Carta a um Amigo Especial
Um dia vi, Mario Balotelli, da seleção italiana dizer algo verdadeiro, porém polêmico.
O fato de não comemorar um gol que fez durante a copa gerou questionamentos por parte da imprensa e da crítica. Ao ser questionado sobre o assunto, Balotelli respondeu perguntando: "Você já viu um entregador de pizza comemorando?"
Gostei dessa ideia, já que todo bem que fazemos é ostentado; já que todo ato honesto deve ser fotografado e publicado; já que achar uma carteira e devolver é motivo de publicação nas redes sociais; já que ceder o lugar no ônibus para um idoso é motivo de aplausos...Já que ficamos chateados se não formos elogiados pelo bem que foi feito, quando não fizemos nada mais, nada menos do que a nossa obrigação.
Em 1990, no começo do ano, minha primeira professora chegou com um Monza para a aula; dei-me ao luxo de ficar observando a então moderna antena que se recolheu quando ela desligou o carro. Era para sermos muito felizes, mas as reuniões já no começo do ano letivo, do mesmo jeito que acontecem hoje, fizeram com que ela deixasse a turma, que foi assumida pela professora Ester.
A Ester não tinha o Monza encantador, mas foi a minha professora do restante do ano. Ela me presenteou com o livro "A loja da Dona Raposa". Já são quase 30 anos, e o livro está guardado, podendo ser guardado por outros 30.
A dedicatória dela ainda está comigo: "só se aprende a ler, lendo; a escrever, escrevendo ; a amar, amando." Não a vi mais. Mas tenho a lembrança de alguém que marcou a minha vida.
Toda vez que vejo um amigo professor desempenhando seu papel de forma amorosa, lembro-me dela. E sei que estamos em alguma memória por aí, assim como ela está.
Para refletir.
Conta-se de um homem, muito bom, capaz de surpreender, muito trabalhador, e capaz de dar à sua família, sempre os melhores presentes.
Diziam que sua esposa era uma sortuda, uma pessoa que não tinha do que reclamar, afinal, vestia-se sempre bem, e nada lhe faltava.
Um dia, às vésperas de seu aniversário ela confidenciou que uma amiga havia recebido de presente, um buquê de flores, de cores muito bonitas. Ele disse que a surpreenderia dando-lhe o cartão de crédito para que ela comprasse roupas, sandálias e bolsas, afinal, mulher gosta dessas coisas, e isto é muito melhor do que flores.
Outra ocasião, ela repetiu a história da amiga, e ele repetiu surpreendê-la, dando-lhe um carro de presente. Agora, ele não precisava ir com ela aos lugares que lhe fossem cansativos, e ela podia demorar o tempo que fosse quando estivesse no salão, ou em qualquer lugar.
Mas chegou uma ocasião em que ele estava pensando nela, depois do carro, quase nem se viam, cada um ia para um lado, um carro chegava em casa, e o outro saía. Nesse dia, ele não sabia o que fazer ou dar de presente, até que encontrou um amigo muito próximo, de muita confiança.
O amigo se ofereceu para lhe fazer companhia até o cemitério, para visitar o túmulo daquela mulher, e, finalmente dar a ela o que ela sempre quis: flores.
É uma pena que ele esperou não tê-la para dar-lhe o que mais queria.
O preço
Quanto vale?
Um olhar só teu;
Quanto custa?
Ter um beijo teu;
O que faço?
Por um sorriso teu.
Venha hoje;
E me abrace cedo;
Venha a tarde;
E leve o medo;
Volte à noite;
Guarde o meu segredo.
Sobre ontem;
Desconhecia a ti;
Do amanhã;
Sei que nada sei;
Qual teu nome?
É o meu presente.
Eu te pago;
Pelo riso;
Tua boca;
Meu desejo;
Por ela eu pago;
A moeda é beijo.
As cores de Helena
Hoje recordo o ontem, um dia em que a princípio tudo era normal, tendencioso à mesmice, sem surpresas. Minha rotina estava toda escrita, e pelo que parecia, não havia nada no caminho capaz de transformar aquilo que era tão comum em algo estrondoso.
