Carta a um Amigo Detento
Homem do Mar
Enquanto eu canto, tentando encantar, sou esquecido em um canto, ou em algum lugar.
Sinto- me amado pela saudade, pois de mim não se afasta,
Preciso sentir seu toque no menor espaço de tempo, entretanto sinto você mais longe de mim em vários momentos.
Será que cada vez que o mar te leva pro horizonte, menos de você fica aqui ao meu lado?
Como um dia ensolarado, o amor se demonstra.
Ao mesmo tempo em que se manifesta intenso, caloroso e admirável, também se mostra passageiro.
Como num solstício, pode durar mais ou menos do que o ideal.
Após alguns vários momentos, a insolação tem seu fim, deixando a atmosfera mais calma e lépida.
O pôr-do-sol transita à intensa escuridão, iluminada, apenas, por poucas e singelas luzes consoladoras.
À espera de um novo esplendor, quedamos solitários e mergulhados na incerteza do acaso.
E não adianta procurar outros braços,
pois ainda resta um pouco de você em mim.
Por mais que tente, não some.
Nem bebendo pra afogar esse resto.
Dá vontade de te ligar e pedir pra buscar
o que sobrou.
Mas é sempre bom deixar rastros do que
já se foi. Mostra que mesmo por um tempo curto
aquilo foi bom. E por mais que me doa as vezes,
saber que já foi meu, ainda me faz um pouco feliz.
- Yanka -
Hoje você é um pouco de inspiração
Mulher forte,guerreira, frágil e doce
Sua alma é tão linda
Quanto a estrela mais brilhante e bela.
De tanto ir e vir acabei te encontrando
Por te enxergar me agradeço
Fecho os olhos, e vejo:
Você na imagem mais perfeita.
Para não falar de amor,
me faço besta para te ver sorrir
Sua força me da força
Amor da minha vida
Te encontro em mil vidas, em todos os sonhos.
Me inspira, não conspira
Seja minha luz, ilumina meu caminho
Me leva com você, pra qualquer lugar
Me de seu amor, que eu lhe dobro
Te mostro, te livro, te desejo
Seja você, sejamos um.
Beijo de outrora
Houve um tempo em que o beijo
Era recompensa.
Hoje nem se pensa
Num beijo delicado,
Recatado.
É beijar sem critério
Sem mistério
Por beijar.
Não tem namoro
Tudo sem decoro
É só ‘ficar’.
Onde estão os enleios,
Os anseios,
Das mãos tocadas de leve.
Amar já não se deve,
Nem existe mais paixão.
Se foram os doces momentos,
Com o vento.
Amor é ‘breguice’,
Foi um jovem que disse,
Hoje, não tem mais ilusão.
Coisas boas da vida
Comer um bolo quentinho,
Tomar café batidinho,
Doce de leite caseiro,
Um assado de carneiro,
Queijo fresco e marmelada.
Uma promessa cumprida,
Uma rosa recebida,
Um beijo fora de hora.
E rir de quem cai da escada.
Ver o sol nascer faceiro,
Morgar o dia inteiro,
Comendo doce de amora.
Cortar cabelo sozinho,
Conversar com o vizinho,
Chegar feliz onde mora.
Jornal sem notícia ruim,
TV sem pornografia,
Gargalhar com alegria,
Tristeza chegar ao fim.
Isso tudo misturado,
Faz da vida um bem estar,
Alegria é um bem danado,
Pra quem sabe cultivar.
Exemplo da natureza
No alto da árvore florida,
Um casal de passarinho,
Em exemplo pra esta vida,
Cantam e trocam beijinhos.
Se os humanos se espelhassem
Nesta sábia natureza,
Quem sabe não precisasse
De se ter tanta tristeza,
E o mundo talvez voltasse
A dar devido valor
Nas coisas boas da vida
E no verdadeiro Amor.
Caráter se faz com sabedoria
Em busca de um local para morar após a morte de seus pais, Izabela deparou no jornal com uma boa oferta. Um apartamento no tamanho que ela queria, e por um preço que ela podia pagar. Achou que era o ideal. Afinal, São Paulo não é fácil.
Foi em busca.
