Coleção pessoal de I004145959

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⁠⁠Os seres humanos, em geral, desejam um mundo melhor para si, nunca para o irmão. São movidos mais pela ambição do que pela cooperação.

Apenas uma pequena porção age pelo coração: seres iluminados, que merecem consideração e admiração.

Infelizmente, são considerados fora do padrão por uma sociedade cheia de razão.

Pessoas que agem pelo coração são incapazes de liderar uma revolução. Diferentes do vilão, jamais matarão em nome de uma nação, religião ou convicção.

Não acho uma luta em vão daqueles que agem com o coração. Porém, acho difícil acreditar numa flor vencendo canhão; são apenas versos de uma canção.

Nesta nação, é comum o cidadão pregar comunhão enquanto rouba nossa fração.

Preste muita atenção para não virar objeto de manipulação.

⁠Desabafo sobre o capitalismo.

Nesse sistema, o principal lema é: Aumentar a lucratividade com a continuidade dos problemas.

Num passe de mágica, fatos, eventos, campanhas, celebridades, músicas... Aparecem e saem de cena numa velocidade espantosa. Tudo vira matéria-prima para o mercado publicitário, alimentando as pautas de jornais, revistas e mídias em geral, sem que haja preocupação com o objeto em si.

Nada é feito para consertar, tudo é feito para trocar.

Nada é feito para curar, tudo é feito para medicar.

Nada é para durar, tudo é feito para lucrar.

Nada é feito para combater, tudo é feito para permanecer.

Para o capitalismo, tanto faz a solidez ou liquidez dos tempos.

Sempre será sua vez.

No sistema capitalista, pobreza, fome, doenças, violência, desigualdades, inseguranças, injustiças, impunidades, preconceitos, intolerâncias e outros males da sociedade devem continuar para o sistema lucrar.

Essa é a lógica do capitalismo ultra selvagem, que cada vez mais se apoia no egoísmo, materialismo, consumismo, imperialismo, racismo e individualismo dos seres humanos.

O capitalismo está para o homem assim como o homem está para o capitalismo.

⁠Onde está a crise da música brasileira?

“Há uma crise na produção musical, mas isso não é culpa da gravadora. É uma crise de criatividade.” (Alexandre Schiavo).

Muitos alegam que a falta de criatividade do músico brasileiro. Penso que, na verdade, o que falta é oportunidade para música de boa qualidade.

Acredito que a indústria fonográfica, ávida por lucros, prefere buscar uma produção barata e de rendimento fácil na internet, através dos campeões de acessos do canal YouTube.

Porém, passados meses, aquele novo hit já não é mais o top 1 das paradas musicais, dando lugar a outro que ficará alguns meses também.

Nesse círculo vicioso, vence a música que atinge mais visualizações em detrimento daquela de melhor qualidade.

Claro, isso não significa que o fato de ter se popularizado por causa da internet faz do artista mais ou menos talentoso. Afinal, apesar de poucas, existem bandas nascidas na internet com grande conceito crítico.

Entretanto, com a dispersão inerente à internet, acaba criando um buraco enorme, onde muita gente boa se perde.

A seleção sendo feita por número de visualizações, num país carente de senso crítico, vencerá "Quadradinho de oito" e o "funk LecLecLec," por exemplo.

Fico pensando: o que seria de Chico Buarque, Raul Seixas, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Renato Russo, Noel Rosa, Djavan, Guilherme Arantes, Milton Nascimento e outros grandes representantes da boa música brasileira se tivessem iniciado suas carreiras nos dias atuais?

Acho que todos estariam no ostracismo, passando fome, teriam que procurar outra forma de ganhar dinheiro.

Por fim, acredito que não há crise de criatividade, e sim falta de oportunidade.

⁠A esquerda brasileira precisa aprender a falar com a periferia e com a pequena burguesia.

Uni-los, deixando claro que as políticas afirmativas foram criadas para reparar e não separar.

Escravos sem unidade não mudam a sociedade.

⁠Era dos excessos

Nos tempos ditos pós-modernos, presenciamos:

- Narcisismo exacerbado
- Excesso de informações
- Excesso de exibicionismo
- Excesso de vaidade
- Excesso de ostentação
- Excesso de consumismo
- Excesso de individualismo
- Excesso de materialismo
- Excesso de liberdade
- Excesso de violência

Uma era de extremos.

Esse cenário contribuiu para o aumento da ansiedade, depressão e transtornos mentais na população, e, em contrapartida, aumentou o consumo de antidepressivos e drogas, além do crescente número de suicídios.

Infelizmente, nunca conseguimos um equilíbrio. Houve repressão demais no passado, e agora temos liberdade excessiva.

Se no passado tínhamos referências dos pais, dos professores, das autoridades e de Deus.

