Marinho Guzman

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Aves de penas raras II

Éramos um bando.
Parecíamos voar nas motos velozes, usávamos as mesmas calças jeans, camisetas regatas, botas, jaquetas de couro e óculos Ray Ban modelo aviador.
Capacete só para viajar, quase sempre com uma garota bonita e modernosa, daquelas que podiam dormir fora de casa, o que não era comum na época.
Praia do Itararé, Campos do Jordão e Rio de Janeiro eram os destinos preferidos.
Naquela época a gente ia e voltava com um pé nas costas, hoje, da minha parte, seria ida e volta com dor nas costas.
Nosso bando não tinha chefes, mas uns se destacavam mais do que os outros porque eram fortes e bonitões e esse era o caso do Vitinho. Por um tempo seu apelido foi James Dean. Rebelde, mas nem tanto, arrumadinho como poucos, novidadeiro, tinha um ótimo emprego no Banco do Brasil e era modelo fotográfico e de passarela nas horas vagas, pegava as melhores e mais lindas modeletes, as cobiçadas por todos e logo as tirava do mercado namorando quase sério.
Mas o forte do Vitinho era ser amigo de verdade e sei que continua igual pelas informações das aves remanescentes.
Quanto às garotas, tenho visto as fotos dele com mulheres lindas e mais velhas, deixou de lado as cocotas e continua adepto das famosas, mas casar que é bom nada, afinal, não é fácil colocar um astro e uma estrela no mesmo espaço.
Outro dia vi as fotos da casa nova do Vitinho e está um show, caprichada como seus carros, suas motos e suas namoradas.
Daqui para frente não vai ser fácil escapar do primeiro casamento, o que o torna um herói, pois a maioria das aves já está no segundo ou terceiro acasalamento.
Que boa lembrança eu tive hoje do Vitinho, grande amigo e companheiro

Inserida por marinhoguzman

Estaremos viciados na internet?

Vivo pendurado num computador, no ultrabook ou iphone, ou com eles pendurados em mim.
Dizem que no futuro os bebês já nascerão com equipamento para acesso.
Será que estou viciado? Todos estamos? Ficaremos? Isso faz mal? Acaba com a comunicação familiar e amigos ou só muda e facilita?
Talvez seja tarde para discutir isso, porque os contra e os a favor, cada dia terão novos e fortes argumentos para concordar ou discordar.
Sou dos que defendem o acesso irrestrito e meu argumento é de que qualquer equipamento desses substitui muitos outros.
Dicionário, telefone, carta, bilhete, recado, aviso, telegrama, sinal de fumaça, livro, jornal, revista, toca fitas, toca discos, toca CD, rádio, TV, diário, livro caixa, carro para ir ao banco, às compras de qualquer coisa, perto ou longe, em qualquer lugar do mundo e por aí afora.
Quem viajou na época em que só se reservava hotel nas agências de turismo ou pelo telefone deve estar rindo agora que a gente já nasce com tudo na mão, ou na ponta dos dedos.
Quem teve que pegar um ônibus para ir a uma biblioteca fazer uma pesquisa está comigo e sabe porque.
O mundo está literalmente nas nossas mãos, nos nossos dedos e bem debaixo dos nos nossos olhos e sendo assim, dou por findo meu monólogo discursivo, não aceito nenhum argumento e vou já colocar meu telefone para despertar, com horário programado para o Siri Lanka onde estarei amanhã.
Conectado!

Inserida por marinhoguzman

Ema...ema...ema...

