Carta a um Amigo Detento
Fica
Não te apresses em levantar,fica
mais um pouco, verás que em pequenos
minutos vive-se mais do que em horas.
Nesse pequeno momento que ficaste
mais coisas foram ditas, muito mais
carinhos foram feitos.
Pensas que este instante só irá ser
repetido à noite.
Engano não desprezes os momentos,
aproveita-os.
Pode ser que à noite com o cansaço
durmas, não terás e não darás a atenção
a quem te ama.
Não te apresses fica, melhor será.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Cada um é cada um- A sociedade é uma empresa cobradora que não tem vínculos com ninguém.
Porque as pessoas fazem tantas cobranças a seus semelhantes?
Dão palpites, querem mudar conceitos e indicar rumos. Cada um é cada um e deve fazer o que deseja, é livre em pensamento e as ações que praticar, boas ou más são de sua única responsabilidade.
Cobranças, só as de contas e tarifas públicas que também já são abusivas demais.
Olhar Entristecido
Em um olhar triste
Um brilho cada vez mais fraco
Vou me apagando da existência
Sem muito o que agradecer
Todo este fardo sem sentido
Toda esses agradecimentos
Toda essa beleza forjada
Para nos forçar a existir
Um amanhã sem esperanças
Nasce a cada novo dia
Sem ao menos pedimos realmente
Colocaram em nossas mentes o absurdo do paraíso
Colocaram em nossas mentes uma divindade bondosa
Colocaram em nossas mentes que o sofrimento significa amor
Colocaram em nossas mentes que somos os culpados pela dor
No fim somos enganados por nossas crenças
Não acreditamos em nada sem o medo
O medo é a moeda de troca pelo poder.
ALGUÉM LÁ EM CIMA GOSTA DE MIM
seguindo a linha desse raciocínio ou desse pensamento um pouco surreal você nunca estará sozinho ou sozinha, mesmo nos momentos mais difíceis da sua vida, aqueles em que a gente procura desesperadamente o apoio de alguém próximo que entende o que realmente a gente está passando, justamente nestes momentos que precisamos de ajuda é que se manifesta o real sentido da vida, que é o que diz que nós nunca estaremos sós não importa qual o motivo ou qual a razão desse sentimento de abandono, se seguirmos aquela linha de pensamento nós realmente nunca estaremos sozinhos. Se esta afirmação é verdadeira ou falsa, isto realmente não é o que importa, o que importa realmente é o sentido que este pensamento nos leva a acreditar que realmente nos nunca estaremos sós, a medida que acreditarmos na existência de um ser divino que tudo pode e que tudo vê.
Na esperança de vencer na vida, temos o péssimo hábito de esperar que um anjo apareça e nos faça vencedor.
Não espere vencer a guerra através de vitórias conquistadas pelos outros, aprenda a lutar.
Saiba que irá chorar, porém nunca deixe que as lágrimas te afogar.
Não espere por um anjo se você tem a possibilidade de lutar.
Em meio a tantas batalhas vejo que a pior fraqueza do ser humano não é a financeira, não é a do corpo, e muito menos a intelectual. Mas sim a de espírito que é capaz de fazer com que seu valor seja inferior ao de uma colher de cinzas.
A fraqueza de espírito desce o ser humano ao nível mais profundo da mediocridade.
Na grande maioria das batalhas o maior obstáculo parte de nós mesmos.
Porque vemos a vitória, e a superação sempre distantes como as estrelas.
Acredite na força que existe em você, para que a sua superação seja tão rápida quanto à velocidade de uma estrela cadente.
Mil vezes já expliquei que, se a conduta de um filósofo pode ser explicada pela hipocrisia, pelo fingimento proposital ou por algum distúrbio mental, não faz sentido apelar ao conceito de 'paralaxe cognitiva'. É óbvio: se algo tem uma explicação psicológica banal, para quê recorrer a um conceito histórico-cultural ao descrevê-lo? [...]
Falei em paralaxe cognitiva mais especialmente a propósito de Kant e Marx. Nenhum dos dois era louco, nenhum dos dois era burro, nenhum dos dois era um farsante proposital. Nos casos de Maquiavel e Rousseau preferi explicações mais propriamente psicológicas: a inépcia, no primeiro caso, a autopersuasão histérica, no segundo. [...]
Paralaxe cognitiva é o deslocamento (estrutural, entenda-se) entre o eixo de uma construção intelectual e o eixo da experiência real à qual nominalmente ela se refere. É um fenômeno cultural que aparece na história da filosofia, endemicamente, a partir do século XVII, e que, por definição, nada tem a ver com hipocrisia, mentira ou loucura pessoal.
