Cartas de Tristeza
Meu coração dói,
Abri tantas vezes mão de mim mesma,
Que hoje já não me reconheço mais.
Aprenda a sofrer sorrindo
E calada.
Ninguém quer te ouvir,
Não adianta pedir socorro...
Eu grito em silêncio,
Minhas lágrimas são como o sangue de minha alma ferida Pela indiferença.
Quem deveria te amar, te odiou,
Quem você acreditou que te amaria te abandonou,
Quem você acreditou que seria um amor pra sempre, te mostrou que para sempre tem data de validade.
Aguenta garota...
Você é forte,
Sempre te dizem isso.
Eu te digo garota: aguenta,
Pois sua companhia,
Seu amor eterno está ao seu lado,
A dor nunca te abandonou.
Às vezes sou vento, às vezes sou chuva, às vezes sou limpo, às vezes sou sujo, às vezes não sou nada, às vezes sou tudo, às vezes eles me amam, às vezes me odeiam, às vezes não estou no padrão.
Em todos os vazios às vezes, eu tinha minhas peças nos caminhos e aqueles momentos eram o desabrigo.
Certo dia, encontrei um senhor que, com o pensamento distante, perguntava a Deus o porquê de tantas provações.
Ele se considerava uma pessoa de boas atitudes e posturas, alguém de grande valor.
No entanto, a vida não correspondia às suas expectativas. Na verdade, ele não esperava muito, apenas queria viver o que lhe era permitido.
No contexto, havia outras pessoas que o acompanhavam e, mesmo percebendo que a vida não fluía, demonstravam insatisfações. Até ele, em alguns momentos, apresentava essa insatisfação, mas seguia em frente.
Depois de muito tempo alternando entre resiliência, resignação e ressignificação, esse senhor decidiu mudar suas atitudes. Deixou de se preocupar com opiniões alheias e resolveu viver, mesmo sem saber o que o esperava.
Percebeu que sua vida não estava trazendo nada de significativo e, além disso, causava insatisfação e infelicidade às pessoas próximas. Assim, optou por abrir mão de seus objetivos e sonhos.
Ele abriu mão de tudo, mas não quer mais reter. Que sua atitude gere uma energia tão grande que a felicidade invada e tome conta das pessoas que não acreditam nele.
A Noite
A noite em que vago
Lento, leve, pesado
Trago peso nulo nas costas
Peso, mais pesado que o mundo
O peso está na mochila
Mochila que não existe
A mochila é suja, surrada
O peso é morto, é triste
Às vezes, escapa o peso
Pela minha face desaba a mágoa
Às vezes, exponho a mochila na rua, em casa
Um grito de lamento e agonia
Ando eu em ruas, bairros escuros
Meu peito cansa, pede ajuda, em apuros
As mãos não obedecem sempre,
No meu rosto se jogam e voltam
Machucam, recupero
Desaparece, mas sempre arde
A lua se vai, o sol levanta
A noite permanece e nunca acaba
Chove, alaga, lama
Afundados meus pés permanecem
O Natal chegou
Vejo todos festejar
Olhe para mim
E eu sozinho a me abraçar
Perdi meu avô
Ele era meu Papai Noel
Ele cuidou de mim
E infelizmente teve um final cruel
E assim meu natal acabou
Minha família não se reúne mais
A tristeza de todos é como a escuridão
Onde a luz não chegará jamais
Meu avô trazia a alegria
Ele trazia os presentes
A família estava feliz
E muitos copos com chocolates quentes
A comida sempre maravilhosa
Minha vó, minha mãe e minhas tias cozinhando
Eu assistindo os filmes natalinos
E meu pai com meus tios e meu avô conversando
Hoje estou crescido
E meu vô se partiu
E assim acabou o natal
E a família nunca mais reuniu
Onde o que apenas ocupa nossos corações
São as saudades que carregamos
Os momentos de tristeza eosdediversões
Hoje ela saiu de casa
Nem sequer me avisou
Levou tudo o que tinha
Nem um lenço ela deixou
No começo eu estranhei
Mas depois me acostumei
Com o espaço que ficou
.
Ela marcava presença
Ocupava o meu lugar
Deitava na minha rede
Sentava no meu sofá
Dormia na minha cama
Usava até meu pijama
Era mestre em incomodar
.
Finalmente ela partiu
Foi embora do meu lar
Só espero que não volte
Não venha me visitar
E pra evitar surpresa
Vou bloquear a tristeza
Para que não possa ligar
Porque eu te amo, escolhi me afastar. Não é falta de amor, é cuidado. Não quero que a minha tristeza toque o que há de mais bonito em ti, não quero que a dor que carrego obscureça o brilho do teu sorriso. Às vezes, amar é proteger, mesmo que isso signifique partir.
Meu amor por ti é tão imenso que prefiro suportar a saudade a permitir que a minha escuridão te alcance. Ficar longe de ti é a escolha mais dolorosa que já fiz, mas também a mais sincera. Porque amar, de verdade, é querer o bem do outro, mesmo quando isso nos fere.
