Cartas de Morte
No meu tempo de espera, que já dura décadas, posso ver o passar dos tempos nas retinas dos olhos com colunas de densas imagens. E elas são umbrais que sustêm as vergas do tempo. Quero ser um universo que se encanta no meu chão enfeitado com um docel de estrelas formado por cachos de uvas brancas da região do Minho.
Eu vim pra esse mundo sozinho, com um único objetivo: compartilhar minhas descobertas, para que outros não comecem do zero. Cheguei a um ponto em que consigo tocar os planos das mãos invisíveis que regem a humanidade — mãos que anestesiam as pessoas, para que elas se confortem com a morte, enquanto a busca deles pelo elixir da vida não para, com uma legião de escravos sendo usada para que cheguem ao mesmo.
Durante muito tempo, confesso, temi o mundo... mas não por suas dores naturais, nem por seus silêncios frios. Tive medo de viver em um mundo onde você não estivesse. A simples ideia da sua ausência era como um vento cortante atravessando o peito, como uma noite sem estrelas, como uma eternidade sem luz. Havia algo na sua presença que fazia o tempo parecer menos cruel, e a vida, ainda que imperfeita, tornava-se suportável, quase bela. Sem você, tudo perdia cor, propósito e rumo. E assim, mais do que temer a morte, temi a vida sem você... porque viver, se não for para dividir o olhar, o riso e o silêncio com quem se ama, é apenas existir à margem do que poderia ter sido eternidade.
Minha insignificância é óbvia, eu sou um ser humano com sentimentos complexos, que ama, odeia, chora, sorri e tem esperança, porém um dia a sombra da morte me levará e nada me sobrará. Um ser humano que um dia foi igual aos outros será resumido a uma pilha de ossos e qual o sentido disso? Mesmo depois de tudo que eu vivi e tudo que senti a minha existência é totalmente descartável. Após minha morte servirei de suporte para outras vidas que sequer saberiam quem eu fui um dia, então por que continuar lutando? Se no fim toda caminha leva ao mesmo destino. Conforme o tempo passou eu percebi que mesmo que o destino seja igual para todos o que importa é o caminho e a vida mostra ter significado no silêncio entre um passo e o outro. Não importa se você é um varredor de rua, um aristocrata, um médico ou um engenheiro, todos nós dançaremos com a sombra da morte.
Algumas pessoas são como flores, decoram o ambiente por um dia, servem para uma conversa, um riso ou algo mais, mas apenas flutuam e se esvaem no ar, sem um lugar para pousar e, raras são as almas que se curvam para escutar nossos medos, acender uma luz nos nossos planos, beijar as cicatrizes que a vida nos deixou ou ter intimidade para adentrar nos nossos jardins, como um sussurro do vento, com a consciência de que caminham sobre os nossos sonhos.
Aquele que contempla estrelas está perdido em meio a um paradoxo, você não está vendo o estado real de uma estrela mas sim oque ela era a vários anos atrás em seu passado , porém ao mesmo tempo você vislumbra o futuro onde tudo tem seu respectivo final sendo o brilho da estrela sendo apagado e só restando o vazio ou o escuro infinito do universo.
O que é a vida senão um raio que cruza os céus e toca o chão, na mesma velocidade em que podemos piscar os olhos. A maioria das pessoas desconsidera a hipótese de refletir sobre o fim da vida, a “desconhecida” morte. Pouco se fala sobre isso, temos medo de “atraí-la”. Vemos alguns vivendo como se fossem durar para sempre, desperdiçando a grandiosa oportunidade de viver. Por que viver causando mal ao estar ao próximo? Por que viver querendo ter a vida, a família ou o patrimônio do outro? Ou até mesmo, por que viver desejando o mal para outras pessoas? Se houvesse preocupação com a própria vida e as próprias atitudes, muitos se tornariam seres “mais evoluídos” e pessoas melhores. Mais aqui estamos, jogando nossas vidas fora, dia após dia, gastando nossa saúde e energia admirando o que a maioria diz ser o melhor, a verdade absoluta. Além disso, passamos anos nos preparando para ganhar espaço na elite social, e encher nossos bolsos com dinheiro. Patrimônio esse que de nada adianta se não tivermos equilíbrio, sabedoria e saúde. Pois bem, sempre há tempo para mudarmos nossas concepções, desde que haja vida, vida para ser vivida.
Mais um corpo de um morto estendido na calçada, atrapalhando a manhã da grande cidade. Quem foi não sabemos enfim, onde foi o começo e este breve fim. Quem sabe sera mais um afortunado de uma vida inteira de enormes buscas e alguns encontrares por diversos lugares, onde foi confundido como filosofo social e permitido ver com profundos olhares e incendiados efusivos sentimentos. Por tudo isto, agora não é mais nada, não tem documento vai como indigente, um corpo perdido que se expõe ao tempo, pelo mau cheiro fétido de carniça que espalha o vento.
Um dia eu cheguei tão perto do túmulo da minha vida que achei morrido, mas felizmente aquilo que eu pensava ser o túmulo da minha vida era na verdade o túmulo que enterrei meus piores pensamentos, minhas maiores derrotas, meus maiores fracassos e principalmente o meu mais temido de todos os meus medos, o medo da morte.