Cada com seus problemas.
Todo mundo sabe. Família a gente não escolhe.
No mais das vezes, a coisa anda mais do que desanda porque é sabido que quando todos são “farinha do mesmo saco”, pode ser de qual for a natureza do problema ou da solução, tá todo mundo acostumado.
Duro é quando você foi criado longe da sua família, teve uma educação diferente (melhor ou pior, tanto faz) e tem vergonha alheia daquelas patacoadas de uma tia ou primo que apesar de ter o mesmo sobrenome tem educação e costumes tão diversos.
Cada macaco no seu galho, cada cabeça uma sentença e tem gente que para armar um barraco não precisa de pau.Um palito serve.
Seria mais trágico se não fosse cômico ter uma família desse tipo.
Quem acha que tudo na vida tem jeito, na verdade costuma arranjar um jeitinho para tudo.
Não é o meu caso. Avesso a barracos, prefiro hotéis, ainda que sem estrelas.

Reflexão.
Presenciar a revelação dos sentimentos humanos é sempre uma experiência grata.
A tristeza arrasadora ou alegria arrebatadora são explosões que o ser humano sente e proporciona, não havendo quem possa ficar apático, salvo se lhe faltar sensibilidade.
Alegria, tristeza, paixão, ódio, emoção e reverência andam junto nessas lembranças.
Fossemos esquecer ou criminalizar grandes nomes da história por causa de alguns dos seus pecados, certamente teríamos menos livros e eles menos páginas.
Melhor lembrar os homens pelos seus feitos do que condená-los por poucos mal feitos.
Esquecidos, por merecimento, são os que pouco ou nada fizeram.
Assim é a vida, assim são os homens, assim foi feita a história, pelos coadjuvantes da criação do Universo, obra prima de Deus.

Inserida por marinhoguzman

A vida é curta e cercada de incógnitas.
Sem certezas absolutas, a gente vive com previsões não confirmáveis, futuro improvável e esperanças remotas.
Os realistas aguardam dias melhores, os otimistas se decepcionam e para os pessimistas o que vier é lucro.

Inserida por marinhoguzman

Para os pessimistas a vida é como um banheiro público, você já entra esperando o pior.

Inserida por marinhoguzman

Cuidado, o menos ruim pode ser bem pior.

Às vezes a gente tem que escolher e sendo impossível ficar com o melhor opta pelo menos ruim.
Não há grande importância se ocasionalmente for uma comida ou bebida, mas quando se trata de companhia você sempre terá uma melhor e mais famosa terceira opção.
Antes só do que mal companhado.

Inserida por marinhoguzman

Nem agradar nem agredir.

Dá para escrever sobre qualquer coisa sem agredir, mas não é fácil agradar todo mundo.
Há quem force a barra em qualquer assunto mirando
a polêmica para acertar o alvo da audiência e há os como eu, que não conseguem guardar para si opiniões que nem sempre são as melhores, mas que encontram eco em pessoas que não imaginavam colocar as coisas da maneira como eu as coloco e adotam o enfoque, tirando a partir dele suas próprias conclusões.
Isso é muito legal!

Inserida por marinhoguzman

Seremos estudados como estudamos as civilizações antigas? Será que haverá muita coisa boa para ser lembrada? Desconfio muito do próximo século e não acredito num novo milênio.

A maioria de nos estudou história na escola e leu um ou outro livro que faz menção às antigas civilizações e a fatos históricos. Nada mal.
Fatos da Primeira e Segunda Grandes Guerras mundiais e do Holocausto ainda passam na TV em documentários mudos filmados em preto e branco, mas com tanto filme violento, colorido e em estéreo aqueles parecem piada e dá-lhe controle remoto.
No mais, as coisas vão passando em branco mesmo e as novas gerações não sabem nem quem descobriu a América e quando questionados perguntam para que, se existe o Google.
Ninguém quer mais saber como e quando surgiram as grandes invenções, parece que tudo começou com a Microsoft , com o Google e mais recentemente com o Facebook.
Como chegamos a isso nem chega a ser um mistério, é simplesmente desinteressante.
É por isso que não prezam como deveriam a democracia, não votam bem e conscientemente, permitindo que os maus continuem no poder.
É por isso que ainda tentam empregar a força para conseguir direitos, é por isso que cada vez menos se destacam e cada vez mais muitos continuam carentes.

