Cartas sobre a Felicidade Epicuro
Entrega-te, não vivas arranjando desculpas para não te encontrares comigo!
Fala-me sobre o que sente o teu coração, abre-te comigo! Não o fazes pensando que Eu tudo sei em relação a ti....Eu sei... mas tu não te apercebes de quanto estás longe de ti, de quem és de verdade!
Se arranjares tempo para dialogar comigo, eu te darei as respostas que precisas, te ensinarei a amares-te como Eu te amo!
Enquanto não conseguirmos falar sobre alguma fase da nossa vida que nos feriu, e dizemos não quero falar mais nisto, é passado...estamos a mentir a nós mesmos, apenas não queremos acordar o monstro que está ali e que a qualquer momento nos pode atacar, o medo quer vencer-nos!
Quando enfrentamos o medo e falamos abertamente sobre esses assuntos, ou momentos, nessa altura sim, ultrapassamos com sabedoria e eliminamos o monstro de vez!
A questão não é sobre ser simples, mas sim sobre querer simplificar.
Esse negócio de dizer que o que vem fácil, vai fácil, é puro embaraço. Só ocorre assim para quem não rega depois de receber a horta. O amor só é amor se construir fácil. A paixão só é paixão se voltar fácil. O talento só é talento se fluir fácil. Caráter só é caráter se persistir fácil. O encanto só é encanto se nascer fácil. O prazer só é prazer se durar fácil. O fácil é o único tipo de porta que faz valer a caminhada nas pedras. O que pede demasiado ardor e vem com um apanhado de barreiras só é tesouro se no fundo, ou melhor, no caminho, mostrar vontade de desembaraçar fácil.
Paciência somente para o que deixar ter paz e ciência.
Sem Nunca Ter Aberto os Olhos - Um poema sobre o aborto
Sammis Reachers
Envenenado enquanto sorria
Para a luz que atravessava
Os tecidos da barriga
Broto de bambu queimado
Para que sobreviva a floresta de incendiários
Queimado enquanto vive a floresta pragmática
Tua mão, tão pequena,
Botão de uma rosa silvestre
Ninguém a segurou, não foi?
Somos oito bilhões e
Ninguém de nós segurou
A tua mão enquanto você despencava
Na noite mais escura
Dessas que tantas acometem
As almas dos homens
Alguém imaginará
O que você poderia ter sido
Que caminhos e abraços você fluiria
E o filme se repetirá
Nas noites mais escuras
Dessas que tantas acometem
As almas das mães
que desistiram
E será tarde demais
E a pessoa dormirá e acordará
Com este edredom, "tarde demais."
Tarde demais,
Tarde, muito tarde
(Pois quando apagamos uma estrela
Tudo o que resta é a escuridão)
Teus olhos nunca chegaram a se abrir
O Universo, esse jardim de
Incredibilidades fulgurantes
Esse jardim que seria seu como é meu
Você nunca o viu
Ente guardado num ente
Apunhalado num ente,
Ente descartado, promessa
Abortada
Sem nunca ter aberto os olhos
Nos perdoa a loucura, o mar o oceano
De loucuras
Que levaram até teu fim,
– Civil a quem a civilidade
Negou civilização –
Até o assassinato de um começo
Conhecendo um pouco sobre o processo de fabricação whisky. Entendendo a história e apreciando o seu sabor incrível, aromas diversos e a sensação de leveza após algumas doses.
Entendendo quanto ao seu processo demorado, que vem em várias etapas e do quanto o tempo é crucial para a sua qualidade. E isso faz refletir até sobre o quanto é necessário a espera para coisas que realmente vão ser mais valiosas, o tempo traz mais qualidade e a maneira como tratamos o processo com determinação e qualidade traz um resultado final muito melhor que a prazo curto.
Então vem uma reflexão sobre quanto à preocupar-se com as tempestades da vida, lembre-se que depois dela vem a bonança e que como já dizia um ditado escocês" A chuva de hoje é o whisky de amanhã”.
O Problema não é ver,
Revés é o erro de percepção
De entendimento sobre a essência de um ser
Paralisa diante de ilusões vazias.
Putrefeito é o que ver escuridão,
Manchado não ver além,
Apenas com olhos, não se ver
Perspectivas complexas
Á vista disso ver além, é mais intenso.
Realmente penso que o amor
É todo sobre momentos.
O momento em os dois se apaixonam primeiro,
O momento do primeiro beijo.
