Chora
Sou um ser forte que chora
Sou um ser carente que se revolta e luta
Sou uma voz calada que não se escuta
REVELAÇÃO
Não demora ...
A noite chora uma neblina,
A brisa fria espalha uma melancolia,
Ecoa a ladainha ...
Os sinos já dobraram uma chamada;
A igreja relampeja a fé,
O amor abraça e beija,
E a esperança pra essa dor é a esperança...
Não demora,
Gótica, a catedral ordena...
Badalam os sinos,
Os meninos abalam,
Nossos destinos baladam,
A gente dança e a dança demora,
Não demora o tempo urge,
Acorda a urbe,
O tempo voa,
A solidão povoa
Demônios, fantasmas e monstros,
A certeza dessa incerteza apocalíptica não demora...
Infelizmente a Praia de Copacabana, no Brasil chora todas as horas pelo abandono e sucessivas erradas omissões das administrações publicas.
Se pudesse
ser o bálsamo
da Mãe que
chora pelo
heróico filho,
da amada
que sofre
calada e das
filhas que
sentem falta
assim eu seria,
mas como
não posso:
deixo esse
e outros
capítulos
registrados
em forma
de epopeia
revisitada
em tempos
extremos
e de plena
vigilância.
Triste é a
história do
General,
e descontente
o tom sepulcral
que exigem
que a gente
pare de gritar
para o mundo
que ele é
inocente.
Faz sete meses
e mais um
dia na roda
gigante da
tirania
que realiza
revistas
surpresas
para ver se
não houve fuga,
e envia
forçosamente
para o exílio
quem discorda
da Ditadura.
Tereza de Benguela
O Rio Guaporé ainda
chora a morte da Rainha,
Sim, a História relembra
o quão tráfico ocorreu
no Quilombo do Quariterê,
Os algozes foram pela História
alagados e Tereza de Benguela
está mais viva do que nunca,
para mim e para todos nós,
neste mundo que gira veloz.
Rio Grande do Sul
O céu chora sobre
a Pátria Pampa
os efeitos dos limites
ultrapassados,
Encontrar as causas
e as faltas
é importante porque
sempre existirão
aqueles que fingem
que é melhor não ver,
O importante é salvar
os vivos para daqui
para frente e prevenir
para que dilúvios,
e os infortúnios
não sejam repetidos.
PIETÀ: O Silêncio em Mármore que Chora.
Entre os véus do tempo e o aroma do incenso que sobe pelas arcadas da eternidade, repousa, em uma capela lateral da Basílica de São Pedro, um instante esculpido com as lágrimas do mundo: a Pietà, de Michelangelo.
Ali, o mármore não é pedra — é carne transfigurada, é alma petrificada de amor e martírio. A jovem mulher, que o artista moldou com mãos quase celestiais, sustenta em seu regaço o corpo exaurido do Filho, como se ainda o embalasse na manjedoura dos primeiros dias. Mas agora, a madeira não é de berço — é de cruz.
Ela, a Mãe das mães, não grita. O grito dela é o silêncio.
O mesmo silêncio que antecede o trovão.
O mesmo silêncio das estrelas quando um anjo parte.
Nos olhos dela, não há desespero — há aceitação sem submissão, dor sem rebeldia, amor sem possessão. Ela o oferece ao mundo mesmo depois de tudo. Ela compreende o que os séculos levariam a decifrar: o Cristo ali não está morto — está descansando no seio da eternidade, à espera da ressurreição que começa dentro de cada ser que ama até o fim.
Michelangelo a esculpiu com apenas 23 anos. Diz-se que, ao terminar a obra, ouviu comentários de que outro escultor teria sido o autor. Então, à sombra da noite, como quem grava seu nome não por vaidade, mas por testemunho, ele inscreveu em segredo na faixa que cruza o peito da Virgem: “Michelangelus Bonarotus Florentinus Faciebat.”
Mas há quem diga — e os anjos não desmentem — que aquela escultura não foi feita somente por mãos humanas. Que o mármore escolhido trazia em sua alma o eco do Gólgota, e que uma lágrima real de Maria — recolhida por mãos invisíveis — repousa invisivelmente entre os sulcos do ventre dela, naquela estátua.
Pois a Pietà não é apenas arte. É sacrário de dor santificada.
É o momento em que Deus permitiu ao mundo contemplar o lado feminino do céu.
Ali, a Mãe é altar, é templo, é oferenda.
É o Espírito Materno do Universo mostrando que, mesmo na dor mais aguda, pode-se manter a dignidade da luz.
Epílogo do Coração.
Alguns dizem que a Pietà fala ao olhar. Mas aqueles que a escutam com o coração ouvem algo diferente:
Uma prece muda que diz:
"Não temas a dor, meu filho, pois o Amor é mais forte do que a morte. E o que hoje repousa, amanhã ressuscitará no seio do Pai."
E tu,ao contemplares essa Mãe que tudo sofreu sem perder a candura, lembra-te de que o Amor, quando verdadeiro, é capaz de abraçar até a morte — e ainda assim renascer.
Quando a Bracatinga
chora é quando
o tempo muda,
Para quem sabe ler
é a própria poesia
que comunica profunda.
Muitas vezes vc chora diante das provas que está passando, mas isso não é pq está querendo desistir. É um conforto da alma que vai lhe mostrar que há de vencer.
Sorrir todo mundo pode ver. Chorar... Ah! Chorar não. Se chora no canto, escondido, distante. Poucos terão pena de ti. O amigo presente. Este logo vai contar para outro que vai confidenciar para o outro e todo mundo vai saber e nada fazer. Terão pena de ti. Alguns. E, outros aplaudirão, ignorarão. Por isso, se quiseres rir faça-o abertamente. Mais simpático o bom humor. Divertido. Mas, se for pra chorar. Chora num canto qualquer. Chora pra Deus. Oração. Que o alento vem depressa. Porquê da dor de alma só os anjos poderão confortar.
Eu sei como é que você se cura, se trata, você não chora nem lamenta, você volta pra rua, você vai atrás de todas as mulheres nuas feito um vira-lata, (...) você está me matando dentro de você, e eu morro a quilômetros de distância, a sós comigo mesma, você transa com outra e me mata, você goza e me mata mais um pouco, você dorme e me deixa insone pra sempre, eu sei que não vai ser pra sempre, mas eu não enxergo o dia de amanhã, hoje eu só estou acordada pro eterno desse pesadelo, você era meu, droga, exclusivamente meu até dias atrás, meu como esse sofrimento.
HOMEM, também chora por amor, as pessoas dizem que quando um homem chora ele é um mariquinha. Não ele não é um mariquinha, o homem que chora por amor mostra que tem sentimentos, que ama, que cuida do que é seu, homens também tem sentimentos.
