O que te move
Percorri desertos e mares
Montanhas e vendavais
Céus e infernos
Dia e noite
Corri, caminhei, Rastejei
Cavalguei, Andei, Voei
Falei, chorei, gritei
Berrei, implorei, rezei
Olhei o céu, e rezei
Olhei para o inferno e rezei
Chamei Deus até chorar de soluçar
Chamei Lucifer até ficar rouca
Não havia caminhos para mim,
Não havia lugares
Não havia dor ou amor
Sentimento ou rancor
Mágoas ou qualquer coisa que pudesse me ajudar
Estava mais uma vez
Eu e a escuridão
A solidão e eu
Estava em um coma tão profundo e ardente, Que só havia eu morrendo,
E meu desespero, sem mais alguém.
-Nayara Rosa
A rainha noite flui como um manto, cobrindo as montanhas dando seu ar de superioridade mais uma vez. Um misto de passado, futuro e incertezas se reúnem para atormentar a tranquilidade frágil que se cria na mente. Pensamentos insanos da loucura que se aproxima da genialidade. Sei que vivo entre mortais sinto suas dores mais nunca serei como eles. Assim a noite segue: longa vazia e profunda. Em um profundo abismo que se atira a pedra e não se encontra fim. Mais não te preocupes abra seu coração e espere o amanhecer para sua luz volta a brilhar. Pois nunca houve noite, que pudesse impedir o nascer do sol e da esperança. Boa noite.
Piscar d’olhos
Há muito tempo por aqui apareci olhando
montanhas, sanhaços, pintassilgos, beija-flores
beijando bem-te-vis, despencando de penhascos
gorjeando louvores. A pradaria murmurando
o vergel-lilás de suas flores. Era o lugar
que sonhava para os meus amores.
Então nada mais me faltava.
E foi ali que escolhi. O meu
alvorecer era em cores,
a chuva me iluminava,
o sol me inspirava
ao destilar de
deliciosos
licores.
No conforto informal, no
desejo de mais um mortal.
No crepuscular das tardes
de magia, embriagado ao tom
do doirado som a acariciar meus
ouvidos, qual a todos os lados naqueles
dias a mim consagrados. Tudo e a todos tingia.
Nesse mel de melaço, no mais puro regaço que no
profundo minh’alma regava, e me fundia em alegria.
Foram belos os meus dias os quais minha mente
arejava. À rede me embalavam as noites calmas,
meus pensamentos voavam em nuvens alvas.
O meu espírito se projetava além de coisas
humanas. Nas longas tardes de frescor-
rupestre dos fins de semana,
”muito além de Trapobana”,
aliás, estava pra lá de “Pasárgada,
onde eu era amigo do rei” e assim,
muitas vezes, pensei: “Jamais escolherei
qualquer mulher, pois, muito além dessa eu já
tinha, mesmo sendo amigo do rei”, com certeza
de tanta beleza, e convicto de que não a merecia,
por isso foi que não errei! Foi aí que compreendi:
sou um privilegiado e o meu lar construí dependurado
no topo de um monte encantado, porém, alicerçado com
cascalho dali. Belos e floridos jardins, com melífluo odor
de jasmim. Em cima do vale, com minha visão deslumbrada.
Minha família; presença marcada. Parece ter sido ontem.
O tempo passou ligeiro e neste comboio fui passageiro.
Meus filhos se casaram, meus netos se foram...
A minha companheira de tantos janeiros a
partir foi à derradeira, mas partiu pra va ler,
enfim, o meu coração se partiu por inteiro.
Restou-me a oração, pássaros e a canção
do meu velho travesseiro enfronhado de
emoção. Confessor e confessionário
esplêndido cenário passo o tempo
a escrever com alegria e prazer,
como se fora mais um otário
teimando em reviver. Não sou hipócrita
em meus apócrifos. E não quero me enganar.
Aprendi a ver a vida em sua plenitude, encaneci
com saúde e não posso reclamar. Partida é partida.
A existência é efêmera e, nem posso chorar.
Chegamos-voltando à frente de câmeras
registrando os relatos, de fato; relatando
os fatos. Alcovitamos em nossas câmaras,
regurgitamos desagravos ao nosso Criador
Pai. Melhor nos fora juntar os favos da gloriosa
e eterna Paz, do que os trapos que o mal sempre
nos traz. Caro irmão-leitor pense como for, mas,
por favor, não tenha pudor dessa falsa dor com pavor.
Nem seja acre, do seu coração tire o lacre, e no amor
seja craque sem o menor palor. É a realidade da vida, flor
em botão qual murcha dando-nos o seu tom chamando-nos
à atenção. Qual à bucha, com água e sabão, no banho é algo
estranho, verdadeiro estrebucho no antigo corpo de um bruxo.