#pontofalei

Inserida por marinhoguzman

Odeio quando faço perguntas e as pessoas me respondem com perguntas.Perguntas merecem respostas.

Inserida por marinhoguzman

Terminamos dois cruzeiros com emoção e o próximo, com perigo de abordagem por piratas, promete ser com muita emoção.

Depois de trinta dias navegando no Rhapsody of The Seas, começamos hoje a terceira e última parte dessa viagem maravilhosa. Serão dezessete dias navegando de Dubai até Istambul na Turquia.
Nos dois últimos cruzeiros foram dias de emoção ao rever Sydney, voltar à Índia e à Tailândia, conhecer a Ilha de Komodo com seus famosos dragões, ver pela primeira vez Cingapura e testemunhar o feito miraculoso dos homens que construíram Dubai, verdadeira porta de entrada para um novo mundo, como escrito numa das paredes do magnífico, incomparável, inacreditável Porto Rachid.
Não dá para esquecer nem explicar a experiência mística e espiritual do Grande Buda em Phuket, na Índia.
Hoje, entre as informações para o próximo cruzeiro, havia um impresso cujo assunto é: Aviso importante a respeito de possíveis ataques de piratas.
Informa que, como todos sabem, a região do Golfo de Aden tem sido palco, nos últimos anos, de ataques de piratas da Somália, que sequestram navios e iates com o uso de armas pesadas e sob ameaça e grande violência contra os passageiros, exigem resgate de milhões de dólares.
Faz várias recomendações, para os dias dezoito a vinte e três de maio, quando o navio atravessa a área mais crítica, avisando que alguns andares do navio serão interditados ao anoitecer, que áreas externas poderão ter suas luzes reduzidas ou totalmente apagadas, que as cabines que têm varanda e as externas, devem manter a luz das mesmas apagadas e as cortinas fechadas, que a tripulação verificará e caso alguém esqueça de atender a recomendação será alertado para fazê-lo.
Prossegue pedindo que nesses dias ninguém acene ao cruzar com pequenos barcos de pesca, para não despertar curiosidade, pois caso eles se aproximem o navio poderá até mesmo mudar o rumo o que é muito difícil e demorado.
Dá instruções de como e para que áreas do navio os passageiros devem se refugiar no improvável acontecimento de abordagem e finaliza, acalmando a todos, que a companhia mantém monitoramento constante na área e na atividade desses piratas, dispõe de pessoal treinado e armado para a improvável abordagem, uma vez que navios do tipo do que nós viajamos não são alvo preferencial dos bandidos, pela velocidade que desenvolve etc.etc.etc….
Termina avisando que no dia dezenove Às 10:30 a.m. haverá informações e simulação dos procedimentos de emergência.
E se isso não é grande e forte emoção, muita emoção mesmo,para esse cruzeiro, não sei o que mais esperar....

Inserida por marinhoguzman

Queriam trocar minha mulher por um camelo.

Muita gente nos alertou em 2.013 quando estávamos para embarcar numa viagem que passaria por países árabes, inclusive pelo Egito, dos perigos para turistas, especialmente mulheres novas, bonitas de cabelos e peles claros.
Levamos numa boa, mas tomamos as devidas precauções.
Ninguém poderia esperar que um dia no Cairo, num hotel cinco estrelas, o Mena House Cairo, um egípcio ou sei lá quem estava por debaixo da roupa típica, puxou conversa comigo e perguntou se eu não trocaria Amanda por um camelo.
Levei na brincadeira, dei risada com o cara e até arrisquei uma piada no meu inglês sofrível, dizendo que eu não aceitaria um camelo, mas pensaria numa proposta melhor.
Estamos em 2015 numa outra viagem, passando por países árabes. Nesses dois anos, muitas vezes contei essa história para amigos e todos rimos muito, inclusive a Amanda Palma.
Estivemos a poucos dias em Dubai, lugar que não adianta ver em filme, ler ou ouvir histórias. Só quem vai a Dubai sabe de fato a maravilha da cidade-Estado.
Estávamos no maior shopping do mundo, embevecidos com a beleza, riqueza e outros adjetivos superlativos e eu disse para a Amanda: -Acho que hoje dá negócio, veja como esses árabes ricos te olham. Se me oferecerem três camelos acho que faço negócio.
Com a simplicidade sincera, simpática e mordaz de sempre a Amanda disse:- Puxa, se alguém me dissesse que queria trocar você por uma cervejinha, ou qualquer outra coisa, eu diria que topava ou poderia ficar com você mesmo sem troca.
Rimos bastante e pensando bem, acho que vou parar com essa brincadeira, pois ela pode pensar bem e certamente, em qualquer caso, vai fazer um bom negócio

