Cartas de Criança
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
A magia do Dia das Crianças
No Dia das Crianças, somos chamados a escavar o que o tempo enterrou em nós. Crescer é como um lento naufrágio, onde nos afogamos nas correntes da rotina e no peso das horas que se multiplicam sem cor. Perdemos, entre os dedos, o assombro que outrora dançava livre em nossos olhos. O mundo, antes vasto e inexplorado, agora é uma paisagem estática, onde já não vemos a magia que as crianças respiram.
Lembro-me do dia em que observei meu filho na cozinha, como um pequeno alquimista, sorrindo ao transformar ingredientes comuns em arte efêmera. Mexia a colher com a solenidade de quem conhece segredos ancestrais, e o açúcar, dissolvendo-se, era um rio de luz. As gotas de chocolate caíam como constelações em um céu de farinha. Para ele, aquele bolo era mais que um simples bolo. Era um sonho que se formava entre suas mãos.
Nós, que já não sentimos o encanto nos gestos diários, repetimos nossos passos sem poesia. Perdemos o ritual da criação. Fazemos, mas já não criamos. Esquecemos a dança do instante, trocamos nossos olhos de espanto por uma lente endurecida, que só busca o fim, que só quer o resultado. Quando foi que deixamos de encontrar o universo em um grão de areia? Quando foi que a música da vida se calou dentro de nós?
Que neste Dia das Crianças possamos redescobrir o caminho perdido. Que voltemos a andar descalços na terra do encantamento. Que nos permitamos tocar, outra vez, a beleza das pequenas coisas – o riso de um amigo, a sombra de uma árvore no fim da tarde, o brilho de um olhar que nos acolhe. As crianças conhecem a canção secreta da vida. Elas sabem que o tempo não é uma linha reta, mas uma dança circular. Sabem que a alegria não se alcança, mas pode ser encontrada nos detalhes mais sutis.
O mundo nos ensina a sermos frios, a contarmos o tempo em segundos. Mas as crianças nos lembram que a vida se conta nos sorrisos e nos gestos despretensiosos. A criança antevê a felicidade, não espera que ela chegue para ser feliz. Elas sabem ver o voo delicado de uma borboleta como um milagre, sabem que uma flor pode conter todos os segredos do universo. Elas nos ensinam que a verdadeira sabedoria está em desaprender. Desaprender o peso, reaprender a leveza. E assim, voltar a acreditar naquilo que só o coração pode ver.
Que neste Dia das Crianças, aprendamos, assim como elas, a amar a véspera, a alegria que já habita o instante antes da chegada. Que possamos, enfim, abrir nossos corações para a inocência e para a curiosidade que nos habita, adormecida. Porque são elas que nos mostram o caminho de volta ao que sempre soubemos: a vida é um mistério a ser vivido, não resolvido. E, ao olhar novamente através de seus olhos, talvez, só talvez, reencontremos o brilho que deixamos cair ao longo da estrada.
A Costura do Tempo
No concerto do tempo, onde a memória ressoa,
a roda da costura torna-se volante,
em mãos infantis, nervosas de esperança.
Ali, sob a mesa antiga de madeira,
um mundo se desenha em trilhas e trilhos,
na imaginação fértil que a tudo acolhe.
De ferro e linhas, nascem sonhos motorizados,
o silêncio da máquina transforma-se em estrada,
levando a alma a paragens nunca dantes vistas.
A cada giro, a promessa de um novo destino,
na simplicidade do brincar, a vastidão do universo.
Ah, os primeiros carros, feitos de nada
e de tudo que o coração de uma criança possui.
Éramos inventores, pilotos, aventureiros,
com um fragmento de mundo nas mãos,
tecendo histórias que o tempo jamais apagará.
A criança antevê a felicidade,
não espera que ela chegue para ser feliz.
Hoje, ao lembrar desse recinto sagrado,
onde o riso desafiava o impossível,
sinto a saudade suave como brisa estival,
acariciando o peito, evocando a magia
de quando podia costurar o tempo no chão da sala, meu infinito caminho.
Hoje choveu.
O cheiro de terra veio tomando conta. Senti-me inebriado com as lembranças de infância.
Pés descalços, pulando nas possas e escurregando no barro.
