Censura
Ainda estamos em tempos coloniais... Submissos ao trabalho escravo, em busca da alforria capitalista, embora quanto mais se tenha mais se queira possuir... Ah, essa maldita agulha hipodérmica!
Estamos em eterna travessia do navio negreiro, alienados e vivendo de caridade dos sofistas...
Em uma caverna dando às costas para a saída. Somos zumbis modernos conectados por fios, que nos modelam e configuram, sem chance de falar, sem vontade própria e à base de chicotadas.Esse som é denominado censura.
Todos de nós, apesar da hipocrisia de alguns, tem um censor embutido. Não se pode negar isso. Uns falam, outros guardam para si.
- Hum!Hein?Quem? Ah! Tão me avisando que posso ser censurado pelo que escrevo aqui. Paro ou não paro? Eis a questão... Mas, alguém levaria a sério o que escrevo aqui???
Bom era na época da ditadura... Quando em vez de produzir a gente pedia emprestado e fingia que tava tudo bem, calado.
A culpa é um sentimento restrito aos seres humanos quando as regras sociais estão diretamente ligadas. São leis gravadas em nosso subconsciente derivadas de valores familiares e sociais de acordo com a cultura e o meio em que vivemos, gerando, assim, uma censura interna que quando rígida demais se torna a responsável por grandes sofrimentos psicológicos, alimentando uma destrutividade que é tão humana quanto o sentimento de autoconservação.
O silêncio
Dos gritos ao peito negado
e a boca que as mãos cega
dos beijos que nunca mais beijaram os lábios
em tão arbitrária censura padece.
Monossilábicas falas se apresentam
desaparecem das frases os verbos
subitamente silenciadas, somem também as palavras
logo desistem de compor tão pobre repertório.
E as palavras antes tão docemente pronunciadas
ao serem censurados por seu algoz censor
para todo o sempre cessam.
Murcham o peito sem os gritos
murcham os lábios sem os beijos
e as mãos murcham em cólera.
Geralmente não fazemos o que temos vontade, e sim, prosseguimos conforme o andar da carruagem e nos entregamos ao dançar conforme a música. Sempre, como bons e velhos piolhos censurados pelo próprio vulto.
Palavras e expressões "fortes" ainda impressionam um bocado a massa. É o caso envolvendo as tais "biografias não autorizadas. "Censura", "liberdade de expressão", "cerceamento", "ditadura" e coisas assim sensibilizam um bocado certos bocados de pessoas! | 00650 | 11/10/2013
Anuncio agora, para não dizerem que me aproveitei da aprovação (ou não) da "proibição das biografias não autorizadas". Então lá vai: qualquer um (qualquer um mesmo) pode escrever a minha biografia, enfocando o que quiser, entrando na intimidade e vendendo ou não o resultado. Se vender, quero 68 por cento do lucro. Se decidir doar o lucro para os pobres, quero estar presente no momento da doação. Ah, quero! | 00660 | 14/10/2013 |
A coragem embriagada vem fácil. Quero é ver a transparência sóbria, que nos coloca de frente – e por inteiro – com as dores e as delícias do viver.
Não há segurança tão firme que se compare ao movimento
O inédito é sempre um caos necessário
Se não fossem nossas peregrinações internas nunca mudaríamos de lugar
Nunca enxergaríamos beleza nas improbabilidades
Porque em tudo que existe, existe um caminho
Um jeito, uma forma de fazer
E não há censura que te preserve o sabor
Quando você descobre a sensação de adaptar-se às transformações impelidas.
Loucura de não poder demonstrar nossa felicidade. Uma palavra pobre, não é? Os outros têm esse direito e o exercem, não se privam dele. Isso os deixa ainda mais felizes, os enche de orgulho. Mas nós somos atrofiados, comprimidos, em nossa censura.
Dormindo na quarentena
Letárgicos, sonâmbulos,
Sem direitos, sem manto,
Sem atitude.
Inertes, decepcionados,
Sem liberdade, sem tempo,
Censurados.
Estagnados, confusos,
Sem forças, sem esperança,
Só nostálgicos.
Acordei, acordarmos, acordastes?
Demorou.
O mundo mudou, os direitos sumiram.
Mudo, machucado,
O povo acordou. O rebanho se espalhou,
Mas o tempo passou.
Tudo parou!
A nova censura censurou.
Sem atitude, sem expressão,
Só saudosismo.
Demorou.
A censura censurou.
( Agradecimentos a Eliane Miotto - a origem da ideia)
Tirem os livros dos jovens e eles sonharão. Tirem os sonhos e eles escreverão os seus próprios livros.
A evidência é muito perigosa – política, financeira e psicologicamente – para algumas pessoas permitirem que ela se torne uma ameaça aos seus interesses ou ao seu senso de si mesma.
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