Boas Vindas para um Amiga
Tão frágil, tão inocente, tão boba, tão menina, que um dia um cara tão imbecil teve a coragem de machucar aquele coraçãozinho a ponto de doer até sangrar e os olhos marejarem de lágrimas.
Por muito tempo estive me afogando em minhas memorias e cada vez mais fui me afundando em um poço dentro de mim, em meio aquela escuridão estive a espera que alguém tivesse a coragem de ir a fundo e me salvar, por tempos gritei e ninguém me ouviu, sangrei por muito tempo ate que meu sangue secou e minhas lágrimas se esgotaram e então que percebi que o mais fraca que fosse, dentro de mim encontraria força e que nunca precisei de ninguém, então porque logo agora iria precisar, me ergui e decide nunca mais chorar e vê que era capaz e nenhuma tristeza iria me afogar, num mundo de egoístas não se pode esperar nem um mero olhar.
vivo em um tempo que me minha maior paixão está a me sufocar
como todos os amores, um dia chega ao seu declínio...
minha liberdade tão desacerbada, sem muros, sem cadeados, sem prisões que fizesse-me ficar...
essa tal liberdade que conseguir com anos de merecimento, hoje me faz sentir-me só!
NÃO perdi o gosto pelas viagens muito menos de andar sem rumo a noite na madrugada.
essa liberdade me permitiu enxerga que a felicidade só é felicidade quando compartilhada, não estou atrás de um namorado ou de uma simples companhia para andar, esse declínio essa montanha russa descendo me fizeram percebe que eu não preciso de qualquer "um", mas sim de "um" e que esse UM seja único.
não julgo que já vivi tudo, meu coração ainda anseia por muitas aventuras e adrenalinas.
e não estou à dizendo com esse texto que quero parar com a minha maior paixão 'LIBERDADE', mas digo e ASSUMO que preciso de um amor, maior, para fazer dessa liberdade a melhor do mundo mesmo estando "presa"!
Não há nada de errado em ser como sou...um pouco de nada, um nada de tudo. Um plural de singular ou singulares de absurdos? Não fique quieto e não oculte o barulho. Apenas vamos deixar o mundo dormir. — se sentindo livre.
Sempre em frente, continua sempre
Fiz de mim uma estrada, um caminho
Um trilho, uma rua, um beco sem volta
Percorri caminhos, estradas que eu escolhi
Conheci a dor, solidão, escuridão, amor, paixão
Sofri desilusões, mágoas, cantei, chorei, amei
Sempre em frente num caminho colorido
A vida continua sempre bela, triste e sombria
Trilhos de várias cores, sem medo de ser vivida...!!!
As palavras flutuam livremente..
Deixe-se voar com a essência da alma
Dance uma valsa, um tango no céu estrelado
Deixe sempre a porta entreaberta para o sol sorrir.!!
CRIANÇAS DA NOITE CURUPIRA
Curupira na noite é um medo tolo,
Anãozinho ruivo com uma deformidade,
Ele é o demônio que vive nas matas,
Quem profana as matas leva dele um açoite.
Ele esta escondido nos cantos da mente,
De quem teve sua mata invadida,
A dor da carne dilacerada e perdida,
De se sentir culpada e não a vitima.
Mas o Curupira que é gênio e demônio,
É mesmo assim um medo de algo sem fim.
Atrapalha o estudo da criança infantil,
E leva ao alcoolismo a criança adulta.
Quando o Curupira entra em ação,
Ele nem sabe se é anti-herói ou vilão,
Pois mata o caçador e arranca o coração.
Nesse dia a criança adulta ou infantil,
Acorda assustada talvez gritando,
Ele pode respirar aliviado,
Pois o Curupira matou o vilão.
Curupira demônio ou herói?
É apenas uma criança da noite um medo tolo.
André Zanarella 02-11-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4572822
JARDIM DOS EXILADOS
Um unicórnio corre solto,
Disputando com Pegasus.
O miniaturo apenas chora.
Chapeuzinho se rende ao lobo.
Vampiros deitam ao sol.
Lúcifer é de extrema beleza,
Bebe vinho com Rafael e Miguel.
Eu sentado na mesa do bar a queria,
Observo os grupos ao meu redor,
Falta a presença da peça mais importante,
Sinto-me um exilado sendo tão normal...
No espelho não vejo chifres e nem asas,
Não sou arcanjo caído e nem adorado,
Vivo apenas para me doar e amar...
Queria a compreensão do mundo,
A aceitação do que vejo no espelho partido,
Ouço o uivo dos lobos que predam
Isso não me faz mais teme,
Estou tão sozinho nesse jardim,
Tenho medo da solidão,
De uma possível separação,
Mas tenho mais medo que eu veja apenas a consolação.
