Coleção pessoal de eriecsoulz

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Tudo começa com o desejo. O desejo de prosperar, vencer, ser feliz. O desejo de alcançar a paz, a verdadeira paz. Carregamos a vida inteira uma lista extensa de desejos. Desejos estes muitas vezes nunca realizados, sem que sequer dedicássemos a eles o mínimo de atenção, porquê? A percepção que temos de nós mesmos nos leva a acreditar na fictícia incapacidade. Somos seres humanos e não vivemos em bolhas, que nos isolam de tudo e todos, para que tudo dependa de unicamente de nós. Somos influenciados pelos outros, por situações diárias, por emoções, temos oscilações de humor, autoestima, crenças, temos dúvida, temos medo. MEDO. ME-DO. M-E-D-O. Uma criatura, poderosa, que nos bloqueia, nos recua e nos coloca a prova. Será que somos capazes de assumir as consequências sem amontoar a culpa nos ombros dos outros? Veja bem, o conceito da bolha existe, somos influenciados mas, ainda assim, o que fazer com isso depende unicamente de nós. Então engula sua culpa, engula seu fracasso, semeie seu desejo, regue sua força, aperfeiçoe sua luta, fomente sua fé e colha sua vitória.

Já venci muitas barreiras nesta vida
Aprendi chorar, sorrir, falar, andar e me alimentar
Aprendi andar de bicicleta, desenhar e colorir
Aprendi várias brincadeiras e jogos
Aprendi ler, escrever, somar, subtrair e dividir
Aprendi a tabuada...
Aprendi interpretar. Tudo tem uma história, de onde vem e para onde vai
Aprendi a sonhar
Aprendi cozinhar, lavar e passar... Mais ou menos, mais ou menos
Aprendi dirigir, trabalhar e morar sozinho
Aprendi conversar, me importar e deixar pra lá
Aprendi como entender pessoas, situações e fenômenos
Aprendi a ganhar e a perder
Aprendi amar e odiar
Aprendi como se aprende
Porque agora, não aprenderia a ser feliz com tudo que já tenho?

Se você pretende usar gravatas, aprenda a dar o nó. O melhor nó. Você não vai ficar esperando que alguém o faça, certo? Escolha suas próprias cores, texturas e tecidos. Escolha dentre as clássicas, sofisticadas ou aquelas mais inovadoras. Por que não, ser uma de cada? Sim, sem medo. Ainda que prefira o básico entre preto e branco, há uma infinidade de cinzas. Atue, represente, viva, surpreenda. Despreocupe-se. Seja você. O que tem que ser é, e ponto.

Limpe seu céu e projete nele cenários maravilhosos, pois no quadro da vida quem desenha é você!

Já calei muitas bocas que me subestimaram e calarei ainda, muitas mais. Abrirei também, vários olhos de espanto ao saberem o quão longe eu cheguei.

Amada Mãe

Você não precisa de toda essa maquiagem
Todo esse perfume
E todas essas joias
Você não precisa de 1kg a menos
Esconder os fios brancos
Muito menos esconder seu sorriso.
Você não precisa de tudo isso.
Você é linda como por nove meses imaginei
Nem te digo como esperei
Para em seus braços me aconchegar
Você é um ser humano abençoado
Você é vida que gera vida
Você é mãe
É amor.

A última lágrima.

Escuro e frio
Vazio sem refil
Nem sequer pegou minha mão
E foi embora
Levou minh'alma
E atirou-a em noites de estrelas sem fim
Vadiando pelos caminhos errados
Onde tudo
Tudo vira nada!
Eu era
E não sou mais
Aquilo que era antes
Se arrepende
Ajoelha e chora
Espera
Agora demora
Oh Sol me trouxe aurora
Em seus raios me aqueceu
A última lágrima e vou voar
Minh'alma reencontrar.

Abri a janela com tanta força, como se fosse arrancá-la da parede. Eu estava sendo esmagado. Segurei firme com ambas as mãos no parapeito e me lancei de cabeça em busca de oxigênio. Meio dentro e meio fora, entre cortinas, novamente com tamanha garra, finalmente enchi meus pulmões e com um berro digno de todos aqueles estilhaços, coloquei tudo para fora. Meus dedos se encravaram nos tijolos, a pressão sanguínea se intensificou, fazendo com minhas veias se exacerbassem, principalmente as do rosto e pescoço. Dei um basta. Havia muita história desnecessária perambulando pelo labirinto da minha memória. Já era hora de tomar uma iniciativa e começar a reescreve-las.

