coração, mas procure vencer essa guerra
Se as batalhas existem é para você se tornar um grande vencedor
Não acredite na sorte porque ela não existe no caminho do amor.

Inserida por geraldo_filho

É difícil explicar que um poema
não possui objeto como um navio
os recipientes desse uma estação as flores dela
Indivisível como um número primo
Ele foge do tempo como você
e acaba
quando você deixa de escrever deixa
de ler quando você não se
lembra mais do que você acabou de ser
há apenas um instante
durante um momento durante uma palavra
rampa do cais flama poeira cometa
que assobia para um bando
de pequenos pássaros cantando longe
sobre nós tudo afastado nada tangível
nem mesmo preto no branco

Inserida por pensador

Este verão me ensina
que a solidão descansa
e se expande em um abraço

Este verão me ensina
a não confundir um corpo
disponível
com a ânsia pela alegria

Este verão me ensina
a ser um espelho de água para cada pedra

Este verão me ensina
a amar pequenas e grandes bolas de sabão
antes que rebentem

Este verão me ensina
que mesmo sem alguém
tudo continua

Inserida por pensador

Este verão me ensina
que devo bater eu mesma os tambores
se quiser dançar

Este verão me ensina
a ser por alguns segundos sem felicidade sem tristeza
aliada de Deus

Este verão me ensina
a acordar de manhã. Grata. Sozinha.

Este verão me ensina
que a folha do limoeiro apenas exala seu aroma
quando esmagada entre os dedos.

Inserida por pensador

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Inserida por pensador

Peças de madeira em pau-marfim

A linha dos olhos
faz flechas da cor de futuros
As mãos formam conchas
de pegar contentamentos
Os pés são grandes como
as telas holandesas realistas
O corpo inteiro é um tabuleiro
de jogar jogos de azar
As costas quadriculadas
As coxas quadriculadas
A boca quadriculada
Onde eu me finjo
de dama

Inserida por pensador

Trágica

meu galego
não conhecia minha ira

era dono do meu corpo
meu espírito de porco

sabia minha ginga
minha pletora, minha míngua

conhecia cada fresta
cada trinca, cada aresta

cada vinco, furo, fissura,
mau humor, amargura

mas da minha ira
condenada ira
ira da maldita

ira de mulher
fêmea exata
ana saliente
uterina, enfezada
ele não sabia nada

(meu galego dorme esta noite num cemitério improvisado)

Inserida por pensador

Tracionada a ferrugem dos ferrolhos
reage ao sol
e rescende o cheiro dos carvalhos
no escorrer das ocras:
o ferro a menstruar no tempo.

Transversa
a luz revela o desenho das teias:
colcha prateada de neurônios
– esses nervos da vida.

Firmes ali sem mais estar
mãos invisíveis no ensaio do tear.

Inserida por pensador

Cachimbo de domingo

Cadê o gado?
Buscar na Índia.

E o pasto?
Derrubar árvore, plantar capim.

E o capim?
Braquiária: buscar na África.

E a fome?
Come carne, toma leite.

Vila verde
fome saciada.

Escorre água,
mareja areia.

Pasto pisado de gado.
Casa de capim.
Rio doce assoreado.
Calores!

Inserida por pensador

Tapuia

As florestas ergueram braços peludos para esconder-te
A tua carne triste se desabotoa nos seios
recém-chegados do fundo das selvas.
Pararam no teu olhar as noites do Amazonas
mornas e imensas
E no teu corpo longo.
ficou dormindo a sombra das cinco estrelas do Cruzeiro.
O mato acorda no teu sangue
sonhos de tribos desaparecidas
- filha de raças anônimas
que se misturam em grandes adultérios!
E erras sem rumo assim pelas beiras do rio
que os teus antepassados te deixaram de herança
O vento desarruma os teus cabelos soltos
e modela o vestido na intimidade do teu corpo exato.
À noite o rio te chama.
Chamam-te vozes do fundo do mato.
Então entregas à água
demoradamente
como uma flor selvagem
ante a curiosidade das estrelas.

Inserida por pensador

Sim

Sim. Chega o tempo.
Que dores e tristezas,
Diminuirão. Mas não
Agora. O sonho acaba
De começar.
A infinidade o universo
Conhecido terá mudado,
Os paradigmas de conhecimentos.
A educação dos desejos.
E a reafirmação da inteligência.
Frente aos desejos e forças instintivas.
Mas não agora. O agora é o começo.
O agora. É como entendemos o tempo
Passar. O agora é; como internalizamos;
Nossos sentidos. E extintos; de realizações.
Muitas coisas; realmente não fazem sentido.
E buscamos não ver. Não por egoísmo?
Mas por ignorância e medo.
Um mundo. Não se muda assim tão rápido.
Evoluir, involuir. A mente não consegue
Captar essas transformações e torná-las
Conscientes no tempo e espaço.
Mas as descobertas ocorridas nos últimos
Anos. Potencializou a capacidade de alcançar
E melhorar o estado aumentado de bem-estar.
Sem muitos choques de pensamentos e medos.
Razão e coração caminhando juntos.
Para novas descobertas, desafiadoras.
Sim. O Amor venceu.
Apesar de tantos desaforos, as incongruências
Dos seres Humanos, só encontrarão contendas,
Nos universos digitais. E a consciência encarnada.
Triunfará reinante nesse e noutros planetas.
Refletindo o sol que carrega todo o alimento
Para o Universo. E tudo chegará.
Onde precisar chegar.