Hoje não temos ninguém que nos dê um norte e que nos mostre os caminhos. Estamos perdidos num mundo de incertezas.

Os valores sólidos, como amor, amizade, empatia, respeito, sinceridade, foram derretidos e transformados em líquidos que fogem em nossas mãos.

A educação familiar, escolar e da sociedade organizada são imprescindíveis para construir um mundo melhor.

Apesar do mundo ser diferente comparado às décadas passadas, a educação continua sendo a base de tudo.

A educação é o melhor caminho para construir um mundo melhor para todos.

⁠Para mim, o capitalismo não é uma teoria; é a prática da natureza humana individualista, egoísta, interesseira, ambiciosa...

O capitalismo é a imagem e semelhança da natureza humana. Por isso, há tanta dificuldade em ajustá-lo. Estamos lutando contra nós mesmos.

Se a maioria das pessoas fosse boa de verdade, a teoria socialista seria predominante.

O capitalismo venceu por atender às nossas necessidades individuais.

O capitalismo se alimenta da alma do ser humano, e o grande desafio realmente é reduzir os efeitos colaterais.

Fico pensando como melhorar um mundo onde parecer bom vale mais do que ser bom.

⁠É estranho ouvir algumas pessoas oriundas de comunidades pobres falarem que são contra as políticas afirmativas porque venceram na vida sem precisar das cotas.

Exceção não deve ser a regra.

Conquistas pessoais não desobrigam o estado brasileiro de reparar as desigualdades sociais e todos os danos causados pelo processo de escravidão ao longo da nossa história.

⁠Vivemos num mar de lamas há mais de 500 anos, e tenho certeza de que essa lameira não foi criada pelo PT, e indubitavelmente não será essa turma que está no poder que fará a limpeza.

Inclusive, penso que esse mar de lamas tende a aumentar, independentemente de quem esteja no poder.

Afinal, o jeitinho brasileiro, baseado na "lei de Gerson" e no slogan "farinha pouca, meu pirão", a ganância dos donos do mundo e da sociedade em geral, não desejam uma mudança efetiva que coloque nosso país definitivamente nos trilhos do progresso.

"Querem que o mar pegue fogo pra comerem peixe frito."

Nem o povo se preocupa com o povo.

Acho, inclusive, que o povo, por falta de opção ou por conveniência, aceitou a política do pão e circo há muito tempo.

Talvez, pela dificuldade em passar pelas portas da inclusão social, que de tão tortuosas, estreitas e fechadas, pouquíssimos têm a coragem e determinação de trilhar por esses caminhos.

E aqueles que decidem seguir por essa estrada tentando um lugar ao sol carregam uma cruz muito grande e pesada durante anos e anos de suas vidas, desestimulando outros a optarem por esse caminho.

Essa lógica faz com que muitos escolham viver o hoje, entregando seu futuro nas mãos de Deus, na Mega-Sena, na possibilidade de tornar-se um jogador ou um cantor famoso...

Aliás, essa filosofia de vida de viver e ser feliz com o que tem talvez seja um dos motivos de tanta inveja por parte da denominada “classe média”.

Presenciar "pobres" felizes, vivendo intensamente o hoje, com TV led, carros, iPhone, viajando de avião, tomando cerveja, assistindo futebol, novela, jogando dominó... Com certeza, tem incomodado muita gente da classe média que culpa o PT e seu programa assistencialista.

Entendem que trabalham muito e pagam altos impostos para bancar escola pública, hospital público, bolsas famílias e outros tantos programas sociais.

Acham que estão sustentando vagabundos e preguiçosos. Um grande equívoco!

Afinal, pessoas preguiçosas e vagabundas podemos encontrar em qualquer classe.

Ressalto que esse sentimento de inveja é inerente à natureza humana desde que o mundo é mundo e independe de classes sociais.

Certamente, existe rico com inveja do colega mais rico, e tem pobre com inveja do vizinho que melhorou de vida.

Dei maior ênfase à classe média uma vez que, nos últimos anos, tenho percebido um crescimento assustador de invejosos nessa classe, principalmente em relação à melhoria de vida dos pobres.

Essas pessoas que se rotulam de classes médias perdem tempo olhando para os pobres e esquecem-se de criticar e cobrar da alta burguesia, dos banqueiros, dos industriários, das construtoras...

É com essa turma que a classe média deve brigar e não com o povo. Lutar para aumentar os impostos sobre os ricos, obrigando-os a transferir suas riquezas.

É triste ver uma sociedade que briga muito por melhorias salariais e muito pouco, ou quase nunca, por melhorias estruturais.

É triste ver uma sociedade que se movimenta apenas quando o sapato aperta no seu pé.

Enfim, não vou ficar aqui ensinando a missa ao padre.

