Concreto

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“O concreto muro das ilusões”

Um muro alto,
É tudo o que vejo,
Eu corro, eu grito, eu salto,
Mas só ouço um relampejo.

Que me desperta da tentativa,
Dessa minha vida relativa,
De sufocado desejo,
E sufocante partida.

Desse tempo nauseante,
Querendo resgatar o antes,
Não podendo ir adiante,
Nem vendo qualquer saída.

Muro de três tempos,
Muro de sentimentos.
O esforço que esgota,
É o mesmo que me suporta.

O silêncio gritante,
Que me abate e me motiva,
É um sábio pedante,
Um adulto infante,
E uma dor gradativa.

Para onde quer que eu ande,
O muro se expande,
Junto com essa dor tão grande,
Que não deixa alternativa.

Muro sem fim,
O vazio em mim.
Ninguém ocupa este espaço,
Tão ávido e casto.

Me vejo solitária,
Nessa desgraça tão hilária,
De sofrimento não presumido,
E de amor pressentido.

Amor forte o suficiente,
Para me afastar de muita gente,
Mas que se torna inseguro,
Quando se trata de pular esse muro.

Muro de concreto,
Onde ninguém chega perto.
É todo meu o esforço,
E para quem me despreza eu torço.

Promessas jamais feitas,
Mas tão certas e aceitas,
Deixam minha alma emudecida,
Por que foram esquecidas.

O céu não clareia,
Meus olhos estão cheios de areia.
Por eles descem as lágrimas,
Com meu rancor e minhas lástimas.

Do mais profundo martírio,
Sou despertada por um cheiro de lírio,
Que vem do outro lado,
Daquele muro amaldiçoado.

Minha mente atordoada,
Ouve uma voz entrecortada,
Chamando pelo nome,
Que parece ser de um homem,
Em uma busca emocionada.

Querendo ir ao seu encontro,
Desesperada eu respondo,
Com incessantes batidas,
Que não sei se estão sendo ouvidas.

Meu semblante denuncia o medo,
De ser mais uma vez abandonada,
Não posso desistir nem tão cedo,
De finalmente ser resgatada.

Sem futuro no presente,
Mas com uma vida pela frente,
Tento seguir o caminho,
Onde não tenha que pular sozinha.

Só me resta este corpo,
Que de vida tem um sopro,
Mas preciso derrubar o concreto,
Para que eu possa vê-lo de perto.

Um olhar que não me é estranho,
A beleza ímpar daqueles olhos castanhos.
Uma lembrança intempestiva,
Me faz reconhecer aquela mão estendida.

O impacto do passado,
Tão presente e superado,
Me trouxe o amanhã.
Ao som de “Nem um dia”,
Na voz de Djavan.

Música de infinitos acordes,
Que faz com que desse pesadelo eu acorde,
É meu único apoio,
Para que eu possa novamente olhar no teu olho.

Muro da mesma rota,
Muro que te traz de volta.
Estou caminhando em círculos,
Hora no inferno, hora no paraíso.

De uma profunda reflexão,
Sou sorrateiramente despertada,
Não vejo mais sua mão,
Nem ouço sua voz emocionada.

Muro do arrependimento,
Da incapacidade,
Do nó por dentro.
Muro do orgulho ferido,
Da necessidade,
Do puro perigo.
Não importa quem duvida,
Para pular esse muro darei minha vida.

Um impulso,
Uma sequência,
Esse muro,
A resistência.
Pés e mãos corroídos,
Pelo tempo em que foram esquecidos.

O choque entre o que eu quero,
O que pode ser e o que espero,
A consequência em nada muda,
O querer sair dessa dor profunda.

Liberdade e o teu beijo,
Tudo isso em um só desejo,
Meu coração palpitando,
Enquanto vejo o concreto desabando.

Um forte pensamento,
E um chão cheio de cimento,
Dos escombros sou salva,
E reconheço aquela pele alva.

Tamanho sorriso,
Olhos castanhos dos quais preciso,
Teu beijo sela a vitória,
Nessa felicidade tão provisória,
De caráter indeciso.

Muro destruído,
Objetivo conseguido,
Meu corpo se entrega,
Estou fraca, estou cega,
Meu tempo já foi perdido.

