Coleção pessoal de I004145959

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⁠⁠De vez em quando, é bom a gente se olhar no espelho para reconhecer e entender que muitas vezes o que cobramos em demasia nos outros também habita em nós e, dessa forma, sermos menos intolerantes.

⁠Infinitos defeitos de um não eliminam os defeitos do outro.

⁠Se anular, concordando e dizendo amém o tempo todo, não é garantia de que vamos ficar com alguém para sempre.

⁠O fato de questionarem determinadas atitudes suas não significa necessariamente que acham você uma pessoa ruim.

Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Não confunda alhos com bugalhos.

⁠⁠O movimento antivacina no Brasil tem um viés muito mais de negacionismo político do que de negacionismo científico.

A maioria esmagadora de seus defensores já tomou outros tipos de vacina por conta própria, o que torna uma contradição autodenominarem-se "antivacina".

⁠⁠Neste país, nem o povo se preocupa com o povo.

⁠⁠Prevenção diária, campanhas passam, suicídios não.

⁠⁠Vivemos numa guerra civil onde policiais e bandidos, oriundos do mesmo extrato social, lutam nas derradeiras brincadeiras de "polícia e ladrão" de suas vidas.

⁠⁠Nessa nação, não existe lei afirmativa que resista à ação dos oportunistas de plantão.

⁠Penso que, para diminuir a violência contra a mulher, é preciso, antes de tudo, educar o ser humano desde a infância até a idade adulta de forma permanente e contínua, visando formar verdadeiros cidadãos.

Criar leis e dar voz às mulheres sem atacar a "causa maior" não é o suficiente para reduzir o feminicídio.

Precisamos falar a mesma língua em todas as esferas da sociedade, visando dar um basta nessa situação.

⁠⁠O fato de ter se popularizado por causa da internet não faz do artista mais ou menos talentoso.

Entretanto, a dispersão da internet acaba criando um buraco enorme, onde muita gente boa se perde.

Num país carente de senso crítico como o nosso, a seleção feita por quantidade de visualização compromete a qualidade da produção artística vigente.

⁠⁠Tanto na mídia tradicional quanto na digital, presenciamos a instrumentalização dos problemas sociais, como machismo, racismo, sexismo, misoginia, homofobia... com o objetivo exclusivo de gerar lucro, sem qualquer pretensão em solucioná-los.

Por isso, é fundamental fazer um filtro antes de dar likes, compartilhar, comentar, opinar... Notícias plantadas propositalmente apenas para monetizar as plataformas digitais atrapalham muito mais do que ajudam na luta das minorias sociais.

⁠No Brasil, a intensidade do racismo é diretamente proporcional às diferentes tonalidades da pele negra.

Quanto mais escura é a cor, maior é a dor.

⁠⁠Prejulgar é inevitável; externar, não.

⁠⁠Racismo reverso não existe.

Dentro do campo sociológico e histórico, o racismo ocorre contra a classe historicamente oprimida e nunca contra a classe que sempre foi dominante e opressora.

Assim, não é possível falar em racismo inverso (negro contra branco), uma vez que não houve até então subjugação, escravização e marginalização dos povos brancos no Brasil. Ou seja, aqui neste país, nunca houve escravidão reversa, nem imposição de valores culturais e religiosos dos povos africanos ao homem branco.

Enfim, um negro ofendendo um branco:

- Sua branca encardida!
- Seu branco Parmalat!
- Seu branquelo azedo!

Quando uma pessoa branca sofre esse tipo de agressão verbal relacionada à sua cor, ela não pode dizer que sofreu racismo reverso, porque o racismo é única e exclusivamente direcionado à pessoa negra.

A pessoa branca, nesse caso, sofreu um preconceito, uma discriminação ou uma injúria racial que está relacionada a ofensas contra a honra da vítima.

Esses tipos de ofensas de negro para negro ou de negro para branco entendo que trata-se de Injúria racial e preconceito.

Dentro do contexto brasileiro, racismo ocorre quando é de branco para negro.

Acreditar que existe racismo reverso, ou seja, de negro contra branco, é como acreditar que existe nazismo reverso, ou seja, de judeu contra alemão.

⁠⁠Os seres humanos, em geral, desejam um mundo melhor para si, nunca para o irmão. São movidos mais pela ambição do que pela cooperação.

Apenas uma pequena porção age pelo coração: seres iluminados, que merecem consideração e admiração.

Infelizmente, são considerados fora do padrão por uma sociedade cheia de razão.

Pessoas que agem pelo coração são incapazes de liderar uma revolução. Diferentes do vilão, jamais matarão em nome de uma nação, religião ou convicção.

