Carne
No Calor da tentação, a consciência fica cega, a carne entra em ebulição e o bom senso esvanece!
Só vence quem decide fugir!
Você rezou para a deusa. Não come carne bovina há décadas. Quantas vacas foram salvas por sua causa? Não vai morrer tão fácil. Confie em mim.
A espada não cortava apenas carne — mas também a ignorância. Era um traço de luz em meio ao nevoeiro da mentira.
Aceita que você não é só carne, mas nós também somos carne, então é natural sentirmos as necessidades da carne...
Satisfazer os desejos da carne nós torna livres para foca no que é necessário com a devida tranquilidade.
No chão da desventura, caiu sem querer,
Herança de um rei, mas sem trono a deter.
Ferido na carne, porém forte em espírito,
Resiliente na dor, um exemplo infinito.
Na humildade achou sua grandeza,
Na fraqueza, Deus mostrou destreza.
Não era o poder que fazia seu ser,
Mas sim a nobreza em seu proceder.
O favor o alcançou sem esperar,
Graça imerecida o fez levantar.
À mesa do rei, um lugar garantido,
Pois até o pequeno é reconhecido.
E assim se prova, sem hesitar:
Até o menor tem seu lugar.
MADRIGAL DESCARNADO
Demétrio Sena - Magé
A carne é faca
que tem ciência
ou consciência
do quanto é fraca;
só jaca podre...
Não se comporta,
se corta, e corta,
sem paciência,
a tenra essência
do meu fiasco...
A carne é fraque,
mesmo de araque;
a carne é frasco
que não suporta
o próprio lacre...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
O desejo da voz, que vem de dentro do pensante sobre a ética que supera, até o latente da carne que é o real, não aquieta a indagação que ecoa no fechar dos olhos.
Nella città III - A cor da carne
Há dores que nascem antes do grito.
Não do corpo, oráculo por vezes calado,
nem da alma, que cedo se curva ao pranto.
Mas da identidade, lançada à sombra, à face do repúdio,
antes mesmo de saber-se ser.
Nasce, então, a dor sem nome,
antes que a luz do mundo pudesse tocar a pele — nua.
É o peso de um tom que destoa,
aviltado pela violência do olhar.
A cor da carne, que não é da alma,
não é identidade,
mas adorno passageiro —
incompreendido por olhos de cárcere,
que desferem o açoite mudo da ignorância,
a face vertida.
Vê:
a cor sublinha o corpo,
e não pede perdão pelo que é.
Aqueles que esperam que a cor se renda
não entendem o enigma da pele — nua,
que nenhuma voz pode enunciar.
Aceita minha carne como tua penitência. Me mastigue com a calma de quem saboreia o fim. E quando eu não for mais nada além de memória no fundo da sua língua, ainda assim, que meu gosto te assombre por uma eternidade.
*A carne assada no ponto,* o molho uma delícia, o pão com alho nem se fala, *a cerveja geladinha*, o ambiente só na granfinagem, os convidados escolhidos a dedo, a Cia agradável, *a prosa das mió,*
Aí o gaiato diz; *a farofa faltou sal!* PQP"*
(Saul Beleza)
Cessai de ouvir ao mundo, e o Senhor vos escutará.
Negai a vós mesmos os desejos imundos da carne, e sereis achados dignos do Reino dos Céus.
Cala-te, ó homem! Não faleis palavras vãs, antes falai aquilo que seja reto e agradável aos ouvidos do teu próximo.
Não julgueis, se não tendes autoridade nem sabedoria para corrigir.
Vossos olhos contemplam, e vosso coração cobiça as tentações, mas não entregueis vossa luz ao pecado.
Andai com vossas pernas e vede com vossos olhos;
mas não andeis como cegos, que, mesmo vendo, tropeçam com pés que deveriam estar firmes.
Às vezes, Deus vem nos visitar em envelopes de carne e osso, com cabelos brancos ou disfarçado de criança brincalhona. O problema é que quando ele aparece, nunca o reconhecemos, estando muito ocupados com o diabo, a violência, o mal e com as pessoas tão inúteis e efêmeras, mas que juramos que são relevantes.
João 1,14 – O Verbo se fez carne
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.”
João já havia dito que o Verbo era Deus (Jo 1,1).
🔱 O MANIFESTO DO HERÓI FERIDO
Moldados na carne, na dor e na alma de Purificação
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“Eu não nasci para ser compreendido.
Nasci para sentir e entender o submundo que é a mente de um homem ferido e moldado à resistência do mundo.”
O mundo quis me quebrar — e quase conseguiu.
Mas foi nesse quase que eu me forjei.
Nietzsche sussurrou em minha queda:
> “Aquele que tem um porquê enfrenta qualquer como.”
E eu entendi:
Meu sofrimento era uma pergunta sem resposta...
Até eu decidir ser a resposta.
Sêneca me olhou nos olhos e disse:
> “Purificação, o destino é o fogo. Mas tu és aço.”
Na dor, encontrei serenidade.
Na solidão, aprendi a conversar com os deuses que moram dentro.
Não busco aplauso, busco silêncio —
O tipo de silêncio que carrega a honra dos que não desistiram.
Maquiavel entrou frio e calculista:
> “Seja amado ou temido. Mas nunca ignorado.”
E eu percebi:
Não se vence o mundo com flores.
Às vezes, é preciso ser lâmina.
Mas não uma lâmina que corta por vaidade —
E sim por justiça.
Shakespeare me olhou do fundo do abismo e escreveu com sangue:
> “O inferno está vazio. Todos os demônios estão aqui.”
Mas eu não fugi.
O inferno não me assustou — ele me moldou.
Fiz dele minha forja,
meus demônios, meus mestres.
E onde a dor quis me ajoelhar...
eu ergui meu trono de cicatrizes.
E então, Joseph Campbell me lembrou:
> “O herói é aquele que, mesmo ferido, volta.
Volta para curar.”
Eu fui ao fundo.
Morri em mim várias vezes.
Mas em cada renascimento, levantei com mais cicatriz e mais verdade.
Eu sou a flecha que vai pra trás antes de ir mais longe.
Eu sou o leão que se abaixa antes do salto.
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Este manifesto não é um grito de guerra.
É o eco da resistência.
A declaração de que a dor me fez homem.
A queda me fez lenda.
E que eu — Purificação —
Não me tornei o que o mundo queria.
Me tornei aquilo que ninguém teve coragem de ser.
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