Coleção pessoal de I004145959

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⁠Para mim, o capitalismo não é uma teoria; é a prática da natureza humana individualista, egoísta, interesseira, ambiciosa...

O capitalismo é a imagem e semelhança da natureza humana. Por isso, há tanta dificuldade em ajustá-lo. Estamos lutando contra nós mesmos.

Se a maioria das pessoas fosse boa de verdade, a teoria socialista seria predominante.

O capitalismo venceu por atender às nossas necessidades individuais.

O capitalismo se alimenta da alma do ser humano, e o grande desafio realmente é reduzir os efeitos colaterais.

Fico pensando como melhorar um mundo onde parecer bom vale mais do que ser bom.

⁠É estranho ouvir algumas pessoas oriundas de comunidades pobres falarem que são contra as políticas afirmativas porque venceram na vida sem precisar das cotas.

Exceção não deve ser a regra.

Conquistas pessoais não desobrigam o estado brasileiro de reparar as desigualdades sociais e todos os danos causados pelo processo de escravidão ao longo da nossa história.

⁠Vivemos num mar de lamas há mais de 500 anos, e tenho certeza de que essa lameira não foi criada pelo PT, e indubitavelmente não será essa turma que está no poder que fará a limpeza.

Inclusive, penso que esse mar de lamas tende a aumentar, independentemente de quem esteja no poder.

Afinal, o jeitinho brasileiro, baseado na "lei de Gerson" e no slogan "farinha pouca, meu pirão", a ganância dos donos do mundo e da sociedade em geral, não desejam uma mudança efetiva que coloque nosso país definitivamente nos trilhos do progresso.

"Querem que o mar pegue fogo pra comerem peixe frito."

Nem o povo se preocupa com o povo.

Acho, inclusive, que o povo, por falta de opção ou por conveniência, aceitou a política do pão e circo há muito tempo.

Talvez, pela dificuldade em passar pelas portas da inclusão social, que de tão tortuosas, estreitas e fechadas, pouquíssimos têm a coragem e determinação de trilhar por esses caminhos.

E aqueles que decidem seguir por essa estrada tentando um lugar ao sol carregam uma cruz muito grande e pesada durante anos e anos de suas vidas, desestimulando outros a optarem por esse caminho.

Essa lógica faz com que muitos escolham viver o hoje, entregando seu futuro nas mãos de Deus, na Mega-Sena, na possibilidade de tornar-se um jogador ou um cantor famoso...

Aliás, essa filosofia de vida de viver e ser feliz com o que tem talvez seja um dos motivos de tanta inveja por parte da denominada “classe média”.

Presenciar "pobres" felizes, vivendo intensamente o hoje, com TV led, carros, iPhone, viajando de avião, tomando cerveja, assistindo futebol, novela, jogando dominó... Com certeza, tem incomodado muita gente da classe média que culpa o PT e seu programa assistencialista.

Entendem que trabalham muito e pagam altos impostos para bancar escola pública, hospital público, bolsas famílias e outros tantos programas sociais.

Acham que estão sustentando vagabundos e preguiçosos. Um grande equívoco!

Afinal, pessoas preguiçosas e vagabundas podemos encontrar em qualquer classe.

Ressalto que esse sentimento de inveja é inerente à natureza humana desde que o mundo é mundo e independe de classes sociais.

Certamente, existe rico com inveja do colega mais rico, e tem pobre com inveja do vizinho que melhorou de vida.

Dei maior ênfase à classe média uma vez que, nos últimos anos, tenho percebido um crescimento assustador de invejosos nessa classe, principalmente em relação à melhoria de vida dos pobres.

Essas pessoas que se rotulam de classes médias perdem tempo olhando para os pobres e esquecem-se de criticar e cobrar da alta burguesia, dos banqueiros, dos industriários, das construtoras...

É com essa turma que a classe média deve brigar e não com o povo. Lutar para aumentar os impostos sobre os ricos, obrigando-os a transferir suas riquezas.

É triste ver uma sociedade que briga muito por melhorias salariais e muito pouco, ou quase nunca, por melhorias estruturais.

É triste ver uma sociedade que se movimenta apenas quando o sapato aperta no seu pé.

Enfim, não vou ficar aqui ensinando a missa ao padre.

Se as coisas não mudam é porque tem muita gente ganhando.

Perdi a fé nesse mundo onde existe obsolescência programada, indústria bélica fomentando guerras, indústria da fome, indústria do bem, indústria da seca, indústria da mentira (revistas, jornais, televisão...), indústria da criminalidade, máfia da indústria farmacêutica e etc...

Simplesmente, não acredito que possamos mudar essa lógica mundial.

Espero tão somente que um dia todos sejam engolidos pela areia movediça que criaram.

Continuam achando que 90 % dos seres humanos não prestam, quiçá não sejam 99%.

Seres humanos ricos, pobres, negros, brancos, ocidentais, orientais, cristãos, ateus, homens, mulheres, gays.... Defendem suas bandeiras com unhas e dentes.

Seres humanos são ditadores, exploradores, segregadores, falsos, hipócritas, interesseiros, infiéis, egoístas, individualistas, capitalistas, antisocialistas, fascistas, racistas....

Sempre foi assim desde os primeiros registros da história da humanidade.