Sinto meus pés do chão se desprendendo,
Sinto minha alma livre, estou morrendo.
Tenho que ir embora,
E não posso ouvir quem por mim chora.

Estou morta para a vida,
E viva para a metamorfose,
Não sou mais um barco a deriva,
Cansei dessa overdose.

Dessa droga que me alucina,
Que me inocenta e que me incrimina,
Que criou aquele muro de dependência,
De desconsolo e de “sub-vivência”.

Onde fui reduzida a lixo,
Absorvida pela minha condição,
E por crer num discurso prolixo,
Assinei minha própria condenação.

Reflexo do inconsciente,
Que insufla o ego e degrada a mente,
O livre arbítrio obrigado,
O som com os ouvidos tapados.

Muro que era de aparência,
Muro que crescia com a sua ausência,
Excesso da droga infinita,
Que rege o mundo e o limita.
Droga que criou esse muro,
Droga que o derrubou,
Só não conhece essa droga,
Quem nunca se apaixonou.

Inserida por natyparreiras

O dia em que o concreto do arquiteto desabou
O que sabes de mim
Se tens meus versos
Mas se a mim, de fato
Nunca tivestes?

O papel, mentiroso de berço
É um inteiro de um amor um terço
Em um terço de hora.

Agora,
O que tenho
Arquiteto?

Apenas um desenho
De resto?

Desenho...
Ou rabisco?

Nos olhos, um cisco
É o que tens,
Arquiteto,
Pois não enxergas além da tua planta
O deserto.

De certo
Do chão estás perto,
Arquiteto,
E minha cabeça no teto,
aqui,
perto.

Enquanto és arquiteto,
Sou “aquiperto”... e tão longe.

Podes construir o que quiseres de frio concreto,
Ergas os prédios com os quais sempre flerta,
Pois enfim, caro Arquiteto,
Terás poema sangrando aberto,
Mas jamais o amor concreto de uma poeta.

Inserida por natyparreiras

Os seres humanos estão se escondendo por trás do concreto e esquecendo do verdadeiro paraíso, que é o mundo natural que Deus nos presenteou. Há muito tempo não tomo um banho de rio ou de mar! Não ouço os sons divinos vindos lá do mato fechado! Estamos nos perdendo num labirinto muitas vezes sem volta! Ficando doentes, estressados, tristes, vazios... e tudo porque esquecemos que a felicidade mora na simplicidade.

Inserida por rosicarmenxavier2014

A

“A” é a primeira letra de quase todo alfabeto,
“A” águia e Aleph isso é algo concreto.
Águia para o povo egípcio,
Aleph o touro para o povo fenício.
Alfa para o grego e “A” para o romano,
Tem poder místico se eu não me engano.
O “A” pode ser “Ô da macia lã,
Ou da preguiça que dá de manhã.
O “A” pode ser “Á” da pessoa má,
O da certeza que ali ele está.
E nosso “A” com a tal da crase,
É para mudar o seu som, ou quase.
“A” é o Lá isso é na melodia
“A” de ampere coisa de energia
“a” é are na medida de terreno
Tem “A” no mar e no céu sereno.
Há tanto “A” que me perco por completo
Amor. Adoro. minha mãe Antonietta,
Ana e Andrea amigas espalhadas pelo planeta
Angelise e Alessandra amiga e irmã
Adílio, Adriano e Adeildo dádivas de Tupã.
Aurélio, meu querido amigo irmão.
Que já me impediu de ir para o chão.
Mas o “A” também é de tristeza,
“A” de adeus e isso é uma dureza...
E o seu “A” é do que?

André Zanarella 17-01-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4703810

Inserida por AndreZanarella

Quando eu falo que amo não é nenhuma ilusão,
nem fantasia nem imaginação.
É real, concreto é puro decreto...
Quando eu digo que amo é porque
realmente estou sendo coerente e ciente
que minhas palavras ditas
são todas reciprocas.

Inserida por VitorMatarazzo

Trago uma argamassa de planos para que meu sonho seja concreto.

Inserida por poetaealua

garoa

São Paulo, florestas de concreto,
pessoas escravas do tempo e perto,
das loucuras, pressas e vetos,
a garoa, insistente, tempo incertos.

Passear por estes vales cinzentos,
de pessoas vivaz e de conhecimentos,
felicidade as vezes, momentos inquietos,
livre o ser com pensamentos abertos.