Inserida por marinhoguzman

A pior coisa de ficar velho é que cada vez a gente fica mais velho.

E a gente fica velho quando é velho, fica mais velho quando é novo e tem gente que é novo mas parece velho.
A velhice começa com a primeira queda e termina com muitos tombos.
Dizem que cair os cabelos é sinal de velhice e uma questão genética.
Tem gente que fica careca aos vinte anos e até menos e tem gente que fica com os cabelos brancos antes de ficar velho.
Por algum motivo, os cabelos são grande preocupação para a maioria das pessoas.
As mulheres têm especial preocupação e cuidado com os cabelos e as mais novas usam os cabelos tão grandes quanto possível,muitas se negam a cortá-los e “cortar as pontas” parece que dói. À medida que ficam mais velhas a preocupação não diminui, mas muitas passam a usá-lo mais curto porque é muito mais prático.
Não tenho estatísticas mas acho que a maioria das mulheres usa tinta nos cabelos. Umas, só para variar mesmo, outras porque acham que ficam melhor com ele mais claro ou mais escuro.
É raro ver mulher com os cabelos parcialmente brancos e mais raro ainda vê-las com eles todos brancos.
Não há quem não perceba que está ficando velho ao ver uma foto de si próprio com dez anos a menos.
No perfil do Facebook, todo mundo escolhe uma foto da qual goste mais e invariavelmente ela é menos atual do que a realidade.
Há quem não ligue para ficar velho ou mais velho, alguns se se acham até melhor do que quando eram mais novos, mas até isso é uma coisa passageira porque ninguém gosta de perder a mobilidade, a visão, a audição e a vitalidade de quando era mais jovem.
Eu poderia escrever várias páginas sobre as vantagens de ser jovem, de quanto é difícil e ruim ficar mais velho e depois outras tantas rebatendo um monte de gente dizendo que ficar velho é natural, é legal e que a maturidade traz paz, sabedoria e inegáveis vantagens.
Concordo que ficar mais velho possa ter umas coisas legais, mas no geral, ficar mais velho um dia acaba deixando a gente muito velho e ficar velho, no bom português, é uma merda….
Como diz minha querida Amanda Palma, eu começo escrevendo bem mas invariavelmente esculhambo o texto. Juro que nem sempre fui assim….
Isso é coisa de velho!

Inserida por marinhoguzman

Viajando...

A alternância entre o bom e o ruim, faz com que a gente possa dar nota para as coisas.
Estou a quinze dias do final de uma viagem nota dez.
Quase dois meses olhando diariamente para coisas novas, pessoas diferentes, culturas e costumes heterogêneos e nesse pouco tempo deu para ver o que vai bem e o que vai mal no mundo.
Foi-se o tempo em que o turismo era coisa cara, só disponível para milionários e muito ricos.
Hoje com pequena poupança e diversas facilidades dadas por quem tem que diluir enormes custos em muita gente, a indústria que mais cresce no mundo é a do turismo.
França, Inglaterra, Estados Unidos com Las Vegas e Nova Iorque são os campeões e com mais dois ou três países, somam mais de um bilhão de viajantes estrangeiros por ano. E esse número não vai parar.
Dubai espera receber cerca de cem milhões de turistas por ano até 2.020, pequenos países da Ásia e do Oriente Médio como Omã, esperam ter nos próximos anos metade do seu produto interno bruto oriundos do turismo.
Se de uma parte vão muito bem os países que administram bem seus recursos e se prepararam para esse momento, vão muito mal alguns que se preocuparam só com as diferenças étnicas e religiosas e beligerantes, trocaram a educação e cultura pelas armas.
Assunto vastíssimo, fico por aqui hoje.
Muscat, Capital de Omã, maio de 2.015.