Andei pelo mundo buscando algo que nem sequer sabia o que era. Conheci muitas pessoas, muitos lugares, muitas histórias, mas nada preenchia o vazio que existia dentro de mim. As árvores estavam secas, os dias eram frios e escuros, minha mochila, antes cheia de desejos, sonhos e esperança, já não era mais tão leve. Certo dia, ao cair da chuva, me abriguei embaixo do teto velho de um galpão e fiquei horas assistindo a paisagem ser regada com a água vinda do céu. Peguei meu caderno de notas e desenhos com o intuito de desenhar aquela paisagem, antes disso, dei uma breve folheada pelas páginas e notei que já havia muitas paisagens ali, todas pintadas com apenas duas cores, preto e o branco. Incomodado, enfiei a mão no fundo da mochila, onde sabia que meus lápis ficavam e, para minha surpresa, havia uma aquarela inteira lá dentro, e eu, persistindo no preto e branco. Folheei o caderno novamente. Segurei firme desta vez, com olhos de tristeza. Tive vontade de deixa-lo ali, mas não, aquilo era parte de mim. As lágrimas me inundaram os olhos mas não deixei que caíssem. Decidi que a partir dali, escreveria minha história com um pouco mais de cor.

Meu singelo vício de apagar tudo e recomeçar. De volta ao ponto de partida. Zero a zero. Tudo novo de novo e esse novo que nunca termina, que nunca me deixa. Eu só quero ser coerente, mas minha inconstância é tremendamente gigantesca. Até ontem eu queria ser lembrado, ser revolucionário, fonte de inspiração e tudo que eu quero hoje é desaparecer, apagar os rastros, diluir a imagem, rabiscar quaisquer palavras um dia escritas por aí. De repente, uma interrogação instiga muito mais que uma exclamação.

Presente do Destino

Um anjo lindo
Que me trouxe a felicidade
Puro como o raio do Sol
E o azul do céu
É o que vejo em seus olhos
Um encanto, um menino
O presente do destino
O carregarei
Até que suas asas se curem
Te guiarei
Pois seus sonhos
São meus sonhos
E não há nada nessa vida
Que de ti vai me afastar
Você veio
Pra preencher a solidão
Fazendo mais feliz
Acabou a ilusão
Esta canção que estou escrevendo
É o plano de Deus pra mim
E agora eu entendo...

De repente, a vida exige mais. As atitudes de ontem, hoje já não são mais aceitáveis. A responsabilidade, a dependência antes designada a alguém, passa a ser inteiramente sua e, mais que isso, agora alguém também as destina a você. É preciso assumi-las. "Dar-a-cara-a-tapa", prepare-se, já tem muita mão engatilhada para fazer isso. Você vai ter que suportar e levar consigo estes adendos. É uma fase. Só uma fase. Fase de crescimento. Vai passar. Você vai se acostumar. Vai ter que se acostumar.

Muitas pessoas preferem seguir um caminho insatisfatório para si, abrem mão de sua própria liberdade apenas para não ser autor de árduas decisões, em contrapartida, rogam reconhecimento por tais responsabilidades, na verdade nunca assumidas.

A thousand words in your tea

Sente-se
Tome um chá
Sem pressa
Já logo aviso
Está quente
E não vai esfriar
Espero que goste
Muitos amam
Outros odeiam
Mas é assim
Ardente
Do começo ao fim
Nos intervalos
Mil palavras
Vamos mergulhar
As horas vão passando
Os minutos se escorando
Os segundos se acabando
E então?
As chamas estão acesas
Vamos
Tome o chá.