No meio de um jardim encantado,
Falta a flor mais linda,
Tento separar nossos mundos,
Nossas crenças,
Nossas culturas,
Talvez criando mundos distintos nosso amor sobreviva,
Mas em tudo a vejo, pois sou cercado por encantados...
André Zanarella 18-11-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4589971
O DARDO DA EDUCAÇÃO
A educação é algo meio assim,
Como conversa em um botequim.
A gente aprende isso desde menino
E no dia a dia fica isso bem cristalino.
Há pessoa que não tem estudo nenhum,
Mas tem educação fora do comum.
Tem cultura popular para dar e vender
E a gente perto quer ficar por querer.
A educação é um dardo de boa pontaria,
Que traz que o levou apenas melhoria,
Isso não se aprende em academia,
É aprendido com humildade e valentia.
O dardo da educação ocorre a todo o momento,
Basta termo bom senso e auto-julgamento.
Somos dardos ou somos a mosca do dardo?
Não importa nessa vida ninguém sai salvo...
Então seja sempre, mas sempre educado...
Você não sabe o que te espera do lado.
André Zanarella 25-11-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4612394
BANDALHEIRA NA MENTE
Minha cabeça anda num caos total,
Um neurônio em Nova York,
Minha dura-máter no Himalaia.
Só tenho a certeza que não tenho certeza...
O passado não vai me assombrar,
Não quero viver pelo dinheiro,
Quero ter o dinheiro para viver.
No presente quero desfrutar,
Ver a minha amada na sua elegância,
Que poucos sabem apreciar,
Sua pele escura a rebolar,
Seu sorriso que tanto me encantou
E tudo isso que me causa uma bandalheira na mente.
Bato palma para Exu me proteger,
Acendo vela para menino Jesus me olhar,
Oro um salmo para me aliviar,
Afinal estando amando vivo em estado de formosura.
Perco a noção do que é pecado,
Afinal acho que ele nunca existiu,
Então perto dela só perco o juízo.
Hoje, no futuro não quero pensar,
Pois cansei de viver em função do amanhã,
Ou viver tremendo por medo do passado,
Hoje quero apenas estar ao seu lado,
Porque ele é apenas um reflexo do hoje
E agora eu só quero você!
André Zanarella 16-12-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4637749
O SENHOR DASIPODÍDEO
Dasipodídeos é uma família incomum,
Que acabou recebendo nome comum.
É um mamífero todo diferente,
Mamou na sua mãe como a gente.
Engraçado que eles não têm dente,
É um mamífero que vive discretamente.
Na roça as pessoas os têm como iguaria,
Acho isso uma maldade em demasia.
Roubamos e acabamos com o seu habitat,
Muitos com o seu corpo fazem “pop-art”.
Coitado dos dasipodídeos desdentados,
Que moram em buracos tão isolados...
Que desenvolveram uma linda carapaça,
Para se defenderem de toda ameaça,
Só não contavam com o homem maldoso,
Que mata tudo, pois tem a alma de criminoso.
Então descobriu quem é o nosso amigo?
É desdentado, tem couraça e toca como abrigo!
O animal em questão é o nosso irmão Tatu...
Que o mata devia tomar no meio do... Coração.
André Zanarella 19-12-2012
Dasipodídeos = mamíferos desdentados, que compreende os tatus.
ALAZDE NANAR LER
Alazde Nanar Ler veio ao vento,
Parecia um som familiar uivado,
Numa duna de areia num deserto,
Uma caravana passando ao longe,
A criança brincando com escorpião.
Alazde Nanar Ler uma mão infantil,
Pele escura numa mão tão pequena,
Veste que não é minha e o som,
Som com palavras que não entendo.
Alazde Nanar Ler a caravana continua,
Num ritmo lento e compassado,
Nada reconheço nem o calor
Nem conheço o meu corpo ao sol.
Alazde Nanar Ler o som é claro,
Tão claro como é a luz do sol,
Como o é o brilho na areia que cega,
Claro como o estar ali perdido.
Alazde Nanar Ler largo a vareta,
Corro em direção à caravana,
Ela está passando ou está indo?
Indo ou vindo não mais importa.
Alazde Nanar Ler o som vira cheiro
Algo doce que chega a enojar
Sinto vertigem Alazde Nanar Ler
Alazde Nanar Ler, Alazde Nanar Ler.
Acordo suado...
Respiro.
André Zanarella 21-12-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4633277
SABOR DE BEIJO
Imaginar o sabor de um beijo,
Seja na boca ou no queixo...
Deitado na calçada de concreto,
Rindo de do futuro incerto.
Tem o beijo rápido e roubado,
Que deixa uma saudade no ato.
O sabor do beijo independe do alimento,
Pois o beijo tem sabor de sentimento.
Tem o beijo de quem ainda vai voltar
E aquele que nunca vai te procurar.
Há beijo de mãe que abençoa.
O beijo de Judas que amaldiçoa.