Às vezes velho-tacanho aos olhos de estranho. Pode ser, mas não
é se ele sabe o que a vida é! Pois, fez-se amigo de tudo e
até da boa solidão, na realidade é sortudo, meu caro-querido
irmão, ele enxerga até pelo pé sendo provecto ancião. Solidão
pode ser desespero ou tempero de se encontrar com o “Eu”
por inteiro. “As aparências enganam”. A solidão pode ser uma
ótima companheira. Essa amiga vem para burilar a nossa alma
dando-nos a condição de vencermos a nós mesmos, já que o
nosso maior inimigo está no interior do nosso coração o qual
deve ser cinzelado com o amor da mansidão no universo dessa
eterna imensidão. Na realidade o meu coração mora nos universos
dos universos juntamente com o seu.
Esta historieta faz parte da vida deste modesto amanuense...
Muita paz e amor à sua pseudossolidão.
jbcampos
Todos os caminhos me levam pra ti
Atravesso vales, montanhas, e mares
Todos os caminhos me levam pra ti
Entre o céu e a terra eu vivo esses
Momentos lindos, e nesse amor
Sou forte para encurtar a distância
Sou frágil quando nossos pensamentos
Se tocam no ar e nos encaixamos no amar
Quando te sinto em meu regaço
E suas mãos carinhosas com suavidade
Tocam com calma no mais fundo da minha alma
Entre o sonho e a realidade no teu olhar o desejo
Meu coração aos saltos meu corpo ofegante
Querem teus dedos deslizando nas curvas
E assim descobrir meus segredos que envolve
Minha anatomia, quero da tua boca beijos
Que me tirem o ar te quero assim ora com fúria
Ora lânguido e doce suave no amar e assim
Banhar-me nas gotas do suor no mar do teu amor
E Adormecer em teus braços
Ouvindo tuas eternas juras de amor
20/01/17/Jalcy Dias
As montanhas bem sabem que da fé não podemos duvidar
De você a fé já pode questionar, ela lhe observou na sua fraqueza
Sejamos íntegros não e com palavras que se questiona e sim no coração a franqueza
Desacreditado muitas vezes triste, se sentido nos braços do pecado
A convicção lhe levanta nessas horas, por mais que seja criticado
A solidão lhe tornou sua companheira inseparável, os credos parecem que abandonaram
Pequeno infantil como um riacho lhe acompanha, se tornou um vício sua rejeição
Precisa dela para provar para aos céus que nem ele dá jeito a sua falta de esperança
Teimosia e rebeldia não movem montanhas, ânsia desnecessária não acreditar que sua hora um dia vai chegar
Perde cair faz parte mas esmorecer, e não tenta de novo são negativas para a barca da vitória
Que o tempo junto a tristeza e a solidão tenha lhe ajudado sem risco, sem resultado merecido
Não precisa lutar contra aquilo que não quer, se exponha as suas fraquezas e aceite suas limitações
Fica descomplicado alcançar seus objetivos com o tempo derrotas serão esmagadas
Humildade e glória e factível reconhecer que a alguém maior e melhor sempre naquilo que propõem
Ao som de lírios e arpas, inaudíveis muitas vezes para os outros escutará e talvez certamente será o único que se orgulhará de seus feitos
Erros devaneios e desilusões vêm para crescer testar sua fé, ver até onde aguenta em sua ruminante trajetória
Fazer alguém chorar pode abalar, mais faz o ser mudar, pode querer fazer você transforma transcender ser gigante
Não provoque seu próprio credo ele vai ti espaventar, seu eu interior e bem maior do que possa imaginar
Aquela pessoa que um dia derramou lágrimas por você, com certeza um dia estará com sorriso no rosto, basta acreditar o tempo pode virar faz a vida mudar
Segure na mão no cair da tarde da solitude agradeça os momentos foram sublimes, talvez você não queria ou simplesmente não está acostumado
Na hora de despedir contar as favas foram passados agora você tem alguém por você
Sentir, tocar não é necessário estar perto para amar basta acreditar que a fé leva você até lá
Recordei da tarde que queria estar em com amigos e você foi a única que me acompanhou no porta-retratos dos meus queridos estará, valeu por me acompanhar meu vício foi você
Sigo e deixo o recado agora tenho que movimentar montanhas por mim.
