Chove
Oi, perdi minha alma.
Hoje chove e ela ainda deve de estar por aí.
E se você me batesse ouviria o eco que sai de mim, estou vazia, estou me afogando na minha própria seca.
Estou chorando lágrimas que não descem, estou despejando palavras não minhas.
É que esse nada, se acumula facilmente como se fosse um tudo.
Dele estou repleta, este passeia por minhas veias e artérias procurando algo mais importante que o coração que bate fraco.
Marquei de encontrá-la aqui, nessa esquina onde jamais deveria te-la soltado.
Espero por alguém que não vêm, eu deixei que a levassem de mim.
É que minha alma, precisava de você, e agora te segue por todos os cantos para que se sinta próxima o bastante.
Por favor me diga que ela chegou bem e que a convidou para entrar.
Não a deixe caminhar...
Até a floresta das almas abandonadas.
Se o dia está ensolarado agradeço, se chove também, porque sempre que o dia nasce, é a nova oportunidade que recebo para tentar ser melhor.
Chuva torrencial, chove, chove sem parar; prenúncio, alerta que é tempo de ficar calado, meditar ...
Ou bebe ou desocupa o copo...ou chega junto ou cai fora ...deteste chove não molha ..seja direto ...
Você disse que, quando chove, sempre procura o arco-íris. Mas, às vezes, não tem arco-íris. Daí o que você faz? Toma um banho de chuva e grita.
Menina da capa amarela, da capa azul, quando chove penso logo em você, quem dera se fosse só quando chovesse, tu não saí da mente nem dormindo e nem em coma alcoólico.
Tarde Chá
Quando chove, parece que o "chazin" fica melhor, pensamento vai lá longe, não direto em você, vai a nós, nos olhando, vai a nós, caminhando onde vc quiser passear, mas para, e volta mais rápido do que foi me nocauteando, paro por aqui, nem vi, o chá está acabando.
O amor deles é como o clima, passa por várias vaiações, esquenta, chove, esfria, mas no final sempre sai o sol.
Hoje
Hoje o dia chora
Não há metáfora
Não chove
Há um vapor
Um suor
Um choro
Que exala dos poros
Há um transpirar
Escorrer
Que banha as lembranças
Há um recordar
De dois corpos suados
Pregados
Em meus pensamentos
Do que foi todo
Meu choro.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
No quinto dia, domingo, choveu muito. Eu gosto quando chove forte. Parece que há um ruído branco em todo lugar, que é como silêncio, mas não é vazio.
Chove bastante aqui dentro
Venta forte
Inverno-me.
Ao invés de praguejar
Varro as folhas caídas
Agradeço o beijo da brisa
E tento preservar os galhos
Até o meu próximo florescer.