Hoje choveu!
Delicia de molecagem que molhou o corpo franzino de criança.
Hoje sentido a chuva, senti a inocência e a criança que não morreu dentro de mim.
Cresci!
Hoje sinto a chuva que molha meu rosto, vem com mesmo cheiro de terra, e não molha o corpo do menino.
Hoje choveu!
Ela é linda! Tem frescor e molha o meu corpo.
Hoje choveu!
Senti à leveza; à alegria; e às lembranças do homem com alma de criança que a observou e não a esqueceu.
Hoje choveu.
Por Rica Almada
Pequena Heroina
Sabe quando a vida ainda se torna mais bela
Quando sem esperar , derrepente o destino te traz um presente
Ela é a cara do pai minha gente
Intensidade ausência de maldade, olhar que diz a verdade e amor que se mostra com total sinceridade
Ternura e travessuras fazem parte de sua conjuntura
E viaja em suas aventuras como a que pra cima coloca aqueles que tanto estima
Antonella Vitória em meio a tanta tormenta vem pra se tornar notoria
Seus cachos e seus abraços arranca da fraqueza força e não deixa nenhum espaço pro fracasso fazer em nosso coração regaço.
Tão pequena de um poder que agiganta ,
Seu jeitinho criança , sua presença que encanta ,, meus males espantaA distancia , a circusntacias, nao nos impede de viver nosso amor em abundancia Na pedra gigante na montanha de neve , no campo , na rua terra , sua presença dissipa minha guerra.Super Antonella ,Minha pequena heroina ,me salva dos perigos que a mim me destina.Teu pai preto , carrega no peito o amor que não se descreve , tu me torna mais leve , alegre , criança , cheio de esperança. Voando ,cantando nadando , pelas ruas andando , em sua mão segurando , sua voz escutando.Viajando em suas estorias , no seu mundo da imaginação , sem medo dos perigos pela frente , os monstros , as bruxas , o escuro , o passado ou o futuro, não lhe detem, pois o minha nenem, traz Vitoria nas estorias , no nome , na vida , minha heroina preferida.
A escola que educa de verdade
educa para a vida,
onde cada momento dentro da escola
é uma oportunidade de aprender.
Do ato sistematizado do professor
ao informal do zelador.
Dentro da escola, o próprio ar que se respira,
inspira o alvorecer do novo conhecer,
pois a criança assimila tudo que ver.
...E sonhei com um mundo onde minha filha não tivesse um tamanho inapropriado
Ou o meu filho não tivesse uma cor que fosse classificada, apenas apreciada
E eu sonhei que esse mundo não era meu, mas era delas e dele
E eu sonhei que o meu mundo só seria feliz, se o deles fosse feliz…
E eu cansei de sonhar, perdi o sono, acordei
E ainda era o meu mundo, de pessoas mal educadas, de crianças abandonadas, de sorrisos falsos, de cores e tamanhos inapropriados
Mas era também o mundo deles
Era o meu projeto, meu sonho em construção
e meus dias hoje são assim…
Sonhar com um mundo melhor
E realizá-lo para eles.
AS PÁGINAS DA VIDA
Autora: Profª Lourdes Duarte
As páginas da vida são cheias de surpresas
Momentos alegres e momentos tristes
Escrevendo capítulos por capítulos no arrebol da vida
Extrapolo sonhos! Vivencio as mágoas, amores e paixões.
Mantive-me em pé, mesmo ferida
Varri a alma, aliviando as angústias,
Desbravei mistérios e fantasias,
suportei sofrimentos e decepções.
Mantenho viva a chamada da esperanças e os pés no chão
Escrevo a minha história, ora alegre, ora sofrida
Convivendo com fortes e com fracos,do meu jeito,
Aprendi viver com os falsos e os sem coração.
Nos capítulos da vida encontro maravilhas
Pessoas que amo e me fazem feliz
As flores nos campos, o ar que respiro,
O sorriso de criança e Deus que me estende a mão.
Tento reflorescer a minha vida, amando-a e sendo feliz
Felicidade eterna não existe o que existe são momentos felizes.
E nunca se esqueça do principal:
No livro terrestre da vida, o Ator é Você!
