Marinho Guzman

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A casa caiu?

Ninguém gosta de errar ou falhar e não sendo possível mentir nem omitir, vale a pena lembrar que atos, fatos e boatos, fazem parte da mesma história e no futuro só alguns fragmentos serão lembrados.
O que aconteceu? Quem contou? O que os outros entenderam? O que tem de verdade nisso tudo? Em que isso pode te prejudicar?
Não se preocupe demais com as coisas ruins que já aconteceram, se não tem remédio, remediado está.
Depois de algum tempo a memória faz como julgamento de escola de samba, descarta os piores notas e isso dá às boas lembranças peso maior.
A natureza humana é sábia e a gente descobre um jeito para continuar.
Lembra do refrão? Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.
Ninguém está falando que é fácil, mas não há alternativa, pode ter certeza:

A casa caiu mas o mundo não vai acabar.

Inserida por marinhoguzman

Mais um dia.
I
Abro primeiro um olho, depois o outro mas pode ser que algumas vezes eu abra os dois ao mesmo tempo.
Acordado mas não desperto, posso ter de imediato qualquer pensamento, a vaga lembrança de um sonho, de um pesadelo ou vislumbre os poucos afazeres que me aguardam.
II
Quatro ou cinco passos, até porta do banheiro, acendo a luz, escovo os dentes, lavo rosto e penteio o cabelo, nem sempre nessa ordem, mas parece que tudo está em ordem.
Até agora uns poucos sons, nenhuma palavra, só minha imagem refletida no espelho, retrato da obra destrutiva do tempo.
Tempo que às vezes é pouco, outras suficiente, que na maioria das vezes sobra.
Há certa solidão nesses movimentos quase automáticos.
III
Não uso meias, o calçado é um prático Croc. Encaixo os pés sem auxílio das mãos e nem preciso olhar.
Calça jeans, de barra cortada com o estilete, sem acabamento. Qualquer camisa polo, pego sempre a de cima, são todas idênticas, de cores neutras e sóbrias.
Não sinto nenhuma necessidade de variar o traje nem o trajeto, será mais um dia igual aos outros e isso não requer nenhuma postura diferente.
IV
Abdiquei do café da manhã com os amigos, prática de mais de quinze anos. Os assuntos interessantes se esgotaram e deram lugar a discursos de mesmices disparatadas e fofocas de homens, absurdo inaceitável na minha idade.
Antes só, comigo mesmo do que rodeado de Wikipédias ambulantes.
Ainda vou lá de vez em quando conferir e constatar.
V
Não compro mais jornais nem revistas. As notícias saltam aos meus olhos a cada clique no Google e no Facebook, com o aval das agências de notícias, umas mais, outras menos, mas todas superficiais, vendidas e parciais.
Tudo junto e misturado como é atual, moderno e perigosamente fácil.
VI
Do café da manhã até o almoço são uns tantos minutos de umas poucas horas.
Ao entrar no mesmo restaurante vejo os mesmos funcionários, alguns clientes de sempre e o almoço de R$44,90 o quilo pula no meu prato.
Uma rodela de tomate, uma de pepino, uma colher de ervilhas, outra de grão-de-bico ou feijão-branco, mais uma de milho.
Não pode faltar uma pequena porção de beterraba com cebola crua, três ou quatro vagens e um ramo de brócolis.
Sinto falta do rabanete, da erva doce e do salsão, nunca presentes.
Quando tem berinjela temperada faço uma troca. Nesse dia como até pão.
A proteína animal se resume no menor pedaço de peito de frango assado ou de uma pequena posta de pescada branca à milanesa.
São trezentos e cinquenta gramas, fora o azeite à vontade que só coloco depois de pesar. Poucas vezes erro na mão mas nunca passei dos quatrocentas e cinquenta gramas.
Tem gente que coloca sal, pimenta e outros molhos, eu não, eles não me fazem nenhuma falta, então para que colocar?
Ás quartas e sábados tem uma espécie de feijoada estilizada. Num desses dias mudo o cardápio e ela é a única opção.
VII
Sempre durmo de quinze a trinta minutos depois do almoço. Posso ter herdado o costume dos antepassados portugueses ou espanhóis e essa é única herança que eu queria. Dos portugueses não invejo a inteligência nem dos espanhóis a teimosia. Se tivéssemos sido colonizados pelos ingleses ou alemães tudo aqui seria muito diferente.
VIII
Fotografar pode ser um trabalho, um prazer ou ambas as coisas. Para mim uma alquimia para transformar luz, sombra e cores em belas imagens, que vão durar bem mais do que as próprias lembranças. Minha tarde é de luz, sombra, cores e garotas de biquíni. Nada mal.
IX
De uns tempos para cá o que era um lanche da tarde deu lugar a experiências culinárias da Amanda.
Sem grandes pretensões ela inventa, esquenta, mistura e dá sabor especial a qualquer coisa.
É o amor.
Um simples misto quente se transforma num croque monsieur e qualquer massa num penne à italiana ou um lombo assado com molho madeira ou de mostarda, num quitute de dar inveja a qualquer chefe francês.
X
À noite, ninguém está livre de contrair doenças, defeitos ou vícios e eu mantenho tudo ao alcance dos dez dedos, quando martelo o teclado, num amontoado de palavras, para mim cheio de significados, para a maioria sem nenhum.
Posso estar na cama às dezoito horas ou às vinte e três. Acordo de três em três horas e serão sucessivas dormidas e passadas no computador até acordar novamente para mais um dia.
Abro primeiro um olho, depois o outro mas pode ser que algumas vezes eu abra os dois ao mesmo tempo.