- Shiiiiiiiu! Óbviamente não estamos aqui pra brincadeira.
- Talvez isso tudo não devesse passar de uma enorme diversão.
- Você é rículo.
- E você muito careta. Leva tudo muito a sério. Vive aí estressado com a "correria" dos dias.
- Pelo menos cumpro com minhas obrigações, não vivo a mercê, fazendo vista grossa, deixando tudo pra lá. "Ahhh! De boa!".
Um minuto de silêncio.
Um conflito de realidades distintas.
Quem estaria certo?
Aquele que procura manter tudo sobre controle o tempo todo, ou aquele que vive a "Paz e Amor"?
Educados que são, despedem-se e vão embora, seguindo seus sentidos opostos. Certos e Errados. Nada mudaria, mas o enigma da vida passara por ali e, como sempre, emaranhou um pouco mais os traços.

Se somos humanos
Não somos perfeitos
Nós erramos
E sempre erramos
Porque somos humanos
E podemos errar
Podemos seguir
Sem se magoar
E sorrir
Respirar
No céu mergulhar
Sonhar e não parar de lutar
Voar
E mesmo se cair e se machucar
Não se envergonhar
Permitir-se recomeçar

NÃO TRANFORME A FENDA NO ABISMO

Éramos tantos
Todos ligados
A um único sentimento
Mas cada um em si
Tão externos
Distantes e perdidos
Os olhos na janela
Nas páginas de um livro
No chiado da TV
No breu do quarto
No fundo de nós
Em introversão
Regressão
Desistência
Desistência da desistência
Porque descobrimos
Que não se pode parar
Então seguimos
Assina-se os papéis
Sela-se o contrato
Nos declaramos cientes
De que cedo ou tarde
Dali de dentro
Seremos arrancados.

Escolhas?
Destino?
Sorte?
Vida...
Que sentido
embaraçoso.
O tempo.
A mente.
O coração.
Tão óbvio.
Sem endereço.
Exatamente
na primavera,
a textura
da neve.
Portas
emperradas
e janelas
completamente
abertas.
Através dali,
infinitamente
Sol azul.
Flamejante.
Não mais,
simples
pessoas.
Raios de luz!
Te digo:
Vale a pena!
Te desejo:
Fé!
Porque
vai ser bom,
engraçado,
divertido.
Feliz.
Pra
todo mundo
é.
O sentido
esperado.
Finalmente
encontrado.
Novamente
uma ideia
que se mudou.
Para dentro.
Chama viva.

Meu corpo está se desmaterializando, levado pelo vento forte que me obriga a fechar os olhos. Partícula por partícula. As primeiras gotas de chuva começam a tocar o chão e em segundos tudo se transforma num estrondoso borrão cinza petrificado e embaçado que é a cidade. As pessoas estão correndo de um lado para o outro. Ninguém se importa. Nada é mais importante que seus próprios paletós, sapatos e penteados impecáveis. Terrivelmente bom, se não fosse tanto egoísmo, fantasticamente ruim, se não fosse tanta maledicência. É assustador. Abri os braços, agora sorridente, e implorei: “Leve-me! Leve-me daqui!”. Senti a dor no flash de um raio atravessado. Uma nova vista. A ternura e o calor das mais belas lembranças transbordaram no meu coração. Agradeci a tudo e a todos, a cada simples nascer do Sol que me dediquei. Nada daquilo seria mais necessário. Nem dizer, sequer fazer. Aproveitei o último minuto. Deslumbrado, vi o fim. Vi a redução, o pó. Vi a vida. Eu vivi. Eu fui FELIZ.

PAZ? A paz está na serenidade da alma, na consciência tranquila, na dedicação, no acerto da promessa, na gratidão, na proporção de luz que existe em cada um de nós. A paz está no inesperado pedido de perdão, de quem pede e também de quem o concede de maneira sincera, entendido de que no momento ocasional, o que pôde ser feito, foi feito. A paz está no fato de aceitar que errar é permitido para que se possa efetivamente acertar. Muitas vezes induzidos pela realização pessoal, algo que se acredita erroneamente trazer paz, mal aproveitamos o pouco tempo que temos, enfocando problemas desnecessários, cobiçando coisas que na verdade não precisamos, falando palavras que nada constroem e a verdadeira paz fica esquecida pelo viés. Tenho em meu coração que a paz está muito além. No princípio. No respeito. No caráter. Em ser justo. A paz está na melhor maneira, na melhor atitude, na melhor intenção.