O bairro era longe de tudo, mas parecia ser seguro e com boa qualidade de vida. Avistou o prédio do endereço achado no jornal. Não era muito bonito, mas tinha uma aparência imponente, embora não muito conservado. Ficava no alto, distanciado dos demais e com uma grande área verde que se estendia abaixo. Tocou a campainha e foi atendida por um senhor já de alguma idade, que a interpelou com um sorriso. Mais algumas pessoas estavam por ali. Parecia ser uma reunião. Pensando bem, em um ‘Hall’ de entrada não seria bem apropriado para reuniões. Mas quem sabe.
O senhor austero e formal, perguntou sobre o motivo de sua visita. Ela explicou.
O homem então com uma certa rudeza ao falar, lhe disse que aquele prédio não admitia qualquer um para ali morar. Izabela ficou boquiaberta olhando para as pessoas que se calaram e a olhavam como um ser extraterrestre. O cavalheiro continuou dizendo, que aquela era uma reunião informal de condomínio, e era justamente para tratar desse assunto, já que alguns proprietários, ou por mudar-se para outra cidade, ou mesmo por morte, colocaram a venda seus imóveis. E como o prédio sempre primou pela superior linhagem de seus habitantes, estava sendo estudada uma forma de impedir que qualquer pessoa, que só por ter dinheiro para pagar, viesse ali residir. Porque, segundo ele, não é o dinheiro que faz uma pessoa ser importante, mas seu berço. E complementando seu monólogo discriminativo perguntou quem era ela, quem era sua família, de onde vinha e o que fazia.
Izabela respirou fundo e sem responder de imediato sua pergunta, falou: e os senhores quem são? Quem sabe descendentes dos marinheiros que vieram com os descobridores nas naus de Espanha ou Portugal. Ou talvez dos colonizadores enviados pelos Reis diretamente das prisões da Holanda, França e Inglaterra para encher a nova colônia e esvaziar seus calabouços? Porque pela cor de sua pele, igual a minha, não podem ter em suas veias o sangue nobre dos reis e príncipes das tribos de Angola e arredores, trazidos pelos navios negreiros, enganados e à força, para servirem de escravos a alguns que de superiores só tinham a arrogância. E se neste prédio só tem pessoas como os senhores, eu me retiro. Vou em busca de algum outro imóvel, quem sabe na periferia, porque nobreza, senhores, não está no título de Condessa do qual sou herdeira por direito, vindo de uma milenar tradição dos castelos da Itália, e que por certo me daria a condição de aqui morar. Mas sim, em meu caráter que não admite tal discriminação.
Dizendo isso, Izabela girou nos elegantes saltos altos, e saiu por onde entrou.
Vislumbra-se algo......
Traça-se um plano...
Maquiagens.
Figurinos, palavras doces, promessas...
Abram as cortinas,as luzes acendem, algo se alcança,o plano completo, a maquiagem se desfaz,os figurinos já não são mais necessários, as palavras são jogadas, largadas..
É o fim do espetáculo da conquista...
Fechem as cortinas.
O show acabou...
A mascara caiu..
Não sou do 'Penso, logo existo', sou do ser, estar, sentir. Posso mesmo existir sem sentir um mínimo do que é a vida?
Seria uma existência vazia, um choro abafado, interno, soluçando na minha cabeça; mas eu não consigo colocar pra fora e, talvez, nem queira. Meu orgulho é solitário e as palavras são afiadas demais pra compartilhar.
Converso com pessoas, sorrio, até mesmo gargalho... É uma máscara necessária. Não consigo, e não posso, permitir que o outro veja a nudez de sentimentos que há em mim. Meu corpo sentimental vem vestido de luzes vacilantes e dos meus olhos esvaecem as últimas gotas de vida. Mesmo assim estou de pé.
Não há mutualismo no sentimento, não há divisão de dores ou multiplicação de sorrisos, há apenas um mar de gente, tão cinzas e vazias quanto eu.
Mulher
Mulher é mais do que uma palavra.. É um ser que gera outro ser
É um ser celeste, protegido e abençoado..
É um ser fascinante e apaixonante
É um ser indomável e sim amável q precisa ser compreendido e considerado
É um ser tenaz, sagaz, insòlito, prestigioso, vaidoso e muito mais..
É um ser que não se deve tratar com medíocridade e muito menos como propriedade
É um ser que carece de reverência e confiança.. Mulher é o ser que me gerou e me fez ser o ser que hoje sou.