Em resumidas contas, a paralaxe cognitiva aparece quando o filósofo, no seu juízo perfeito e sem nenhum intuito de mentir, descreve como realidade aquilo que ele está pensando em vez do que está vendo.
Alegres promessas guardadas em um pote sem tampa
Hora transborda, hora esvazia
Ninguém o acomoda e ninguém o vigia
Aparece e some,
algumas vezes some por dias
Lá dentro tem tudo o que queres
Foi sua decisão o que guardar no que se poderia chamar de pote de promessas
É claro, deixa-lo aberto e acessível lhe traria surpresas, algumas boas...
Uma sugestão inteligente seria trocar-lhe o nome
Não lhe cabe chama-lo de pote de promessas mas de pote da vida.
O que restou de sua ausência...
(Múcio Bruck)
Professo a fé em um amor que sabe amar
Imploro, pela remissão de meus descuidos
Agradeço aportar-me em sonhos desejados
Alimentado de puros momentos passados
Lá, naquele momento, estância de toda alegria
Caminhei por sobre solos que esperança imprimia
Minha emoção, intensa, quase feliz, ansiava-te
Silente, olhar viúvo de ti, inda captava sua sintonia
Meus passos se faziam curtos, afastando chegadas
Temiam o rodar e o correr dos ponteiros, horas vazias
Os segundos, ganhavam asas, pospunham a passada
Apaixonado, ouvia-te, distante, com a alma embriagada
Sentia-a viva em mim, tão plena, luminosa, sã e forte
No calor, em suave odor, com certezas de sorte prescrita
Julguei, perdido, meu seguro porto...meu norte
Despido de certeza de querências, avidez e ode
Sem desejos da partida, que breve se achegava
Machucava o incerto por vir, sem sabores, sem quereres
Restando de certo, desejos de beijos e abraços cobiçados
Magias, em esscências do penhor de quistos reencontros
CAATINGA
Há um tempo.
Em que o tempo.
Não ajuda.
A chuva não pinga.
As nuvens não carregam.
E também secam.
Seco é o ar.
Céu parado.
Acabaram as farturas.
Semear o que,
Se o tempo já se fez.
Nada que vai nascer.
Terra que vai padecer.
Esperança de um tempo.
De uma renovada vegetação.
Para a vida no sertão.
Um olhar que penetra e encanta
Como um facho de luz que o dia abrilhanta
Um suspiro tão forte que empolga e anima
Como o vento que sopra os galhos lá em cima
O falar impactante tão firme e ameno
Que se confunde com o tom de um acorde sereno
Seus lábios macios e sempre molhados
Sua pele morena que instiga ao pecado
Carícias que ditam o sentido do prazer
Que arrepia o corpo e me faz enlouquecer
Um abraço acanhado com a mais pura magia
Que transforma o receio em paz e calmaria
E um saber diferente que norteia minha mente
Tão sábia, tão bela e tão inteligente
Cada palavra penetra o ouvido
Tão clara, marcante sem nenhum ruído
O ritmo com o qual ela dita
Envolve a alma, permite-se à vida
Vida de alegria, vida de viver
De se envolver sem pensar no que vai acontecer
É querer, é sentir, é gostar, é unir
E as lembranças ficam com um desejo de um dia se repetir...
CÁRCERE
Agora
Depois do... depois de...
O homem volta a ser.
Um ser sagrado
Tudo será perdoado.
Não foi nenhuma
Passagem fenomenal.
Não era nem carnaval.
Apenas natal.
Do indulto ficamos mudos.
Saímos pro mundo.
Pensamos, mas não voltamos.
A dor da gente.
É a dor que sente
A minha mãe.
A minha mina.
Pobre mãe.
Pobre meu pai.
Descanse em paz.
Minha mãe, também foi uma menina.
Por favor, entendam.
Meus amigos parentes e vizinhos.
A minha expressão.
Não está na proporção.
Do meu coração.
Sentir um vazio seria nada sentir?
Dessa falta de sentimento nao mais falarei.
Porque o Amor que me fez sorrir
Agora me traz certeza que mais forte serei.
Há necessidade de preencher o coração
Com algo que nao sei o que é.
Para que nao haja mais solidão
Me sentir amado me faz ficar em de pé.
É preciso aprender a perder
É preciso com as pessoas descepicionar
Eu preciso saber como ser
Ser paciente e aprender a amar.
