Marta Souza Ramos

Encontrados 22 pensamentos de Marta Souza Ramos

Liberdade condicionada🌻🌻🌻
Do meio do nada, um temido vírus invisível, vai colocando as coisas lugar;
Destoando outras como uma orquestra desafinada.
A natureza que pedia socorro,
Teve um tempo de trégua;
As pessoas que corriam desesperadas, ficaram em casa, prisioneiras do medo;
Os laços familiares antes rompidos fortaleceram-se pelo convívio diário;
Conversas frente a frente, são canceladas;
A internet que ligavam pessoas solitárias, unem pessoas em salas virtuais;
Sonhos planejados são prorrogados;
A solidariedade torne-se comum;
Suaves perfumes, trocados por álcool em gel;
A pandemia política é disseminada
Causando alvoroço e discórdia;
Até as igrejas, lugar de adoração e encontros fecham as portas, colocando em xeque a fé;
Ruas vazias, comércios paralisados;
A solidão faz companhia às praças e bares. O isolando social é ordem;
Nas escolas, o grito eufórico das crianças torna-se um lugar ultrassilencioso;
Somente uma coisa prevalece em meio ao caos: O amor!
Amor sentido no coração
Sem contatos, nem toque de mãos
E os abraços? - só com o coração.
Aquele abraço que afaga a alma
passa ser expresso com os olhos.
Nunca se falou tão profundamente pelo olhar, já que o sorriso foi vetado por máscaras;
Os idosos foram guardados em uma redoma. Se antes o direito era pouco, agora quase nada;
Os profissionais da saúde se tornaram heróis da resistência,
tentando aplacar a fúria do inimigo oculto. Uma corrida contra o tempo...
Cientistas se desdobraram para encontrar a cura.
Um vírus que colocou em pé de igualdade, dentro de valas comuns, nobres e plebeus.
Vai passar!
E quando tudo isso passar
Que tenhamos aprendido que um abraço cura feridas da alma;
Que um sorriso destampado diz muito;
Que a liberdade é o bem mais precioso da vida;
Que a pandemia ensinou valores, não preços;
Enquanto isso ficaremos de castigo
Esperando que o pai nos tire do cantinho do pensamento!
Por Marta Souza Ramos

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O Semeador de sonhos

Suor frio, que desce quente
Na face aflita do agricultor,
Que olha para o sol ardente
Enquanto adormecida na terra
Repousa inerte, a semente.

A mãe terra tenta ajudar,
Recebendo o orvalho da manhã
Que apesar de o solo refrescar
Não é suficiente, pra fazê-la eclodir
Continua sonolenta a dormitar.

Para quando a chuva chegar,
O agricultor faz até promessas
De parte da produção, doar
Como forma de fé e gratidão
Pela chuva que veio regar.

O agricultor tem pressa.
Logo semeará novos grãos
Sorrindo, segue o semeador
Vislumbrando sonhos reais
Ao ver a produção em flor.

Tem prazer de levar à mesa
Alimentos e muita fartura
Ver enchendo o celeiro
Com primícias da colheita,
Felicidade é seu canteiro.

E num monólogo diz;
“Sou um homem da terra
Que bota a mão no arado
Vou semeando o amor
Não me canso, não me enfado.

Para o agricultor tiro o chapéu
Agradeço e faço oração
Pela garra e perseverança
Mesmo com dificuldades
Semeia com esperança.

Por Marta Souza Ramos

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Essência

Cheiro fétido, perdido. Essência vencida.
Odor apodrecido de uma sociedade corrompida.
Sórdidos seres humanos que vagueiam
à sombra do egocentrismo nato,
A procura do “ter” ao invés do “ser”.
Um ser humano em seda vestido
Mas por dentro paupérrimo,
Miserável, maltrapilho!
Que ostenta pseudo sorriso
Entre frases egoístas, vazias, sem essência.

Por outro lado, tal qual o cheiro suave dos lírios
Esbanja verdade, compaixão, solidariedade.
Seres humanos que sem medir esforços
Praticam o altruísmo, sem egoísmo.
É a essência do “ser” ao invés de “ter”.
Sociedade minoritária que faz o bem, sem olhar a quem.
Essência pura, mesmo diante de uma realidade dura.
Divide o pão, sacia a sede, saem das quatro paredes
Para levar ao necessitado um pouco de alento.

Há de se pensar, de que lado quero estar!
Lembrando que “a planta é voluntária,
Mas a colheita é obrigatória”.
Do ser humano que sou nascerá a essência
Que cheira como a gardênia,
Ou o mau cheiro que exala seu odor!

Por Marta Souza Ramos

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Penso, logo existe!