Sob a terra sobrevivem,
por túneis, dutos, trilhos por si deslizem,
milhões por dia como formigas vivem,
periferias a quem se habitem.

Impossível descrever no ver,
toda essa loucura de sonhos para ter,
um cantinho, barraquinho para viver,
por ti garoa, outras vezes quero te ter.

Inserida por ChristianSantos

Sabe quando aquele pensamento concreto se desfaz? Quando você se rende a um rosto bonito. Isso é a perdição de um homem.

Inserida por Ka120180

...cada verso que me expresso é um universo paralelo todo feito de concreto reformado ao inverso...

Inserida por spidersempresa

Que esses nossos dias nunca sejam esquecidos, sobretudo se virar passado; Pois eles serão o concreto do alicerce daquilo que será construído.

Inserida por elainecristinagalvao

O amor é o concreto de quem é feliz, o abstracto de quem, infelizmente, não o é... e o brinquedo dos restantes!

Inserida por suzipaula

O que há pela frente? Não vejo nada de certo,de concreto,a não ser aescolha que se faz. A angústia é fazê-la,ao sobreviver a multiplicidade de escolhas, o grande passo está dado...

Inserida por KatianaSantiago

a verdade é que de concreto nós só temos o hoje.
A oportunidade de mudar de vida depende da atitude que você tomar "hoje" e não das promessas vazias de final de ano.

Inserida por AnaPaulino

O amor só é verdadeiro quando demonstramos, sem ato concreto não há amor verdadeiro.

Inserida por Alzir

''... Mil acasos me levam a você
No mundo concreto ou virtual
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus...''

Inserida por AnaliceGaspar

Árvores entrelaçadas no concreto
Raízes quase mortas
Eu vi o dia virar noite e as estrelas surgirem no chão

Inserida por ana_carolina_66

“Ainda há sentido na vida de um mateiro urbano, planta no concreto e encanta no abstrato.”

Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

Penso, logo existe!

Ante a inexistência do concreto
Busco na existência do meu ser
Em algum lugar inóspito, desconhecido
Algo que devo explicar,
Mas, que ainda não se pode provar.
Logo, penso, repenso, busco respostas plausíveis
Poetizo, chego até filosofar.
O que para muitos é utópico, pra mim é salutar.
Deus, por exemplo, a ciência não consegue explicar
Mas um artista, com sensibilidade no olhar
Vê Deus, vê vida onde não há.
Uma rosa arrancada, sem essência,
torna se viva na memória de quem a ganhou.
Um abraço, um sorriso, um afago de mãe,
cura uma dor intrínseca;
Uma velha foto no porta retrato arranca suspiros
E as lembranças se afloram...

A afetividade, não há ciência que explique.
Existe vida, onde eu quero que exista,
Num ser vivo pensante ou num ser inerte
Depende da sensibilidade.
Para convencer a ciência e o homem insensato
De que a afetividade é algo real, nato,
Há de se mergulhar num mar de possibilidades,
despido de regras complexas, estudadas,
se entregando a simplicidade que existe
em cada ser animado ou inanimado
Sendo assim, penso, logo, existe!

Por Marta Souza Ramos

Inserida por marta_souza_ramos

Nada é absoluto. Hoje penso que algo é concreto, real; amanhã, já não é mais, daí as crenças se perpetuam e se diferem, deixando minha cabeça confusa. Dizem que a ignorância é uma dádiva, mas não me arrisco a viver nela

Inserida por vitoriawr

⁠Aspiração
Já não quero
O cheiro do betume,
O cinza do concreto,
A estupidez cotidiana
Selada no desespero.
Quero a fuga prá Pasárgada
Ambição dos poetas
Esquizofrênicos da dor.
Já não quero angústias,
Espaços limitados,
Ruídos encalhados,
Mulheres ritmadas.
Quero abismos iluminados,
Aromas selvagens,
Melodias,
Procissões,
Liberdade e campo.
Já não quero
Vozes tépidas
Melodramáticas,
Seios camuflados,
Pânicos programados,
Anti-mundo.
No teatro mundano,
Sonhos aéreos
Quisera querer,
Utopias valiosas vadias.
Livro: Travessia de Gente Grande
Autor: Ademir Hamú

Inserida por AdemirHamu