‪#‎muitofeliz‬

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Qual o bem mais precioso que temos?

Cada dia que consigo uma conquista importante vem essa pergunta.
Qual será o bem mais precioso que temos?
Alguns vão responder que é a vida estarão certos. Ainda que simplista por exclusão, se não tivéssemos a vida, nada teríamos.
Seria então a saúde? Claro, a saúde é importantíssima, muitos têm vida mas não têm saúde para vivê-la completamente, como que está em coma ou tem uma doença que impede total ou parcialmente sua integração na sociedade e na família.
Então para vivermos bem temos que ter vida e saúde. Mas o que dizer de gente que vive miseravelmente, escravos da pobreza e da ignorância que os impede até de saber os direitos que têm ou como podem adquiri-los?
A resposta seria então cultura, bem que permite ao homem conseguir quase tudo.
Vida, saúde e cultura se integram tornando a vida a maravilha como é.
Mas até mesmo os mais humildes percebem que a igualdade entre os homens termina, onde entra o dinheiro.
A maioria tem vida, saúde, adquire cultura mas não pode fazer nenhuma das coisas que lhes enchem os olhos, como ter casa, carro, bens, roupas de boa qualidade, ascensão social e educação superior.
Poucos não acreditam que o dinheiro está entre as coisa importantes da vida. Todo mundo sabe que ainda que não seja fundamental faz muita diferença.
Temos então alguém que tem vida, saúde, cultura, que pode viajar e conhecer o mundo inteiro, com dinheiros suficientes para ter boa educação, acesso aos melhores bens materiais que se pode comprar e uma bela família.Terá tudo?
Acredito que não, o homem pode ter vida, saúde, ter tudo que o dinheiro pode comprar, mas se não tiver tempo, nada realizará.
Assim, administre bem seu tempo em cada estágio da vida e seja pródigo com ele, pois só se vive uma vez.

Inserida por marinhoguzman

Escrever e ler.

Ler bem não é para qualquer um.
Ler um texto é em parte interpretar as palavras do autor.
Mas isso não significa que você pode entender o que quiser, nem reduzir ou aumentar o alcance das palavras.
Algumas pessoas desconhecendo o objetivo da mensagem, porque estão pouco atentas ou porque têm ideia formada a respeito de determinado assunto, sentem-se contrariadas e até mesmo ofendidas, com direito de discordar, de achar que falta alguma coisa no texto ou que o autor deveria ter chegado a uma outra conclusão.
Escrever é exteriorizar pensamentos e sentimentos objetivos. Quando essas informações chegam ao leitor atento, encontram centenas e milhares de experiências próprias que interagem, concordam, discordam e produzem reações só dele.
O resultado dessa sinapse complexa é uma conclusão do leitor, não podendo contemplar, dessa forma, o que o leitor acha que estava escrito, o que não estava escrito ou o que quem escreveu nunca pretendeu escrever.

Inserida por marinhoguzman

O navio parece um circo.