Enfurnado além das montanhas para lugar nenhum
Estuário invisível, encontro de furações senhor despertador de vulcões
Oscilador de centelhas anunciador do começo e dissipador do fim
Frescor que aproxima calor que se expande
Dos tridentes quentes salvação e também a perdição
A arrepia seus ouvidos pelos tambores que anunciam
Clarões no céu e os escurecer de rajadas o denunciam
Quimera mudar o guerreiro é o opressor
Que se façam rajadas pelos quatro cantos
Se prepare para sofrer, pois não se vencer sem cair e perseverar
Plante nas cerejeiras o desflorescer do amor
Espalhe as pétalas para acontecer
A brisa vai viajar até os confins que puder granjear
Mareie meus olhos e esfria meu pecado
Faça nascer nessa geração uma nova lei
Encarne se desobstrua dos seus vínculos e abrace para que foi feito
O senhor dos ventos astucia e virtuosismo lhe deram brado
Mas a pergunta que não quer calar dá onde vieste mesmo?
Mãe, por ti cruzo o mar, e montanhas tornam-se pequenas, mas o que nunca vai acabar é o meu Amor por ti!
O Sol
Eu observo o pôr do sol
Enquanto ele se esconde atrás das montanhas
Tão volátil quanto um álcool
E que o sumiço faz doer-me as entranhas
A escuridão começa a surgir
Tudo começa a tremer
O medo me começa a emergir
E nada sobra, além de gemer
Então busco a luz
Sem saber onde encontrar
Então o resto se reduz
A me esconder com o medo de findar
Os segundo são incontáveis
Me desejo começa a me enlouquecer
Pensamentos que me tornam incontrolável
E em fim o sono me faz adormecer
E então começo a acordar
E vejo a luz batendo em minha face
E com um leve acorde de alaúde a soar
Um sorriso começa a brotar
Agradeço pelos meus desejos concedidos
Então parto em busca do Sol
E com meus pobres pés a me fustigar, doloridos
Tentarei encontra-lo e assim completar meu caminho sem fim
E por fim fazer meu desejo
De o nome dele conseguir
Para a nunca mais a escuridão se tornar o pesadelo
De minha pobre vida a esvair
Aja com superioridade quando você for mais vasto que o oceano, mais forte que as montanhas, mais alto que as nuvens ou conseguir ofuscar uma estrela.
Antes existiam Eremitas nos Desertos, nas Montanhas ou Florestas e ocasionalmente eram procurados por aqueles que buscavam mais conhecimento.
Hoje é mais comum vê-los nas cidades, mas contrariamente ao que acontecia, hoje são excluídos por pessoas que acham que já possuem todo o conhecimento.
Eu quero ter você...Pra mim
Subo rios pedras e montanhas desafio à morte
No ato corajoso de poder tocar te, mais!
Minha realidade esta se apagando, longe de você.
Do alto da montanha vejo a desilusão, não consigo ver,
Quantas mais direções eu olhe, percebo que você desapareceu.
Será para sempre para sempre.
Angústia ódio saudades si mistura
Numa adrenalina mortal. Não tenho nada a perder
O que me resta é descer mesmo sabendo que nada mais existe,
Além de noz. Eu retorno com o coração na mão olhos sem esperança
Não acabou mais percebo que chegou o fim.
Entre diversas montanhas de minha maravilhosa terra, corre rios de águas turvas, tais águas que vão em encontro ao mar levando junto com elas minhas tristezas e as desaguando no mar
Estava livre a viver de ar e da natureza. Livre a pisar sobre montanhas. Livre a me perder nas matas densas. Um livre sentimento de liberdade em busca de conhecimento e liberdade.
Tem dias que tenho coragem para mover montanhas, e tem dias que a Maternidade Atípica me desafia a encontrar força e fé nos pequenos detalhes!
Mucurizeiro com orgulho
Sou das minas, das águas do Mucuri
Dos campos e das montanhas
Dos rios e das nascentes
Das pedras que formam
Num traçado exuberante
Do córrego da fumaça
Menino do Mucuri
Menestrel do lirismo
A boca que desperta turismo
De lampejos culturais
Das fontes luminosas
Que jorram suas águas aos ares
Da terra de eminentes juristas
Berço da liberdade que ecoa
Das tradições dos Otonis
De ideias republicanas
Do Rio Santo Antônio
E de todos os Santos
Das pedras preciosas
Que reluzem como águas marinhas
Sou de Topázio azul
Da praça TIRADENTES
Sou das minas
Do Vale do Mucuri
Sou da tradição
Da Filadélfia mineira
De Teófilo Otoni
Terra do Amor fraterno.
a luz de Jesus
atinge o cume das montanhas
o pico dos montes
o alto da humildade
da simplicidade
da caridade
da fraternidade
da solidariedade
e também o auto-amor
a auto-estima
o auto-controle
a auto-confiança
a auto-transformação
o auto-perdão
a auto-descoberta
desde que deixemos de lado
a auto-piedade
o orgulho
o vitimismo
o melindre
o centralismo
e todos os sentimentos negativos
em relação a nós mesmos
e que Jesus nos abençoe!!!
Seja o que for que nós temos juntos, um bom vinho e uma cabana nas montanhas são ideais para celebrar.