Eu sempre disse que no teu peito, era meu lar
Mas de um tempo pra cá
Em meio a essas tantas idas e vindas
Depois de tantas vezes que você quebrou meu coração, e me machucou, me fez chorar e me deixou de cama
Eu adoeci
Adoeci por dentro
Adoeci de amor
Ainda dói dizer
Mas sei que não posso fazer de alguém, meu lar
Meu lar é o mundo
Meu lar sou eu
É o meu próprio corpo!
Hoje eu já não preciso mais de você pra viver
Ainda dói
Mas eu sei q posso ser feliz sem você
Ainda dói, e eu também não sou tão feliz assim
Mas eu aprendi a viver e não depender de ninguém
Muito menos de você!
Então, hoje me despeço
Vou ir, e espero não voltar
Parte de mim, ainda quer ficar
Mas eu sei que preciso ser forte e seguir em frente.
Mesmo depois de tanto chorar
Mesmo depois do tanto que você me fez sofrer
Eu ainda te agradeço
Pela experiência
E por você existir
Obrigada por ser quem é
Mas hoje eu vou ir
E espero não voltar.
Nada melhor do que dormir ouvindo uma música tão sofisticada chamada chuva. Uma música com um ritmo marcado pela frequência dos pingos que se esvai sobre o chão molhado, um tom que pode inevitavelmente variar dependendo da vontade da natureza, alarmaveis e potentes instrumentos musicais, trovões, ventos e gotas delicadas e inofensivas. Uma música que é sempre única com a interpretação que a natureza quiser empregar, uma música com duração indeterminada que dura o tempo necessário e que pode variar de intensidade, a chuva e toda a natureza tem um poder sobre nós, sentimentos, pensamentos, atitudes, poderes maiores do que qualquer ser de carne e osso possa mensurar. Pode conduzir calma e paz, nos fazer transcender, refletir sobre nossos problemas e nosso futuro, trazer mensagens na forma de lembranças, da próxima vez que ouvirmos o som da chuva, devemos prestar atenção, a cada gota que cai no chão ou telhado, a regularidade dos pingos e trovões, aprecie como alguém que toma um bom vinho, porque este tipo de música não toca quando você escolhe, ela se apresenta nos momentos necessários e com o tom apropriado.
- Matheus Rezende
FINITO - À Mariana.
Da janela do meu quarto, entendo ser finito
Além do céu cinzento, um inerte monolito
E nada estanca a lágrima corrente no meu rosto
Tempo parado, pela dor que sinto e trago tão aflito
A vontade de esquecer, nunca esteve comigo
E se tentei estar atento, foi só pra ter contigo
Os bons intentos preservados nos momentos de um sonho
Mas da janela do meu quarto, um retrato do meu grito
Queria só te ver
Pra talvez compreender
O que não cabe mais em mim
Queria só viver
O tanto a mais pra ver
O que não cabe mais em mim
De amor
Já passou da hora de um novo sistema de educação , uma nova forma de ensinar e aprender: ''Não é pegar leve, é pegar onde tem que pegar''.
Tem pessoas que são bons em algumas matérias e outras não, tem alguns que são bons em coisas que nem existem nas escolas.
Deveríamos focar no que os alunos são bons e tem interesse e instigar isso.
E que um dia encontremos alguém, quando menos esperarmos. Alguém que vale a pena. Alguém que nos faça sonhar. Alguém que chegue e some, que não suma. E se esse alguém for um cacto, que tenhamos paciência, pois até mesmo os cactos mais velhos florescem e dizem que suas flores são umas das mais perfeitas.
Que um dia alguém veja além do corpo, das celulites e dos quilos a mais. Que um dia alguém veja além da profissão, do status. Que um dia alguém seja capaz de ver a alma e que se encante por ela, pelo caráter e por todas as risadas que essa pessoa nos proporciona.
Quem nesse mundo seria louco em escolher um cacto no lugar de um balão? A não ser que o cacto tenha um sorriso lindo e seja uma confusão. Que graça teria se pudéssemos escolher? Se o bom da vida é aprender, é sofrer, cair, levantar e amar. É ver as pessoas e anos passando na esperança de que um dia, naquele dia, um dia normal como qualquer outro, Deus vai colocar na nossa frente alguém que desperte algo tão bom. Que além de despir a roupa te despe a alma. E nesse dia, não vai fazer diferença se é cacto, balão ou papagaio. A diferença vai ser no olhar, na simplicidade e no sentimento. E se não for recíproco, talvez o balão seja de gás Hélio e voe, voe na imensidão do céu azul.🎈
Contradito
Um dia dito em verdade
Quando na verdade
Verdade não há
Verdade era
Era
Mas só um pouco
Um pouco de muito
E se dessem
Um pouco mais
Seria tudo
Mas não deram
Assim, resultado de nada
Logo
Tudo
Muito
Pouco
E nada
Do lado oposto daquele que diz
No caminho inverso
Sem ser comparado
Numa outra versão
Numa outra visão
Numa outra realidade
Realidade daquele que busca tudo
Mesmo não tendo nada
Muito simples na verdade
Verdade?