O comportamento das pessoas tem muito a ver com costumes locais, tradição e educação.
Um navio fazendo cruzeiro internacional é o local ideal para você observar as pessoas.
Homens e mulheres em roupa de gala dividem o espaço com outros de shorts e bermudas, mini saias e biquínis minúsculos.
O que parece normal para uns, incomoda outros, mas para a maioria o respeito pelo próximo é regra.
Ainda assim dá para perceber, por exemplo, que a semelhança entre japoneses e outros com olhos amendoados termina aí.
Japoneses são silenciosos, calmos e educados, já os outros, via de regra, são deselegantes e porcalhões para o nosso padrão.
Brasileiros quando viajam em família não destoam, mas quando em pequenos ou grandes grupos, mostram alterações de comportamento e não escondem a falta de educação e respeito comum no nosso país.
Argentinos falam num tom mais alto que a maioria e podem ser confundidos com italianos quando começam a gesticular freneticamente e falar todos ao mesmo tempo ou quando tentam um diálogo, todo mundo querendo fazer valer seu ponto de vista.
A maioria dos americanos fala baixo, não faz gritaria, mas em alguns grupos, até de mais velhos, quando rola bebida, os homens devem falar coisas muito engraçadas, pois as mulheres desandam a gargalhar frenética e estupidamente a cada frase.
Minorias étnicas radicada nos países do Reino Unido vindos das colônias, parecem que tem só servem para empanar a fleuma britânica. São na maioria mal educados, barulhentos, andam em pequenos bandos fazendo alarido nos seus dialetos, só são ingleses porque colonizados pelos ingleses. Uma vergonha!
O termo politicamente correto tenta estabelecer regras para o comportamento que deveriam ser obedecidas por todo mundo.
De certa forma não deixa de ser uma certa censura e a discussão tão vasta, muitas vezes se perde do ponto central do assunto.
Uma coisa é certa, num navio com mais de mil e novecentos passageiros a beleza da mulher brasileira dá de dez a zero em todas as demais, calando a boca de gregos e troianas.
Bonitas, elegantes, não fazem feio, a não ser umas senhoras de meia idade e idade inteira, cheias de plásticas, botox e próteses mamárias, com joias verdadeiras ou falsas pagando de gatinhas, o que as tornam verdadeiros seres extraterrestres.
Tudo aqui parece um circo. Colorido e às vezes barulhento como os palhaços em algazarra, outras vezes silencioso, como momentos de perigo no trapézio ou no suspense de alguns truques do mágico.
Mas como nos bons circos, a gente se diverte e o o espetáculo se repete todos os dias, pois o show tem que continuar.

Inserida por marinhoguzman

Algumas mulheres usam saias tão curtas, calcinhas tão pequenas e decotes tão grandes que a economia de pano daria para andar com uma fronha na bolsa para esconder a cara na hora H.

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Castigo.

No dia a dia a gente encontra pessoas que se acham certas, mesmo que estejam erradas. Sabem tudo, discordam de tudo, sempre acham alguma coisa errada no que a gente fala ou faz.
Você nunca vai me encontrar numa discussão dessas.
Como num passe de mágica sumo deixando a pessoa falado sozinha.
Mas quando você escreve e publica é diferente, os chatos aparecem do nada, você escreve uma coisa e eles entendem outra, dão palpite onde não foram chamados, acham que você esqueceu de mencionar uma coisa ou não deveria ter escrito outra. Nesse caso é melhor não responder nem polemizar.
Há também leitores atentos e com opiniões válidas e esses são importantes pois a gente nunca sabe tudo e aprende com isso.
Sempre existe a possibilidade de apagar o que os chatos escrevem e bloquear os inconvenientes.
Um bom texto não impõem uma ideia, tenta mostrar que qualquer assunto pode ter uma ou mais abordagens e coloca a própria.
Você não precisa concordar com um texto, mas se acrescenta subsídios às suas ideias, permitindo que você reforce pontos fracos, corrija algo que não está muito bom, mude para melhor ou aprenda qualquer coisa, você aproveitou o texto e então ele é um ótimo texto.
Quanto aos chatos e inconvenientes, o castigo deles é serem como eles são.

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Vinte e dois de maio de dois mil e quinze.