UM OLHAR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sempre olhei ao redor e vi um campo
que supera os seus frutos negativos;
chão de vivos; de gente que reluz;
toca fundo e seduz os pés e as asas...
Meu olhar se derrama sobre a vida,
sem o medo que o tempo instituiu;
com a vasta esperança que se tem
no caminho; no bem; no ser humano...
Nunca vi esse velho fim dos tempos
que ressoa nos templos desde sempre;
vejo, sim, recomeços; renascenças...
Gente má não supera o dom do amor;
a garoa fecunda; não a enchente;
minha mente plantou que o mundo é bom...
À Madame Vírginia.
Toda história, a lenda, era um truque, o refúgio de meus anseios. Toda ação, das mais desvairadas e insanas, as inconsequentes, às mais sutis e febris, tomei por gosto. Enfim, o verbo, pautando em cada caminho morno, um tanto levou de meu valor. Querer cuspir no chão de cada dia pra refrescar o pisar, limando o certo, galgando cada degrau da culpa. Mas soltei as amarras, despi-me mais uma vez.
Noutro dia aquelas cinzas nuvens encheram meu dia de cor, porque estavam aqui dentro de meu íntimo dia mais bonito e o ontem já não incomodava.
Parto deixando as lembranças entocadas nos cantos que um dia pareceu-me feliz, a luz, os discos na vitrola embalando Choppin, a mesa de canto amparando toneladas de guimba de cigarros, uns do bem outros traiçoeiros deliberadamente, livros espalhados, uma doce bebida e teu rosto tranquilo sem nenhuma culpa
Tua casa fria Virgínia, apaguei dos folhetins!
Se um dia voltarmos a nos encontrar, não saberei pronunciar teu nome. Tua face rosada de certo irei apagar aos poucos, quando as rugas tomarão conta das lembranças, pouca memória conseguirei retirar de mim. Não costumo sofrer para sempre, o sempre acabará diluindo-se ao vento do tempo.
Assino-me: o resignado.
O CORAÇÃO BOM E O CORAÇÃO MOLE
Em uma esquina qualquer se esbarram dois Corações. Um tem a face meiga, suave, olhos doces e em uma das mãos carrega flores e na outra um cesto cheio de coisas sem valores. Ama a todos e por amar crê que deve aceitar tudo o que lhe dão de qualquer maneira e assim, faz do seu cesto uma lixeira. Vem sorridente pela esquina, mas ao dobrar, algo me chama a atenção: dele escorrem algumas gotas pelo chão. O outro também tem a face meiga, suave, olhos doces, porém em uma mão tem flores, na outra uma peneira e pendurado ao pescoço um molho de chaves. Mas por que chaves?! Então entendi que são as chaves da sua porta e as dá para quem com ele se importa. E a peneira? É porque ele ama a todos e por amar não aceita tudo de qualquer maneira e por isso passa pelo crivo da peneira. E as flores, reserva à gentileza.
Um diz ao outro:
— “Olá, eu sou o Coração Bom, pois só tenho flores e recebo tudo sem olhar valores!”.
O outro retribui o cumprimento, mas diz:
—“Olá. Não, você não é o Coração Bom, embora pareça, você não é, você é o Coração Mole!”
—“Mole?!”
—“Sim! Derrete-se pelo chão e em pouco tempo estará mergulhado em entulhos por não conseguir dizer “não”. Eu sou o Coração Bom, pois não tenho só flores, tenho também chaves e peneira que me preservam em dignidade e de me tornar uma lixeira.
Como posso eu, um simples homem, revelar a febre que estou sentindo, sem mostrar me escravo da mesma? Se as doces e singelas palavras, expõem me por completo, mostrando o quanto estou dependente?
Talvez seja mais sensato revelar me em silencio, quem sabe as palavras suavizam esta dependência! Por que me engano? É obvio que não há como revelar sem exposição total! Jamais imaginei entregar me deste forma, mas não vejo outra forma de revelar, sem dizer-te que meu coração vive imerso neste sentimento puro e verdadeiro que é amar-te!
Somos iguais
Um dia lá na frente em algum ponto de nossas vidas iremos relatar em conversa com velhos conhecidos onde diremos em meio a assuntos diários que conhecemos alguém no passado ao qual tomamos como espelho para nos moldarmos a um modelo de vida que consideramos satisfatório em que imitamos puzemos em pratica e hoje nos sentimos vitoriosos.