Passamos a vida inteira lutando para sermos felizes. O interessante é que convivendo com crianças, aprendemos que para sermos felizes não precisamos de muito. Para sermos felizes, basta conservarmos o coração puro, sem ambições desmedidas e valorizarmos as pequenas coisas.
Profª Lourdes Duarte
VIDA MONÓTONA OU TRISTE
Profª Lourdes Duarte.
Você já chegou a se questionar: Porque a minha vida se tornou tão monótona ou triste?
Quando criança os seus sonhos eram os mais incríveis que podiam existir, hoje são apenas incertezas se um dia serão concretizados, pois a vida é uma constante mudança e querendo ou não se tornou sua parceira fiel. Somos todos viajantes no tempo. O futuro de cada um está escrito no seu próprio passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós.
Então, continue sonhando com os pés no chão e não sonhos mirabolantes como os de criança e com dignidade, lute para que os mesmos se realizem.
MENINA MULHER
Ela parecia frágil
Não era o que queria ser
Não tinha medo de enfrentar a vida
E o que tivesse que fazer
Seria mais um desafio a vencer
Mesmo que lhe causasse sofrer.
Seus sentimentos
Porém, muitas vezes,
A machucava e lhe fazia temer
Sua fragilidade vinha à tona
E ao mesmo tempo.
Agigantava- se diante da dor.
Coração de criança.
Fragilidade que se supera
Puro encanto de menina,
Alma de mulher
És menina, és raio que ilumina
És menina mulher.
Domesticaram nossos dedos.
Agora gritamos com teclas.
A dor do mundo cabe em um story.
Uma mãe chora em Gaza
e o algoritmo me pergunta se quero comprar sapatos.
Nem é mais preciso sair às ruas,
porque a revolução virou um eco digital
que ressoa entre bolhas
enquanto crianças morrem de olhos abertos,
olhando para um céu que não as protege.
Onde ficaram as mãos sujas de terra?
Os pés na praça, o grito na garganta?
Agora basta “comentar” pra nos sentirmos humanos.
Mas não.
Isso não é humanidade.
É uma versão anestesiada da espécie.
Esvaziaram a gente com caramelos de dopamina.
Nos deram telas no lugar de abraços.
Nos ensinaram a escolher entre mil filtros,
mas não a encarar o real sem medo.
E ainda assim…
algo dentro pulsa.
Uma raiva que não é ódio,
uma tristeza que não se afoga,
uma compaixão que se recusa a ficar cega.
Não sou melhor.
Também estive adormecida.
Também fui silêncio.
Mas me recuso a me acostumar com o horror.
Se há culpa, não sei de quem é.
Mas sei de quem é a responsabilidade:
de quem ainda sente.
De quem ainda chora pelos outros.
De quem, no meio do ruído,
ainda não deixou de amar.
Se eu pudesse voltar no tempo, o primeiro ato que faria seria correr em direção à minha versão infantil e envolvê-la em um abraço super apertado.
Eu diria àquela criança que a versão adulta dela a ama incondicionalmente. Diria que tudo o que ela passou foi um teste de força e que, mesmo em sua tenra idade, ela demonstrou uma incrível resistência. Eu diria que o orgulho transborda em meu coração ao olhar para trás e ver o quão forte ela foi.
Se eu pudesse voltar no tempo, um abraço apertado seria a expressão do meu amor e gratidão por aquela versão infantil de mim mesma. Nenhum gesto ou palavra pode apagar as cicatrizes do passado, mas esse abraço transmitiria a mensagem de que ela não está mais sozinha. E que, independentemente do que tenha acontecido, a versão adulta dela está aqui para amá-la e cuidar dela sempre.
- Edna Andrade
Que bom seria se tivéssemos esse olhar alagado que beleza das crianças.
Essa disposição para cortejar a alegria e esquecer a tristeza.
Que bom seria se exercitassemos o perdão com a mesma pressa que a criança têm para brincar no quintal depois de um dia de chuva.
Que bom seria, se carregassemos na boca a leveza do sorriso das criança e não o peso da vida sobre os ombros.
Que bom seria, se assim como as crianças, tivéssemos esse coração bonito de girassol, voltado sempre pra luz.
Que bom seria se como as crianças só conseguíssemos enxergar nas pessoas alma ao invés de corpos, cor da pele, religião e posição social.