Inserida por marinhoguzman

Escrever é falar sozinho, e de repente perceber que tem gente ouvindo, uns gostando outros não.

Inserida por marinhoguzman

Quando a gente não enxerga longe, pode vir a enxergar de longe.

Inserida por marinhoguzman

Respeito é bom mas a maioria ignora, e quem ignora é ignorante.

Inserida por marinhoguzman

Mais um dia daqueles….

Cada dia mais, eu aceito menos obsequiosidades de quem quer que seja.
E, se eu fosse você, pararia de ler agora, nesse exato momento.
Pare!
Me delete!
Saia fora!
Como perder tampo um cara que usa, nos dias de Facebook, a palavra obsequiosidade?
Só pode ser xarope, chato, um troglodita mesmo.
Eu sou assim.
Dono de um bom vocabulário, de muita leitura na juventude, de vez em quando aparece na minha cabeça uma coisa dessas:- obsequiosidade…. quem já ouviu falar isso? Que raios de palavrão?
É bom que se diga, que depois de ter sido voraz leitor na época em que não havia internet, passei a não ler mais, embora tenha tentado algumas vezes.
Vou começar de novo em homenagem a quem ficou por aqui.
Mais um dia daqueles.
Cada dia mais, eu aceito menos gentilezas, de quem quer que seja.
Acordei para o que deveria ser um dia normal, preparei meu café da manhã e dei uma olhada na listinha de afazeres de hoje, claro, depois das dez horas.
Depois das dez porque já estou acostumado que antes dessa hora, a maioria dos lugares não esteja aberto ou apesar de aberto não funcionam ou quem deveria trabalhar neles ainda não está funcionando pois não acordou direito.
São seis horas da matina e até as nove e meia, seriam três horas e meia, para bater furiosamente neste teclado “que vos fala”, produzindo meus afazeres na internet.
Mas, lá pelas nove, minha querida Amanda Palma fez a obsequiosidade...., ops....
“Quer que eu te leve ao banco? Está garoando.
Aceitei prontamente e perguntei:- Mas já está aberto? Será que a grente já chegou?
-Claro, respondeu ela prontamente.
Desci para encontrá-la na garagem e fomos ao banco.
Depois da dificuldade de costume para estacionar o carro chegamos e lá estava o aviso:- Horário de funcionamento, das 10:00 às 16:00 hs.
Bem o que começou mal acabou pior.
Não consegui resolver o assunto do banco, o caixa do supermercado não tinha troco, o sistema de cartões estava fora do ar, a cancela do estacionamento estava quebrada e eu que faço tudo com uma scooter, que entra em qualquer buraco e para em qualquer lugar estava…. de carro.
Nada de chuva, nada de banco, listinha por fazer nem na metade e já passou da hora do almoço.
Juro que a Amanda estava com as melhores das intenções, mas cada vez mais, eu aceito menos obsequiosidades.
‪#‎prontofalei‬!