Fui cortar o cabelo, algo normal de se fazer pelo menos uma vez ao mês. Enquanto esperava, conversava, mexia no telefone, apreciava a vista do chafariz, que por causa da luz solar e das flores à sua volta, parecia colorido.
Sentia que as cores me atraíam mais do que o meu próprio aparelho telefônico. O lugar era simples, não era para chamar tanto assim a minha atenção, mas não conseguia olhar para outro lado, até meu telefone tornou-se desinteressante.
Pedi licença aos que estavam por perto, levantei-me e fui andando em direção ao chafariz, ainda não o tinha visto brilhando, colorido daquele jeito.
De um lado, uma criança andava de bicicleta, nada anormal nisso. Um outro menininho, estava sentado em um banquinho jogando pipoca, as que caíam no chão eram atrativos para os pombos, que se fartavam naquele lugar.
O que ainda não entendia era o reflexo colorido, que me atraiu enquanto eu estava no salão, do outro lado da rua.
Parei no meio da praça. Será que alguém achou estranho? Será que alguém percebeu que procurava por algo?
Só queria entender, discernir aquelas cores, afinal, inicialmente pensei que faziam parte da paisagem fixa do lugar, ou que fosse reflexo da luz solar, mas ainda não havia descoberto, e isto tornara-se um segredo a ser desvendado.
Circulei o chafariz, ainda seguindo as cores, que insistiam em me atrair. O reflexo desapareceu enquanto eu circulava, e à minha direita, um senhor, um velhinho pachorrento ostentava uma cesta colorida sobre o banquinho cinzento da praça.
Admirei a sua solidão , e perguntei-me sobre o quê estaria ele fazendo naquele lugar, naquele dia, naquela hora. É interessante que perguntei a mim mesmo, não a ele.
Um boné com o logotipo de algum posto de combustível, deixava a mostra um pouco de sua grisalhisse, a camisa xadrez, o suspensório, o chapéu, e um livrinho no colo; coisas características de alguém de sua idade, que não era, de acordo com meus conceitos, apropriada para sentar-se em um local daquele à espera de alguém, para um encontro romântico.
Por ter minha curiosidade aguçando a cada observação, sem dizer palavra alguma, sentei-me ao seu lado, ousei sentar no mesmo banquinho; agora éramos três elementos ali: eu, o curioso; o velhinho, o pachorrento e a cesta, a colorida.
-Você deve se perguntar sobre quem é a felizarda que receberá de presente a cesta.- Disse ele, olhando para o chafariz, e enquanto isso, seus olhos distantes, brilhavam.
-É Helena, e ela não está mais aqui. Mas era aqui que vínhamos comemorar o aniversário dela, porque foi aqui que nos conhecemos, e ela gostava de dar pipoca aos pombos. Na cesta, não há flores, só pipoca, e eu as jogarei a eles, do mesmo jeito que Helena fazia, sem pressa, sem a mínima vontade de ir embora; comemorarei o aniversário dela, porque ela se foi, mas está aqui no clima, no ambiente que ela mesmo criou. Eu sei que os pombos sempre chegavam perto de mim por causa dela.
Depois de ter dito isto, abriu a cesta e começou a jogar pipocas, e enquanto jogava, ia falando lentamente sobre a longevidade do relacionamento nascido há tanto tempo, e que, mesmo tendo Helena partido sem se despedir, o relacionamento não havia se consumado. Ele ainda fazia questão de agradá-la, indo aos lugares que ela gostava, e citando sempre
seu nome, e me disse que a todos a quem contava a história, deixava claro sua vontade de reencontrá-la.
O buquê
Aqui, paro a te olhar;
Esperei-te por um tempo;
Não te vi desafiar;
Entreti-me com o vento.
Envolvi-me em estações;
Abracei-me ao meu frio;
Procurei por emoções;
Evitei ir ver o rio.
Parecias ter sumido;
Teu silêncio evidente;
Temos teres morrido;
Sufocado a semente.
Para as cores me perdi;
Percebi-me um daltônico;
Entre tantas escolhi;
A que é do amor platônico.
Para alguns tu és banal;
Para outros, apenas flor;
Para mim, tu és a tal;
A que inspira o amor.
Esperar-te se molhar;
Para dizeres o porquê;
Aí, resolveu desabrochar;
Para migrares ao buquê.