Conheço gente que insistem em relatar fatos de suas vidas copiadas dos outros e afirmam que desde criança já observava isso, copiava aquilo, ou tinham predileções que julgo ser apenas invento pessoal, história da carochinha. Na verdade somos copias uns dos outros. Alguém inventa algo e em pouco tempo lá esta alguém repetido os mesmos atos e invenções. Um rapaz por nome alguém que conheci em um determinado período de minha caminhada, ficou perdido no tempo onde um belo dia como se diz por ai envolvido em sua própria teia confessou!
Eu tinha infinitas coisas para lhe contar mas, observei que repetia apenas algo que alguém tinha colocado em prática no passado, virei cópia. Suas palavras cheias de decepção e magoa, mostrava uma decepção relatada ao mesmo antes, mas que para mim enfatizava oque preví ao mesmo no inicio da conversa. Disse-me ainda; dou graças a deus ter te conhecido, você é para mim exemplo a ser seguido, o tudo que incorporei a minha vida devo a você. Tenho você como um mestre, um professor! Minha modéstia foi dizer–lhe agradeço a simpatia mas; peço que vá além, aprenda mais, será uma divida com você mesmo, ir ao extremo pois toda sabedoria é pouca se não almejarmos ser apenas cópias, pois o mestre é tempo. O apreço, porem agradeço a você,e lhe imponho uma meta que é a de ir além, me sobre por, porque não somos e nem devemos ser igual a ninguém. Assemelhar-se sim, mas ousar no aprendizado. A vida segue sempre em frente não para nunca, século a fio e do passado só é lembrado quem ousou ser mais que simples mortal ou mera semelhança. Desde o começo da consciência humana quando começou-se a entender e ter ciência de exatidões do mundo, século antes de cristo, deuses mortais já perseguiam a execelencia e fundou-se o templo da sabedoria onde suas escritas eram sedes ousado, sedes sempre ousado, só não sejais ousado em demasia mas com cautela. Porém sedes ousado com estratégia. E creia um belo dia você vai relatar que teve alguém para se espelhar mas que também, foi além dele proprio na vida, na história.E acredite que a caminhada sempre vai exigir mais e mais, onde a vida muitas vezes recusa-se ser limpa e organizada pois não são poucas as vezes que ela foi tortuosa e turbulenta, mas chegará uma hora que reina paz sossego e a calmaria se instala e a vitória é certa.
Saudades daquela época
de quando lia poemas para você
e te via sorrir, não um riso para todos
um riso para você e para mim...
Era particular
só nós entendiamos, só nós sabíamos
você ali sentada ouvindo
palavras serem declamadas...
Era assim que eu me sentia
E não sabia que disso você compartilhava
Mas tivemos uma dança
e a realidade veio as claras...
Mas disseram que era proibido
E tudo ficou escondido
Para que um dia você dividisse isso comigo...
Nas profundezas de meu ser central onde existe um vórtice pulsando, encontrei a minha dor.
Bem mediana ao meu corpo, na vertical e por um horizonte que parece não ter fim.
Profunda e ardente.....persistente sempre que tento expulsá-la.
Desconhecida e me despertando o medo paralelo à grandiosidade que está por aparecer.
Desafiando-me para te acolher e deixar ficar...o tempo que precisar
Trazendo
ao nascimento de meu EU irradiante.
Navegando nas águas violetas do meu coração..
não é necessário ter ação...
pare, pare...
fique aqui comigo mesma
respire a dor e seja nela a força primordial
que transmutará em uma guerreira angelical.
Você encontrou o meu meteorito e o transformou no mais belo diamante. Os meu fragmentos formaram um só, e a escuridão se transformou em puro brilho. Você deu vida ao que era considerado inanimado, os estudiosos te chamam de divindade. Mas não é a denominação correta que gostaria de receber, não é? Abraçar alguém com todo amor do mundo, não deveria ser considerado algo raro e milagroso.
— Lua Kalt (deliberar).
Há um mar de suposições. O simples ato de se manter em silêncio, faz com que todos te imputem crimes. Sua personalidade é moldada, e não importa o quanto você tente abrir a boca para se inocentar, você será o vilão. Há um oceano de ignorância. O erro é deixar de ser certo sobre si e passar a acreditar na verdade moldada pelos outros.
— Lua Kalt (deliberar).
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