Inserida por marinhoguzman

Tenha cuidado ao tratar os diferentes como se fossem iguais.

É um erro comum a gente tratar todo mundo como se fossem iguais.
Vida corrida, muita coisa por fazer, cada um de nós, da sua maneira, corre atrás do “pão de cada dia”, todo mundo com pouco tempo para avaliar cada situação independente.
Passamos a dizer bom dia, boa tarde, até logo e outras expressões mecanicamente, sem realmente levar em conta quem merece uma atenção maior, para quem a gente quer um bom dia e quem não está nem aí para o que a gente quer, desejando mais é que a gente “se exploda”.
E é da falta de atenção para com quem merece e até precisa de uma palavra verdadeira vinda de nós, o que resulta sermos tratados como mais um, qualquer um, um a mais e até um demais.
Cultivar as boas relações é ocupar um espaço que custa pouco e pode valer muito, já afastar-se de algumas pessoas pode ser a melhor coisa a fazer.
Goste mais de quem vale a pena e não esqueça jamais de avaliar quem gosta mesmo de você.
Palavras doces muitas vezes trazem amarguras e palavras duras podem significar amor.

Inserida por marinhoguzman

Que vive nas nuvens não está perto do céu.

Inserida por marinhoguzman

A Democracia é uma forma de governo onde poucos escolhidos pela maioria ignara administram, a maioria deles rouba todo mundo, e a chefe da quadrilha se arvora no direito de considerar golpe, a legítima tentativa de uma minoria consciente em fazer valer a lei.

Inserida por marinhoguzman

O crime da Dilma não foi dar pedaladas, foi ter roubado a bicicleta.

Inserida por marinhoguzman

Tanto faz, de tanto que a gente já fez.

Antigamente eu andava com papel e caneta e corria escrever possíveis ideias boas.
Hoje acho que na hora de escrever, se a ideia era boa, estará mais na ponta dos dedos que no papelucho quase sempre perdido.
Parece que eu já vi tanto e já fiz tanto que será difícil vivenciar novidades, melhor mesmo é trazer da memória, do passado, umas ideias e adaptá-las ao presente, que daqui a pouco já será futuro.
Estava pensando na situação em que está Dilma Roussef, em quem foi Eike Batista e o que o destino reservou para Schumacher, sete vezes campeão mundial de Fórmula um, ele único, de uma lista que tem menos de cem pessoas vivas e nem o dobro disso em todos os tempos.
Graça e desgraça andam juntas e o sobe e desce faz parte da vida de todo mundo, com umas quedas vertiginosas e sem volta para muitos.
Ter feito muito só é vantagem para quem fez e não adianta exibir as próprias conquistas porque, para quem fez pouco ou nada, tanto faz.

Inserida por marinhoguzman

Pirâmides, correntes e outras bobagens.
Você que como eu já chutou macumba, quebrou correntes e participou de, pelo menos, uma pirâmide está convidado(a) a provar que lê as bobagens que eu escrevo colocando qualquer palavra nos comentários.
Se você não fizer isso, pode ter dor de barriga, perder a chave do carro ou da sua casa, ou ter que assistir pelo menos quinze minutos de um programa do Datena.
Poste aqui um comentário, vou saber que você leu mais esse texto e vou ter ânimo para escrever qualquer coisa que preste um dia desses.
Seu amigo Marinho

Inserida por marinhoguzman

Dor de barriga não dá uma vez só, mas memória fraca parece doença de pessoas mal-agradecidas.