Inserida por marcosviniciusfereS

Sempre foi um sonho
Que queria realizar
Foram tantos pensamentos
Que eram impossíveis externar

De repente
Por você me apaixonei
Foi um erro que cometi
E cometeria outra vez

Só por ser inteligente
E bondoso coração
Que facilitou na conquista
Pois chamou minha atenção

Te respeitar
É o que mais quero
Por isso se eu te pedir em namoro
É um sim que espero

Inserida por Elder_de_Jesus

Você é,
Estressada meiga e as vezes impaciente,
De atitudes extraordinárias
E de beleza atraente

Se a mais bela estrela falasse,
Falaria seu nome
Pois ele é belo,
Igual o seu sobrenome

Tudo que queria alcançar
Dedicadamente alcançou
Porém em uma coisa não deu sorte,
E foi o amor

Mas a vida é breve
E você ainda pode apreciar
Pois há tantas belezas
Em homens que ainda sabem amar.

Inserida por Elder_de_Jesus

Ao falar com você,
Vem sobre mim uma boa sensação,
Sensação essa
Que me chamou a atenção


Seus olhos são como uma luz cintilante
sorriso é radiante,
Seu jeito e sua beleza
Mais que cativante,


Se a lua fosse uma pessoa
Se apaixonaria por você,
Pois só em te ver
Já queria te ter


Se eu fosse o mais belo entre os homens,
Só pensaria em te ter
Mas se eu tentasse e te tivesse,
Jamais queria perder você

Se o velho ditado não fosse considerado um dogma
Viraria algo também não questionado
E tudo de bom,
Externaria e não ficaria guardado

Mas ele existe
E nada posso fazer
Mas o bom mesmo é está aqui,
E falando com você.

( Querer não é poder "ditado popular" )

Inserida por Elder_de_Jesus

Sei que já não me quer
Nem um minuto mais
É triste saber
Mas te quero demais

Por não pensar
Me precipitei
Briguei com você
Mesmo estando certa outra vez

Faria tudo para te conquistar
E acalmar meu coração
Pois sem ti não sei viver
Vivo uma extrema solidão

Não quero mais sofrer
Além de você mais ninguém
Pois você foi a melhor
E a que sempre me fez bem

Espero seu perdão
Pois sei que nada foi em vão
Não vou te esquecer
Dê-me tua mão

Inserida por Elder_de_Jesus

Ao pé dum calvário

De uma rosa, uma pétala pendia inerte
E, incerta, murmurava então: "Será que vou?"
Súbito veio o vento, e a pétala lá voou,
Abandonada às dúvidas que o medo verte.

Dir-se-ia que, naquele terrível cenário,
Repousara ela, tímida, ao pé de um calvário.

Inserida por jao_jaojao

"Eu era tempestade, você veio, sou calmaria.
E hoje? Sou tempestade.
Eu era frio, você veio, sou calor.
E hoje? Sou frio.
Eu era tristeza, você veio, sou felicidade.
E hoje? Sou tristeza.
Eu era escuridão, você veio, sou luz.
E hoje? Sou escuridão.
Eu era solidão, você veio, minha companhia.
E hoje? Sou solidão.
Eu era algo sem rima, você veio, sou poesia.
E hoje? Não tenho mais rima.
A saudade é minha sina.
Ah, aquela menina.
Você veio, você se foi.
Hoje só me resta na memória as lembranças do que eu era antes de nós dois..."

Inserida por wikney

Oh era uma primavera
de folhas de peles selvagens e flores de cobalto
enquanto cadillacs caíam como chuva entre as árvores
encharcando com demência os relvados
e de cada nuvem de imitação
escorriam multidões múltiplas
de sobreviventes de nagasaki desasados

E ao longe perdidas
flutuavam xícaras
repletas com nossas cinzas

Inserida por pensador

Em toda a minha vida jamais deitei com a beleza
confidenciando a mim mesmo
seus encantos exuberantes

Jamais deitei com a beleza em toda a minha vida
e tampouco menti junto a ela
confidenciando a mim mesmo
como a beleza jamais morre
mas jaz afastada
entre os aborígenes
da arte
e paira muito acima dos campos de batalha
do amor

Inserida por pensador