O momento em que tocou a minha mão,
O momento que lhe dei meu coração...
São pequenos retalhos de felicidade,
Que criam esperança por reciprocidade.
Mas garota se puder me conceder um desejo,
Fique apenas amanhã comigo o dia inteiro.
Porque o tempo é vingador,
E um dia é pouco para tanto amor em fragmentos.
A quaresma é um período de introspecção e renovação, que nos convida a refletir sobre nossas vidas e relações. Durante esses 40 dias, afastamo-nos das distrações cotidianas para nos conhecermos melhor e buscarmos transformação.
Esse tempo nos lembra da importância da humildade e da compaixão. A prática da abstinência é uma oportunidade de nos libertarmos do que nos impede de viver plenamente, criando espaço para o que realmente importa: a conexão com os outros.
A quaresma também incentiva a empatia e a solidariedade, chamando-nos a olhar para as necessidades do próximo e a praticar atos de bondade. O jejum pode ser uma forma de renunciar à crítica e ao egoísmo.
Além disso, somos convidados a buscar a reconciliação, tanto com os outros quanto conosco mesmos. Perdoar e pedir perdão alivia o peso que carregamos e abre caminho para novos começos.
Por fim, a quaresma culmina na Páscoa, simbolizando renascimento e renovação. É um tempo de transformação, onde cada um pode ressurgir de suas dificuldades, renovando esperanças e sonhos.
FRANCA, Fernando (filosofia e teólogo)
Sobre o rebanho
Lugares onde tem pessoas encalhadas que nunca deram certo em um ou mais relacionamentos atraem muito mais ainda muito mais pessoas encalhadas que nunca deram certo em um ou mais relacionamentos. Lugares onde tem muitas pessoas ricas atraem também pessoas com menos recursos querendo se passar por ricas. Lugares onde atraem pessoas bem sucedidas atraem também pessoas mal sucedidas querendo passar uma imagem de bem sucedidas. Lugares onde tem muitas pessoas problemáticas atraem também muito mais ainda pessoas muito mais problemáticas. Lugares que atraem pessoas vulneráveis atraem também muitos aproveitadores. Lugares onde atraem pessoas autênticas, honestas sem maldade, que querem apenas se distrair e não chamar a atenção atraem também os babacas, ignorantes, cretinos, tolos, deficientes de inteligência, sempre querendo chamar mais atenção para ser notado ou ser bem aceito no rebanho. E tudo gira em torno de uma única substância. O álcool.
Entendendo sobre a Bandeira do Brasil.
O retângulo verde: simboliza os Braganças para representar poeticamente as matas brasileiras.
losango amarelo: simboliza os Habsburgos para representar poeticamente o ouro do Brasil.
O círculo azul: representa o céu brasileiro no dia do golpe republicano (15 de novembro de 1889), cada estrela refere-se a um Estado. Assim, a quantidade de estrelas variou ao longo dos anos. Hoje são 27. É interessante lembrar que a estrela isolada não trata-se do distrito federal, mas sim do Estado do Pará.
frase escrita: a frase escrita na bandeira “Ordem e Progresso” refere-se ao lema positivista “O Amor por princípio, a Ordem por base, e o Progresso por fim”.
Todo aquele falso amigo que alerta aos companheiros alcoólatras por divertimento sobre locais de ocorrência das Lei Seca, com uso de bafómetro, erra e comete perjúrio moral perante a lei da vida.
O comunicante é tão irresponsável quanto o infrator, que incorre em possível desgraça anunciada da própria vida, da vida dos seus entes queridos muitas das vezes crianças e dos muitos infelizes desconhecidos que nada tem haver com o comportamento de um doente que leva a vida com tanta estupidez.
Deliberei sobre o óbvio
Concluir que nem tudo é tão óbvio assim
Quando se é criança se pergunta o óbvio o tempo todo
E as vezes por uma resposta simplória, o encanto acaba
E nos acostumamos com a frase “sempre foi assim”
Mas o óbvio tem que ser perguntado, analisado
É quase certo que não cheguemos a uma conclusão
Mas transcender sobre o simplório
É fundamental para não matarmos aquela criança curiosa que um dia existiu nesse corpo
Não é necessário saber onde está para ir há algum lugar
Mas se você sabe pra onde ir, primeiro tem que se achar
Mas isso é óbvio
Então...
Sobre as labaredas...