Caímos quase que por acaso no trem da vida, que caminha sacolejante por tantos trilhos diferentes entre varias direções. Por isto devemos aprender a viajar da melhor forma possível nos vários vagões onde tem espaço. O tempo da viagem, não se sabe e muito menos a hora da chegada e por destino o nome certo da estacão.
Se pararmos pra pensar que: Da vida nada se leva, que acumular coisas não leva a nada. Porque em breve estaremos todos mortos " e disso não tem como escapar" Teremos descoberto a ferramenta de viver mais importante, o meio para mudarmos nossas escolhas e fazer tudo diferente. Quase tudo que há em nós; as expectativas, o orgulho, o medo de passar vergonha, o medo de fracassar, a vergonha de dizer Eu Te Amo, a arrogância, a prepotência, medo do escuro. Tudo isso perde o valor, fica muito pequeno, ante a Certeza da morte certa e iminente. Daí sim, Daremos valor só ao que realmente Importa.
Na ponta dos pés eu me abrigo até no abismo mais próximo. O medo do silêncio, não tenho mais. Mas algo me diz que se não ouvir a voz que preciso adentrarei um vale que me destruirá, e ainda assim me deixar com vida, apenas para sentir a dor de estar estilhaçada como um vidro que corta nuvens.
"Nunca me perguntaram o porquê, que eu não gosto de dormir. Afinal a resposta é simples, tenho medo de fechar os olhos e nunca mas sair do vácuo vazio de escuridão da inexistência. Porque quando você está sob efeito do sono, você não contempla a realidade, tudo é inconsciente, e por um breve momento você deixa de existir. O sono nada mais é, do que pequenos breves testes para aquilo que chamo de inexistência. Afinal isso é a morte da consciência pensante, e o fim de tudo aquilo que você é".
Os problemas existem para ser resolvidos, se não existe solução para o teu, solucionado está. O que você não deve fazer é ficar contando para uns e outros, as vezes as pessoas se mostram como amigas, mas apenas querem colher informação e na primeira oportunidade te apunhala, cuidado ao abrir seu coração para quem não é de coração.. Conte para Deus, tá passando por alguma dificuldade, algum problema, uma fase ruim da vida!? Conte tudo para Deus, Ele é o único que pode te dar a paz que você tanto precisa, Ele é o único que vai te julgar justamente, é o único que vai ouvir e não vai dizer nada a ninguém.. Conte para Deus, pois Ele pode resolver e se Ele não quiser resolver, Ele vai estar com você durante toda situação, e nos piores momentos te dará forças para suportar a tamanha dor, tamanha perca, desilusão, traição, morte, seja lá o que for que você estiver passando Ele vai estar com você e isso é a solução.
À Moraes que preocupa-se com o pagamento do ato fúnebre. À Cortella que flexibiliza o legado pela ausência sentida. Ambos permeiam o destino inevitável do rompimento do ato contínuo da existência, quando a consciência se dissipou e o que restam são memórias terceirizadas, cálidas, insípidas e inodoras. A sublime arte do viver reside no instante da beleza, bem no ponto onde o imperfeito é percebido com perfeição!
Existem três formas de se morrer, a física é a mais ostensiva e a que tenho menos receio, é uma consequência natural da Vida, que pode eventualmente ser tragicamente antecipada.A moral é a mais hedionda, um câncer que corrói a nossa alma aos poucos como o “esmalte derretendo um isopor, só restando um agonizante remorço em forma de rancor, resultante a uma personalidade deploravelmente apática,inerente de uma alma vil.A morte intelectual, nos torna natimorto, pois se não penso, logo não existo! Nos tornando um “ Neo-Zumbi”, escravos de “movimentos de manada”, tornando sua volição e cognição entorpecido .Inerente a uma personalidade fantasmagoricamente preguiçosa é inócua.
A dor do passado nos fez aprender que a vida continua tendo grande valor, o sofrimento do presente nos ensina que a nossa alma está sendo lapidada para sermos melhores criaturas e ambos nos faz lembrar que há algo mais para nos alegrar do que tudo o que já passamos: Deus aceitou a morte do Seu únio Filho para sermos hoje e eternamente abençoados.
Qual seria o motivo de ainda insistir na vida? Eu sangro por dentro, busco refúgio em um qualquer, ofereço minha alma em troca de nada... O motivo? Falta de coragem. Busco nas minhas fraquezas, motivos para me manter em pé, sabendo que meus sonhos eram apenas invenções, de um mundo que não existe.
Não existe felicidade eterna na terra apenas são momentos felizes e momentos infelises que são dependentes das nossas acções sendo elas boas ou mas, há ate alguns que dizem quê é força do destino, mas na verdade tudoque nasce qualquer dia tende a Morrer, essa é a lei da vida. Nada dura para Sempre!
"A vida é muito louca, uma hora é brisa e outra é tempestade, estamos aqui hoje, amanhã podemos não estar mais , então valorize cada momento que ainda lhe resta, com seus pais, amigos e com quem você ama, tanto você quanto eles podem partir sem tempo pra despedida, então valoriza, a vida uma hora é brisa e outra tempestade e no fim sempre é um sopro"