A voz do meio
Em pleno silêncio.
Você já foi uma dor de cabeça, que eu esperava passar quietinho no meu canto.
Você já foi um cisco no meu olho, que eu coçava até parar de sair lágrima.
Você já foi minha casa com o seu abraço.
Agora você é só um passado, aprenda a lidar com a minha ausência, ou terá consequências mentais.
Cordel: a seca...
um Apocalipse no sertão
O agricultor sofre demais
Com a seca no sertão
Essa dura realidade
É de partir o coração
A seca ta acabando tudo
E todo ano é assim
Sai esturricando o verde
Parecendo não ter fim
É grande a minha tristeza
Quando eu olho pro sertão
Vendo a chuva tão distante
E o sol rachando o chão
Aí eu me ajoelho e rezo
Pra Jesus nos ajudar
E lhe peço humildemente
Que mande chuva para cá
Pois o meu gado está morrendo
E eu não sei o que fazer
Minhas cabras e bacourinhos
Eu vendi pra não morrer
Na varanda lá de casa
Ainda me lembro com tristeza
Do roçado e os pés de frutas
Destruídos pela seca
Antigamente a gente tinha
Os nossos porcos no chiqueiro
Na lavoura era fartura
Tinhamos até um galinheiro
Das nossas vacas vinham o leite
Pra fazer queijo e coalhada
Manteiga da terra e escaldado
Além do doce e a nata
No nosso plantio tinha batata
Melancia e melão
Macaxeira e milho verde
Jerimum e o feijão
Lá na horta tinha tomate
Batatinha e cenoura
coentro e berinjela
Pimentão, alho e cebola
Nas noites de lua cheia
A gente sempre ia caçar
Voltávamos com uma fartura
De peba, mocó e préa
A gente criava Guiné
Patos, jumentos e uns touros
Ovelhas, cabritos de raça
Uns 4 cachorros e 1 poldo
E nas noites de São João
Comíamos milho e beju
Tapioca molhada no coco
Canjica, pamonha e angú
Essas lembranças do passado
Eu recordo com emoção
Da felicidade que um dia
Eu vivi no meu sertão
Esse sertão já foi motivo
De muita felicidade
Hoje tudo se acabou-se
Só restou mesmo a saudade
Ainda recordo com alegria
os bons tempos de abundância
A chuva caindo no chão
Nos enchendo de esperança
Só que aqui no meu sertão
Onde tudo era fartura
Não se ver mas mata verde
É só tristeza e amargura
Morreram todos os pés de frutas
Os de manga, os de caju
De acerola e às bananeiras
As laranjeiras e os de embu
A seca é tão devastadora
Que os peixes morreram tudo
Tucunaré e a tilapia
Não escapou nem o cascudo
Essa seca é muito árdua
Que eu nunca vi ser tão cruel
Às abelhas foram embora
E acabou com nosso mel
Às plantações se acabaram
Com a seca repentina
No sertão não sobrou nada
Nem mesmo o galo de campina
Os pardais foram embora
Em busca de sobrevivência
Arribaçãm pegou o beco
E o urubu pediu clemência
Não existe mas açudes
Nem barreiros e nem cacimbas
A falta de chuva é grande
Que o verde virou caatinga
O plantio de algodão
Ficaram secos e não tem mais
Nenhum pezinho de palmatória
Para dar aos animais
Essa seca tão cruel
Está tirando a alegria
E os sonhos do sertanejo
Que trabalha noite e dia
Toda manhã quando eu acordo
Eu não sei como dizer
a minha esposa e a meus filhos
Que não tem mas o que comer
Viver dessa maneira
Me corta o coração
Essa seca desgraçada
Tá acabando com o sertão
Eu imploro ao meu jesus
Um homem santo e salvador
Que ajude o sertão
Que a seca esturricou
Pois o sertão está sem água
Sem trabalho e sem comer
O sertanejo ta abandonado
E a tendência é morrer
Mas o sertanejo é teimoso
E tem muita fé no coração
Ele morre de fome e sede
Mas não abandona o sertão
Mas logo logo, a chuva chega
E eu sei que ela vai
Acabar com o sofrimento
Do sertanejo e dos animais
E quando a chuva aqui chegar
Eu vou ter que conseguir
Começar tudo de novo
E o meu sertão reconstruir.
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