Que bom seria se como as crianças pudéssemos andar entre a maldade sem nos deixar contaminar por ela.
Que bom seria se pudéssemos crescer sem perder a alegria e a pureza das crianças.
A infância é mais que uma fase, é um estado de espírito caracterizado pela inocência. É ela que coloca magia na vida das crianças. Além de fazer com que pulem etapas e cheguem mais rápido a uma fase para a qual não estão preparadas fisiológica e emocionalmente, privar-lhes do direito à infância, é roubar-lhes o encanto da vida.
Enigma
Sou uma mulher que a vida ensinou a dar valor às pequenas coisas. Talvez pela educação que recebi. Talvez por morar numa cidade pequena. Talvez porque não tive tantas e tantas oportunidades como às de hoje ou talvez porque já nasci com este olhar que crê nas belezas que a natureza oferece.
Sou uma mulher cujo semblante quer dizer muitas coisas. No olhar há um livro a ser decifrado, cada página uma história, cada linha um segredo. Assim sou eu, cheia de enigmas como qualquer ser humano, que tem dentro da caixa seus segredos.
Sou uma mulher, que às vezes se sente tão adulta que leva no ombro o mundo inteiro e outras vezes tão frágil quanto uma criança que ainda brinca de ser feliz.
Assim, sou eu, às vezes uma criança, noutras mulher.
Crianças brincando na Internet?
Crianças empreendendo na Internet estão trabalhando?
Elas fazem conscientemente essa chantagem social ou são controladas como marionetes por interesse de outros?
Quanta credibilidade você dá para a fala de uma criança defendendo crenças de adulto?
Estamos criando pessoas saudáveis ou tudo é sobre se adaptar ao sistema financeiro?
E o sistema esta bom pra você ou tá suportando uma carga pesada pela dissonância cognitiva do arquipélago de delírios que encenas?
Eu não sou ninguém, mas sou meu proprio personagem.
Por que proíbem menores de 18 na Internet se existem crianças empreendendo?
No fundo, no fundo, nós somos todos iguais
No fundo, a gente ainda é o rapaz
Indeciso...
No fundo, no fundo, ainda temos tanto medo
De passar a vida e perdermos o tempo
Impreciso.
Atrás de cada ser humano adulto
Existe um ser carente e inseguro
Escondido
Que no fundo, no fundo,
No fundo, ainda é a criança
Carente de abraço, carinho e atenção;
Ficando emburrada, brigando por nada
Explodindo em prantos sua frustração...
No fundo, no fundo, nós somos todos iguais,
No fundo, a gente é frágil demais,
Mas disfarçamos.
No fundo, no fundo, ainda buscamos a esmo
Admiração e reconhecimento
Dos que amamos
Atrás de todo adulto tem sempre a criança
Que perde o ritmo, mas não perde a dança
E que faz de tudo para impressionar!
No fundo, no fundo, a gente ainda é o menino
Que esquece no palco a letra do hino,
Mas mexe a boca e finge cantar!
Presente Especial...
Pedi ao Papai do céu
Um presente especial
Muita paz e harmonia
para todos neste natal.
Então o bom Deus me disse;
A minha paz, eu vos dou !
Estejam sempre comigo
Porque sou o criador.
Eu sou a luz que ilumina
A estrada na escuridão,
Guiando-te por onde passar
Segurando em tua mão.
Aos que querem me encontrar
Eu sempre estarei aqui,
Sou a flor na primavera,
Uma criança sorrindo,
— Sou o Deus de hoje e sempre
— Sou um homem e um menino.
Sabe sonhei ontemcom um lugar que sempre visito. E nunca vou neste lugar sozinho sempre algum me leva neste lugar, ontem quando cheguei lá se aproxima de mim uma criança e me disse ainda há tempo da humanidade se salvar, desde que o coração deles se transformem e orvalho
Aí perguntei porque orvalho
Qual o significado?
A criança me disse porque só o orvalho brota do improvável, no frio da noite, pelo amanhecer toca em todas as flores e mesmo sem chuva dar vida as plantas. Asim é o coração do homem no meio do improvável ainda há esperança.
Tudo está dentro de cada hum de nós!
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