O ser humano é o câncer do nosso planeta.

⁠Vivemos num mar de lama há mais de 500 anos, e tenho certeza de que essa lameira tende a aumentar se não implantarmos urgentemente nesse país a educação libertadora defendida pelo mestre Paulo Freire.

O jeitinho brasileiro, baseado na "lei de Gerson" e no slogan "farinha pouca, meu pirão primeiro", a ganância dos donos do mundo e da sociedade em geral, não desejam uma mudança efetiva que coloque nosso país definitivamente nos trilhos do progresso.

"Querem que o mar pegue fogo para comerem peixe frito."

⁠De fato, a vítima pouco importa, mas sim o recorte político do fato.

⁠Segundo algumas pessoas, quem é de esquerda comunga das ideias de Rousseau, filósofo que acredita que o homem nasce bom e o sistema o corrompe.

Já quem é de direita segue as ideias de Thomas Hobbes e Maquiavel. Esses filósofos entendem que a natureza do homem é má, sendo necessário ter leis para regular os seres humanos.

De acordo com John Locke, acredita-se que nascemos como uma "tábua rasa", lisa e vazia, e o mundo vai preenchê-la com bondade ou maldade, dependendo do meio.

Eu acredito que alguns podem nascer bons, outros podem nascer maus, e para alguns, dependerá do ambiente. Cada caso é um caso. Não existe uma verdade absoluta ou fechada.

⁠Basta os lucros das grandes empresas diminuírem um pouco nos últimos anos, para a palavra "crise" voltar à tona.

Como sempre, os donos do mundo utilizam a mídia para propagar crises com o intuito de justificar demissões em massa Brasil afora.

Na verdade, a maioria dos brasileiros já nasce mergulhada em crises, face às condições precárias às quais são obrigados a conviver ao longo de suas vidas. Raramente conseguem respirar tranquilos.

A vida é a própria crise.

⁠Teoria por si só não determina a realidade.

Concordo que, na teoria, a roupa não define caráter, mas, enquanto na realidade ao meu redor a roupa definir caráter, serei a favor da descrição e prevenção.

Concordo que, na teoria, o corpo é da mulher, mas, enquanto na realidade ao meu redor esse fato for desprezado, serei a favor da prevenção e descrição.

Ser a favor da prevenção, evitando o comportamento de risco como medida de proteção à mulher, baseado na "vida como ela é", é ser realista. Ser a favor da culpabilização da vítima por "não ter evitado" é ser machista.

⁠Vivemos numa guerra civil entre policiais e bandidos, onde muitas vezes são pessoas oriundas do mesmo extrato social, amigos de infância que, por ironia do destino, estão lutando em lados opostos.

É deprimente esse cenário onde pisam-se, corrompem-se, prostituem-se, drogam-se, matam-se uns aos outros e todos que atravessam no caminho.

Enquanto os maiores culpados dessa realidade caótica desfrutam de um bom vinho bem distantes desse ninho.

⁠Da escravidão do trabalho doméstico para a escravidão do mercado capitalista.

⁠⁠Às vezes, no início, no meio ou ao longo do caminho de nossas vidas, torna-se necessário aumentar o peso e o tamanho da cruz que carregamos, para que, no final, possamos reduzi-la.

⁠O mais certo, quando não querem a gente por perto, é sair de perto.

⁠Na sociedade atual, não é o bem que fazemos que prevalece, mas os bens que temos.

⁠Para alguns, aos 50, 60, 70 ou 80 anos de idade, ainda é hora de trabalhar, estudar, semear, plantar, reinventar...

Para mim, é hora de descansar, viajar, passear, aproveitar, lograr...

⁠Em vida, constantemente ignorado, desprezado, criticado...

Em morte, eternamente elogiado, celebrado, adorado...

⁠O pior de renunciar nossas ideias em prol das ideias dos outros. É depois ouvir deles que nunca temos ideias.

⁠Acho louvável a tentativa da linguagem inclusiva em acolher a todos, todas e todes.

No entanto, não consigo enxergar efeitos práticos, especialmente na periferia, onde o povo luta diariamente por um prato de comida.

Até o presente momento, percebo a linguagem inclusiva impactando, em termos práticos, uma parte exclusiva da classe média brasileira.

Na base da pirâmide social, essas pautas parecem inócuas e sem significado no contexto de extrema pobreza em que vivem.

⁠Sentia-se oprimido, deprimido e preterido; buscou abrigo na casa do amigo, onde foi muito bem acolhido.

No entanto, bastou um alô do opressor para trocar o ombro amigo pelos braços do inimigo. É isso!

⁠A publicidade quer capitalistas alegres vendendo "felicidade" para a plebe.

A publicidade afirma que todos nós somos empreendedores e que a escravidão moderna não é verdadeira.

A publicidade promove a ideia de que a terceira idade é a melhor idade, e que trabalhar não tem limite de idade.

A publicidade vende a ideia da felicidade no "aqui e agora", sugerindo que temos liberdade para consumir tudo o que desejamos.

Que Deus nos dê sabedoria e serenidade para não cairmos nas garras da publicidade.

⁠Às vezes, faz-se necessário concordar com o que é dito, mesmo sabendo que, no fundo, não é nada daquilo.