Maria e João
É uma história de amor
Uma história de emoção
É um espinho com flor
Uma vida, Maria e João.
O amor chegou aos poucos
E mudou-se ao coração
Apaixonados feito loucos
Apaixonaram-se, Maria e João.
As vidas misturaram
Tudo foi pela paixão
As bocas se beijaram
Se beijaram, Maria e João.
O levou adiante
Fez viver uma atração
Ela é a melhor amante
É o casal, Maria e João.
No fundo, ele temia
Não queria ouvir um não
Na verdade, ele sabia
Que seriam, Maria e João.
Mas chegou outra menina
Uma que veio de outro chão
Ela tem linda retina
E separou Maria e João.
Depois da infância
Era um tempo distante
Aquele sem desconfiança
Era num passo confiante
Que se firmava a criança.
O verbo vem no passado
No passado é só lembrança
E o olhar fica molhado
Se pergunta sobra a esperança.
Já são anos os dias
O futuro mudou de lugar
São mulheres as gurias
Amanheceu o que era luar.
Inocência que não existe
Tempo tornou-se escasso
Incoerência de quem desiste
E planos que eu mesmo faço.
Na terra que já não ando
Na rua que já não brinco
A vida que está findando
O fim que já está vindo.
E eu vivo fugindo
Driblando a desesperança
Encontro a quem vem sorrindo
A encontrar-me durante a dança.
Multiplicar
Há um abraço guardado
Um rico sempre o tem
Há um amor multiplicado
E um riso sempre vem.
Vem como o sol cedo
Despontando de algum lugar
Vem desvendando segredo
Conversas até se cansar.
Há um amor desconhecido
Há uma vida que nasceu
Na vida novo sentido
É semente que floresceu.
Sempre há na mesa lugar
Cabe os que sentem fome
Tem a chance para amar
Pode sempre chamar pelo nome.
Há um amor que não vai
Há solidão que não vem
Diz para a vida "não sai"
Lugar para rotina não tem .
Há um amor guardado
Um rico sempre o tem
E o amor é multiplicado
Quando se divide com alguém.
Nascer de um sol
Macia
Ansiedade de uma vista além de um nascer de um sol, que emite um calor na Pelé e na mente de um eterno poeta.
Ao transitar de um pensar durante um dia, com vários pensamentos rondando um pequeno espaço, numa esfera macia, que confunde qualquer ser vivo.
Ao percorrer o final da tarde, o sol dando espaço a lua de todos os românticos e poetas solitários, que vão juntando todas as letras misturadas e transformando em poesia, através da lua e das nuvens a vagar em uma eterna saudade... (rsm)19/04/2012 e 07/12/2019
Perdido 59
Em silêncio
Ao silêncio de um ser, tento percorrer em um labirinto do desenho incomum, lagrimas ao tentar marcar um princípio de uma marcação sem limites ser, em um labirinto do desejo á percorrer sem limites a ser um ser em delírio em um sertão sem agua e sem lagrimas a marcar... (rsm) 07/12/2019
"Eu sempre fui um cara quieto e fechado no meu canto, nunca soube demonstrar meus sentimentos e quando conseguia era sempre rejeitado, mas o universo é engraçado, ele tem planos pra nós e eles acontecem quer nós queiramos ou não, eu já havia desistido de encontrar alguém, e do nada você surgiu na minha vida e logo de cara eu já tive uma sensação de que nós éramos conectados de alguma forma, mesmo nunca tendo conversado com você antes eu senti que já te conhecia desde muito tempo, talvez até de outras vidas, talvez a razão para nenhum de meus relacionamentos anteriores nem se quer ter começado fosse porque o universo estivesse me preparando para algo maior, para conhecer você.
É como diz o provérbio chinês (o fio invisível conecta aqueles destinados a se conhecerem, independente do tempo, lugar ou circunstâncias, o fio pode esticar-se ou emaranhar-se mas nunca irá partir)."
Um novo dia vai nascendo
O raios do sol refletem os campos.
Um lindo pássaro a canta demostrando a felicidade em forma do cantar
E assim como toda natureza, e bela ela insiste a mostra .
E como todas flores são belas e linda.
Resolvi pegar você pra mim cuida ..