Os dias nunca são iguais e nós jamais seremos os mesmos.
Todo dia o mundo muda um pouco e todo dia a gente muda com ele.
Algumas vezes sentimos por uma fração de segundo, momentos de dúvida, de surpresa, de confusão ou de indecisão, algo que parece uma lembrança, uma coisa que já vimos, alguém que a gente já conheceu, um lugar que já estivemos, momentos que já vivemos.
Essa impressão pode vir com algumas sensações.
Pode ser boa, de que já resolvemos um problema ou de preocupação, porque teremos que viver novamente uma experiência ruim.
Tudo,quase sempre com muita ansiedade.
Os franceses têm uma palavra para isso: dèjà vu.
Vinte e três de maio de dois mil e quinze.
Os dias nunca são iguais e nós jamais seremos os mesmos.

Inserida por marinhoguzman

Viver em sociedade.

Tenho sérias dúvidas para conviver em sociedade nos dias de hoje.
No Google você encontra mil e um conselhos.
Calma, educação e paciência ocupam sempre os primeiros lugares.
Levam em conta um padrão mínimo de comportamento, nível de educação e a obrigação de manter as aparências, custe o que custar.
Morar no mesmo prédio, frequentar o mesmo clube, estudar na mesma escola me parece padrão razoável.
Mas imagine você indo morar numa dessas favelas, ainda que de bairro chique, com paredes de lata, papelão e madeira, janelas que são simples aberturas com cortina de plástico, tendo como vizinha uma mulher com seis filhos menores que nunca frequentaram a escola e o marido na cadeia, preso por latrocínio, onde vai ficar por uns bons anos.
Ops!!! Fui longe demais e não era lá que eu queria chegar.
Há um ditado que diz que você tira o indivíduo da favela, mas não tira a favela do indivíduo.
Mas o que dizer do vizinho ao lado, profissional liberal famoso, um casal de filhos universitários, a mulher voluntária de três vezes por semana num dos maiores hospitais de São Paulo.
Vira e mexe esquecem tudo e partem para a agressão física e verbal e eu tenho que aguentar o barraco.
Se eu for reclamar é capaz de tomar uns tiros,como aconteceu recentemente em São Paulo.
Sugestões aqui mesmo ou para meu e-mail:
somefodo@nunguetomais.com.br

Inserida por marinhoguzman

Vidente boa deveria ser rica, casada e feliz.

Elas prometem mostrar o caminho da fortuna, afastar as rivais, trazer de volta o amor perdido e o que mais você sonhar.
Só que não, diria Amanda Palma que nunca foi de frequentar ciganas e advinhas.
Também, com um marido sincero, fiel, rico, bonito e modesto como eu, pra quê?

Inserida por marinhoguzman

Abandonar o navio!

Foram quarenta e oito noites, doze países, vinte e cinco cidades e a alternância de incríveis sonhos com inimagináveis realidades.
Há quem ainda acredite que os navios balançam.
Não os modernos, o movimento deles embala, a incrível tecnologia de navegação estabiliza e os potentes motores levam os passageiros, enquanto se divertem, comem como se estivessem nos melhores restaurantes internacionais assistem shows que poderiam estar em qualquer teatro das mais famosas cidades do mundo e dormem plácidos, de um porto a outro.
Antes de embarcarmos a pergunta dos amigos eram sempre as mesmas:-quarenta e oito noites? Será que vocês vão aguentar? Não enjoa? Dentro de um navio?
Nenhuma resposta, que um só texto possa dar a pista será suficiente do que é embarcar em Sydney e desembarcar em Istambul com histórias que poderiam dar à Sherazaade subsídios para mais mil e uma noites.
O sonho não acabou!
Muito trabalho pela frente e novos projetos para outras viagens.
Afinal, somos dos muitos que já descobriram que:

- Navegar é preciso!

Inserida por marinhoguzman

Tem gente que quer ser tão diferente, que acaba sendo igual aos piores.

Inserida por marinhoguzman

Odeio ser lembrado, só porque você está precisando de um favor.

Lembre-se de mim quando não precisar de nada e eu lembrarei de você quando você estiver precisando de de mim.