Uma demarcação? Um territorialismo? Uma posse?
Talvez seja isso...
Ou quem sabe, aquela labareda, aquela chama que flui do olhar; seja apenas o reflexo do que se passa no âmago, no íntimo.
Talvez seja a proporção exacerbada da ínfima centelha brilhante que jaz dentro daquele homem. Talvez seja ele puro, desnudo, desprovido de tudo.
É o que sobra dele e só! Nada de mostrar-se ou impor-se.
É sua essência na forma mais genuína que se possa ter.
Permitir indagar-se sobre o ato, o fato e a ocasião. Desapropriar-se da própria história. Apagar-se, anular-se!
Permitir entender o próprio flagelo, e tentar curar as próprias feridas abertas à tanto.
Tremi, porque senti-me descoberto e desnudo por sua percepção.
Percebi-me sem as máscaras ou adereços que costumo carregar. Tirados um a um por sutil brisa que passou.
Respiro fundo e ouso.
Então, sou pego em flagrante, pego por detalhes e sutilezas. Construindo algo plausível de algo que habita apenas o imaginário.
Um diálogo tanto desconexo, fora do contexto. Pois os fantasmas são figuras dificeis de conversar.
Às vezes, meus botões resolvem criar vida, e tal como um jogo, indagam-me coisas de si.
São apenas lampejos do passado, flashes que fiz questão de esquecer. Um bloqueio, uma escusa talvez por medo de sofrer.
E então, vejo-me deitado sobre nobre e macio colo. Alvo berço cheio de candura. Permito-me ser envolvido por tenro abraço.
Deixo esquecido as terriveis lembranças que me assolavam.
Permito-me ser embalado pelos conselho e sentir-me seguro como outrora fui.
E se, por ventura, o que jaz nesse pobre coração não se pode resolver, permito-me despedir-me de tal ação.
Entender que aceitar e respeitar é ato de coragem e de maturidade. Pois o fugir do embate, nesses termos, não é covardia.
Uma vez que não tenho em minhas mãos todas as peças dessa ação, resguardo-me. Ponho-me em marcha de retirada.
Então, com singelas e simples palavras, eis-me aqui.
Deixo-me e partilho-me.
E recolho os retalhos que sobraram de mim.
Amor I
Sinto por ti, amor sobre-humano,
Amor que estas palavras não descrevem
Amor de sentimento mais que profundo
Amor que o próprio Deus desconhece.
Sinto por ti, amor!
Amor cá de dentro...
Amor de loucura e sofrimento
Num campo de força intransponível.
É tão grande o meu amor, amor!
Que não admite o teu sofrimento
Amor que fala tão alto e sem orgulho
Que é incapaz de deixar-te sem alimento.
Sinto por ti, amor!
Amor acima do meu tormento
Acima da dor que o meu corpo recente
Sinto por ti, amor! Amor cá de dentro...
Censor
Pergunta sobre mim
Respondo a sua pergunta
Você matuta, reflete
E diz que é mentira.
Você novamente pergunta
Eu respondo
Você especula, pensa
E diz que é mentira.
E aí vai, e pergunta, pergunta
Eu respondo e respondo
Você cisma, pondera
E não acredita.
E você volta a me perguntar
Eu reconsidero, reflexiono
Respondo filosofando
E não sou compreendida.
Você pergunta mais uma vez
Eu sinto que está a julgar
Refuto a indagação
Silencio.
E você pergunta sobre o meu silêncio
Sinto que é para auferir vantagem
Da sua mais nobre arte
Que é a de censurar.
O silêncio e a minha mais aristocrática retribuição
Assim você elucubra a mentira já posta
Em qualquer das respostas
Que irá me sentenciar.
Sobre você
Eu queria escrever sobre você
Já me disseram que não sou boa com as palavras
Talvez seja a minha ironia que desmantela a minha escrita
Escrever sobre você é demasiado complexo
É como arrancar da cartola um coelho
zombar e criar ilusões com o nada
Com essa mágica, a mim, devem respeito
Descrever as partes físicas, as mãos pequenas
nariz pontiagudo, corpo roliço
andar da preguiça
algum encanto sempre fica
As palavras que sussurradas, saídas dos finos lábios
têm leve doçura, mesmo embaladas pela língua ferina
Os olhos não se fixam, sempre olhando de menesgueio
com certo galanteio
buscando solicitude de alguém por perto
não do meio
Em você todo o brilho do físico se perde
perante o seu interior, a civilidade, o zelo
O carisma como se doa e comunga socialmente
amparando, franqueando os necessitados
sem "cobiçar", como se estivesse em Calcutá
voluntário do bem com posses alheias
Um perfeito filho, sonho de toda mãe, homem com "H"
garanhão de pasto
Com as noras, não deixa água aos sedentos, faltar
Relutante às datas comemorativas
mas não falta pro jantar.