Ante a inexistência do concreto
Busco na existência do meu ser
Em algum lugar inóspito, desconhecido
Algo que devo explicar,
Mas, que ainda não se pode provar.
Logo, penso, repenso, busco respostas plausíveis
Poetizo, chego até filosofar.
O que para muitos é utópico, pra mim é salutar.
Deus, por exemplo, a ciência não consegue explicar
Mas um artista, com sensibilidade no olhar
Vê Deus, vê vida onde não há.
Uma rosa arrancada, sem essência,
torna se viva na memória de quem a ganhou.
Um abraço, um sorriso, um afago de mãe,
cura uma dor intrínseca;
Uma velha foto no porta retrato arranca suspiros
E as lembranças se afloram...

A afetividade, não há ciência que explique.
Existe vida, onde eu quero que exista,
Num ser vivo pensante ou num ser inerte
Depende da sensibilidade.
Para convencer a ciência e o homem insensato
De que a afetividade é algo real, nato,
Há de se mergulhar num mar de possibilidades,
despido de regras complexas, estudadas,
se entregando a simplicidade que existe
em cada ser animado ou inanimado
Sendo assim, penso, logo, existe!

Por Marta Souza Ramos

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Ser livre é uma questão de atitude, voar com asas da liberdade é o que difere os fracos dos fortes!⁠

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⁠Ao que se refere, a paixão
Há muitas verdades não ditas
Há muitas mentiras camufladas
E omissões, que nada mais são
do que verdades não verbalizadas!

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Para os apaixonados, corações são ícones da felicidade!

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Apaixonar-se é viver um conto de fadas
com castelos, príncipes e tronos,
no mundo ilusório da paixão!

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⁠Há! se toda paixão perdurasse para sempre
certamente o mundo era mais feliz!

⁠Pés descalços ou calçados
são nobres condutores
que tem como missão levar
a caminhos distintos,
histórias distintas!

Viver a poética da vida é para os fortes

que se superam e fazem dos traços,

caminhos norteadores.

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Cada ⁠escolha tem consequências ou bençãos.

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⁠O belo da vida não é viver por viver. É viver cada detalhe entendendo que a vida é única.

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⁠Nem sempre podemos dizer tudo o que pensamos. Há coisas quepodem usar contra nós mesmos.

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No complexo livro chamado vida, não se escreve a lápis,
pois não há borracha que apague o que foi escrito. O máximo que se pode fazer é virar a página.

Inserida por marta_souza_ramos

Do ser humano que sou nascerá a essência que cheira como a gardênia ou o mau cheiro que exala seu odor!

Inserida por marta_souza_ramos

Que nada nem ninguém
diminua seu valor ou apague
o brilho de Deus que existe em você!

Inserida por marta_souza_ramos

Doce goiabeira


Meu doce pé de goiaba
Uma inspiração diária
Todos os dias, te ouço,
Te sinto, te registro!

És cenário para fotos
De pássaros distintos
Que vem buscar em ti
O doce gosto do teu fruto.

És singelo em sua forma
Produz em qualquer canto
És pura determinação!

Meu doce pé de goiaba!
Rego te, com carinho
Como forma de gratidão!
Por Marta Souza Ramos

⁠A voz sensível do poeta,
nos poemas que escreve,
reflete a alma!

Inserida por marta_souza_ramos

Árvore em poesia
Recordo-me com alegria
Quando ainda era criança
Eu tinha uma casa na árvore
Em cima de um pé de amora.
Era uma casa muito engraçada...
Não tinha teto, não tinha quase nada.
Mas tinha muita imaginação.
Não tinha mesa, nem cama
Nem geladeira, nem fogão.
Mas tinha lindas almofadas.
Todas bordadas a mão.
Tinha um tapete de nuvens
Como plumas de algodão.
As cortinas eram de seda
E bailavam com o vento.
Tinha um sabiá laranjeira
Que cantava só pra mim
Tinha flores amarelas
Miosótes e jasmim.
Minha casa na árvore
Meu escritório de fazer “arte”
La eu pintava telas, cantava
Era escritora, poetiza e jornalista...
Sentia-me em um grande palco
As folhas eram plateia
Com tanta imaginação
Nem me sentia sozinha
As ideias fluíam tanto
Que até escrevi um poeminha.
Minha casa na árvore
Que saudade sem fim.
Guardo-te em minúcias
Foi lá que me descobri
Não te esquecerei jamais,
Pois és poesia de mim!
Por Marta Souza
Realmente tive essa casa na árvore.

Inserida por marta_souza_ramos

Menina linda, pele clara
Cabelo ruivo, longo e encaracolado
Ternos olhos cor de mel
Por ti me encantei,
Crisântemo do meu jardim,
És a estrela do meu céu!

Soneto
Sabiá Laranjeira


Vem Sabiá Laranjeira
Cante pra mim uma canção
Seu canto forte, melodioso
Encanta-me, alegra meu coração.


És símbolo do meu Brasil
Onde fez seu ninho permanente
Aqui cantas a paz e o amor
E és dispersor de semente.


Nos pomares busca alimentos,
Livre, saltitando pelo chão
Encontra insetos desatentos.


Faz alvorada com seu gorjear
E serenata ao anoitecer
Pra sua amada conquistar.

Inserida por marta_souza_ramos