Coleção pessoal de AndreAnlub

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O lado bom da vida é fazer o que gosta. Não pingar colírio em olhos alheios. Viver pra ser invejado é tiro no pé. É egoísmo com a própria alegria, é fazer com a falsidade parceria, é ser Zé Ruela, Zé Mané.

O coração já nasce com dono... não, não é quem o carrega, é alguém que aquece suas veias e artérias. E nesse fluxo quente e louco da vida, bate como um pequenino tambor, tendo como maestro o amor.

O amor o fez de servo, a mercê do seu regalo, diluiu-se em seu cerne, atravessou o fino gargalo. Qualquer ante desafeto, agora é reto, sombra e estalo.

O amor é tudo, com as devidas exceções.

O amor é intrínseco no ser mais brioso. Meticuloso com a mais esplendida jornada. Eleva as nuvens, voando baixo, o ser vistoso. Sempre o amparo da sensação resignada.

Em paz abro um gigantesco sorriso e, nada indeciso, festejo. Meu desejo não é conciso e no benfazejo busco o breve beijo.

Meus versos são libertos. Não há musa, nem mordaça, nem há um alvo que se faça. Às vezes eles voam, são de quem os pega, são de quem os abraça.

Sonhei com o Tibet! E pra quebrar o tabu, sem quebrar a tíbia, vou tocar tuba dentro da taba e deitado em uma tumba.

Fotografei a vaidade na antiguidade saudosa. Num 35 mm revelo o verso e prosa. Fiz foco no amor verdadeiro, fiz macro nos pequenos detalhes. Vendo na semente uma rosa e na gota d’água meus mares.

Entro no seu “eu” mais íntimo, descubro sua carícia preferida, suas orações proferidas, seus gestos, seus sexos, seu ritmo.

Engatinho na escrita e na arte, feito criança sapeca, levada. Vou de encontro ao bolo ou a bola, entro de sola. Mergulho no sonho, totalmente cego e sem ego, sem pretensão de ser nada.

É com você meu excesso! Cada rima faz a lima que esculpe, cada lume é o grito na ideia. A sina e a saudade tomam a forma que apetece. O blá, blá, blá de normas e métricas, já tarde, falece.

Disfarço e não vejo meus textos sem nexo, os sonetos sem rima de um sentimentalismo perplexo. O meu ser já perdeu a transparência intacta, sendo um homem de lata, sem coração nem reflexo.

Deslumbro-me vendo o sol nascer no mar e se pôr nos campos. Mas também pode ser o oposto!
Pensando bem... de outras formas também acho majestoso.

Dê-me seu melhor sorriso. Aquele intenso, meio sincero, todo lero, mero siso. Que mexe com meu brio, benevolente e incandescente, que eu admiro.

Será que sou anti-herói filósofo?
Que tem a cabeça dura de pedra
de frágil esteatito.
Que tem perigosa peçonha
e usa para criar o antídoto.
Que tem o coração guardado
a sete ou oito chaves
mas deu cópia aos amigos.

Brinco - choro - rio
enxoto pra longe a morte
com sorte ela vai e não volta
impossível é perder o meu brio.
Queria mesmo era ver o mundo
cicatrizando os seus cortes.

A vida só é cruel para os inermes, que fazem tempestades em copos d’água, vivendo nas podridões como vermes e fazendo respiração boca a boca em suas mágoas.

No relacionamento, a queda nos abriga a levantar a cabeça e reconstruir com paciência cada passo, cada tijolo, cada pecado e cada inocência... Erguendo-se mais rígido e harmônico com o cimento da convivência.

Aprendi a engolir sapos para no futuro pisar em brejos.