Coleção pessoal de AndreAnlub

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Água mole em pedra dura, fora a lógica, o que procura?

Denomino-me um amante inveterado do bom e velho jazz e blues. Gosto dos solos, dos clássicos, dos básicos, dois polos.

Ainda bem que ninguém taxou de domínio, pois com o meu cheiro, marquei o terreno. Mostrei os caninos ao meu cruel inimigo, dediquei-me na íntegra a ser feliz ao extremo.

Invadi o campo inimigo, fui render e ser rendido, sem a menor cerimonia, sem medo do sentimento, sem convite, sem umbigo. As veias não mais enferrujam, o óleo quente e doce do sangue passeia, dando alimento ao corpo, dando luz à vida e adoçando a alma.

Quando se fala em felicidade, não só danço conforme a música... Eu a componho e toco na viola.

Voo entre a terra e o céu, o sonho que crio na escrita. Lua que derramam no papel, sol de desbanca na tinta.

Verto os versos na vértebra da poesia, até vê-la envergar ao máximo. Faço do meu jeito: mergulho, entrego-me, sonho. Os olhos se encharcam, a emoção fica ao avesso, faço o meu leito.

Tenho um caso extraconjugal com o Outono! Mas não contem pro verão, ele esquenta à toa, e é deveras ciumento.

Tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora.

Tenho alma em aquarela... alma fundida, misturada, afável e zen. Alma branca, negra, amarela... às vezes com tons de cinza, mas não só cinquenta! São pra lá de cem.

Às vezes uma doença grave pode ser a irmã mais velha da fé.

Tão célere vai passando o ano, que já deu sinal na retina; o outono, descendo a colina.

Talvez ninguém saiba, talvez nunca saibamos, talvez hão de saber. Mas nesse ínterim sigo dentro do arcano, amando e sendo amado sem sequer saber o porquê.

Sou como a piracema: por minhas convicções sou capaz de nadar contra a corrente.

Saiu a lista dos apaixonados do ano. Nem sicrano, nem fulano, meu nome estava lá. Fiz o bê-á-bá certinho, o arroz com feijão, rezei conforme a cartilha e para não perder-me na trilha, segui cada pedaço de pão.

Regras, ritmos e corações foram feitos para serem quebrados.
Afinal, todos sobrevivem!

Quem ama às vezes sofre, pois, arromba-se o cofre dos anseios, e alimentando-se nos seios que repousa, justifica o fim, no prazer dos meios.

O sol, por detrás dos negrumes, ilumina as colinas mais altas... Justamente onde o amor não faz falta.

O sol está sempre penteado, perfumado, bem vestido... também muito cortês, fotogênico e amigo.
Ao se pôr, diz: “Jusqu'à demain, bonne nuit!”

O mar me ganha assim: de jeito, de repente, de encanto.
E mesmo eu envelhecendo e aos poucos ficando mais longe, o amor e o respeito só aumentam. É o mesmo que acontece em relação a vida.