Sei que nunca deixarei de te amar, mas escolho a distância como forma de preservar o que há de mais puro em nós. Não quero ser a tempestade no teu céu. Quero que sejas feliz, mesmo que a felicidade precise existir longe de mim.
Só não...
Só não minta para mim, por favor,
Só não me faça sentir que estou errado.
Só não me diga que é verdade,
Quando sabe que é mentira.
Só não minta para mim, por favor,
Só não me faça perder a fé.
Só não me diga que é amor,
Quando sabe que é apenas um desejo.
Só não minta para mim, por favor,
Só não me faça sentir que sou culpado.
Só não me diga que é justo,
Quando sabe que é injusto.
Só não minta para mim, por favor,
Só não me faça perder a confiança.
Só não me diga que é verdade,
Quando sabe que é apenas uma mentira.
Um homem que pensa demais é prisioneiro de sua mente,
percebe no silêncio os detalhes que a vida esconde,
realidades duras, cortantes, como lâminas invisíveis.
A dor se faz constante, uma sombra que nunca parte.
Sinto-me incapaz de iluminar o caminho de outro,
como se minha luz fosse fraca, apagada pelo vento.
A solidão é minha companheira fiel,
na escuridão da noite, ela sussurra verdades amargas.
O peso da vida repousa em meus ombros,
e a tristeza, minha eterna conselheira,
me lembra que o tempo passa, mas o tormento permanece.
Anos se esvaíram, levados por pensamentos desgovernados,
e me pergunto, no fundo desse abismo interno:
será que faço diferença? Será que alguém realmente vê?
Mas, mesmo no caos, há um eco,
uma possibilidade de que o amanhã traga outro tom.
Pulseira Escarlate
Eu tenho uma pulseira escarlate
A amo de paixão
Me ajuda com a sensação
Com ela, sou uma modelo de alfaiate
Sou um manequim
O artista me veste de vermelho
Procuro um conselho
Escarlate fica bem em mim?
Te cai muito bem
Coloco meu bracelete vermelho
Olho-me no espelho
Não consigo viver sem
Mas essa cor dói, digo
A encaro como um necessário perigo
Ando aos holofotes
Ganho, de ouro, alguns lingotes
Saio do palco, cansada
Olho minha pulseira, desesperada
O acessório brilha vermelho escuro
Consequência de meu sangue impuro
Que, em meus antibraços, escorre
Em todo meu corpo, uma sensação me percorre
É a calma
Esse é o trabalho da pulseira
Ela, sempre muito ligeira
Sangra, relaxando minha alma
A pulseira é a automutilação
O alfaiate, a pressão
O manequim
Se trata de mim
Tem dor que rasga a alma,
Faz a lágrima descer quente.
Tem dor que desnortea,
Te faz se sentir indigente.
Tem como tirar alegria da dor?
Pergunta pra o palhaço sonhador, Que no palco faz um espetáculo promissor Mesmo que seu coração esteja esmagado em dor.
Ele cumpre seu propósito ainda que com dor.
Fragmentos para um amor morto
Teu nome
ainda arranha
meu sono.
No prato vazio,
mastigo tua ausência
como pão duro.
Minha boca chama —
mas só responde
o silêncio.
Um lençol,
um cheiro,
uma falta.
Teu corpo foi,
mas tua sombra
não desaprende.
Grito teu nome
e ele volta
sem carne.
A noite me veste
com tua ausência:
lã fria,
sangue lento.
Como é triste ver e não tocar,
querer e não estar.
Como é triste sentir vontade,
sem poder beijar, ter tanto tempo,
tantos passeios, sem ser
construção.
Triste é não ter razão,
nem forças
para navegar, esquecer
ou tentar...
quando tudo caminha para o “não”.
Como é triste beijar o sol,
quando queima sua fantasia,
dilata seu coração,
sem chão.
Como é triste a solidão
dependendo do “gostei”,
de tantos likes sem sentido.
Como é triste ver o corpo
carente, dependente de um abraço,
na companhia da visualização.
Triste é viver no automático
deste mundo sem direção.
ECOS DO SILÊNCIO
amanhecerá
entre a penumbra de um dia e outro
o ruído do silêncio fazendo eco na madeira dos móveis
o criado-mudo tão mudo quanto antes
estático na sua velha roupagem de verniz vencido
— o tempo deixa marcas me disse, mudamente
— e eu que achava que não... sorri sardônicamente
silêncio lá fora. barulho lá dentro
o vento soprando as horas como se o tempo fosse vela
entre um silêncio e outro [o ruído do tempo]
esse barulho que não passa... virá de fora ou virá de dentro?
AURORA
Querida Aurora ,
Não chores por que já é domingo
E nos domingos meu bem,
As dores não passam
e as lágrimas não cessam
Não chores agora querida,
Por que agora é domingo à tarde
E nos domingos Aurora
Teu pranto é mudo
abafado,
inaudível
taciturno.