Elegia
Eu queria escrever sobre o amor
sentimento louvado pelos grandes poetas
que cantam amor como profetas
Tentei e tentei por infinitas vezes
transcrever sutilezas de sentimentos
sou obtusa, aposento
Amargo na pena que me traí
escorregando sempre ao reverso
ficando sem beleza o meu verso
Sou como a terra, firme e constante, oferecendo sustento e acolhendo tudo o que sobre mim repousa. Em meu interior, guardo segredos antigos, histórias de um tempo imemorial, memórias que formaram o mundo. Minha força está na minha estabilidade, mas também na capacidade de me transformar, adaptando-me aos ciclos da vida.
Sou o alicerce onde tudo cresce. Sobre mim se constroem sonhos, vidas e histórias. Dou suporte a quem precisa, ofereço abrigo a quem busca refúgio e nutro aqueles que confiam em mim para florescer. Assim como a terra é fonte de vida, também sou o ponto de partida para tudo que se renova e se transforma.
Há uma quietude em minha essência, mas não me subestime. Por baixo da superfície tranquila, há energia e poder. Posso ser fértil e generosa, acolhendo as sementes e transformando-as em flores, frutos e árvores imponentes. Mas, quando provocada, também posso me mover com a força de um terremoto, lembrando que mesmo o mais sólido dos elementos tem seu momento de ruptura e renovação.
Sou como a terra que acolhe a chuva, absorvendo o que vem de fora para transformar em algo novo. Assim como o solo guarda a água, guardo em mim as emoções e as experiências, deixando que elas se assentem para que, no tempo certo, deem frutos.
Minha natureza é cíclica. Sei que há épocas de fertilidade e abundância, assim como há períodos de descanso e renovação. Não temo o inverno, pois sei que ele prepara o solo para a primavera. Compreendo que tudo tem seu tempo e aceito os ciclos da vida com sabedoria e paciência.
Sou forte, mas não inflexível. Como a terra que se molda ao fluxo dos rios e ao crescimento das raízes, também sei ceder e me adaptar quando necessário. Minha força está na minha capacidade de suportar, mas também de transformar e permitir que outros cresçam sobre mim.
Em meu silêncio, sou abrigo. Sou o lar de infinitas vidas, visíveis e invisíveis. Ofereço meu calor aos que se aproximam e minha força aos que precisam de um lugar para se firmar. Assim como a terra nutre sem pedir nada em troca, busco oferecer o que tenho de melhor aos que cruzam meu caminho.
Sou base e estrutura, mas também sou movimento e transformação. Assim como as montanhas se erguem e os vales se formam ao longo do tempo, minha jornada é de crescimento constante, mesmo que lento. Não tenho pressa, porque sei que o verdadeiro valor está em ser duradouro.
Sou como a terra, essencial e primordial. Sobre mim, tudo é possível. Dentro de mim, tudo se renova. Trago em minha essência a força da estabilidade, a riqueza da fertilidade e a sabedoria dos ciclos que jamais se rompem.
Escultura de Barro
Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.
Já viajamos descalços, solas dos pés sobre uma terra acolhedora; barro frio, gostoso, cheio de sentimentos, que hoje não existem mais, devido aos “asfaltos”, ignorância, disseminados com o passar do tempo.
Sentir saudade de tudo aquilo que se foi, não seca as lágrimas que escorrem em nossas faces, por lembranças, momentos tão únicos, marcantes, individuais.... Nossas fases.
Muitas vezes, pode até parecer normal, ver como a vida nasce e se passa, levando sem permissão as nossas histórias, as essências da gente, que sofrem mutações; eis que devemos entender, elas pertenciam àquele tempo, àquela época, e àquele presente.
Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.
O tempo de vida é o devido, porém, carregamos pouco de tudo o que vivemos; o tempo arrasta, leva embora, apaga, e se não aprendemos a cultivar todos os dias nossas lembranças e histórias, eis esse fim, um final tênue; ambíguo; fabuloso ou deprimente.