Não acho uma luta em vão daqueles que agem com o coração. Porém, acho difícil acreditar numa flor vencendo canhão; são apenas versos de uma canção.

Nesta nação, é comum o cidadão pregar comunhão enquanto rouba nossa fração.

Preste muita atenção para não virar objeto de manipulação.

⁠Desabafo sobre o capitalismo.

Nesse sistema, o principal lema é: Aumentar a lucratividade com a continuidade dos problemas.

Num passe de mágica, fatos, eventos, campanhas, celebridades, músicas... Aparecem e saem de cena numa velocidade espantosa. Tudo vira matéria-prima para o mercado publicitário, alimentando as pautas de jornais, revistas e mídias em geral, sem que haja preocupação com o objeto em si.

Nada é feito para consertar, tudo é feito para trocar.

Nada é feito para curar, tudo é feito para medicar.

Nada é para durar, tudo é feito para lucrar.

Nada é feito para combater, tudo é feito para permanecer.

Para o capitalismo, tanto faz a solidez ou liquidez dos tempos.

Sempre será sua vez.

No sistema capitalista, pobreza, fome, doenças, violência, desigualdades, inseguranças, injustiças, impunidades, preconceitos, intolerâncias e outros males da sociedade devem continuar para o sistema lucrar.

Essa é a lógica do capitalismo ultra selvagem, que cada vez mais se apoia no egoísmo, materialismo, consumismo, imperialismo, racismo e individualismo dos seres humanos.

O capitalismo está para o homem assim como o homem está para o capitalismo.

⁠Onde está a crise da música brasileira?

“Há uma crise na produção musical, mas isso não é culpa da gravadora. É uma crise de criatividade.” (Alexandre Schiavo).

Muitos alegam que a falta de criatividade do músico brasileiro. Penso que, na verdade, o que falta é oportunidade para música de boa qualidade.

Acredito que a indústria fonográfica, ávida por lucros, prefere buscar uma produção barata e de rendimento fácil na internet, através dos campeões de acessos do canal YouTube.

Porém, passados meses, aquele novo hit já não é mais o top 1 das paradas musicais, dando lugar a outro que ficará alguns meses também.

Nesse círculo vicioso, vence a música que atinge mais visualizações em detrimento daquela de melhor qualidade.

Claro, isso não significa que o fato de ter se popularizado por causa da internet faz do artista mais ou menos talentoso. Afinal, apesar de poucas, existem bandas nascidas na internet com grande conceito crítico.

Entretanto, com a dispersão inerente à internet, acaba criando um buraco enorme, onde muita gente boa se perde.

A seleção sendo feita por número de visualizações, num país carente de senso crítico, vencerá "Quadradinho de oito" e o "funk LecLecLec," por exemplo.

Fico pensando: o que seria de Chico Buarque, Raul Seixas, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Renato Russo, Noel Rosa, Djavan, Guilherme Arantes, Milton Nascimento e outros grandes representantes da boa música brasileira se tivessem iniciado suas carreiras nos dias atuais?

Acho que todos estariam no ostracismo, passando fome, teriam que procurar outra forma de ganhar dinheiro.

Por fim, acredito que não há crise de criatividade, e sim falta de oportunidade.

⁠A esquerda brasileira precisa aprender a falar com a periferia e com a pequena burguesia.

Uni-los, deixando claro que as políticas afirmativas foram criadas para reparar e não separar.

Escravos sem unidade não mudam a sociedade.

⁠Era dos excessos

Nos tempos ditos pós-modernos, presenciamos:

- Narcisismo exacerbado
- Excesso de informações
- Excesso de exibicionismo
- Excesso de vaidade
- Excesso de ostentação
- Excesso de consumismo
- Excesso de individualismo
- Excesso de materialismo
- Excesso de liberdade
- Excesso de violência

Uma era de extremos.

Esse cenário contribuiu para o aumento da ansiedade, depressão e transtornos mentais na população, e, em contrapartida, aumentou o consumo de antidepressivos e drogas, além do crescente número de suicídios.

Infelizmente, nunca conseguimos um equilíbrio. Houve repressão demais no passado, e agora temos liberdade excessiva.

Se no passado tínhamos referências dos pais, dos professores, das autoridades e de Deus.

Hoje não temos ninguém que nos dê um norte e que nos mostre os caminhos. Estamos perdidos num mundo de incertezas.

Os valores sólidos, como amor, amizade, empatia, respeito, sinceridade, foram derretidos e transformados em líquidos que fogem em nossas mãos.

A educação familiar, escolar e da sociedade organizada são imprescindíveis para construir um mundo melhor.

Apesar do mundo ser diferente comparado às décadas passadas, a educação continua sendo a base de tudo.

A educação é o melhor caminho para construir um mundo melhor para todos.