Ler livro de autoajuda é como ler um monte de bulas de remédios ao mesmo tempo.
Você vai saber mais dos problemas dos outros do que do seu, vai saber o que os outros fizeram, o que você deveria ter feito e o que você vai tentar mas nem sempre vai conseguir fazer.

Inserida por marinhoguzman

Prefiro ser um pessimista que às vezes errando sai no lucro, do que um otimista que vive levando ferro.

Inserida por marinhoguzman

Quando você não tem uma boa explicação para gostar ou desgostar de alguém, é hora de procurar conhecer melhor você mesmo.

Inserida por marinhoguzman

Deixa rolar.
As águas vão rolar.
Para falar a verdade, a maior parte já rolou.
Como numa cascata os anos se jogaram frenética, desordenadamente independentes, rebeldes e indomados, desobedecendo a minha vontade, sem que eu pudesse de fato organizar a maior parte desse aguaceiro.
Assim é, água morro abaixo e fogo morro acima, ninguém segura.

Deixa rolar.

Inserida por marinhoguzman

A vida é uma só.
E tá muito bom!!!

Inserida por marinhoguzman

A vida é um grande aprendizado.

Nos primeiros anos tudo é novo e não é muito fácil aceitar princípios concebidos por gente mais velha como os pais, e até de gente que nunca se ouviu falar.
Não há prioridades, há imediatidades, que pouco levam em conta as consequências.
O mais importante é viver intensamente o tempo que passa lerdo na época das aulas e voa nos fins de semana, férias e feriados.
Para os jovens a noite nunca é escura, no máximo tem sombras e elas dão realce, mais cor e mais temperatura a certos mistérios que parecem encantados.
Pouco importa o que possa esconder alguns perigos, o que importa é viver a aventura da vez.
Mais velhos, a gente começa a perceber que as responsabilidades ocupam mais e mais o nosso tempo.
Trabalho, casamento, filhos, algumas doenças, os pais que envelhecem.
É a gente aprendendo que a vida pode ser doce, mas também tem o seu lado amargo.
A gente envelhece mais e aprende mais, percebe que aprendeu por todo o tempo mas ainda é surpreendido por descobertas incríveis, como sorrir e sofrer pelos filhos e pelos filhos dos filhos, sentir pelos amigos que nos deixam, pelo companheiro ou companheira que parte.
Nessa hora a gente ainda aprende que a vida termina sempre desastrosamente com a morte.
Mas a jornada segue para quem fica, aprendemos a controlar a saudade para seguir em frente, aprendendo com os outros que passaram pelo que passamos e deixaram escrito, que dessa partiremos para uma melhor.

Inserida por marinhoguzman

Inspiração também tem crise.

Trafego numa maré de falta total de inspiração.
Antes a leitura do jornal ou da falecida VEJA, de um comercial qualquer de TV, ou uma simples frase afloravam a inspiração em ligação direta com meus comunicativos dedos.
Hoje nada!
As notícias políticas mudaram para as páginas policiais e têm mais comentaristas do que “comadres em salão de beleza da periferia”. As notícias do futebol pouco me interessam, uma vez que o meu São Paulo Futebol Clube perde mais do que ganha
O espaço restante é tomado pelos chamados crimes hediondos, já que na impossibilidade de conter a criminalidade,”inspirados” aumentaram as penas proporcionalmente à diminuição das vagas nas cadeias.
É tempo das tornozeleiras eletrônicas, já em falta, uma vez que são importadas, e há temor que as nacionais já venham com a senha para o bandido torná-la inoperante.
E assim caminha o domingo, eu sem inspiração e a televisão cheia de idiotas “inspirados”.

Inserida por marinhoguzman

A hora certa e o lugar errado...
Às vezes a gente é pego, quase sempre de surpresa, no lugar errado e na hora errada, mas é certo, já estivemos todos no lugar certo, na hora certa.
E já que é brutal a diferença nas consequências, costumo me perguntar várias vezes, se estou no lugar certo, já que a hora é agora e não dá para mudar e cheguei à conclusão, que está muito difícil mudar de lugar a qualquer hora e que a variável possível, quase sempre, é estar com as pessoas certas, todas as horas, em qualquer lugar.