Há aquele que deixa marcas no pescoço
E aquele que é começo do enrosco.
Sei só que o sabor de beijo é bom,
Principalmente vindo da cor do bombom...
André Zanarella 22-12-2012
GRITOS NA ÁFRICA
Surgimos numa savana chamada Éden.
Viemos do sorriso de um Pai criador,
Sentado a sombra de uma jabuticabeira
Vendo hipopótamos a namorar
E elefantes em manada a pastar.
Ele sentiu um desejo de ser amado,
Afinal os filhotes que nasciam amavam.
Tudo era harmonia na mãe África.
No barro nos moldou
E no sopro nos deu a vida...
Gritamos para o seu espanto...
Rinocerontes pararam...
Gnus pararam...
Búfalos pararam...
Até o rei leão parou no instante.
O mundo mudava naquele momento.
Deus criava o zelador.
Mal sabia, ou com certeza sabia?
Que de zelador seria a criatura o predador.
O grito do nascimento passou a ser o grito da morte
E Deus sentado sob a jabuticabeira apenas admirou,
Pois como tudo ele já sabia,
Ele já sabia o que iria ocorrer.
E assim o Éden deixou de ser Éden
E o homem passou a correr pela savana
Corre até hoje em busca do sopro do criador...
André Zanarella 02-01-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4082441
Um lugar onde eu possa ser tudo aquilo que eu quiser, um lugar onde minhas roupas ou meu cabelo não interfiram em quem eu sou de verdade, quem vê a roupa não vê a alma muito menos o coração!
Se o vento estiver soprando contra, baixe a vela e tenha paciência. Um dia ele volta a soprar para a frente.
Dizem que o amor
É um mar de rosas
Isso é para quem ama
E é amado
Aos que não são correspondidos
O amor se torna
O mar dos afogados.
Se você tem um objetivo, vá em frente. Não pense nas consequências, pois todas as escolhas que você fizer terão consequências. Então escolha o que te faz feliz. Não pense duas vezes. Pensar demais às vezes não é bom. Às vezes você pode acabar desistindo de algo que poderia ter dado certo.
DESAMPARO!
As vezes me pego pensando, como pode um amor de mãe ser tão torto?
Sempre senti que a maternidade era algo divino, lindo, momento mais maravilhoso de uma mulher. Mas que mulher? Há tantas!
Aquela que nunca foi amada.
Aquela que nunca teve um toque afetivo.
Aquela que foi obrigada a crescer antes da hora.
Aquela que se eternizou dentro das suas dores sem jamais fraquejar aparentemente.
Gerou também filhos, que um dia estava ligado apenas por um cordão umbilical. Juntas respiravam juntas se alimentavam juntas sorriam juntas choravam.
Um amor por aquele feto invadiu, e ela sentiu pela primeira vez motivar e brotar um amor que parecia infinito, achou que amou, achou que eternizou, mas lá se foi uma utopia.
O cordão se rompeu, e houve o nascimento, aquele bebê desejado de repente invadiu um espaço imenso, espaço que não mais existia, pois o marido se afastou, a outra filha lhe exigia atenção, aquele bebê de repente era um fardo. A necessidade financeira abalou mais ainda.
Aquele bebê era a cara do pai. Pai que a mãe queria apenas pra ela, mas que roubou a cena. Deixando-a um pouco de lado e se apegando mais a outra filha. O bebê crescia e tamanha a semelhança com o pai invadia todos os comentários, e principalmente o afeto do pai.
O pai a traiu, e ela herdou aquela criança a cara do pai. A criança perdeu o amor do pai, seu então único porto seguro. Onde se perdeu aquele Amor? Aquele que ela achava que existia e que hoje procura de volta e não consegue encontrar?
O bebê cresceu, tornou-se mais independente que a irmã, se tornou uma mulher forte, que como ela, espelhada nela, era uma mulher de coragem. Com menos dogmas e mais livre. Como pode? Aquele ser que um dia esteve dentro de mim, mais livre que eu? Mais experiente que eu? O amor se esvaiu, acabou, findou...
Hoje só restam lembranças em fotos amareladas, e a certeza que se ainda existe uma fração daquele amor, deve ser mantido a distância pra preservação e durabilidade.
Aquele bebê que cresceu, virou uma mulher de coragem, também acha que pode amar, mas não quer cometer o mesmo erro, e no dia de hoje decidiu veemente não procriar, não colocar outro ser no mundo, que um dia o cordão umbilical será também cortado e que também não saberá o que é o amor, amparo, defesa, segurança...
Ela resolveu viver seus dias como der e vier um de cada vez, demonstrando o amor que sente, não pelo sangue, mas por pessoas merecedoras desse amor, cansou de tudo e hoje renova um pacto consigo mesma de apenas ser FELIZ!
Juliana Fernandes - 04/02/2014.
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