Se as coisas não mudam é porque tem muita gente ganhando.

Perdi a fé nesse mundo onde existe obsolescência programada, indústria bélica fomentando guerras, indústria da fome, indústria do bem, indústria da seca, indústria da mentira (revistas, jornais, televisão...), indústria da criminalidade, máfia da indústria farmacêutica e etc...

Simplesmente, não acredito que possamos mudar essa lógica mundial.

Espero tão somente que um dia todos sejam engolidos pela areia movediça que criaram.

Continuam achando que 90 % dos seres humanos não prestam, quiçá não sejam 99%.

Seres humanos ricos, pobres, negros, brancos, ocidentais, orientais, cristãos, ateus, homens, mulheres, gays.... Defendem suas bandeiras com unhas e dentes.

Seres humanos são ditadores, exploradores, segregadores, falsos, hipócritas, interesseiros, infiéis, egoístas, individualistas, capitalistas, antisocialistas, fascistas, racistas....

Sempre foi assim desde os primeiros registros da história da humanidade.

O ser humano é o câncer do nosso planeta.

⁠Vivemos num mar de lama há mais de 500 anos, e tenho certeza de que essa lameira tende a aumentar se não implantarmos urgentemente nesse país a educação libertadora defendida pelo mestre Paulo Freire.

O jeitinho brasileiro, baseado na "lei de Gerson" e no slogan "farinha pouca, meu pirão primeiro", a ganância dos donos do mundo e da sociedade em geral, não desejam uma mudança efetiva que coloque nosso país definitivamente nos trilhos do progresso.

"Querem que o mar pegue fogo para comerem peixe frito."

⁠De fato, a vítima pouco importa, mas sim o recorte político do fato.

⁠Segundo algumas pessoas, quem é de esquerda comunga das ideias de Rousseau, filósofo que acredita que o homem nasce bom e o sistema o corrompe.

Já quem é de direita segue as ideias de Thomas Hobbes e Maquiavel. Esses filósofos entendem que a natureza do homem é má, sendo necessário ter leis para regular os seres humanos.

De acordo com John Locke, acredita-se que nascemos como uma "tábua rasa", lisa e vazia, e o mundo vai preenchê-la com bondade ou maldade, dependendo do meio.

Eu acredito que alguns podem nascer bons, outros podem nascer maus, e para alguns, dependerá do ambiente. Cada caso é um caso. Não existe uma verdade absoluta ou fechada.

⁠Basta os lucros das grandes empresas diminuírem um pouco nos últimos anos, para a palavra "crise" voltar à tona.

Como sempre, os donos do mundo utilizam a mídia para propagar crises com o intuito de justificar demissões em massa Brasil afora.

Na verdade, a maioria dos brasileiros já nasce mergulhada em crises, face às condições precárias às quais são obrigados a conviver ao longo de suas vidas. Raramente conseguem respirar tranquilos.

A vida é a própria crise.

⁠Teoria por si só não determina a realidade.

Concordo que, na teoria, a roupa não define caráter, mas, enquanto na realidade ao meu redor a roupa definir caráter, serei a favor da descrição e prevenção.

Concordo que, na teoria, o corpo é da mulher, mas, enquanto na realidade ao meu redor esse fato for desprezado, serei a favor da prevenção e descrição.

Ser a favor da prevenção, evitando o comportamento de risco como medida de proteção à mulher, baseado na "vida como ela é", é ser realista. Ser a favor da culpabilização da vítima por "não ter evitado" é ser machista.

⁠Vivemos numa guerra civil entre policiais e bandidos, onde muitas vezes são pessoas oriundas do mesmo extrato social, amigos de infância que, por ironia do destino, estão lutando em lados opostos.

É deprimente esse cenário onde pisam-se, corrompem-se, prostituem-se, drogam-se, matam-se uns aos outros e todos que atravessam no caminho.

Enquanto os maiores culpados dessa realidade caótica desfrutam de um bom vinho bem distantes desse ninho.

⁠Da escravidão do trabalho doméstico para a escravidão do mercado capitalista.

⁠⁠Às vezes, no início, no meio ou ao longo do caminho de nossas vidas, torna-se necessário aumentar o peso e o tamanho da cruz que carregamos, para que, no final, possamos reduzi-la.

⁠O mais certo, quando não querem a gente por perto, é sair de perto.

⁠Na sociedade atual, não é o bem que fazemos que prevalece, mas os bens que temos.

⁠Para alguns, aos 50, 60, 70 ou 80 anos de idade, ainda é hora de trabalhar, estudar, semear, plantar, reinventar...

Para mim, é hora de descansar, viajar, passear, aproveitar, lograr...

⁠Em vida, constantemente ignorado, desprezado, criticado...

Em morte, eternamente elogiado, celebrado, adorado...