Inserida por marinhoguzman

Estou perdendo a faculdade de indignar-me.

O som alto num quiosque da Enseada às sete horas da manhã dá para ser ouvido no meu apartamento na Praia de Pitangueiras.
Uns jovens e outros nem tanto, balançam visivelmente embriagados os corpos, as latas de cerveja e copos de bebida mais forte ao som estridente e de má qualidade que profere frases de apologia às drogas e ao crime.
Antigamente eu me indignava pela cidade, pela degradação que apresentávamos aos cidadãos e visitantes, pela falta de educação do povo.
Hoje não mais.
Incomodado busco meu quarto, protegido por janelas à prova de ruídos, ligo a televisão e em poucos minutos estou novamente dormindo, imune à agressão ao meu direito e à minha cidadania, deixando para quem ainda não esteja empedernido, a árdua tarefa da qual não sou mais capaz.
Exercitar a indignação.

Inserida por marinhoguzman

Você muda, mas a tatuagem não.

Muitas garotas estão aderindo à moda da tatuagem.
Acho legal, esteticamente a maioria agrada e a qualidade dos profissionais tem melhorado consideravelmente.
Quem é ruim não consegue clientela boa, apesar de estragar umas peles e deixar amargas recordações nas incautas.
Tirando umas imagens de péssimo gosto, a última moda é gravar frases. É aí que reside o perigo! De erros de grafia e concordância, a um gosto literário duvidoso, certas mensagens ocupam um espaço que poderia ser bem melhor aproveitado se não tivessem nada.
No passado marinheiros usavam muito a frase “Amor só de mãe” e
as prostitutas voluntariamente ou não estampavam o nome dos seus cafetões.
Você muda, mas a tatuagem não.

Inserida por marinhoguzman

Férias de mim
Não sei como, mas sei bem porquê, estou precisando claramente tirar férias de mim.
É… uns dias longe… fora da rotina diária… se possível sem falar ou pensar nas coisas que vivo todos os dias ininterruptamente há tantos anos, tão iguais ou parecidas a cada dia, nessas últimas 3.500 semanas.
Não pense que eu estou ficando louco, pois já estou faz tempo.
A vida é assim, depois de umas horas a gente deita, dorme e descansa, depois de uns dias de trabalho a gente tem um fim de semana, de vez em quando a gente até tira férias, sai de parte da rotina, viaja, vê e conhece gente, coisas e lugares novos, mas estamos atrelados a pensamentos que teimam em ir e vir conosco, dia e noite a todos os lugares.
Se a gente pudesse tirar férias da gente por algum tempo, viveríamos uns dias sendo outra pessoa e ainda que não se pudesse escolher quem, esses dias serviriam para que a gente visse como somos felizes nas nossas vidas, em sermos quem nós somos, ou quão miserável é a existência para quem não é dono do próprio destino.
Estou precisando de férias… férias de mim.

Inserida por marinhoguzman

Os que vão e os que ficam.
Ninguém fica velho antes do tempo e ninguém deveria morrer antes dessa hora.
Ficar velho é algo que não se ensina porque não dá para aprender.
E nesse caso, os conselhos valem pouco, porque de verdade, para pouco servem.
Quem faz como os outros dizem, faz o dos outros, não o seu próprio.
É nessa caminhada sem volta, onde é possível olhar para trás mas impossível refazer qualquer coisa, ou fazer o que deixou de ser feito que mora o arrependimento.
Alguns se arrependem muito, uns poucos não se arrependem de nada e a maioria vive demais os últimos anos com essas lembranças imutáveis.
Quem parte leva tudo dele consigo, deixa um pouco de lembrança, e aquilo que um dia possa ter sido seu tesouro de nada valerá porque só há uma certeza, do pó viemos e ao pó retornaremos.

Inserida por marinhoguzman