Minha linda flor preciosa que pra sempre vou amar..❤
Deixe um sinal de alegria onde for, alegria, bom humor, otimismo mesmo no caos que vivemos.
E não esquece de usar sua energia pra prosperar, trabalhar em projetos que torne sua vida melhor, significativa...importante.
Um dia traz tantas oportunidades, pega uma.
Palavras que afirmo pra mim, que já foram ditas por tanta gente inspiradora.
Usem também. Faz diferença.
Talvez, sentar no banco para bater um papo com a Dona Consciência pode ser o momento mais chato e de saia justa da vida.
Essa Senhora, que enquanto fala, te cutuca o ombro com o guarda-chuva na mao nao te falara nada que você não saiba ou não já não tenha sentido. Mas ela te ensinará que o de mais precioso você tem para dar ao outro é o seu tempo.
Mas a mesma consciência, vendo vc cabisbaixo e ranzinzo te dará um refresco do ralho. Ela te falará que para quem é sincero não teve do todo o seu tempo perdido ou desperdiçado, pois ele fez tudo que podia, com o grau de consciência que tinha naquele mometo de si, enfim, deu todo o seu melhor.
E quando você der aquele meio sorriso sem graça de alívio...ela vai levantar, te dar a cutucada final com o guarda-chuva todo esbandalhado e dizer: "mas deixe de ser trouxa!"
E vai sair batendo as sandálias.
O Amor, uma arte!
O amor não é um jogo para ser decifrado,
O amor não é um precipício sem fim, para ser pulado sem paraquedas,
O amor é uma viagem perfeita no mundo dos sonhos é uma viagem surreal no mundo real,
O amor vem com a força de um impacto, torna-se um pacto, cresce com brilho, realça a nossa natureza, vira uma fortaleza e muda o ritmo da nossa vida dando preciosos significados, com o tom, a sinfonia e a harmonia certa de uma dança.
FELIZ ANO NOVO
_
Rolhas pelo ar, tudo está para recomeçar...
Um brinde ao arrependimento
E Dois últimos a este sentimento.
Três passos solitários...
Deus perdoe meus pecados.
Estraguei tudo mais uma vez,
Sei que me odiarei até morrer
Mas agora não me abandone,
Pois Preciso de você!
Eu lhe prometo que será a última vez.
Até quando
Cada um vive a sua maneira
Muitas vezes sem se importar
Com aqueles que estão próximos
Aqueles que ainda conseguem suportar
Conselhos você recebe aos montes
De pessoas que se importam com você de verdade
Mas você prefere se entregar ao seu vício
Ignorando todos e sua realidade
Você poderia ter uma família
Você poderia ter o amor de seus filhos
Você poderia estar presente na vida deles
Mas preferiu ficar com os prazeres do mundo
Hoje você sente o peso das suas escolhas
Sua saúde é reflexo da vida que levou
A cada gole sua vida se definha
Assim como a esperança daqueles que deixou
Não existe muita coisa entre nós
Apenas aquela velha rotina de nos encontrar
Me pergunto: Até quando farei isso?
Talvez esse dia esteja próximo de chegar
Farmácia
[dezembro, 2019]
O farmacêutico me vendera remédio,
um genérico para sintomas físicos
Mas o moço nem sabia, o que
me matara naquele instante era mesmo
uma melancólica de saudade
Lobrigando, veio até mim e entregará
um papel
continha exatos nove dígitos,
vosso telefone
para caso eu esquecesse
o horário de tomar o remédio
Resolvi ligar, num
gesto de socorro e dor
Não havia esquecido
o remédio coisa alguma
Indaguei-o
vocês abrigam remédios
para miocárdio partido?
Ouvi um barulho do outro lado da linha
a ligação caiu,
não havia antídoto capaz
de curar tal sentimento
ali naquele recinto.
Um sopro da paixão
Um vento passageiro bateu a minha porta,
Num primeiro momento trouxe alegria, euforia e um gosto tão bom que paralisou o tempo,
A paz e o alívio trazidos pelos gestos e os detalhes foram se esvaziando na mesma velocidade que chegou,
Foi tão bom e tão repentino, talvez tenha sido um engano, ou um sonho, não importa! As lembranças dessa paixão me fazem tão bem.
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