Afásico como as paredes duras
que esconde os monges
Não chores pois teus olhos ardem com o sal das lágrimas
E as lágrimas ardem minha querida Aurora
Ardem como o sal dos mares que corrói as rochas
e é domingo Aurora
Domingo não tem carteiro,
Nem cobrador,
Nem bufarinheiro.
Nem entregador de flores.
Ninguém pra bater no bater na tua porta,
chamar por teu nome,
olhar no teus olhos ,
e perguntar por que choras
Não chora hoje
Chora amanhã Aurora
Amanhã tem carteiro
Cobrador
Bufarinheiro
e entregador de flores.
Hoje não. Hoje é domingo à tarde.
E domingo é duro Aurora.
É possível?
Eu preciso de ajuda,
Eu não vou aguentar
Estou em desespero,
Você pode me ajudar?
Quer saber o motivo?
Entrei numa enrascada,
Meu coração está cativo,
Com a tristeza entrelaçada.
Como isso foi possível?
Tentarei explicar,
Me deixei enganar,
Me sinto atingido por um míssil
Casamento não é uma caça, é uma conquista. É necessário mudar a si mesmo para viver em paz juntamente a outrem... pena que poucos alcançam esse estado. Morrem fadados a uma vida de insignificância, de constante inquietude para matar se o que dói, mas em contraste, constrói.
A maneira mais fácil é continuar postando irrisórias fotos para o mundo, e fingir que está tudo bem... por mais que o vazio ainda permaneça em ti.
estou inquieta
Minha cabeça não para
E não consigo mais dormir
Não sei se estou infeliz
Insatisfeita com a vida que estou levando
Sei que quando levanto
Algo em mim se move
Ou fica no mesmo lugar
E isso me atordoa
Mais que lábios em minha boca
Corpos grudados no meu
Sonhos que não decifrei
Pessoas me acordando que não sei quem são
Por isso a revolta
Por isso peço pra algo maior a proteção
Pois preciso ,
No sonho tentaram me vencer
Mas não conseguiram
Não aguento as vozes em minha cabeça
Isso tudo por que ?
Por que e pra que viver tantas injúrias
Antes fosse de amor
Tentei dormir de novo
Não consegui
No silêncio do fim do dia
Silenciosamente o sol desaparece numa fenda no horizonte
Tento...não consigo... não consigo meu amor confessar
parece que só o silêncio torna possível,
possível exprimir....
só o silêncio consegue esse amor traduzir.
É tão difícil...
Vencer o silêncio?
Não... não é um silêncio pra ser vencido...
O silêncio entre nós é audível,
é todo o nosso dizível....
é visível e todo colorido.
É tão silencioso....
Entre nós tudo,
tudo é tão intensamente silencioso.
Sabe o que é tão difícil?
... a tristeza que o fim do silêncio pode causar,
estou achando mais fácil
suportar um silêncio que não para de falar...
um silêncio que não cala
porque tem medo de ouvir e não suportar.
só pra me alegrar....
Quem sabe?! No silêncio do fim do dia ouço você me dizer que pra sempre irá me amar?
... e todo meu medo dessa escuridão apagar?
Ninguém nasce cruel.
Ninguém nasce quebrado.
O que nos parte não é o nascimento, é o caminho.
É o olhar que fere sem tocar.
É a palavra dita no momento errado, com a intenção errada.
É a indiferença de quem passa por nós como se fôssemos invisíveis.
Eu estive lá… essa madrugada.
De novo.
Naquele lugar escuro dentro da minha cabeça, onde a única companhia é o som do próprio medo gritando.
Sufoca. Dói. Paralisa.
E se as pessoas soubessem o que causam…
Se ao menos soubessem…
Talvez pensassem um milhão de vezes antes de usar a crueldade como defesa, antes de destilar julgamentos como quem cospe veneno em feridas abertas.
Mas eu sei que elas também estão quebradas.
Se tornaram aquilo que um dia odiaram.
Talvez nem percebam.
Talvez estejam apenas tentando sobreviver do jeito que aprenderam.
E eu…
Eu tô tão cansado.
Tão exausto dessa luta invisível.
Dessa armadura que visto pra parecer forte, inteligente, inteiro.
Quando, na verdade, eu sou só um quebra-cabeça feito de pedaços que a vida espalhou por aí.
E eu junto o que posso…
Do jeito que consigo…
Mas ainda assim… falta algo.
Me sinto perdido em mim.
Tentando ser o que esperam, tentando caber em moldes que não me servem mais.
Me cobro, me exijo, me mutilo em pensamentos…
Porque, por algum motivo, aprendi que ser perfeito era a única forma de ser amado.
De ser visto.
De ser aceito.
Mas eu não sou perfeito.
Nem você.
Nem ninguém.
E tudo o que eu queria agora…
Era que alguém segurasse minha mão.
E dissesse:
“Tá tudo bem se você não der conta hoje…
Eu te vejo mesmo assim.”
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